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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DOS JUIZADOS - JOÃO PESSOA/PB

Justiça Gratuita

HOZANA MARIA VIEIRA DOS SANTOS , brasileira(o), solteira(o), desempregado, CPF nº.
043.085.284-37, residente e domiciliada na Rua Ricardo Soares de S. Neto, S.N, Apto 202, Bloco 25 do
Prédio Residencial Irma Dulce, Colinas de Gramame, João Pessoa/PB, CEP: 58.068-370, por sua
procuradora in fine assinado, qualificada no instrumento ut acostado que passa a integrar esta (Doc. 01),
com escritório profissional situado na Av. Maranhão, 910, Bairro dos Estados, João Pessoa/PB, onde em
atendimento à diretriz do art. 39, I, do Código de Ritos, indica-o para as intimações necessárias, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com arrimo nos porquês fáticos e técnicos abaixo
expostos, ajuizar

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS POR VICIOS


CONSTRUTIVOS

em desfavor dos demandados:

1. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL , empresa pública federal, inscrita sob o CNPJ


00.360.305/0001-04, que deverá ser citada na pessoa de seu representante legal com endereço localizado à
Avenida Paulista 1842 - Torre Sul, 2.ª andar, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01310-200;

2. FUNDO DE ARRENDAMENTO RESIDENCIAL - FAR, fundo financeiro de natureza privada,


CNPJ 03.190.167/0001-50, Sbs Q. 04 Lotes, 3/4, 21 Andar Ed. Matriz Asa Sul, Brasília DF, CEP
70092-900.

O FAR é um fundo financeiro de natureza privada, com prazo indeterminado de duração, regido pela Lei
nº 10.188, de 12/02/2001 e pelo seu Regulamento. O fundo tem como objetivo prover recursos, ao
Programa de Arrendamento Residencial - PAR e ao Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV, para
realização de investimentos no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, edificação de
equipamentos de educação, saúde e outros complementares à habitação

Para os financiamentos no âmbito do PMCMV o fundo garante a quitação da dívida, na ocorrência de


morte ou invalidez permanente - MIP do mutuário e assume as despesas com recuperação de danos físicos
no imóvel - DFI ocasionada por causas externas.
Deste modo, o fundo possui duas finalidades básicas: a de financiar a moradia e a de dar garantias aos
mutuários.

Gratuidade Judiciária

Sendo as autoras pobres na acepção jurídica da palavra, impossibilitadas, portanto, de arcarem com as
despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio e de seus lares, requerem, desde logo, lhes seja
concedida a benesse da justiça gratuita, de conformidade com o artigo 2º, parágrafo único da Lei 1060 de
05/02/60.

II - DOS FATOS

A Parte compradora adquiriu junto à Caixa Econômica Federal , através de CONTRATO POR
INSTRUMENTO PARTICULAR DE VENDA E COMPRA DIRETA DE IMÓVEL RESIDENCIAL
COM PARCELAMENTO E ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA NO PROGRAMA MINHA CASA MINHA
VIDA - PMCMV - RECURSOS "FAR", Contratos de nº. 171.0004820 ( Com caráter de Escritura
Pública), os imóvel residencial, Rua Ricardo Soares de S. Neto, S.N, Apto 202, Bloco 25 do Prédio
Residencial Irma Dulce, Colinas de Gramame, João Pessoa/PB, CEP: 58.068-370, pelo preço de R$
41.604,35, com prazo de pagamento em 120 meses (10 anos).

Referido imóvel contém os seguintes compartimentos: 01(uma) sala, 01(uma) cozinha, 02 (dois)
dormitórios, 01(um) banheiro social, e 01(um) hall, perfazendo uma área individual construída de
41,67m2 (quarenta e um vírgula sessenta e sete metros quadrados), inserido num terreno de 200,00m2 de
superfície, Titulo aquisitivo minuciosamente descrito a margem da inscrição municipal e devidamente
registrado no primeiro Oficio de Notas de Ceará Mirim/ RN e que teve como transmitiste o FUNDO DE
ARRENDAMENTO RESIDENCIAL - FAR.

Do Valor da Compra e Venda dos Imóveis

O valor ajustado ao pagamento da compra e venda do imóvel objeto do presente é o seguinte:

"C1" - Recursos concedidos pelo "FAR" - R$ 36.330,35;

"C2" - Parcelamento/Financiamento concedido pelo "FAR/Credor Fiduciário" - R$ 41.604,35;

"C3" - Valor total da Compra e Venda e da dívida contratada - R$ 41.604,35.

Da entrega das chaves

Assim, fora entregue a compradora o Imóvel residencial acima descrito e descriminado, sito no Município
de João Pessoa/PB, empreendimento da Caixa Econômica Federal no âmbito do programa Minha Casa
Minha Vida. E, conforme acima já descrito e descriminado, o imóvel objeto do CONTRATO POR
INSTRUMENTO PARTICULAR (com caráter de Escritura Pública) DE VENDA E COMPRA DIRETA
DE IMÓVEL RESIDENCIAL COM PARCELAMENTO E ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA NO
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA - PMCMV - RECURSOS "FAR" acima já descrito , que a
autora deixa de juntar a presente em face de não lhes ter sido entregue pelo réu .

Da entrega da obra/imóvel inacabada e dos problemas/vícios construtivos (ocultos e aparentes) no


imóvel poucos dias depois da entrega das chaves

1. O imóvel objeto da presente fora entregue inacabado , ou seja, faltando muito do acordado
entre as partes no contrato celebrado (fotos anexas), a exemplo de apresentar erros graves de projeto ,
falta de estudo do solo , problemas na rede pluvial, parte elétrica são deficientes , a exemplo da
ausência de eletrodutos corrugados na instalação elétrica acima do forro de gesso e hidráulica , a
exemplo dos vazamentos na tubulação interna do imóvel; além falta de construção do muro (frente e
fundos) , Cerâmica em cômodos do imóvel, vícios construtivos (ocultos e aparentes), anomalias e
defeitos além de o material utilizado na construção ser de má qualidade, dentre outros, conforme
restará provado durante o tramite da presente;

2. E não bastasse os problemas acima, conforme comprovam as fotos em anexo, poucos dias após
a entrega do imóvel o mesmo passou a apresentar uma série de problemas graves a exemplo de
aparecimento de rachaduras nas paredes , Infiltrações, alagamentos, problemas nos azulejos e falta de
cerâmicas nos cômodos ; problemas nas instalações elétricas básicas e hidráulicas; nas instalações hidros
sanitárias com o problema de vazamentos e nas louças do aparelho sanitário; descargas; torneiras e
registros; falta de vedação nas caixas de gorduras; problemas nas portas; problemas nas fechaduras; falta
de revestimentos das paredes; problemas nas janelas; problemas na pintura; cobertura e piso, indicando a
ocorrência de falha em sua construção , além da falta de acabamento e de o material empregado no imóvel
ser de péssima qualidade, praticamente "descartável".

Do teto

Importante informar a esse juízo, para fins de perícia, que os andares de cima dos imóveis, ou seja, os
andares superiores, NÃO PODEM SEREM LAVADOS, POIS A AGUA INUNDA OS ANDARES
INFERIORES, NO CASO, O TÉRREO , ou seja, a agua desce pela laje em face de NÃO TER SIDO
FEITA A "IMPERMEABILIDADE " NECESSÁRIA , ASSIM, OS MUTUÁRIOS DOS ANDARES
SUPERIORES SÓ PODEM PASSAR O PANO MOLHADO , E POUCO MOLHADO, ou seja, NÃO
PODEM FAZER UMA HIGIENIZAÇÃO, LIMPEZA ADEQUADA EM SUAS CASAS. Inclusive,
segundo os mutuários, quando lhes foi entregue os imóveis em questão, quem lhes entregou as chaves os
avisou desse impedimento .
Da Fossa - (problemas comuns aos 1.200 imóveis construídos no empreendimento/ Condomínio Irmã
Dulce, Colinas de Gramame, João Pessoa/PB)

Não bastasse os problemas acima especificados, ainda existe o problema grave da fossa, a exemplo de
constantemente se encontrar úmida ao seu derredor, com odor forte, além de causar o aparecimento de
insetos. Assim, é grave o problema da fossa que foi feita para atender a quatro (4) apartamentos, pois
além de malfeita, ainda foi feita fora dos padrões para comportar resíduos dos quatro apartamentos,
causando assim, infiltrações no solo, odor insuportável, aparecimento de insetos e em face disso, o
mutuário, constantemente é obrigado a pagar, atualmente, R$ 320,00 para cada esgotamento que é
obrigado na mesma, Logo, a fossa já está causando um problema de saúde pública.

Portanto, ao se analisar as fotos do imóvel em questão, constata-se que o mesmo apresenta anomalias
consideradas vícios construtivos (aparentes e ocultos) e defeitos (rachaduras, infiltrações, falta de
cerâmica, umidade constante na fossa, vazamentos , etc.). Assim, o imóvel objeto da presente
apresenta problemas (vícios construtivos) nas paredes com infiltrações, além de mofos e rachaduras;
igualmente, apresenta problemas no piso , também com rachaduras além da falta de cerâmica; igualmente,
no rodapé com infiltrações, mofos, reboco caindo; também no teto , o mesmo apresenta mofo e
rachaduras; Quanto a parte elétrica , a mesma também apresenta problemas pois além da falta de
eletrodutos na parte interna do imóvel, ainda há o fato de suas instalação na parte externa se encontrar em
local que acumula agua quando chove, ou seja, a "caixa" fica imersa na agua; Já as portas e janelas , as
mesmas apresentam rachaduras, "estufadas, etc.; já a parte hidráulica , também apresenta problemas, a
exemplo de vazamentos dentro das paredes infiltrando e causando mofo, lodo e desagastes nas paredes do
imóvel, louças e metais corroídos além de vazamentos no tanque, pias , portanto, comprovadamente a
existência de anomalias .

Requerendo já aqui, quanto a perícia, que a mesma seja feita não só por engenheiro civil mas também
por um por engenheiro da vigilância sanitária para apurar a situação da fossa de cujos danos já acima
foi explicitado.

DAS BENFEITORIAS NECESSÁRIAS FEITAS PELA PARTE AUTORA NO IMOVEL - DA


DEVOLUÇÃO DOS VALORES GASTOS - APOSIÇÃO DA CERAMICA

Conforme recibo referente a compra da cerâmica, anexo, a mesma custou R$ 1.678,90,


fora a mão de obra, assim, como dito, a autora se viu obrigada a colocar cerâmica no imóvel , cujo
valor, com a inclusão da mão de obra, pode se estipular em um montante de R$ 4.000,00, cada , que
desde logo requer o ressarcimento, devidamente atualizado. Como prova do alegado junta um dos
recibos das despesas.
Não bastasse, a narrativas de moradores que sequer as chaves das partes do imóvel lhe fora
entregue , tendo os adquirentes que trocar a fechadura para poder adentrar no imóvel .

Conforme já acima mencionado, a autora se viu obrigada a colocar cerâmica no imóvel e a substituir
as existentes, cujo valor, incluindo a mão de obra, importou em R$ 4.000,00 , que desde logo requer o
ressarcimento devidamente atualizado.

Da ausência dos recibos referentes as despesas

Esclarece a parte Autora que, quanto a comprovação das despesas , não tem como juntar os
comprovantes em face de uma ter se extraviado, porém as fotos da aposição da cerâmica prova que
a parte autora teve que despender despesas com as benfeitorias necessárias no imóvel.

DAS RECLAMAÇÕES JUNTO À DEMANDADA E JUSTIFICA FALTA DA DECISÃO


ADMINISTRATIVA DE INDEFERIMENTO

Ressalte-se que a proprietária do imóvel em questão por várias procurou a Caixa no sentido de pedir
providencias para os reparos necessários e a manutenção de seu imóvel em decorrência dos referidos
problemas, porém, nunca foi atendida . Ressalta ainda, que referidas reclamações foram feitas
verbalmente e sem que a Caixa lhe fornecesse qualquer tipo de protocolo em face de sequer ter
registrado a queixa e pedido de providencias , sendo esses motivos que motivou a autora a impetrar
a presente demanda e motivos pelos quais não tem como juntar comprovante/protocolo de
reclamação/requerimento.

Inclusive ressalta ainda, que esse fato, de reclamações junto à Caixa é comum e praxe em todo o Brasil e,
que, como é do conhecimento público e em especial da Justiça Federal em todo o País, a mesma não
tomar as medidas cabíveis no sentido de reparar os danos em face dos vícios construtivos, motivo esse
que está motivando ações contra a mesma em todo o Brasil, e com a autora não foi diferente.

Do cumprimento da obrigação pela Parte Autora

Conforme recibos de pagamento em anexo, a Autora está cumprindo com sua obrigação (Docs) anexa.
DO CABIMENTO DA PRESENTE AÇÃO

Tendo em vista a comprovação de que as demandadas entregaram o imóvel diferentemente do acordado, e


ainda, que após alguns meses referido imóvel apresentou vícios graves de construção que causaram e
continuam causando prejuízos de diversas ordens a adquirente e atual moradora, mostra-se cabível o
ajuizamento desta demanda como forma de se tutelar o interesse da consumidora prejudicada.

DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL

A Justiça Federal é competente para processar e julgar a presente demanda, haja vista constar no pólo
passivo, sendo certo que o rol de competências dessa justiça é definido, entre outros parâmetros, em razão
da pessoa, conforme esclarece o art. 109, inciso I da CF:

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Assim, resta configurada a competência da Justiça Federal, tanto por estar presente como demandada
Empresa Pública Federal, restando indiscutível a fixação de competência pelo disposto no art. 109, I, da
CF.

LEGITIMIDADE PASSIVA DA CAIXA

É manifesta a legitimidade passiva da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Referida empresa pública é


responsável pelo financiamento das unidades imobiliárias do empreendimento já citado, com recursos
vinculados ao Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) e do FUNDO DE ARRENDAMENTO
RESIDENCIAL - FAR .

Assim, ao operar no âmbito do PMCMV, deve observar as normas do programa, bem como, as
determinações/orientações. Assim, é inegável que houve falha no sentido de não ter verificado os vícios
de construção existentes no imóvel, conforme entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça:

RECURSO ESPECIAL. SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO. VÍCIOS NA CONSTRUÇÃO DE


IMÓVEL CUJA OBRA FOI FINANCIADA. LEGITIMIDADE DO AGENTE FINANCEIRO.

1. Em se tratando de empreendimento de natureza popular, destinado a mutuários de baixa renda, como


na hipótese em julgamento, o agente financeiro é parte legítima para responder, solidariamente, por
vícios na construção de imóvel cuja obra foi por ele financiada com recursos do Sistema Financeiro da
Habitação. Precedentes.

2. Ressalva quanto à fundamentação do voto-vista, no sentido de que a legitimidade passiva da


instituição financeira não decorreria da mera circunstância de haver financiado a obra e nem de se
tratar de mútuo contraído no âmbito do SFH, mas do fato de ter a CEF provido o empreendimento,
elaborado o projeto com todas as especificações, escolhido a construtora e o negociado diretamente,
dentro de programa de habitação popular.

3. Recurso especial improvido. (STJ, REsp 738071/SC).

DOS DANOS MORAIS E MATERIAIS NO PRESENTE CASO PASSIVOS DE REPARAÇÃO

O dano patrimonial mede-se pela diferença entre valor atual do patrimônio das vítimas e aquele que teria,
no mesmo momento, se não houvesse a lesão. O dano, portanto, estabelece-se pelo confronto entre o
patrimônio real existente após o prejuízo e o que provavelmente existiria se a lesão não tivesse produzido.

DO DANO MORAL EM CASOS SEMELHANTES - TRF5

O Dano Moral, para as causas de igual pedido à presente, é consenso no TRF5 pela sua
Primeira Turma, conforme segue:

"PROCESSO Nº: 0800342-45.2016.4.05.8405 - APELAÇÃO CÍVEL

APELANTE: LUCICLEIDE SOUZA DA ROCHA


APELADO: MODULO INCORPORACOES E CONSTRUCOES LTDA e outro

RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Elio Wanderley de Siqueira Filho - 1ª Turma

JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Hallison Rego Bezerra

(...)

6. Os vícios ou problemas verificados nos imóveis do empreendimento, a despeito de não importarem em


risco estrutural, com perigo de dano à vida de seus habitantes, não se situam no campo do simples
dissabor. As provas reunidas, principalmente a pericial, denotam que esses problemas geraram transtornos
e preocupações à autora, o que justifica a condenação da CEF e da Construtora à indenização por danos
morais.

7. O valor indenizatório deve servir não só para compensar o sofrimento injustamente causado por
outrem, como também para sancionar o causador, funcionando como forma de desestímulo à prática de
novas condutas similares. Não deve ser excessivo para que não resulte no enriquecimento ilícito do
lesado. O valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), requerido pela parte autora, levando em conta o
valor do imóvel, adquirido pelo importe de R$ 36.995,00 (trinta e seis mil, novecentos e noventa e cinco
reais), é muito elevado. Tem-se que o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) se mostra mais adequado à
hipótese dos autos, devendo incidir sobre a indenização os juros de mora, a partir da data da citação, por
se cuidar de indenização decorrente da inobservância de responsabilidade contratual. Registre-se que, em
caso similar, do mesmo empreendimento, este foi o montante fixado, a recomendar, por isonomia, a sua
adoção neste feito.

8. Deve ser mantida a sentença, no que tange ao termo inicial da incidência dos juros de mora sobre o
valor da indenização por danos materiais, haja vista que, de fato, não há como precisar quando
apareceram os vícios construtivos no imóvel, não podendo por tal razão, incidir o comando da Súmula nº
54 do STJ.

9. Mantida a condenação ao pagamento da verba honorária no percentual de 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, eis que o percentual arbitrado se encontra em conformidade com os incisos do § 2º
do art. 85 do CPC.

10. Apelação parcialmente provida.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por unanimidade, dar parcial
provimento à apelação, nos termos do voto do relator, na forma do relatório e notas taquigráficas
constantes nos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado."

Assim, faz jus as partes aqui pleiteante a indenização pelos danos morais a si causados pelas
demandas.

DA OBRIGAÇÃO DA CAIXA EM DEVOLVER A PARTE AUTORA, DEVIDAMENTE


ATUALIZADO, OS VALORES QUE A MESMA SE VIU OBRIGADA A GASTAR NO IMÓVEL
PARA QUE O MESMO PUDESSE SER HABITADO

MM Juiz, em face dos vícios construtivos, defeitos e anomalias existentes nos imóveis em
questão, as autoras se viram obrigadas a efetuar melhorias nos mesmos em face dos vícios
construtivos, para que estes pudessem ser habitados, gastos estes que as autoras estipulam,
individualmente, em despesas de R$ 4 .000,00.

Esclarece a parte Autora que, quanto a comprovação das despesas , não tem como juntar os
comprovantes em face de uma ter se extraviado, e umas outras, que a mesma não pediu recibo de
pagamento dos pedreiros.

DA DEVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS PELA PARTE AUTORA - NO TRF5

Como dito, inclusive, a autora se viu obrigada a colocar cerâmica no imóvel , cujo valor, com
a inclusão da mão de obra, pode se estipular em um montante de R$ 4.000,00, cada , que desde logo
requer o ressarcimento, devidamente atualizado. Como prova do alegado junta um dos recibos das
despesas.

Não bastasse, a narrativas de moradores que sequer as chaves das partes do imóvel lhe fora
entregue , tendo os adquirentes que trocar a fechadura para poder adentrar no imóvel .

Conforme já acima mencionado, a autora se viu obrigada a colocar cerâmica no imóvel e a substituir
as existentes, cujo valor, incluindo a mão de obra, importou em R$ 4.000,00 , que desde logo requer o
ressarcimento devidamente atualizado.

Ressalte-se que em casos semelhantes, turmas do TRF5 já entendeu ser devida a devolução/ressarcimento
dos valores que os mutuários tiveram que despender no imóvel com restauração dos vícios, conforme
segue, na integra, o acordão:

PROCESSO Nº: 0800520-91.2016.4.05.8405 - APELAÇÃO CÍVEL


APELANTE: LUCINEIDE SILVA DOS SANTOS E OUTRO
ADVOGADO: EGLE RIGEL GONCALVES FERREIRA E OUTRO
APELADO: MODULO INCORPORACOES E CONSTRUCOES LTDA E OUTRO
ADVOGADO: GLEYDSON KLEBER LOPES DE OLIVEIRA
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL ROGÉRIO DE MENESES FIALHO MOREIRA -
3 ª T U R M A
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): JUIZ(A) FEDERAL HALLISON REGO BEZERRA

VOTO

A teor do que dispõe o art. 1.022 do Código de Processo Civil, cabem embargos de declaração " contra
qualquer decisão judicial para esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; suprir omissão de ponto
ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; e/ou corrigir erro
material ".

De acordo com o seu parágrafo único, considera-se omissa a decisão que " deixe de se manifestar sobre
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável
ao caso sob julgamento; e incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º . Este dispositivo,
por seu turno, não considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou
acórdão, que:

I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a
causa ou a questão decidida;

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no
caso;

III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão
adotada pelo julgador;

V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos


determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;

VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

No caso, alega a parte autora/embargante a existência de omissão no julgado quanto ao pedido de


condenação das apeladas na obrigação de restituir-lhe o valor que teve que gastar no imóvel para torná-lo
habitável.

Em que pese o v. acórdão tenha sido de fato omisso nos termos alegados, a pretensão suscitada somente
foi formulada em sede de apelação, de modo que, tratando-se de inovação recursal, não deve ser
conhecida, sob pena de supressão de instância.

Pelo exposto, conheço dos embargos de declaração e dou-lhes provimento, para suprir a omissão
suscitada, sem efeitos modificativos.

É como voto.

DOS JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA A PARTIR DA DATA DA ENTREGA


DAS CHAVES DO IMÓVEL COMO TERMO INICIAL DA CONTAGEM DOS JUROS DE
MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA INCIDENTES SOBRE O VALOR DA REPARAÇÃO DOS
DANOS PATRIMONIAIS.
MM Juiz, conforme abaixo transcrito, é entendimento do TRF5, por mais de uma de suas turmas, de que a
data da entrega das chaves do imóvel deve ser o termo inicial da contagem dos juros de mora e correção
monetária incidentes sobre o valor da reparação dos danos patrimoniais, conforme decisões abaixo
transcritas:

PROCESSO Nº: 0800524-31.2016.4.05.8405 - APELAÇÃO CÍVEL


APELANTE: DIANA RAQUEL DE OLIVEIRA SOUZA
APELADO: MODULO INCORPORACOES E CONSTRUCOES LTDA e outro
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Edilson Pereira Nobre Junior - 4ª Turma
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Hallison Rego Bezerra

VOTO

O Exmº. Sr. Desembargador Federal EDILSON PEREIRA NOBRE JÚNIOR (Relator):

De início, não merece prosperar o pedido de reforma da sentença para que a condenação à
reparação dos danos materiais recaia unicamente sobre a Caixa Econômica Federal, afastando-se a
responsabilidade solidária, sob o argumento de que a MODULO INCORPORAÇÕES E
CONSTRUÇÕES LTDA não estaria mais em atividade e não poderia arcar com o valor da indenização a
ela atribuído.

A uma, porque a autora, ora apelante, formulou sua pretensão em face de ambas as empresas.

A duas, porque é cediço que, reconhecida a solidariedade dos vários sujeitos passivos pela
obrigação, em decisão judicial transitada em julgado, pode o credor escolher em face de qual ou quais
deles exigirá o cumprimento da sentença.

Quanto às despesas que a demandante alega ter realizado, por conta própria, com a colocação de
cerâmica no piso e com o acabamento nos muros, totalizando R$ 4.000,00 (quatro mil reais), cabe
observar que não foi coligido aos autos nenhum elemento probatório que corrobore esses supostos gastos
efetuados com material de construção e mão de obra, sendo certo que nada alegar e não provar são coisas
iguais (" Allegare nihil et allegatum non probare paria sunt ").

Ademais, é mister destacar que o orçamento constante da planilha apresentada pelo experto judicial
(id. 4058405.3767238), no valor de R$ 4.281,88 (quatro mil, duzentos e oitenta e um reais e oitenta e oito
centavos), já inclui o ressarcimento do dispêndio que os mutuários tiveram ao realizar parte dos reparos
por sua própria iniciativa.
Por seu turno, no que diz respeito ao termo inicial da incidência dos juros de mora, deve ser
aplicada a Súmula 54 do Superior Tribunal de Justiça. In verbis :

"OS JUROS MORATORIOS FLUEM A PARTIR DO EVENTO DANOSO, EM CASO DE


RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL."

(Súmula 54, CORTE ESPECIAL, julgado em 24/09/1992, DJ 01/10/1992.)

In casu , como os problemas encontrados no bem se traduzem em vícios de construção, o termo a


quo para a contagem dos juros moratórios deve ser a data de entrega do imóvel, merecendo reforma a
sentença nesse particular.

Diversamente, não merece guarida o pedido de concessão de tutela antecipada, consistente no


pagamento imediato do montante da indenização por danos materiais, uma vez que o laudo pericial é
explícito ao afirmar que os vícios de construção constatados são estacionários e não vêm se agravando,
restando afastado o perigo da demora.

Por outro lado, o que caracteriza dano moral é a ofensa a direito da personalidade, quais sejam,
aqueles que dizem respeito aos direitos fundamentais da pessoa.

Embora o direito à moradia constitua direito da personalidade, sobressai o fato de que os vícios
construtivos verificados na presente hipótese, diante de sua singeleza, não fizeram necessária a
desocupação ou interdição da unidade imobiliária, uma vez que não causaram prejuízos à sua
habitabilidade.

Como assinalou o douto magistrado sentenciante, mesmo o suposto mofo a que alude o laudo
pericial, que poderia causar problemas alérgicos a pessoas mais suscetíveis aos fungos, não constou como
causa de pedir na exordial, tampouco foi relatado em qualquer petição ou oralmente em audiência, sendo
mencionado pela parte autora somente após a sentença.

Nesse diapasão, os transtornos provocados pelos vícios construtivos e demais irregularidades


verificadas no imóvel não dão azo a indenização por danos morais, enquadrando-se, na realidade, como
mero dissabor da vida cotidiana.

Por derradeiro, melhor sorte não merece o apelo no tocante à majoração dos honorários
advocatícios para 20% (vinte por cento) do valor da condenação.

Por se tratar de demanda repetitiva, não cabe falar na fixação de honorários no valor máximo, já
que as peças produzidas também são repetitivas, tendo sido aproveitadas em inúmeros processos em
tramitação.

Nesse contexto, dentro da diretriz fixada pelo §2º do art. 85 do novo Diploma Processual Civil,
que permite a condenação entre 10% a 20% sobre o valor da causa, é possível, louvado na premissa de
que a matéria foi de pouca complexidade, não demandando um trabalho significativo do advogado, assim
como a rapidez da solução final da demanda, reconhecer como razoável a fixação dos honorários
sucumbenciais pelo mínimo legal permitido, ou seja, 10% (dez por cento) do valor atualizado da causa,
como estabelecido na sentença.

Com essas considerações, DOU PARCIAL PROVIMENTO à apelação, apenas para fixar a data da
entrega das chaves do imóvel como termo inicial da contagem dos juros de mora e correção monetária
incidentes sobre o valor da reparação dos danos patrimoniais.
É como voto."

DAS MEDIDAS DE CARATER URGENTE

O processo cautelar, conforme lição usual entre os estudiosos da matéria tem cunho marcadamente
instrumental. Em outras palavras, ele não se constitui em um fim em si mesmo, devendo ser utilizado
sempre que se faça necessário lançar mão de alguma medida para assegurar o resultado útil do processo.

Portanto, pode a parte requerer a realização de alguma medida de natureza sempre cautelar sempre que se
encontrar em determinada situação na qual, caso a medida não seja tomada, a situação fática fará com que
a providência requerida por meio do processo acabe por se revelar inútil.

É grande, portanto, sua utilidade no âmbito do processo civil, prevendo a legislação a possibilidade de a
parte se valer de alguma das medidas cautelares expressamente previstas e regulamentadas pelo Código
de Processo Civil, mas, também, de qualquer outra medida que, embora não expressamente prevista,
possa ser tomada pelo Juiz para assegurar o resultado útil do processo.

No caso em questão, pelas razões a seguir expostas, mostra-se imprescindível a adoção, liminar, de
medidas de natureza urgente.

DA ANTECIPAÇÃO DE PROVA PERICIAL

De logo, quanto a perícia a ser feita no imóvel objeto da presente, a parte autora requer seja determinado
ao perito fazer o levantamento dos danos existentes no imóvel, incluindo a fossa, requerendo ainda, que
igualmente a apuração dos danos encontrados, o perito informe a esse juízo se a parte autora chegou a
fazer algum reparo no imóvel no sentido de sanar alguns danos, se sim, informar o perito quais foram
feitos e os valores dos mesmos a data de hoje.

A medida cautela de produção antecipada de provas encontra-se prevista no Código de Processo Civil nos
seguintes termos:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

- haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na
pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de
solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de antecipação da
prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair.

§ 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas
consequências jurídicas.

Verifica-se, inicialmente, que a disciplina da produção antecipada de provas admite sua realização na
modalidade de prova pericial, com o pressuposto de que haja fundado receio de que sua realização
posterior se revele impossível ou muito difícil.

No caso em questão, muito embora os motivos em razão dos quais o pedido é formulado não coincidam
com o previsto no Código de Processo Civil, mostra-se perfeitamente viável o seu deferimento.

É que, conforme farto material probatório juntado e mencionado nesta petição existem fortes indícios de
que graves vícios de construção das unidades habitacionais, além de estarem causando profundos
transtornos à vida de seus moradores, em especial das Autoras, prejudicando inclusive sua saúde, podem
comprometer a própria segurança da obra.

Constata-se ainda que não exista os profissionais que analisaram os fatos (empresa contratada pela
construtora, peritos, engenheiros, dentre outros), consenso sobre a exata dimensão dos riscos existentes e
melhor solução técnica a ser aplicada no caso e nem tão pouco a Autora tem condições financeiras de
contratá-los.

Deste modo, embora haja fortes indícios de que alguma medida urgente precise ser tomada, o quadro
delineado não permite que haja segurança técnica suficiente para que se formule algum pedido de
antecipação de tutela, o que indica a necessidade de, com urgência, definir tais pontos.

Portanto, mostra-se imprescindível a realização, imediatamente, de prova pericial para que se analise a
situação do imóvel objeto da lide, definindo e a real dimensão dos danos, sua responsabilidade e medidas
necessárias à correção dos vícios.

DA ANTECIPAÇÃO DE PROVA DE INSPEÇÃO JUDICIAL

Embora, diferentemente do que ocorre no tocante à prova pericial, não haja, no Código de Processo
Civil, previsão expressa quanto à possibilidade de antecipação de inspeção, tal lacuna de modo algum
pode se mostrar como empecilho à realização da medida, mesmo porque com a previsão do poder geral de
cautela de que é investido o Juízo a necessidade de expressa previsão perde qualquer sentido.

A inspeção é prevista no Código de Processo Civil nos seguintes termos:

Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar
pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.

Trata-se de meio de forma de grande utilidade, por permitir uma maior aproximação do julgador com os
fatos a ele submetidos, o que, em demandas desta natureza, é de grande relevância para que se tenha uma
melhor percepção dos impactos causados pelos atos ilícitos ora combatidos.

DOS PEDIDOS

Em face do exposto, a Autora, requer:

A citação das demandadas para, querendo, contestar a ação, sob pena de confissão e revelia;

A intervenção do Ministério Público Federal para acompanhamento da presente demanda;

A condenação da CAIXA a juntar a presente demanda todos os documentos e contratos referentes


aos ajustes firmados para construção e aquisição dos imóveis objetos do presente, documentos esses,
além dos contratos, todos os necessários e fornecidos pelos órgãos públicos e privados (licenças, Alvarás,
habites, etc);

A condenação das requeridas no ressarcimento das despesas que a Autora teve que gastar no imóvel e
assim torna-lo habitável, cujo valor estipula em R$ 4.000,00;

A condenação das requeridas ao pagamento das custas, pagamento de peritos, honorários e demais
despesas processuais;

Os benefícios da gratuidade da justiça a Autora;

Protesta-se pela produção de todas as provas em direito admitidas, em especial, depoimento dos Réus na
pessoa de seus representantes legal; o depoimento da autora e de suas testemunhas que comparecerão
independe de intimação e cujo rol será juntado oportunamente, pericias, inspeção judicial, vistorias e o
que mais necessário se fizer na presente demanda.

Requer-se, ainda, a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, nos termos do artigo 6.º, inciso
VIII, da Lei n.º 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor).

Ao final seja a presente ação indenizatória julgada totalmente procedente , para condenar os réus a
pagarem ao autor, integralmente, indenização no valor correspondente a todos os vícios construtivos
(ocultos e aparentes) presentes no imóvel de sua propriedade, cujo valor apurado pelo autor é de R$
36.000,00 (cinquenta mil reais);

Ainda, seja a presente ação indenizatória julgada totalmente procedente para condenar os réus a
pagarem aos autores Danos Morais de cujo valor deve ser arbitrado segundo entendimento desse juízo;

Das pericias querer:

Quanto a perícia a ser feita no imóvel objeto da presente, a parte autora requer seja determinado ao perito
fazer o levantamento dos danos existentes no imóvel, incluindo a fossa, requerendo ainda , que
igualmente a apuração dos danos encontrados, o perito informe a esse juízo se a parte autora chegou a
fazer algum reparo no imóvel no sentido de sanar alguns danos, se sim, informar o perito quais foram
feitos e os valores dos mesmos a data de hoje;

Requerendo ainda, quanto a perícia, que a mesma seja feita por engenheiro civil e também por um por
engenheiro da vigilância sanitária para apurar a situação da fossa de cujos danos já acima foi
explicitado.

Requer a aplicação dos consectários da sucumbência a serem suportados pelos requeridos, bem como
honorários advocatícios, os quais se pede, sejam fixados à razão de 20% sobre o valor total da causa;

Por fim, protesta provar as alegações apresentadas por meio de todos os meios de prova em direito
admitidos, especialmente através de prova documental e pericial.

Termos em que, estando ciente de que os valores postulados perante este MM. Juízo Especial Federal
Previdenciário não poderão exceder a sessenta (60) salários mínimos, renuncia aos excedentes a este teto
e, ou seja, renuncia ao que exceder a soma de 60 (sessenta) salários mínimos nacionalmente unificados.

Atribui-se à causa o valor de R$ 41.604,35 (valor total da compra).

Termos em que pede e

Espera deferimento

João Pessoa, outubro de 2020.

MARIA NIVALDETE DE LIMA OLIVEIRA


ADVOGADA - OAB 8407.

Processo: 0810880-79.2020.4.05.8200
Assinado eletronicamente por:
MARIA NIVALDETE DE LIMA OLIVEIRA MARINHO - Advogado 20102811034617900000006537240
Data e hora da assinatura: 28/10/2020 11:27:17
Identificador: 4058200.6517361
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfpb.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

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