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Processo nº
MIMOSO MIMO, devidamente qualificado nos autos do Processo nº 00, em atendimento ao
despacho de pá gina 0, item “6” da decisã o contida nos autos, vem perante V. Exa. Mui
respeitosamente, indicar como sua ASSISTENTE TÉ CNICA PERITA, Eu: PEPE, brasileira,
engenheira civil, especialista em patologia da construçã o, inscrita no CREA sob o nº 00, sob
o CPF: 00 e Carteira de Identidade sob o nº 00 – SSP, com endereço residencial à Av. 00,
telefone 000-000, onde requer seja intimada da data e horá rio da realizaçã o da perícia.
CONSIDERAÇÕ ES INICIAIS: É fato que o Sr. MIMOSO MIMO (Reclamado) e sua esposa
MIMOSA MIMO no ano de 2005 adquiriram o imó vel da (endereço) Av. Casa 1, Jardim.., com
21 m2 de á rea construída. A partir de 23 de 2006 o referido imó vel foi vendido pelo
Reclamado aos Reclamantes e encontrava-se em perfeito estado de conservaçã o na época
da venda.
De acordo com o site... No ano de 2006 a BANCO – AGENTE FINANCIADOR cobrava juros de
6% ao ano mais TR da família de baixa renda e 6,5% para famílias com rendas entre
R$3.900,00 (três mil e novecentos reais) e R$4.900,00 (quatro mil e novecentos reais) para
financiar imó vel novo. E podia-se financiar até 100% do imó vel se ele fosse novo. De
acordo com o site: acessado em, quem fosse financiar imó vel usado nã o teria mais subsídio,
ou seja, desconto no valor do imó vel fornecido pelo BANCO – AGENTE FINANCIADOR e
poderia financiar somente 80% do valor do imó vel, ou seja, teria que dar uma entrada
referente a 20% do valor do imó vel. Sendo assim, o ú nico beneficiado em financiar imó vel
novo ao invés de financiar imó vel usado era o comprador, no caso em tela os Reclamantes.
Para o Reclamado o valor a receber continua sendo o mesmo. E, além disso, é sabido por
todos os engenheiros que atuam no ofício da avaliçã o de imó veis junto a BANCO – AGENTE
FINANCIADOR que as informaçõ es prestadas a BANCO – AGENTE FINANCIADOR com o
propó sito de financiamento sã o feitas pelo comprador do imó vel, que neste caso em
questã o sã o de responsabilidade dos Autores/Reclamantes da presente açã o.
Feitas essas consideraçõ es iniciais e representando o Reclamado na condiçã o de Assistente
Técnica de Perícia é que formulo os seguintes quesitos:
1) O vendedor, MIMOSO MIMO (Réu) nã o construiu a casa em discussã o, portanto ele nã o
pode assumir eventuais responsabilidades do construtor. INFORME SR. PERITO: Desde
quando o imó vel existe, a partir de có pia de Certidã o de Registro de Imó veis presente no
processo (fls.) e a quantos proprietá rios o mesmo imó vel pertenceu? Gentileza enumerá -los
e nomeá -los.
2) A Companhia de Energia local fornece um documento mostrando quando ocorreu a
primeira ligaçã o de energia elétrica no imó vel (declaraçã o de energizaçã o). Dirigindo-me
até um dos pontos de atendimento da referida empresa juntamente com o Reclamado em
(data) para solicitaçã o deste documento fomos informado pelos funcioná rios que: “o imóvel
foi energizado em (data). INFORME SR. PERITO: Desde quando o imó vel existe, a partir de
documentos comprobató rios fornecidos pela Companhia de Energia?
3) Os laudos dos engenheiros civis da CEF, produzidos com base nas vistorias realizadas
dias (data), informaram que o imó vel nã o apresenta ameaça de desmoronamento.
INFORME SR. PERITO: Se existe alguma causa estrutural para as fissuras apresentadas no
imó vel?
4) A seguir estã o algumas fotos tiradas pelo lado de fora da edificaçã o, mostrando, nas
Figuras de 0 a 0, uma cobertura construída na á rea destinada à garagem e que nã o existia
no momento da venda do imó vel. INFORME SR. PERITO: a) qual o tamanho da á rea de
construçã o da cobertura construída destinada à garagem e de qual material foi construída
esta cobertura; b) a idade aproximada desta construçã o; c) se existe projeto aprovado na
Prefeitura e caso nã o exista qual o tipo de sançã o prevista para essa infraçã o; d) se existe
alvará de construçã o e caso nã o exista qual o tipo de sançã o prevista para este tipo de
infraçã o; e) se o projeto está registrado no CREA; f) quem é o autor do projeto e o
Responsá vel Técnico; g) se esta ampliaçã o realizada pelos Reclamantes pode provocar
fissuras nas paredes do imó vel e outros danos estruturais.
5) Sabe-se que a manutençã o preventiva garante a vida ú til do imó vel e deve ser realizada
pelos usuá rios. Conforme constataram os engenheiros da nã o foi tomada nenhuma medida
pelos Reclamados para proteger o imó vel. INFORME SR. PERITO: Como está o grau de
conservaçã o do imó vel e se os usuá rios fazem manutençõ es preventivas para evitar a
deterioraçã o e a consequente diminuiçã o da vida ú til do imó vel?
6) Aparentemente a pintura está bem desgastada conforme fotos tiradas do lado externo
do imó vel. INFORME SR. PERITO: Como está a pintura externa do imó vel para evitar a
entrada de umidade para o interior da residência, comprometendo o revestimento interno?
7) As figuras acima aparentemente mostram um imó vel em péssimo estado de
conservaçã o. INFORME SR. PERITO: como está a conservaçã o da calçada de proteçã o da
residência (livre de fissuras, de porosidade etc.) para evitar o acesso de umidade ao imó vel,
evitando a umidade nas paredes por absorçã o e capilaridade?
8) No período em que o imó vel esteve sob a propriedade do Reclamado (do ano de 2005 a
2006), o mesmo nã o apresentou fissuras e nem desplacamentos de revestimentos.
INFORME SR. PERITO: o Reclamado nã o sendo este engenheiro e nem construtor poderia
saber dos problemas que aconteceriam no ano de (data) e se responsabilizar por eles?
9) Os Reclamantes alegaram em sua petiçã o inicial (fls.): e ainda, também ficou exposto na
fundamentaçã o da decisã o do MM. Juiz, na letra L da pá gina 2: “[...] os defeitos são
decorrentes de causas externas – construção do vizinho e água da chuva. Sendo assim, a
questã o da causa desses problemas já nã o estariam resolvidas, sendo estas - causas
externas, e portanto, nã o devendo recair nem sobre o Reclamado (que adquiriu o imó vel de
boa fé) e nem sobre quem construiu tal imó vel em questã o (o antigo proprietá rio)? SR.
PERITO MANIFESTE-SE SOBRE ESTE PONTO.
Por fim, esta assistente técnica representando os interesses do reclamado protesta pela
apresentaçã o de quesitos durante a realizaçã o da diligência pericial e mesmo depois da
entrega do laudo pelo perito, bem como da apresentaçã o de quesitos suplementares e
esclarecedores. Também pede que seja deferido o pedido de convocaçã o do Senhor Perito
Oficial para prestar esclarecimentos em Audiência sobre o seu Laudo, se necessá rio.
Por tudo,
Pede-se o deferimento de tais quesitos.
Local/Data.
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PEPE (ASSISTENTE DE PERÍCIA)
Engenheira Civil – CREA/