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Almeida Moraes e Rotta

Consultores Legais

Daniel Corrêa de Almeida Moraes


Luiz Antônio Rotta

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO MM. JUIZADO


ESPECIAL CIVEL DO FORO REGIONAL II – SANTO AMARO DA COMARCA
DE SÃO PAULO/SP

Autos do Processo nº 02.2005.106428-3

ANELISA SILVA RIBEIRO, já devidamente qualificada


nos autos da Ação de Inexigibilidade de Título de Crédito c/c Danos Morais em
epígrafe, que promove em face de Tim Celular S.A., vem, respeitosamente à
presença de V.Exa., apresentar suas

CONTRA-RAZÕES AO RECURSO INOMINADO

Requerendo o recebimento das suas razões, e a


posterior remessa ao Egrégio Colégio Recursal, com as cautelas de praxe.

Termos em que,
Pede Deferimento.

São Paulo, 17 de maio de 2.007.

Luiz Antonio Rotta


OAB/SP 232.815

Avenida Professor Alfonso Bovero, nº 1.022 – Perdizes – São Paulo/SP CEP 05019-010
Pabx: (55 11) 3873-7797
Email: contato@almeidamoraeserotta.adv.br
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Luiz Antônio Rotta

RECORRENTE: TIM CELULAR S.A.


RECORRIDA: ANELISA SILVA RIBEIRO
PROCESSO ORIGEM: 02.2005.106428-3
JUIZO DE ORIGEM: JUIZADO ESPECIAL CIVEL DO FORO REGIONAL II –
SANTO AMARO

Inclitos Julgadores

Egrégio Colégio Recursal

Se insurge a Recorrente contra a decisão do MM.


Juizado Especial Cível deste foro regional, que fez justiça ao extinguir a cobrança
de título de crédito e condenou a mesma ao pagamento de R$ 7.000,00 (sete mil
reais) à título de danos morais.

DA EFETIVIDADE DOS DANOS MORAIS CAUSADOS A RECORRIDA

As alegações recursais da Recorrente, apenas


demonstram injustificado inconformismo, já que advém de sua própria
desorganização.

Isto porque, pela completa ausência de argumentos, a


Recorrente pauta suas alegações no fato de a Recorrida não ter quitado contas de
acordo com seus procedimentos.

Em um primeiro momento, de fato a Recorrida não o


fez. Entretanto, a Recorrida que sempre cumpriu religiosamente com suas
obrigações, procurou a Recorrente e fez um doc quitando a dívida na data de
06/11/2.004, conforme comprovante colacionado aos autos as fls. 25.

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Dada a impressionante desorganização da Recorrente,


a mesma fez contato telefônico com a Recorrida em 04/08/2.005, portanto, quase
um ano depois cobrando a dívida, sendo certo que a Recorrida enviou fax do
recibo a Recorrente naquela data, conforme se verifica do aludido fax colacionado
as fls. 26 dos presentes autos.

Entretanto, isto não foi suficiente para a Recorrente


deixar de lesar a Recorrida, já que decorridos alguns meses, a mesma procurou
uma agencia de viagens para comprar um sonhado pacote de lua de mel, e não
pôde, graças a inércia da Recorrente em regularizar a situação, tendo sido
informada pela agência que havia uma restrição no SERASA em seu nome,
conforme declaração colacionada aos autos as fls. 28.

Para a total surpresa da Recorrida, a aludida restrição,


tratava-se justamente de débito junto a Recorrente que já havia sido quitado a
mais de um ano, conforme se verifica da consulta do serasa colacionada aos
autos.

O que realmente chama atenção nas alegações


recursais da Recorrente, é a forma como ela trata a vida alheia, e principalmente,
a forma como trata seus clientes.

A fantasiosa alegação da Recorrente de que a


Recorrida não comprovou o dano, se limitando a alegar, vai em desencontro com
todo o conjunto probatório através dos documentos juntados.

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De fato, como alega a Recorrente, dano moral não


dispensa a prova, entretanto, a mesma ignora as provas produzidas nos autos que
trazem ao processo a realidade da desorganização e falta de cuidado e respeito
com que a Recorrente age com relação aos seus clientes.

O ponto nevrálgico do feito é que a Recorrente se utiliza


de argumentos falhos para cobrir seus próprios equívocos, na medida em que,
alega que a simples inclusão no serasa não enseja o dano moral.

De fato não enseja. O que enseja, na realidade, é o fato


de quase um ano e meio após o pagamento da divida, a Recorrente não ter
retirado do serasa o nome da Recorrida, o que era a sua obrigação.

Da mesma forma, não foi a inclusão no serasa que


gerou o dano. O que gerou o dano, foi a inércia da Recorrente em retirar o nome
da Recorrida do serasa, e por conseqüência desta omissão, não somente fez com
que a Recorrida passasse pelo constrangimento de ter que voltar a agencia de
turismo e receber de volta os seus cheques, como teve desmanchado o sonho de
sua viagem de lua de mel, ponto alto pra alguém que acaba de se casar, por uma
atitude que não deu causa.

Neste sentido, vale lembrar que o Código Civil


estabelece em seu artigo 186, que aquele que gera dano por ação ou omissão,
tem o dever de indenizar, o que foi o caso dos autos.

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Ora Exas., é imperioso ressaltar que a Recorrida


passou sofrimento em dobro, primeiro por ser exposta ao ridículo, e
posteriormente por não ter tido lua de mel, em face da atitude da Recorrente que
não pode ser premiada por sua ilicitude.

Desta forma, resta evidenciado o r. julgado de fls., não


merece ser reformado.

DO QUANTUM DEBEATUR

Alega a Recorrente que o valor da condenação não


está de acordo com a realidade fática da demanda, o que não pode prosperar em
nenhuma hipótese.

Note-se que a condenação se deu por pouco mais da


metade do valor pleiteado, de forma que, foi estabelecida a justiça, reparando em
parte, a dor moral da Recorrida.

O valor arbitrado pelo MM. Juízo originário, apenas


serve para que a Recorrida tenha amenizada a sua dor, e principalmente, a sua
frustração de ter impedida a realização de um sonho, pelo qual, evidentemente a
Recorrente deu causa.

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Luiz Antônio Rotta

Desta forma, não há que se falar em reforma do valor


indenizatório devendo ser mantida a r. decisão originária.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Diante de todo o exposto, requer-se que seja mantida a


r. decisão de fls., em sua íntegra, reparando o dano causado a Recorrida como
medida de

Justiça!!!!

São Paulo, 17 de maio de 2.007.

Luiz Antonio Rotta


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