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ADVOCACIA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA


CÍVEL DA COMARCA DE SÃO JOAQUIM DA BARRA, ESTADO DE SÃO
PAULO

Processo n. 1000991-23.2022.8.26.0572

EDUARDO DA SILVA e FERNANDA RODRIGUES


MONTEIRO a m b o s já qualificado nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS, que promove em face de DESENVOLVE SP- AGÊNCIA DE
FOMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO, também já qualificado, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, em atenção ao disposto no art. 350 e
351 ambos do CPC, IMPUGNAR À CONTESTAÇÃO, pelos fatos que a seguir
expõe:
Rua Eloy Resende nº 91, Jardim Liliane, São Joaquim da Barra - SP, CEP 14.600-000.
Celular (16) 99332-4770.
E-mail: mariliarechi@hotmail.com
ADVOCACIA

Inicialmente, impugna-se todos os fatos alegados em


contestação de fls. 320/359 apresentada pela Requerida.

Ainda, a síntese dos fatos discriminados pela Requerida


não se trata do presente caso, visto que os nomes mencionados não são os dos autores,
tampouco as informações mencionadas dizem respeito a eles, conforme se verifica no
print abaixo:

Rua Eloy Resende nº 91, Jardim Liliane, São Joaquim da Barra - SP, CEP 14.600-000.
Celular (16) 99332-4770.
E-mail: mariliarechi@hotmail.com
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Verifica-se que os autores mencionados na descrição da
síntese da contestação se trata de “Dinei de Almeida Goulart e Luis Henrique Ribeiro de
Almeida” e menciona também uma empresa “Almeida Ribeiro Comercio de
Embalagens LTDA ME”, nos quais as pessoas e empresa mencionadas são
desconhecidas no caso dos autos, tampouco da relação processual.

Menciona também números de processos e valores que


também não dizem respeito a demanda.

Sendo assim, requer-se a aplicação da confissão ficta em


razão da peça contestatória se tratar de modelo pronto, não mencionando os fatos e
direitos destes autos.
Preliminarmente, a Requerida alega que a Desenvolve SP
não é parte legitima para figurar no polo passivo da presente demanda, sob o argumento
de que segundo a cláusula quarta do Contrato Sert nº 22/2017, bem como, pelo disposto
no §3º, art. 12, do Decreto-Lei Complementar Estadual nº 18/1970, no §1º, art. 9º, da
Lei Estadual nº 10.853/2001 no art. 3º do Decreto Estadual nº 63.055/2020, a
Desenvolve SP, Agência de Fomento do Estado de São Paulo, tem sua atuação como
agente financeiro e mandatária do Governo do Estado de São Paulo, sendo a pessoa
jurídica responsável pela administração de seus recursos e, também, pela sua
representação em Juízo, tema relevante para a presente demanda.

Tal alegação não merece prosperar visto que o próprio


Juízo a quo em Decisão de. fls.300 determinou que a parte autora procedesse a inclusão
do Banco Desenvolve SP, ora Requerido, no polo passivo da presente demanda, visto
este é responsável pela dívida em discussão.

Cumpre mencionar que, na presente demanda, não de


discute a dívida que ensejou a inclusão dos autores no Cadin, haja vista que ela já
foi paga. Apresente demanda discute a demora por parte da Requerida em excluir
o nome dos autores, após a quitação da dívida, conforme exposto na inicial, e
demonstrado no conteúdo probatório anexado nos autos.

Sendo assim, a alegação de ilegitimidade da parte


requerida não merece prosperar, visto que o próprio Magistrado reconheceu a sua
legitimidade.
No tocante a impugnação ao pedido de justiça gratuita, a
Requerida impugna sob o argumento de que os extratos bancários dos autores acostados
às fls. 19/28 por mera análise demonstram grande movimentação financeira, chegando
em um só dia ser creditado mais de R$2.000,00.

Pois bem, tal alegação não merece prosperar uma vez que,
os extratos bancários devem ser analisados como um todo, ou seja, todas as
movimentações bancárias, de “entrada e saída” de valores, e não somente os valores que
entram a conta bancária dos autores.

Sendo assim, entende-se que a hipossuficiência engloba


tanto aqueles que estão em condição de pobreza como também aqueles que apesar de
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não estarem naquela condição estão impossibilitados de arcar com custas e despesas
processuais sem prejuízo ao sustento próprio e/ou da sua família, ou seja, apesar de
terem rendimentos, inexistindo limitações, esses não são suficientes para cobrir os
encargos da prestação jurisdicional sem prejuízo próprio ou da família, como é o caso
dos autores.
A título de explicação do instituto da gratuidade dos atos
processuais, exemplifica-se uma pessoa que tenha rendimento fixo e mensal de
R$5.000, caso tenha todas as suas finanças comprometidas com as despesas tanto de sua
casa como dos membros que compõem sua família, verifica-se, assim, que não se trata
de uma pessoa em condição de pobreza, mas que tem toda sua renda financeira
comprometida com seu próprio sustento e o da sua família, sendo, portanto, detentora da
condição de hipossuficiência em relação aos encargos da prestação jurisdicional,
fazendo jus ao benefício da gratuidade da justiça, quaisquer que sejam os valores.

Por todo o exposto, tendo em vista os rendimentos


demonstrados pelos autores, impugna-se a alegação da requerida, de rigor a manutenção
dos benefícios da gratuidade dos atos processuais aos autores da presente demanda.

Ainda, a Requerida, reiteradamente, insiste em argumentar


a sua ilegitimidade por ser apenas mandatária do Estado de São Paulo, para gestão e
administração financeira de Fundo de Financiamento e Investimento atrelado à
Administração Pública Direta do Estado de São Paulo, sendo assim, somente
administradora e agente financeiro do Fundo pela Fazenda Pública estadual, em defesa
do patrimônio da Fazenda do Estado de São Paulo, não devendo então ser
responsabilizada na presente demanda.

Tais alegações não merecem prosperar, visto que,


conforme já mencionado, o próprio Magistrado reconheceu a legitimidade da Requerida
para figurar no polo passivo da demanda.

No tocante ao dano moral in re ipsa, a Requerida alega


que os autores se encontravam inadimplentes à época da negativação.

Ora Excelência, no caso dos autos, jamais fora discutida a


legalidade da negativação, pelo contrário, os autores reconhecem que estavam
inadimplentes. O objeto da discussão fora a demora da exclusão do nome dos autores,
após o pagamento da dívida, do CADIN, conforme se verifica na inicial (fls.3) e
comprovante de pagamento em anexo (fls. 31).

Cumpre salientar que o prazo para a Requerida remover a


negativação após o pagamento é de 5 dias uteis, conforme dispõe a Súmula 548 do STJ,
o que não ocorrera no caso dos autos, visto que o nome dos autores permaneceu
negativado pelo período de 7 meses.

Pois bem, a omissão da Requerida originou os danos


materiais sofridos pelos autores, que não conseguiram investir em seu negócio e teve
gastos que não seriam necessários, tirando o dinheiro da reserva que utilizaria no

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investimento de seu negócio para efetuar o pagamento de terceiros, devendo assim
serem ressarcidos pelos mesmos.

Sendo assim, impugna-se as alegações da requerida,


devendo ser reconhecido o direito da indenização por danos morais in re ipsa.

Por fim, protesta o autores, para provar as suas alegações,


pela produção de todos os meios de prova em Direito admitidos, especialmente prova
oral, documental, pericial e testemunhal.

Do mesmo modo, diante de todo o exposto, bem como por


ocasião da audiência de instrução, momento em que serão ouvidas testemunhas, será
devidamente demonstrada às alegações relatadas na exordial, razão pela qual a presente
ação deve ser julgada TOTALMENTE PROCEDENTE.

Nestes Termos,
Pede e espera deferimento.

São Joaquim da Barra/SP, 01 de dezembro de 2022.

JEAN MARCOS TORMENA


OAB/SP n. 417.895.

MARÍLIA RECHI DE SOUZA


OAB/SP n. 442.082.

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