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26/09/2022 04:02 Fatores motivacionais que influenciam a prática de atividades físicas.

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Fatores motivacionais que influenciam a prática de
atividades físicas.
Fatores motivacionais que influenciam a prática de atividades físicas.
Fatores motivacionais que influenciam na prática de atividade física.
*Univ ersidade Estadual do Centro-Oeste Marlon Rodrigo Naiverth Faix*
do Paraná, UNICENTRO, Guarapuav a
marlonaiv erth@hotmail.com
 
  **Univ ersidade Tecnológica Federal
Jorge William Pedroso Silveira**
do Paraná, UTFPR, Ponta Grossa
(Brasil) jorge_basquete@hotmail.com  

 
resumo
                 
O objetiv o desta pesquisa é identificar os fatores motiv acionais que influenciam a prática de ativ idade física. Para isso, participarão 52 praticantes de
ativ idades físicas da cidade de Imbituv a/PR, com comunidades entre 18 e 61 anos, de ambos os sexos. Os participantes responderão à v ersão adaptada do MPA M-
R. Os resultados identificarão que o principal motiv o de dois praticantes buscarem ativ idade física ou saúde, e tanto as motiv ações extrínsecas quanto as intrínsecas
exercem influência na prática e dev em ser trabalhadas em conjunto para alcançar a melhor motiv ação profissional possív el para o praticante.
         
Unitermos: Motiv ação. A tiv idade física. Diga olá.
     
A bstrato
                 
Esta pesquisa tev e como objetiv o identificar os fatores motiv acionais que influenciam a ativ idade física. Para isso, participaram de ativ idades físicas 52
praticantes na cidade de Imbituv a/PR, com idade entre 18 e 61 anos, de ambos os sexos. Os participantes responderam uma v ersão modificada do MPA M-R. Os
resultados indicaram que o principal motiv o pelo qual os praticantes buscam a ativ idade física é o fator e tanto as motiv ações intrínsecas quanto as extrínsecas
exercem influência na prática e dev em ser trabalhadas em conjunto para realizar o melhor trabalho possív el sob a motiv ação do praticante.
         
Palavras-chave: Motiv ação. A tiv idade física. Saúde.
 
EFDeportes.com, Revista Digital . Buenos Aires, Ano 17, Nº 171, agosto de 2012. http://w w w .efdeportes.com

onze

1. Introdução

   
Atualmente a população está se adaptando a um estilo de vida adaptado ao sedentarismo, devido à facilidade que a
ciência e a tecnologia proporcionam às pessoas associadas ao conforto. Não é mais necessário levantar para mudar
de canal na televisão, as luzes possuem sensores, as portas são eletrônicas, entre muitos outros objetos que facilitam
a vida das pessoas, como constata Golçalves (2008), com o uso de tecnologias modernas que reduzem a AF não
trabalho, em casa e ao mesmo tempo não a laser, o sedentarismo parece ser comum em muitos países.

     
Dentro dessa sociedade, a atividade física acaba sendo negligenciada, simplesmente porque o exercício não
transmite a mesma sensação de satisfação e motivação que se encontra no sedentarismo. O estilo de vida sedentário
caracterizado pela falta de prática de atividade física realizada em processo contínuo, atualmente é considerado tão
prejudicial à saúde quanto qualquer outro tipo de trabalho (OMS, 2006).

   
De acordo com Saba (2001), a atividade física é benéfica tanto nos aspectos do corpo e da mente, quanto nos
aspectos biológicos e mentais. Este autor aponta melhorias na capacidade cardiorrespiratória, aumento da expectativa
de vida, entre outros, como exemplos de benefícios que a prática de exercícios proporciona às pessoas. No nível
psicológico, os aspectos positivos estão relacionados ao aumento de dois níveis de autoestima, autoimagem,
diminuição de dois níveis de estresse e muitos outros.

   
Os efeitos benéficos sobre os aspectos psicológicos se originam do ganho obtido na atividade realizada, além de
resultarem em não conseguir satisfazer as necessidades ou não realizar as habilidades sob desafio (WANKEL, 1993).

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Quanto ao bem-estar mental proporcionado pela atividade física, está ligado
aos fatores motivacionais em que a
atividade leva as pessoas a buscar a
prática, é uma moeda de troca, sentimento de prazer. Existem vários fatores
motivacionais que levam as pessoas a busca pela adesão e a manutenção de
programas de atividade física como:
social, aparência, prazer, competência,
dentre outros.

   
Acredita-se que uma das formas para ajudar a combater o sedentarismo seria
identificar o que motiva as pessoas a
se engajarem em atividades físicas
regularmente. Para tal, estudos sobre motivação à prática de atividades
físicas
centram-se na compreensão dos fatores e processos associados à
adesão, persistência e abandono da atividade física
regular (DISHMAN, 1994;
GOUVEIA, 2001).

   
A motivação intrínseca é o fenômeno que melhor representa o potencial
positivo da natureza humana, sendo vista
como a base para o crescimento,
integridade psicológica e coesão social (DECI & RYAN, 2000). Por outro
lado, a
motivação extrínseca apresenta-se como a motivação para trabalhar
em resposta a algo externo à tarefa ou atividade,
como para a obtenção de
recompensas materiais ou sociais, de reconhecimento, objetivando atender aos
comandos
ou pressões de outras pessoas ou para demonstrar competências e
habilidades (AMABILE, HILL, HENNESSEY & TIGH,
1994). Por essa razão
investigações acerca da motivação das pessoas à pratica da AF são
necessárias.

     
A prática de atividade física é muito procurada para manter a saúde
física e mental. Os índices de adesão a
programas de atividade física são
muito grandes, o abandono da prática também se torna muito freqüente, pela
própria desmotivação das pessoas para com a atividade em que vem sendo
realizada, porém pessoas que mantém em
projetos de atividade física
sentem-se motivadas a continuar a prática.

   
De acordo com Amabile et al (1994), buscar o entendimento sobre os vários
aspectos motivacionais seja intrínsecos
e extrínsecos, é de muita
importância para dar continuidade as pesquisas e chegar ao melhor
entendimento sobre a
adesão em programas de atividade física. Na mesma
pesquisa Duarte (2002) relata que esta adesão em programas de
atividade
física seria em busca de melhor qualidade de vida em um curto prazo. Visando
ampliar os recursos de
discussão sobre o assunto, este estudo visou
identificar os fatores motivacionais que influenciam a prática de atividade
física no município de Imbituva – PR.

2.    
Revisão literatura

2.1.    
Motivação

     
A motivação em geral pode ser descrita como algo que indica como o
comportamento se inicia,
prossegue e mantido. Deci & Ryan (1985), ao
relacionar o homem como ser ativo, afirma que o mesmo
age sobre o ambiente
para satisfazer a extensão ou amplitude de suas necessidades mentais e
corporais.

     
“A motivação é caracterizada como um processo ativo, intencional e
dirigido a um
objetivo proposto, o qual depende da interação de fatores
pessoais (intrínsecos) e
ambientais (extrínsecos)” (SAMULSKI, 1995).

   
Para Magill (1984) à motivação refere como causa de um comportamento. O
mesmo define motivação
como alguma força que vem de dentro, impulso ou uma
intenção, que leva uma pessoa a fazer algo ou
agir de certa forma.

     
O sentimento de eficácia em relação às ações exigidas para o desempenho,
o desejo de realizar
aquela atividade particular e, finalmente, a combinação
de todas as variáveis apontadas (DECI & RYAN,
1985; RYAN & DECI,
2000). A motivação intrínseca é o fenômeno que melhor representa o
potencial

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positivo da natureza humana, sendo vista como a base para o


crescimento, integridade psicológica e
coesão social. (DECI & RYAN,
2000).

     
A motivação intrínseca é determinada pela satisfação das necessidades
psicológicas básicas de
autodeterminação ou autonomia, de competência e
de pertencer ou de estar vinculado a outras pessoas.
Situações que nutrem as
três necessidades psicológicas promovem a motivação intrínseca, enquanto
que
falhas no atendimento de tais necessidades acarretam decréscimo ou até
impedem seu surgimento.
(DECY & RYAN apud GUIMARÃES & BZUNECK
2002).

   
Já a motivação extrínseca apresenta-se como a motivação para trabalhar
em resposta a algo externo
à tarefa ou atividade, como para a obtenção de
recompensas materiais ou sociais, de reconhecimento,
objetivando atender aos
comandos ou pressões de outras pessoas ou para demonstrar competências e
habilidades (MARTINELLI, 2007). O reconhecimento do potencial apresentado na
prática, caracterizando
aspecto competência, atividades desafiadoras para
que através dela possa nutrir o desejo da pratica, o
reconhecimento pelas
outras pessoas em que você é realmente bom no que esta fazendo, é um
estimulo
perfeito para aderir a novos programas, conhecer novas atividades,
buscar satisfação em novos
horizontes, tentando não deixar a prática
monótona, podendo ser um fator desmotivacional ao
praticante.

   
A visão da motivação pode mudar de pessoa para outra, de acordo com o seu
interesse e objetivo a
qual quer buscar pela prática da atividade. Algumas
pessoas podem mudar esses objetivos de acordo
com os estímulos e necessidades
de sua vida.

     
Todos possuem os motivos intrínsecos, motivos que não estão subordinados a
recompensas
intervindas do ambiente. A recompensa está na resolução de um
desafio mental, em enriquecer a seus
próprios limites ou descobrir algo que
se considere útil. As recompensas extrínsecas podem iniciar e
manter algumas
atividades, porém não são suficientes para explicar a maior parte da
motivação
humana, principalmente a relacionada à aprendizagem.
(CORIA-SABINI, 1986).

   
De acordo com Amabile et al (1994) investigar as possíveis diferenças entre
os vários componentes
dessas duas orientações motivacionais é um objetivo
importante para o desenvolvimento de novas
pesquisas.

2.2.    
Atividade física

   
Para entendermos um pouco mais sobre atividade física, “é definida como:
todo movimento corporal
produzido pela musculatura esquelética, que resulte
em um gasto energético maior do que nos níveis de
repouso” (CASPERSEN,
POWELL & CHRISTENSON, 1985).

   
A prática de atividade física está presente na vida da maior parte das
pessoas, sejam elas mais, ou
menos ativas. Pela procura de melhorar sua saúde
física e mental. Muitas pesquisas são destinadas a
identificar os inúmeros
benefícios que a atividade física pode proporcionar. As oportunidades para
indivíduos adultos serem fisicamente ativos podem ser classificadas em quatro
domínios: no lazer, no
trabalho, no deslocamento para o trabalho e nos
afazeres domésticos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).

   
O interesse ou a simples curiosidade por uma atividade física está
normalmente associado à ocupação
do tempo livre (atividades recreativas) ou
à saúde e bem-estar físico, psíquico e social, respondendo
assim às
necessidades individuais e sociais dos alunos (PEREIRA,1997).

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Mazo et al (2006) comenta que a prática de atividade física regular pelos
idosos deve levar-se em
consideração os seus fatores de influência, ou
seja, os fatores que podem influenciar mais
expressivamente a opção por dado
comportamento. Estes podem ser classificados, de uma maneira
geral, em
facilitadores que favorecem a modificação ou a manutenção do
comportamento, e em
barreiras, que dificultam a adoção ou a manutenção do
comportamento adequado.

     
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2006) a Atividade regular reduz o
risco de mortes
prematuras, doenças do coração, acidente vascular cerebral,
câncer de collon e mama e diabetes tipo II,
atua na redução ou prevenção
da hipertensão arterial, previne o ganho de peso (reduzindo o risco de
obesidade) auxilia na prevenção ou diminuição da osteoporose, promove
bem-estar, reduz estresse, a
ansiedade e a depressão.

2.3.    
Motivação a prática de atividade física

     
Com o intuito de melhor conhecer diversos aspectos sobre os fatores
motivacionais, Balbinotti &
Capozzoli, (2008) tentam relacionar a
motivação à prática de atividades físicas ao gênero e a idade,
aspectos
que poderiam interferir na motivação do sujeito em praticar atividades
físicas.Um estudo
realizado por Chagas e Samulski (1992), destaca os
principais aspectos motivacionais para a adesão a
prática da atividade
física, são eles: Manter-se em boa forma; Melhorar o condicionamento
físico;
Aumenta o bem-estar físico e psicológico; Melhorar o estado de
saúde e Prazer em realizar a atividade
física. Esses objetivos variam de
acordo com o publico, sendo em crianças, adolescentes, adultos ou
idosos,
como também pelo gênero.

     
Balbinotti & Capozzoli (2008) relatam quanto às comparações
relacionadas à idade, os resultados
indicaram que a motivação à prática
de atividade física relacionada à competitividade e superação de
limites
diminui significativamente com a idade, em contraposição a motivação
relacionada à saúde e ao
abandono do sedentarismo que aumenta
significativamente com o passar dos anos.

   
Brito apud Marzinek (2004), explica que grande papel do estudo da motivação
deriva da necessidade
de explicar e analisar os motivos que conduzem
determinadas ações, porque variam e porque se
perpetuam ou não. Marzinek
(2004) cita HORN (1992) que considera que os motivos não são imutáveis,
podendo alterar-se com o tempo, com novas experiências vividas, com
determinados acontecimentos,
com o contexto sociocultural e outros fatores
diversos. Essas mudanças podem ocorrer na escola de
acordo com as atividades
que são ministradas; se existe adesão dos adolescentes é interessante que
os
conteúdos continuem sendo os mesmos para não causar desmotivação dos
praticantes, é preciso
respeitar a faixa etária dos alunos, e é preciso
estimular cada fase de desenvolvimento com atividades
variadas e motivadoras.

   
Segundo Freitas et al (2007) a busca pela prática de exercícios físicos em
programas para promoção
de saúde vem crescendo na atualidade, porém a
procura pelos indivíduos idosos ainda é menor quando
comparada com
indivíduos mais jovens.Marzinek (2004) verifica diferenças entre o atleta e
o
adolescente: o primeiro visa a performance e o rendimento a todo e qualquer
custo, já o adolescente
nas aulas de Educação Física tem o interesse de
brincar, mesmo assim impulsionado no sentido de
demonstrar competência se
sobressaindo nas aulas. Dos estudos realizados sobre essa temática,
ressalta-se que os adolescentes possuem motivos que os fazem se dedicar à
prática regular de atividade
física. Fletcher apud Araújo (2000) relata
como normalmente na vida adulta o exercício físico é afastado
do estilo de
vida das pessoas, idealmente, a escola deve preparar o adulto para ser
independente no
futuro.

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Os resultados obtidos na pesquisa de Duarte et al (2002) identificaram motivos
que conduzem
pessoas com mais de quatro décadas de vida a participarem de
atividades físicas. Esses motivos relatam
aumento da expectativa de vida por
um padrão de vida ativo. As pessoas crêem  na dissociação entre
corpo
e mente, sendo que a maioria não se imagina idosa, associando o medo de
envelhecer a doenças
que podem vir com a idade.O processo de envelhecimento
é acompanhado, muitas vezes, por um estilo
de vida inativo, que favorece a
incapacidade física e a dependência. Pesquisa recente nas capitais
brasileiras mostrou que a inatividade física atinge grande parte da
população idosa, totalizando, 50,3%
das mulheres, 65,4% dos homens, acima
dos 65 anos de idade. King apud Gomes (2009) relata que
somente uma reduzida
parcela de indivíduos idosos realiza atividade física regular e em um nível
recomendado, confirmando que esta situação não é exclusiva do Brasil.

   
Chrisler apud Mazo (2006) outro aspecto psicológico que influencia na
prática de AF pelos idosos é a
auto-estima e auto-imagem dos idosos. Na
velhice, há uma tendência para a modificação da auto-
imagem, tornando-a
menos positiva, cujo motivo é ainda ignorado. Para Mazo (2006) o conhecimento
dos motivos de ingresso e permanência nos programas, bem como a avaliação
da auto-estima e auto-
imagem dos idosos participantes, é uma informação
essencial para que o profissional de Educação Física
compreenda as
expectativas dos idosos, planejando suas aulas de forma que motive os alunos a
darem
continuidade a esta prática de modo prazeroso, com melhoria da
auto-estima e auto-imagem.

3.    
Metodologia

   
Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva - exploratória, pois
procura determinar as práticas (ou
aptidões) presentes em uma população
específica, Thomas, Nelson e Silverman (2007). Sendo a amostra constituída
por um total de 52 indivíduos residentes em Imbituva - Paraná, sendo eles:
adultos com idades entre 18 a 61 anos
(média=34,69 anos), de ambos os sexos,
30 homens e 22 mulheres. Praticantes de atividade física regular há mais de
um ano.

     
Para a coleta de dados foi utilizado o questionário validado por Gonçalves
(2008): Medida de motivação para
atividade física – revisada (MPAM-R) e
realizada uma adaptação para a verificação dos resultados. O questionário
Medida de motivação para atividade física – revisada (MPAM-R) conta com
30 questões que medem cinco motivos
referentes aos exemplos que podem ser
vistos a seguir: 1) Diversão: “porque acho essa atividade estimulante”;
“Porque essa atividade me faz feliz”; 2) Competência: “Porque gosto do
desafio”; “Para adquirir novas habilidades
físicas”; 3) Aparência: “Para
definir meus músculos e ter uma boa aparência”; “Porque quero ser
atraente para os
outros”; 4) Saúde “Porque quero ser fisicamente
saudável”; “Para ter mais energia” e 5) Social: “Para estar com os
amigos”; “Porque quero conhecer novas pessoas”. Sendo que das cinco
razões do questionário, duas delas (Diversão e
competência) tem sido
orientadas para verificar a motivação intrínseca e as outras três
(Aparência, saúde e social)
refletem vários níveis de motivação
extrínseca (GONÇALVES, 2008).

   
As perguntas foram avaliadas em uma escala de 1 a 7, sendo 1 para discordo
totalmente, 2 discordo em partes, 3
discordo, 4 nem discordo nem concordo, 5
concordo, 6 concordo em partes e 7 concordo totalmente. Dentro desta
escala
foram considerados apenas os escala 5, 6 e 7, que são os determinantes de
concordância com o fator
motivacional, foram somados e retirado a média
final de cada fator.

   
Ao dar início a aplicação dos instrumentos, os participantes foram
separados em 3 grupos, sendo 14 praticantes de
esportes, musculação com 26
praticantes e caminhada com 12 praticantes. Somente após a assinatura do
termo de
consentimento livre e esclarecido (TCLE anexo III) foi aplicado o
questionário pelo pesquisador. Foram mantidas em
sigilo todas as
informações dos participantes. Somente os pesquisadores e os envolvidos na
pesquisa tiveram acesso
às informações que foram utilizadas.

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Os dados foram organizados em tabelas e gráficos do Microsoft Excel® 2007
e Microsoft Word® 2007. Os
procedimentos de análises dos dados foram
feitos por meio de freqüência absoluta (FA) e relativa (FR), medidas de
tendência central (média aritmética) e medidas de dispersão (desvio
padrão).

4.    
Resultados e discussão

     
O gráfico 1 reflete os resultados obtidos pela pesquisa, sendo relacionados
os cinco fatores motivacionais em
relação à atividade física praticada. Os
valores relacionados nos resultados são referentes às escalas em que os
participantes concordaram com os fatores procurados na atividade (escalas, 5
concordo, 6 concordo em partes e 7
concordo plenamente). Os valores estão
representados em porcentagem pela média final. Os três primeiros aspectos
correspondem à motivação extrínseca e os outros dois a motivação
intrínseca.

Gráfico
1. A tiv idade física relacionada aos fatores motiv acionais

     
O fator saúde predomina as intenções da
prática nas três atividades física, com valor 25,79% na musculação,
26,06% nos esportes e 23,39% na caminhada, sendo que os praticantes quando
objetivo é saúde, a preferência da
prática é a busca nas academias. O
aspecto extrínseco é o destaque na academia, sociedade exige um modelo de
beleza, do exemplo de corpo com saúde é o corpo magro. Duarte et al (2002)
relata que a adesão das pessoas a
programas de atividade física é muitos
grande por motivo saúde, as doenças associadas ao estado sedentário, e
inatividade, doenças advindas com o passar do tempo faz com que as pessoas
comecem a prática.

   
Diversão objetivo importante na caminhada 22,57%, seguido da musculação
22,04% e esportes 23,26%. Diversão
está relacionada à motivação
intrínseca, aonde a atividade deve ser mais prazerosa e satisfazer os desejos
dos
praticantes. Situações que nutrem necessidades psicológicas promovem a
motivação intrínseca. (DECY & RYAN apud
GUIMARÃES & BZUNECK
2002). Se tratando do fator aparência, na caminhada 13,90% e musculação
19,81%,
praticamente não houve diferença, aonde aparência não se mostra
muito influente nos esportes 13,90%.

     
Nas atividades musculação 20,86% e esportes 20,06%, foi identificado o
aspecto competência, com grande
influencia aos praticantes para se engajar
neste tipo de atividade para melhorar o seu rendimento na atividade, em
contrapartida caminhada 17,30% se apresenta menos influente quando relacionado
ao desempenho físico. O fator
social teve mais importância na caminhada
16,88% e no esporte 16,69%, são praticas aonde os participantes da
pesquisa
relatam atuar acompanhadas, pesando o caráter de socialização, diferente da
musculação 11,48%, aonde os
participantes relatam praticar individualmente.

     
Configura-se como uma tendência natural para buscar novidade, desafio para
obter e exercitar as próprias
capacidades em determinada atividade por sua
própria causa, por esta ser interessante, envolvente ou, de alguma
forma,
geradora de satisfação. Assim fica configurado a motivação intrínseca
partindo de um desejo ou beneficio
procurado na atividade, à adesão de
acordo com os aspectos ligados a competência e diversão (GUIMARÃES, 2002).

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Quanto a prática e adesão esportiva, a pesquisa de Freitas et.al (2004)
relatam que 26,39%, alegam diversão o
motivo pela prática esportiva foi o
principal fator para a manutenção na atividade esportiva; seguido por 22,22%
das
pessoas que afirmaram praticar esportes para a manutenção da saúde;
15,28% optaram pela opção da diminuição do
nível de stress. Já
11,11%acreditam que a socialização e a convivência entre as pessoas são os
fatores principais;
9,72% entretanto, justificam a prática de esportes para
melhora da estética corporal.

   
Saúde apresentou o principal motivo a aderir à atividade na academia,
questão que se referia à perda de peso teve
valor muito alto e o aspecto
social em contrapartida se mostrou muito insignificante quando se trata de um
motivo
para as pessoas aderirem a programas de atividade física em academia.
A preocupação com a aparência é o aspecto
que podemos deixar em destaque.
Outro estudo que pode corroborar a estes resultados, Balbinotti &
Capozzoli (2008)
descrevem que para os indivíduos de 21 a 40 anos, os motivos
mais impor­tantes para a prática de atividade física
foram saúde, prazer,
controle do estresse e estética. Os autores verificaram ainda que o motivo
saúde apresentasse
com maior número de relatos com o aumento da idade,
enquanto o aspecto competitividade diminuiu.

   
Então, as pessoas entram nas academias buscando esta recompensa externa e
tentando ganhar algo que venha de
fora, aquela recompensa citada na
motivação extrínseca. O interesse ou a simples curiosidade por uma
atividade física
está normalmente associado à ocupação das horas
relativas ao ócio (atividades recreativas) ou à saúde e bem-estar
físico,
psíquico e social, respondendo assim às necessidades individuais e sociais.
(PEREIRA, 1997).

   
De acordo com os praticantes das atividades esportivas como basquete, vôlei e
futebol, os praticantes procuram
manter a prática para obter melhor saúde e
os benefícios em que a atividade física proporciona para o corpo. Segundo
Duarte (2002) principal motivo de adesão à atividade física (caminhada
ou ginástica em academias) é a saúde do físico
e da mente, enquanto as
causas da continuidade são o bem-estar e a disposição.

   
A busca pela atividade e a manutenção a principio, são estímulos
relacionados à vontade da pessoa em praticar a
atividade e saciar os desejos
vinculados a situações que nutrem o bem-estar físico e mental. Deci &
Ryan (2000)
propõem que os estudos da motivação extrínseca não podem
ficar restritos apenas a comparação com a motivação
intrínseca, a
motivação. Assim analisamos que as motivações trabalham em um conjunto, e
ambas estão presentes
nos objetivos de cada praticante da atividade física,
todos os aspectos relacionados na pesquisa contribuem para a
manutenção e
adesão de programas de atividade física.

5.    
Conclusão

   
Os resultados apontaram Saúde sendo o principal fator ligado a adesão das
pessoas aos programas de atividade
física, sendo, modalidades esportivas,
caminhada e musculação. A preocupação com esta foi evidentemente, motor
principal para se relacionar em um programa de atividade, melhora da qualidade
de vida, o medo de envelhecer e de
doenças ligadas ao sedentarismo pode ser o
grande aliado dos profissionais da saúde para aumentar o numero de
pessoas a
atividades físicas.

     
Nas modalidades esportivas e caminhada o fator competência em procurar
atividades desafiadoras, buscar o
melhor rendimento se mostra com evidente
preocupação para quem realiza estas atividades, já na musculação o
aspecto aparência sai em evidência, preocupação para atingir o corpo
saudável, e aceito pela sociedade, aumentar a
auto-estima através do corpo
malhado é um objetivo dos praticantes de musculação.

   
Os aspectos não mostraram diferença quanto a divisão intrínseco e
extrínseco, mas percebe-se que são aliados e
devem ser trabalhados ambos,
para que os praticantes se sintam verdadeiramente motivados a manterem-se
ativos.
Indiscutívelmente o termo saudável deixou de ser apenas a ausencia
de doenças tanto no ambito físico quanto no
caráter psicológico, este
último cada vez mais bombardeado pela mídia com a necessidade de se ter um
corpo esbelto
para responder aos padrões impostos pela sociedade moderna. A
prática da atividade física torna-se importante
ferramenta aliada aos bons
hábitos para que prevalece a saúde de seu praticante.
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26/09/2022 04:02 Fatores motivacionais que influenciam a prática de atividades físicas.

     
Como pode-se observar, todos os aspectos são importantes para manter o
praticante na atividade física, sendo
motivos intrínsecos e extrínsecos,
atuando em certas dosagens de acordo com a necessidade e desejos buscados pelo
praticante. Não adianta ter apenas o desejo pela prática se não receber o
estímulo positivo, ou recompensa esperada.
Seja recompensa da própria
satisfação em realizar a atividade, se de fato ela foi agradável e
prazerosa ou atingir o
corpo desejado.

   
Após expor os dados e debate-los pode-se concluir que a saúde ainda se
sobressai perante os fatores estéticos
como principal motivo para a busca
pela atividade física tanto aberta quanto fechada, e esta saúde não permeia
apenas os aparatos físicos, mas toda a evolução biopsicossocial do
praticante.

Referências

AMABILE,
T.M.; HILL, K.G. HENNESSEY, B.A.; & TIGHE, E. M. The work preference
inventory: assessing intrinsic
and extrinsic motivational
orientations. Journal of Personality and Social Psychology,
1994.

ARAUJO,
D. S. M. S., SOARES, C. G. Aptidão Física, Saúde e Qualidade de Vida
relacionada à Saúde em
Adultos. Revista Brasileira de Medicina
do Esporte[online]. vol.6, n.5, pp 194-203, 2000.

BALBINOTTI,
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