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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ SUPERVISOR JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

DA COMARCA DE PARAÍSO DO NORTE - ESTADO DO PARANÁ.

Galli, Barbosa & Cia Ltda. - Me1, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ/MF sob nº 15.164.238/0001-20, com sede na cidade de Paraíso do Norte/PR, Estrada
Canabrava, Alto Paraíso, sentido rampa Náutico Sítio São João, CEP 87.780-000, por seu
advogado2 ao final assinado, com escritório profissional na Avenida Anita Garibaldi, 850,
sala 211-C, Ahú, Curitiba/PR, CEP 80540-180, onde recebe intimações e notificações, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO DE LOCUPLETAMENTO ILÍCITO

em face de Anderson Barbosa Farias, brasileiro, inscrito no CPF/MF sob nº 066.014.319-


40, residente e domiciliado na Rua Cassimiro de Abreu, 656, CEP 87.790-000, pelos
fundamentos de fato e de direito que passa a expor:

1
Doc. 1 - Contrato Social.
2
Doc. 2 - Procuração.

FILIAL SEDE FILIAL


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1001, Maringá/PR, CEP 87030-008 Ahú, Curitiba/PR, CEP 80540-180 João, Paranaguá/PR CEP 83212-010
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1 SÍNTESE FÁTICA:

A Requerente é pessoa jurídica de direito privado com ilibada reputação


perante o mercado, atuando no ramo de moagem e fabricação de produtos de origem
vegetal, comércio varejista de animais vivos e de artigos e alimentos para animais de
estimação.

A Requerente, nesta condição, realizou a venda de mercadorias em favor


do Requerido, conforme duas notas promissórias em anexo3.

Ocorre que, após receber os produtos da empresa Requerente, o


Requerido não efetuou o pagamento pela sua aquisição/compra, a qual perfaz a importância
total de R$ 2.059,00 (dois mil e cinquenta e nove reais).

Assim, restando frustradas todas as tentativas para resolução amigável do


litígio, só restou à Requerente a propositura da presente demanda, conforme
fundamentos adiante expostos.

2 DIREITO APLICÁVEL

O Requerido deixou de efetuar a contraprestação pela compra de


mercadorias da Requerente, restando configurado o enriquecimento ilícito.

Desta forma, o Requerido deverá restituir o que fora indevidamente


auferido, conforme o disposto no artigo 884 do Código Civil:

Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de


outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a
atualização dos valores monetários.

Em razão do inadimplemento, o Requerido deverá ser condenado ao


pagamento do valor da obrigação, acrescido de juros, correção monetária e honorários
advocatícios, nos termos da legislação supramencionada.
3 VALOR ATUALIZADO DO DÉBITO

3
Doc. 3 - Nota de venda assinada pelo Requerido.

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Uma vez demonstrado o direito da Requerente em ser ressarcida pelo
dano causado pelo Requerido, necessário se faz a discriminação e atualização do débito.

Ademais, o Requerido deve ser condenado ao pagamento do montante de


R$ 4.708,09 (quatro mil e setecentos e oito reais e nove centavos) à Requerente, valor
que deverá ser corrigido monetariamente até a data do efetivo pagamento e acrescido de
juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês, desde a citação4:

Veja, neste sentido, o julgado abaixo colacionado:

DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores integrantes da


15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do
Paraná, por unanimidade de votos, em conhecer parte do
recurso, para no mérito, dar-lhe parcial provimento, para o fim
de declarar a inexigibilidade de parte da dívida inscrita no
SERASA, restando pendente de pagamento o valor de
R$7.405,00 com os acréscimos legais - correção
monetária e juros de mora de 1% ao mês, contados desde
o vencimento do título,- ordenando à ré para que retifique a
inscrição do débito no SERASA, em 05 (cinco) dias, com
redistribuição dos ônus de sucumbência, nos termos do voto
do Relator. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
PEDIDO LIMINAR E INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. 1.
CONTRATO DE FACTORING. INADIMPLÊNCIA DOS
TÍTULOS. CHEQUES E DUPLICATAS. RISCO DO
NEGÓCIO. RESPONSABILIDADE DA EMPRESA
FATORIZADORA. 2. VALOR DEVIDO SOMENTE EM
RELAÇÃO À NOTA PROMISSÓRIA.INSCRIÇÃO DEVIDA.
ATO ILÍCITO NÃO CONFIGURADO.1. O faturizado não
responde ao faturizador pelo pagamento dos títulos
negociados em virtude de contrato de factoring se não forem
solvidos pelos emitentes devedores, salvo se as dívidas
cedidas estiverem contaminadas por vícios que as
invalidem.2. A existência de dívida, ainda que inferior ao valor
inserido no SERASA, não dá ensejo à indenização por danos
morais, pois persistente a inadimplência da
devedora.RECURSO CONHECIDO, EM PARTE, E PROVIDO
PARCIALMENTE. (TJPR - 15ª C.Cível - AC - 1479723-4 -
Apucarana - Rel.: Hayton Lee Swain Filho - Unânime - - J.
02.03.2016)(TJ-PR - APL: 14797234 PR 1479723-4
(Acórdão), Relator: Hayton Lee Swain Filho, Data de
Julgamento: 02/03/2016, 15ª Câmara Cível, Data de
Publicação: DJ: 1758 11/03/2016)

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA - JUROS MORATÓRIOS -


AÇÃO MONITÓRIA - NOTA PROMISSÓRIA -
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL - VENCIMENTO DA
DÍVIDA. 1.- Embora juros contratuais em regra corram a
partir da data da citação, no caso, contudo, de obrigação
4
Doc. 4 – Memória de cálculo.

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contratada como positiva e líquida, com vencimento
certo, os juros moratórios correm a partir da data do
vencimento da dívida. 2.- Emissão de nota promissória em
garantia do débito contratado não altera a disposição
contratual de fluência dos juros a partir da data certa do
vencimento da dívida. 3.- O fato de a dívida líquida e com
vencimento certo haver sido cobrada por meio de ação
monitória não interfere na data de início da fluência dos juros
de mora, a qual recai no dia do vencimento, conforme
estabelecido pela relação de direito material. 4.- Embargos de
Divergência providos para início dos juros moratórios na data
do vencimento da dívida.(STJ - EREsp: 1250382 RS
2011/0205446-3, Relator: Ministro SIDNEI BENETI, Data de
Julgamento: 02/04/2014, CE - CORTE ESPECIAL, Data de
Publicação: DJe 08/04/2014)

Em vista de todos os elementos acima, realizam-se, ao fim, os pedidos


necessários para a tutela do crédito da Requerente, nos termos abaixo.

4 PEDIDOS

ISTO POSTO, requer-se à V. Exa:

4.1 A citação do Requerido por correspondência com AR, para que


tome conhecimento da presente ação e, querendo, apresente
contestação, no prazo legal, sob pena de sofrer os efeitos da
revelia;

4.2 Ao final, a condenação do Requerido ao pagamento da importância


de R$ 4.708,09 (quatro mil e setecentos e oito reais e nove
centavos), valor que deverá ser corrigido monetariamente e ser
acrescido de juros moratórios de 1% ao mês, desde a data do
vencimento;

4.3 Seja autorizada a produção de provas através de todos os meios


em direito admitidos, incluindo a produção de prova documental,
consistente na juntada de novos documentos que o contraditório
puder exigir, bem como produção de prova oral, consistente na
oitiva de testemunhas;

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4.4 Que todas as publicações, notificações e intimações sejam
realizadas exclusivamente em nome do Dr. Gabriel Cardoso Galli,
inscrito na OAB/PR n° 72.367, sob pena de nulidade.

Dá-se à causa o valor de R$ 4.708,09 (quatro mil e setecentos e oito


reais e nove centavos).

PEDE DEFERIMENTO
De Curitiba à Paraiso do Norte, 22 de March de 2023.

Gabriel Cardoso Galli


OAB/PR 72.367

5 RELAÇÃO DE DOCUMENTOS QUE INSTRUEM A EXORDIAL

DOC Descrição
.

1 Contrato Social
2 Procuração.
3 Nota de venda assinada pelo Requerido.
4 Memória de cálculo.
5 Qualificação Tributária
6 Carta de preposição

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