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FUNDAMENTOS

HISTÓRICOS DA
EDUCAÇÃO FÍSICA E
DO ESPORTE

Eduardo Natali Della Valentina


Sistema CONFEF/CREF
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Descrever a origem do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF)


e dos Conselhos Regionais de Educação Física (CREFs).
„„ Relacionar as funções dos conselhos de educação física na intervenção
profissional.
„„ Apresentar o Conselho Regional de Educação Física de Santa Catarina
(CREF3/SC).

Introdução
Neste capítulo, você vai conhecer a origem do CONFEF e dos CREFs.
Também vai aprender sobre a importância desses órgãos na organização
da profissão de educação física. Para isso, vai estudar que objetivos,
princípios e finalidades esses conselhos põem em prática a fim de zelar
pelo bom atendimento da sociedade.
O que você vai aprender aqui lhe possibilitará conhecer seus deve-
res e direitos profissionais. Além disso, esses aprendizados nortearão e
orientarão suas condutas na atuação profissional, seja na área escolar, de
lazer, esportiva ou de saúde.

Origem do sistema CONFEF e CREF


Você sabia que a atuação de profissionais não formados na área de educação
física já foi algo permitido? Foi só a partir da década de 1940 que a situação
começou a mudar. Nesse período, tiveram início diversas manifestações e
iniciativas para a regulação da profissão de educação física. A partir daí, as
exigências de profissionalismo começaram a tomar amplitude social. Assim,
a educação física ganhou força para lutar por seu devido espaço em meio a
outras profissões.
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A iniciativa de regulamentação da profissão partiu primariamente das


Associações dos Professores de Educação Física (APEFs) localizadas no Rio
de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em São Paulo.
De acordo com o Conselho Federal de Educação Física (2018a), os pro-
fessores Inezil Penna Marinho, Jacinto Targa e Manoel Monteiro foram os
primeiros a buscar, na década de 1950, a regulamentação, bem como a criação
dos conselhos. Porém, eles não fizeram nenhuma ação efetiva para o desdo-
bramento desses ideais, apesar do espírito de defesa pela profissão.
Em 1972, a Associação de Professores de Guanabara expôs a proposta de
criação dos Conselhos Regionais e Federal de educação física no III Encontro
de Professores de Educação Física (CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
FÍSICA, c2018a).
Essa proposta se embasou nas seguintes prerrogativas:

„„ É de interesse dos titulados em educação física e desportos a criação


dos Conselhos Regionais e Federal, reguladores da profissão.
„„ O código de ética profissional é fundamental para as relações de tra-
balho entre os titulados em educação física e desportos, tanto na área
particular como na área oficial.
„„ Os participantes do III Encontro dos Professores de Educação Física
ratificam o trabalho que foi executado no encontro anterior, sobre o
problema da criação dos Conselhos Regionais e Federal dos titulados
em educação física e desportos, e solicitam providências junto às au-
toridades do Executivo e do Legislativo Federal.

Assista ao vídeo disponível no link e código a seguir e


veja a importância do Código de Ética da Educação
Física (JOVEM PAN NOTÍCIAS, 2014).

https://goo.gl/PGJgX9
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Em 22 de novembro de 1983, na FUNCEP, em Brasília (DF), o professor


Benno Becker apresentou um projeto com base em outros conselhos profis-
sionais, como de medicina e psicologia. Após intensas discussões, se chegou
a um consenso: seria muito importante a criação de um conselho de educação
física para fiscalizar e nortear a profissão.
Em seguida, no ano de 1984, durante o II Congresso de Esporte para Todos,
houve novamente diversas discussões sobre a criação de um conselho. Porém,
se definiu que o conselho não poderia adotar a nomenclatura Conselho de
Professor de Educação Física, tendo em vista que ela partia da prerrogativa
de que educadores físicos só poderiam ser professores. Além disso, essa
denominação poderia interferir em outras licenciaturas, fato este apontado
pelo professor Inezil Penna Marinho.
Assim, ao final das discussões com os profissionais e políticos envolvidos,
chegou-se ao acordo de nomear os membros da categoria como profissionais
de educação física.
Nesse mesmo ano de 1984, o deputado federal Darcy Pozza apresentou um
projeto sobre a criação dos conselhos de educação física e a regulamentação da
profissão. Esse é considerado o primeiro projeto que tentou regular a profissão.
Esse projeto de lei foi aprovado pelo Congresso Nacional no ano de 1989.
Entretanto, foi recusado pelo então presidente da República José Sarney no
início dos anos 1990 com justificativas de ordem trabalhista.
No ano de 1994, há um alarde por parte dos estudantes de educação física
devido ao excesso de pessoas sem formação atuando em sua área profissional.
Nesse contexto, após a revolta e a indignação dos estudantes que gostariam
de uma resolução para esse impasse, no ano de 1995 é lançado o Movimento
pela Regulamentação Profissional de Educação Física no Congresso Inter-
nacional de Educação Física (FIEP). Esse foi um momento de forte impulso
à regulamentação profissional.
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Figura 1. Teia de colaboradores do Movimento Nacional pela Regulamentação do Profis-


sional de Educação Física.
Fonte: Conselho Federal de Educação Física (c2018a)

O professor Jorge Steinhilber, conferencista no Congresso, foi o difusor do


Movimento de Regulamentação junto aos delegados do FIEP e das instituições
de ensino, apresentando a importância das reivindicações.

A posse solene dos membros conselheiros do 1º Conselho de Educação Física ocorreu


no FIEP, evento em que se iniciou o Movimento pela Regulamentação do Profissional
de Educação Física.

No final de 1995, o projeto de regulamentação é aprovado pela Comissão


de Educação, Cultura e Desporto. No começo de 1996, foi designado o relator
do projeto, o deputado federal Paulo Paim.
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Após a leitura do projeto, foram solicitadas algumas mudanças e interven-


ções em seu texto para que não houvesse qualquer problemática caso fosse
aprovado. Em seguida, sob novo texto e novas perspectivas apresentadas de
forma comprobatória, o projeto estava em vias de aprovação pela Câmara.
Contudo, o deputado Paulo Paim foi nomeado para a diretoria da Câmara e
se retirou da comissão que aprovaria a regulamentação.
Em seu lugar, de forma acordada com os representantes da profissão, o
deputado federal Paulo Rocha apresentou o novo texto reconstruído à Câmara
para mais uma tentativa de regulamentação.
O projeto por fim foi encaminhado ao Senado, depois de aprovado pela
Câmara dos Deputados, no dia 1º de julho de 1998.
No dia da promulgação, o professor Jorge Steinhilber e a deputada Laura
Carneiro finalizaram as discussões sobre o projeto, processo que foi encerrado
com o discurso do senador Francelino Pereira. Posteriormente, o então presi-
dente da República Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei nº 9.696/98,
publicada no Diário Oficial da União em 2 de setembro de 1998.

É importante você saber também que o Conselho Nacional de Saúde, por meio da
Resolução nº 218/1997 (BRASIL, 1997), reconheceu o profissional de educação física
como profissional da área da saúde.

Leia os trechos a seguir da Lei nº 9.696/98 (BRASIL, 1998):

Art. 2º Apenas serão inscritos nos quadros dos Conselhos Regionais de Edu-
cação Física os seguintes profissionais:
I – os possuidores de diploma obtido em curso de Educação Física, oficialmente
autorizado ou reconhecido;
II – os possuidores de diploma em Educação Física expedido por instituição
de ensino superior estrangeira, revalidado na forma da legislação em vigor;
III – os que, até a data do início da vigência desta Lei, tenham comprova-
damente exercido atividades próprias dos Profissionais de Educação Física,
nos termos a serem estabelecidos pelo Conselho Federal de Educação Física.
Art. 3º Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar,
programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar tra-
balhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria,
consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de
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equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos,


científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto.
Art. 4º São criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Edu-
cação Física.

Como você viu, essa lei ressalta as premissas e prerrogativas que norteiam
a atuação do profissional de educação física em sua prestação de serviços à
sociedade. No entanto, a lei não faz distinção, em seu texto, entre a atuação
profissional do licenciado e a do bacharel. Essas divisões na atuação profissional
são abordadas em outros pareceres legislativos.
A profissão de educação física hoje está consolidada na sociedade e a cada
dia se apresenta inquestionável em seu papel na formação e na transformação
social.

Funções do sistema CONFEF e CREF


O sistema CONFEF e CREF pode ser entendido como uma vitória do pro-
fissional de educação física, que por muito tempo buscou seu espaço na
sociedade.
Os Conselhos, seguindo o texto da Lei nº 9.696/98 (BRASIL, 1998), que
os fundamentou e instituiu, apresentam diversas funções na organização e
na intervenção profissional.
Assim, esses órgãos têm como missão, segundo o próprio CONFEF
(CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, c2018b), “[...] garantir à
sociedade que o direito constitucional de ser atendida na área de atividades
físicas e esportivas seja exercido por profissionais de Educação Física [...]”.
O objetivo do Conselho Federal de Educação Física, que se destaca no
Artigo 58 da Lei nº 9.649, de 1998 (BRASIL, 1998), é pontualmente orientar,
disciplinar e fiscalizar o exercício das atividades próprias dos profissionais
de educação física.
O Estatuto do Conselho Federal de Educação Física aponta a sua finalidade
no Artigo 4º. Esse artigo aborda a defesa dos direitos e a promoção dos deveres
da categoria dos profissionais de educação física registrados. Tais direitos e
deveres incluem (CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2010):

I – exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação e exe-


cução do disposto na Lei 9.696/98;
II – zelar pela qualidade dos serviços profissionais oferecidos à sociedade;
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III – fiscalizar o exercício profissional, adotando providências indispensáveis


à realização dos objetivos institucionais;
IV – supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo o terri-
tório nacional;
V – estimular a exação no exercício profissional, zelando pelo prestígio e
bom nome dos que a exercem;
VI – estimular, apoiar e promover o aperfeiçoamento e a atualização de
profissionais de Educação Física e dos registrados e inscritos nos Conselhos
de Educação Física.

Nesse artigo, você pode perceber que o Conselho preza e zela pela profissão
e pelo profissional de educação física. Fica evidente e claro que a profissão
e seu exercício têm importância e valorização, de modo que o Conselho irá
fiscalizar a atuação de todos para a garantia da qualidade.
Ainda é importante que você conheça o Artigo 11 do Estatuto do Conselho
Federal de Educação Física. Esse artigo dispõe sobre a competência profissio-
nal, definindo quem pode atuar na área. Veja (CONSELHO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO FÍSICA, 2010):

Art. 11 – O exercício da Profissão de Educação Física, em todo o Territó-


rio Nacional, tanto na área privada, quanto na pública, e a denominação de
Profissional da Educação Física são privativos dos inscritos no CONFEF e
registrados no CREF, detentores de Cédula de Identidade Profissional expedida
pelo CREF competente, que os habilitará ao exercício profissional.

Como você viu, a situação pós-legislação é diferente da existente antes


da regulamentação da profissão, em 1998. Antes, várias pessoas sem forma-
ção e sem registro profissional podiam atuar na área. Hoje, contudo, isso é
proibido e contra a lei, uma vez que é exposto claramente que é necessário
estar habilitado e formado para que se possa atuar nas áreas que competem
ao profissional de educação física.
O CONFEF, como você sabe, representa a instância federal do Conselho,
deixando a cargo dos Conselhos Regionais funções que contribuam com
seus objetivos e finalidades. Esses Conselhos Regionais conseguem ser mais
pontuais, objetivos e específicos em sua atuação por fiscalizarem com mais
proximidade a profissão.
Dessa forma, o CREF, de acordo com o Estatuto do Conselho Federal de
Educação Física, deve ter algumas competências obrigatórias em sua atuação.
A seguir, você pode ver algumas das competências citadas pelo CONFEF para
a atuação do CREF (CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2010):
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II – inscrever e habilitar ao exercício da profissão os profissionais de Educação


Física na sua área de abrangência;
III – inscrever e habilitar, na sua área de abrangência, ao exercício os pro-
fissionais que comprovem ter atuado na área da atividade física e desportiva
conforme norma baixada pelo CONFEF; [...]
XXI – manter intercâmbio com entidades congêneres e fazer-se representar em
organismos internacionais e em conclaves no país e no exterior, relacionados
à Educação Física e suas especializações, ao seu ensino e pesquisa, bem como
ao exercício profissional, dentro dos limites dos recursos orçamentários e
financeiros disponíveis e com observância da disciplina geral estabelecida
pelo CONFEF;
XXII – incentivar e contribuir para o aprimoramento técnico, científico e
cultural dos profissionais de Educação Física e da sociedade em geral.

Essas competências estão relacionadas ao que diz a Lei nº 9.696/98 (BRASIL,


1998), que dispõe sobre a criação dos conselhos. Assim, o objetivo dos Conse-
lhos Regionais também é fiscalizar, planejar, organizar, auxiliar e fomentar o
desenvolvimento da profissão e do profissional de educação física.

Para compreender as ações de proteção, fiscalização e crescimento do sistema CONFEF/


CREF, é imprescindível que você conheça as conquistas históricas idealizadas pelos
profissionais de educação física. Nesse âmbito, se destaca o reconhecimento profissional
da educação física, bem como de sua área de atuação.
O sistema CONFEF/CREF significa, nesse contexto, uma conquista para a classe,
que nos dias atuais se posiciona com maior eficiência e qualidade no atendimento
da sociedade.
Por fim, entender a atuação desse sistema como um órgão que apoia o desenvol-
vimento da profissão é papel fundamental do profissional que fomenta seu valor na
sociedade.

Os Conselhos Regionais de Educação Física são divididos por região para


melhor atender os profissionais e a sociedade. Atualmente, o Conselho Federal,
por meio dos Conselhos Regionais, avalia e fiscaliza a situação da profissão
e do profissional de educação física no Brasil.
De acordo com o Conselho Federal de Educação Física, existem 20 Con-
selhos Regionais. Você pode ver quais são eles no Quadro 1, a seguir.
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Quadro 1. Conselhos Regionais de Educação Física.

CREF1/RJ CREF2/RS CREF3/SC CREF4/SP CREF5/CE

CREF6/MG CREF7/DF CREF8/AM– CREF9/PR CREF10/PB


AC–RO–RR

CREF11/MS CREF12/PE CREF13/BA CREF14/GO-TO CREF15/PI–MA

CREF16/RN CREF17/MT CREF18/PA–AP CREF19/AL CREF20/SE

Fonte: Conselho Federal de Educação Física (2010).

A Resolução CONFEF nº 326/2016 dispõe sobre especialidade profissional em educação


física na área do esporte. Veja (CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2016):

Art. 6º – O Profissional de Educação Física especialista em Esporte


poderá desenvolver as suas atividades profissionais em setores da
sociedade e locais onde seja oferecida a prática da modalidade objeto
de sua especialidade profissional, incluindo a natureza.

Os CREFs existentes no Brasil


No Brasil, segundo o CONFEF (CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
FÍSICA, 2010), existem 20 CREFs que registram os profissionais que atuam
nas áreas de atividades físicas e desportos. Todos esses conselhos têm por
obrigação a defesa e a fiscalização dos Profissionais de Educação Física no
cotidiano, a prestação de serviços à sociedade, zelando pela eficiência e qua-
lidade deste servico, bem como a fiscalização inapropriada de indivíduos não
qualificados atuantes no mercado.
Cada Conselho detêm em sua estrutura seu próprio estatuto, que se difere
apenas em alguns pontos pela especificidade do local que se apresenta, porém
suas finalidades são as mesmas.
O artigo 4º de todos os estatutos que rediz sobre as finalidades de promover
os deveres e defender os direitos dos Profissionais de Educação Física e das
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pessoas jurídicas que nele estejam registrados (CONSELHO FEDERAL DE


EDUCAÇÃO FÍSICA, 2010).
Sendo assim, vamos conhecer um pouco sobre cada CREF que temos no
Brasil.

CREF1/RJ- ES
O Conselho Regional de Educação Física da Primeira Região – CREF1/RJ-ES
localiza-se na cidade do Rio de Janeiro e abrangência nos Estados do Rio
de Janeiro e Espírito Santo, sendo uma autarquia especial que representa
as diretrizes do Conselho Federal de Educação Física tem por finalidade
promover os deveres e defender os direitos dos Profissionais de Educação
Física e das Pessoas Jurídicas que nele estejam registrados. Este conselho
tem como missão

Defender a sociedade, zelando pela qualidade dos serviços profissionais ofere-


cidos, através da habilitação, regulação e fiscalização do exercício profissional
de Educação Física, primando pela aplicação da conduta ética e excelência
técnica vinculadas a promoção da Saúde Física, Mental e Social (RIO DE
JANEIRO; ESPÍRITO SANTO, c2018).

CREF2/RS
O Conselho Regional de Educação Física da 2ª Região – CREF2/RS é uma
autarquia federal com sede e foro na cidade de Porto Alegre e abrangência no
Estado do Rio Grande do Sul. A missão disposta pelo conselho é

[...] defender os interesses da sociedade em relação aos serviços prestados


pelo Profissional de Educação Física e pelas pessoas jurídicas nas áreas de
atividades físicas, desportivas e similares, com poderes delegados pela União
para normatizar, orientar, disciplinar o exercício das atividades próprias
dos Profissionais de Educação Física no Estado do Rio Grande do Sul (RIO
GRANDE DO SUL, c2018).

CREF3/SC
O CREF3/SC é uma autarquia federal que tem o objetivo de defender a socie-
dade zelando pela qualidade dos serviços prestados nas atividades próprias
dos profissionais de educação física.
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A missão do Conselho Regional de Santa Catarina é garantir à sociedade


o direito constitucional de ser atendida na área de atividades físicas por pro-
fissionais de educação física nos contextos da educação, da saúde, do esporte
e da qualidade de vida.

CREF4/SP
O Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região – CREF4/SP, autarquia
federal, com sede e Foro na Capital na cidade de São Paulo e abrangência no
Estado de São Paulo, exerce e observa, em sua respectiva área de abrangência,
as competências, vedações e funções atribuídas ao CONFEF.
A missão do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região – CREF4/
SP, é garantir à sociedade o direito de ser atendida por profissionais de Edu-
cação Física, eticamente comprometidos, nas áreas de atividades físicas e
desportivas, fiscalizando e orientando o exercício profissional, agindo com
excelência, justiça e ética.

CREF5/CE
O Conselho Regional de Educação Física da 5º região, autarquia federal, com
sede e foro na cidade de Fortaleza, exerce e observa, em sua respectiva área
de abrangência, as competências, vedações e funções atribuídas ao CONFEF.
A missão deste conselho que representa a 5º região não é expota em suas
informações públicas, desta forma, deve ser entendido que este segue as
diretrizes de garantia ao direito de atendimento eficiente e qualitativo do
profissional de educação física expsoto pelo CONFEF.

CREF6/MG
O Conselho Regional de Educação Física da 6ª Região CREF6/MG, foi
implantado em Belo Horizonte e tem sua jurisdição em todo o território do
estado de Minas Gerais, sede em Belo Horizonte e 11 escritórios seccionais
no interior. É imprescindível para este conselho, como exposto em suas
informações, que

Uma de suas mais importantes atribuições é a de orientar os profissionais da


Educação Física, de modo que eles possam exercer sua profissão com um alto
grau de excelência, trabalhar pela defesa dos seus direitos e pelos direitos das
academias e clubes, sempre dentro da legalidade (MINAS GERAIS, c2018).
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CREF7/DF
O Conselho Regional da 7º região é uma autarquia federal, com sede e foro na
cidade de Asa Norte em Brasília foi criado com a missão e oferecer segurança
a sociedade para a prática de atividade física orientada através do registro, da
regulação e fiscalização profissional.

CREF8/AM–AC–RO–RR
O Conselho Regional da 8º região é uma autarquia federal, com sede e foro
na cidade de Manaus, destinada a orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício
das atividades próprias dos profissionais de Educação Física nos estados do
Acre, Amapá, Amazonas, Para, Rondônia e Roraima.
É importante ressaltar que antes o CREF 5 responsabilizava -se por todos
os estados das regiões norte e nordeste do Brasil. Já no ano 2000 graças ao
enorme empenho de vários profissionais, os mobilizadores, foi possível a
criação do CREF8, que hoje é o Conselho Regional que responde pelo maior
número de estados dentro do sistema CONFEF/CREF’s.
Este conselho não apresenta uma “missão” especifica o mesmo expõe a
“missão” exposta pelo CONFEF, sendo esta, “[...] garantir a sociedade que o
direito constitucional de ser atendida na área de atividades físicas e esportivas seja
exercido por profissionais de educação física” (AMAZONAS et al., c2006-2017).

CREF9/PR
O Conselho Regional da 9º região é uma autarquia federal, com sede e foro
na cidade de Curitiba no Estado do Paraná.
A missão deste conselho é “[...] garantir o exercício da profissão dentro
dos princípios legas que regem as ações profissionais. Sendo estes, seriedade
e competência” (PARANÁ, c2018).

CREF10/PB
O Conselho Regional da 10º região é uma autarquia federal, com sede e foro
na cidade de Tambauzinho/ João Pessoa no Estado da Paraiba.
Este conselho não apresenta uma “missão” especifica o mesmo expõe a
“missão” exposta pelo CONFEF, sendo esta, “[...] garantir a sociedade que o
direito constitucional de ser atendida na área de atividades físicas e esportivas
seja exercido por profissionais de educação física” (PARAÍBA, c2017).
Sistema CONFEF/CREF 87

CREF11/MS
O Conselho Regional da 11º região é uma autarquia federal, com sede e foro
em Campo Grande no Estado do Mato Grande do Sul. É proposto como missão
deste conselho como responsabilidade

[...] garantir o direito constitucional da sociedade a prática de atividades


físicas ministradas orientadas e conduzidas por profissionais da educação
física habilitados, fomentar o desenvolvimento profissional, elaborando e
propondo diretrizes, documentos e manifestos que possam conduzir uma
intervenção de qualidade (MATO GROSSO DO SUL, c2018).

CREF12/PE
O Conselho Regional da 12º região é uma autarquia federal, com sede e foro
na cidade de Prado/ Recife no Estado do Pernambuco.
De forma sucinta este conselho aponta como sua missão, “Garantir a
sociedade a oferta por profissional de educação física habilitado” (PERNAM-
BUCO, c2018).

CREF13/BA
O Conselho Regional da 13º região é uma autarquia federal, com sede e foro
na cidade de Salvador no Estado da Bahia.
Sua missão é “Orientar e fiscalizar o exercício legal da profissão de edu-
cação física nos Estados da Bahia e Sergipe, promovendo a valorização dos
profissionais para que a sociedade perceba o direito de ser atendida por pro-
fissionais habilitados” (BAHIA, c2018).

CREF14/GO-TO
O Conselho Regional da 14º região é uma autarquia federal, com sede e foro
na cidade de Goiânia no Estado de Goiás.
Este conselho fomenta em sua missão, “Garantir a sociedade que
o direito constitucional de ser atendida na área de atividades físicas e
esportivas seja exercido por profissionais de educação física” (GOIÁS;
TOCANTINS, c2016).
88 Sistema CONFEF/CREF

CREF15/PI–MA
O Conselho Regional da 15º região é uma autarquia federal, com sede e foro
na cidade de São Luís no Estado do Maranhão.
O conselho da 15º região aponta em sua missão, além do trato com a
profissão uma preocupação de mudança social.

Atuar visando a construção de um país soberano e menos desigual, tendo uma


responsabilidade ética com a sociedade de lutar pelo direito constitucional de
cada cidadão à prática de atividades físicas – direito este garantido através
da orientação e dos serviços prestados por profissionais de educação física
(PIAUÍ; MARANHÃO, c2018).

CREF16/RN
O Conselho Regional da 16º região é uma autarquia federal, com sede e foro
cidade de Natal no Rio Grande Do Norte.
Fato curioso deste Conselho é que sua criação aconteceu após o desmem-
bramento do CREF10 após 13 anos de sua criação.
Este conselho também não apresenta uma “missão” especifica, como alguns
outros já apresentado, desta forma este segue a diretriz do CONFEF, sendo
esta, “[...] garantir a sociedade que o direito constitucional de ser atendida
na área de atividades físicas e esportivas seja exercido por profissionais de
educação física” (RIO GRANDE DO NORTE, 2016).

CREF17/MT
O Conselho Regional da 17º região é uma autarquia federal, com sede e foro
na cidade de Cuiabá no Estado do Mato Grosso.
Igualmente ao CREF da 16º região a missão deste conselho está disposta
diretamente a diretriz do CONFEF, utilizando – a como referência. “[...] garantir
a sociedade que o direito constitucional de ser atendida na área de atividades
físicas e esportivas seja exercido por profissionais de educação física” (MATO
GROSSO, c2015).

CREF18/PA–AP
O Conselho Regional da 18º região é uma autarquia federal, com sede e foro
na cidade de Belém com abrangência nos Estados do Pará e Amapá.
Sistema CONFEF/CREF 89

Da mesma forma que os CREF da 16º e 17º região a missão deste conselho
está disposta diretamente a diretriz do CONFEF, utilizando-a como referência.
“[...] garantir à sociedade o direito constitucional de ser atendida na área de
atividades físicas e esportivas seja exercido por profissionais de educação
física” (PARÁ; AMAPÁ, c2015).

CREF19/AL
O Conselho Regional da 19º região é uma autarquia federal, com sede e foro
na cidade de Maceió no Estado de Alagoas.
Este conselho aponta como sua missão, “garantir à sociedade o direito de ser
atendida por profissionais de educação física, eticamente comprometidos, nas
áreas de atividades físicas e desportivas, fiscalizando e orientando o exercício
profissional, agindo com excelência, justiça e ética” (ALAGOAS, c2017).

CREF20/SE
O Conselho Regional da 20º região é uma autarquia federal, com sede e foro
na cidade Aracaju no Estado do Sergipe.
Este conselho tem como objetivo zelar pela qualidade do atendimento à
sociedade pelo profissional de educação física em suas diferentes áreas de
atuação.

Autarquia federal especial: são entidades governamentais que têm objetivo de


fiscalizar ou regulamentar profissões ou associações públicas. Funcionam de acordo
com regras específicas e muitas vezes têm regalias que outras autarquias não têm.
As autarquias especiais são entidades governamentais que têm objetivo de fiscalizar
ou regulamentar profissões ou associações públicas.

Ao conhecer um pouco mais sobre os conselhos, é possível perceber que


o profissional e a profissão de educação física atualmente se apresentam
bem amparados para atuar com orientação, fiscalização e qualidade, bem
como, é claro compreender que cada conselho apresenta uma missão que se
relaciona e com o direito constitucional da sociedade em ser bem atendia por
90 Sistema CONFEF/CREF

um profissional formado e qualificado. Esta diretriz está exposta em todas


as missões dos 20 conselhos é dita de forma distinta, porém com a garantia
da mesma mensagem pelo CONFEF.

Pergunta feita ao Conselho Federal de Educação Física – CONFEF, sobre atuação


profissional:
O condomínio pode oferecer espaço com equipamentos para prática de atividades
físicas (academia)?
O Condomínio pode ter um espaço com aparelhos oferecido para os condôminos,
mas desde o momento que a atividade física for orientada, precisará de um Profissional
de Educação Física nesta orientação.
É fundamental ressaltar a importância do Profissional de Educação Física presente,
a fim de que sejam praticados exercícios orientados corretamente, objetivando evitar
lesões e até riscos maiores à saúde dos usuários. Lembramos que qualquer problema
relacionado a estes acontecimentos, o condomínio poderá ser responsabilizado.
Ressaltamos ainda que o CREF da respectiva área de abrangência poderá proceder
à ações de fiscalização nas citadas academias, objetivando garantir que os serviços
em atividades físicas estão sejam prestados por profissionais habilitados, assim como
existir lei municipal ou estadual a ser obedecida.
Fonte: Conselho Federal de Educação Física (c2018c).

ALAGOAS. Conselho Regional de Educação Física da 19º região. Maceió: CREF19/AL, c2017.
Disponível em: <http://cref19.org.br/site/>. Acesso em: 20 fev. 2018.
AMAZONAS et al. Conselho Regional de Educação Física da 8º região. Manaus: CREF8/
AM-AC-RO-RR, c2006-2017. Disponível em: <https://www.cref8.org.br/>. Acesso em:
20 fev. 2018.
BAHIA. Conselho Regional de Educação Física da 13º região. Salvador: CREF13, c2018.
Disponível em: <http://www.cref13.org.br/>. Acesso em: 20 fev. 2018.
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 218, de 06 de março de 1997. Brasília,
DF, 1997. Disponível em: <www.crefrs.org.br/legislacao/pdf/res_cns_218_1997.pdf>.
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CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Missão e valores do sistema CONFEF/CREFs.
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CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Perguntas e respostas. Rio de Janeiro:
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PARÁ; AMAPÁ. Conselho Regional de Educação Física da 18º região. Belém: CREF18/PA-AP,
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PARAÍBA. Conselho Regional de Educação Física da 10º região. João Pessoa: CREF10,
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Leituras recomendadas
ALMEIDA, M. B.; MONTAGNER, P. C.; GUTIERREZ, G. L. A inserção da regulamentação
da profissão na área de educação física, dez anos depois: embates, debates e pers-
pectivas. Movimento, Porto Alegre, v. 15, n. 3, p. 275-292, jul./set. 2009.
CEARÁ. Conselho Regional de Educação Física da 5º região. Fortaleza: CREF5-CE, c2018.
Disponível em: <http://www.cref5.org.br/>. Acesso em: 20 fev. 2018.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Documentos fundamentais. Rio de Janeiro:
CONFEF, 2009/2012. Disponível em: <http://www.seduc.ro.gov.br/educacaofisica/
images/pdf/legislacao/cartas_confef.pdf>. Acesso em: 05 jan. 2018.
DISTRITO FEDERAL. Conselho Regional de Educação Física: 7º região: Distrito Federal.
Brasília, DF: CREF7/DF, c2017. Disponível em: <https://www.cref7.org.br/>. Acesso
em: 20 fev. 2018.
SANTA CATARINA. Conselho Regional de Educação Física. Florianópolis: CREF3/SC, c2017.
Disponível em: <https://www.crefsc.org.br/>. Acesso em: 07 jan. 2018.
SANTA CATARINA. Conselho Regional de Educação Física. Estatuto. Florianópolis:
CREF3/SC, 2011. Disponível em: <https://www.crefsc.org.br/legislacao/estatuto/>.
Acesso em: 07 jan. 2018.
SÃO PAULO. Conselho Regional de Educação Física da 4º região. São Paulo: CREF4/SP,
c2018. Disponível em: <https://www.crefsp.gov.br/>. Acesso em: 20 fev. 2018.
SERGIPE. Conselho Regional de Educação Física: 20º região, Aracaju: CREF20/SE, c2016.
Disponível em: <http://www.cref20.org.br/>. Acesso em: 20 fev. 2018.

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