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CONHEÇA TODOS OS 34 EXERCÍCIOS

ORIGINAIS DE PILATES
Você sabia que existem 34 exercícios originais de Pilates e que todos foram registrados
por Joseph Pilates em seu livro, “Return to life through Contrology” (O retorno à vida pela
contrologia)?

Nesta matéria trouxemos a explicação e passo a passo de cada movimento desse


poderoso Método para que você saiba realizar todos os exercícios respeitando os
princípios do Pilates: controle, centralização, concentração, fluidez, precisão e respiração.

Continue lendo esta matéria e aprenda a forma correta das execuções clássicas de cada
um dos 34 exercícios originais de Pilates!

Os 34 exercícios originais de Pilates


1. The Hundred

O The Hundred é o primeiro movimento da lista de exercícios originais de Pilates.


Embora seja considerado um exercício de nível técnico básico, exige muita concentração.

Objetivo: a ativação dos extensores dos joelhos.

Execução clássica: em decúbito dorsal, com os membros superiores ao longo do corpo


e os tornozelos em flexão plantar, os quadris devem ser levemente flexionados, não
podendo haver contato dos membros inferiores com o solo enquanto a coluna lombar se
mantém apoiada no MAT.
Ao mesmo tempo em que a flexão dos quadris e da coluna cervical e torácica é realizada,
os membros superiores devem ser retirados do solo e, mantendo o ângulo inferior da
escápula apoiado no MAT, o aluno deve olhar em direção aos pés.

Na sequência, será necessário bombear os braços vigorosamente, realizando a flexão e


extensão dos ombros de maneira alternada. São 5 bombeamentos durante a inspiração e
5 bombeamentos durante a expiração por 10 ciclos respiratórios.

Durante o movimento, é importante manter a isometria dos flexores da coluna e dos


quadris, assim como a ativação de adutores e rotadores externos dos quadris. Ao finalizar
a contagem, é necessário realizar o retorno ao MAT com controle.

Quem não pode realizar o The Hundred? Alunos com hipertensão, já que há um
aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.

Já alunos acometidos com hérnia cervical devem executar a versão em que a cabeça é
mantida em contato com o MAT.

2. The Roll Up

O segundo exercício da lista de originais de Pilates. Mesmo sendo considerado de


nível técnico básico, sua execução exige uma construção gradativa devido à riqueza de
detalhes e complexidade demandada pelo sistema muscular.
Objetivo: mobilizar a coluna, segmentando-a vértebra por vértebra, e possibilitar o
alongamento da cadeia posterior de membros inferiores e da coluna.

Execução clássica: em decúbito dorsal, com os quadris abduzidos e os tornozelos em


dorsiflexão. É muito importante se certificar de que a coluna está estabilizada da maneira
correta e em posição neutra para, em seguida, começar a inspirar trazendo os membros
superiores em direção ao teto.
Ao estender os ombros até 90 graus, o aluno deve expirar e iniciar a flexão da coluna
pela cervical até que seja realizada a flexão dos quadris, levando as mãos em direção aos
pés.

O próximo passo será inspirar mantendo a posição e expirar estendendo os quadris e a


coluna, mobilizando-a vértebra por vértebra.

Antes de encerrar o movimento, os membros superiores deverão acompanhar a linha dos


ombros até alcançar a posição inicial.

Quem não pode realizar o The Roll Up? Pessoas com hérnia discal e com osteoporose
não podem realizar este movimento, tanto pela flexão da coluna quanto pela sobrecarga
nela imposta.
3. The Roll Over with Legs Spread

Pode ser considerado o inverso do Roll Up, já que neste movimento da lista de exercícios
originais de Pilates há a flexão da coluna partindo da lombar, levando os membros
inferiores sobre a coluna, ombros e cabeça. Outro ponto importante sobre o The Roll
Over é o seu nível de dificuldade, classificado como avançado.

Pode ser facilmente executado por quem tem bons níveis de flexibilidade, porém tem
como ponto-chave o uso do centro de força para a execução correta e controlada, já que
não pode haver um foco maior na flexibilidade.

Objetivos: o fortalecimento dos flexores da coluna e dos extensores dos ombros de


forma secundária, como estabilizadores do movimento, a mobilização da coluna vertebral
e o alongamento de toda a cadeia posterior, ou seja, extensores da coluna e dos quadris.

Execução clássica: em decúbito dorsal, com os tornozelos em flexão plantar e os


membros superiores ao lado do corpo, o aluno deverá inspirar enquanto flexiona os
quadris em 90 graus com relação ao MAT, mantendo os quadris abduzidos.
Como próximo passo, deverá expirar flexionando a coluna e os quadris, direcionando os
membros inferiores para cima e para trás e, com os pés, o aluno tentará tocar o solo atrás
da cabeça.

Na sequência irá inspirar abduzindo os quadris e realizando a dorsiflexão dos tornozelos,


expirar retornando a coluna ao solo, sempre vértebra por vértebra, levando os membros
inferiores para baixo, estendendo os quadris em uma amplitude segura e desafiadora ao
mesmo tempo, mantendo a estabilidade da coluna lombar.

Antes de encerrar é necessário abduzir os quadris, realizar a flexão plantar dos tornozelos
e repetir o exercício, podendo inverter o sentido.
Quem não pode realizar o The Roll Over? Alunos com hérnia lombar, torácica e cervical
não devem realizar o exercício, principalmente devido à flexão de coluna. Também por
essa razão, somada com a pressão corporal sobre as vértebras, o The Roll Over deve ser
evitado por alunos acometidos pela osteoporose.

4. The One Leg Circle

O Single Leg Circle ou Leg Circle, é dos exercícios originais de Pilates que exige um
trabalho de concentração do corpo inteiro e, somente assim, a estabilização global
irá ocorrer de forma simultânea com a coordenação e a dissociação da articulação
coxofemural do membro inferior em movimento.

Ao estabilizar a lombar e acionar o Power House, o membro inferior que está realizando o
exercício terá a liberdade para fluir o movimento em forma de círculos. Ainda assim, o seu
nível técnico é considerado básico.
Objetivos: trabalhar a dissociação da articulação coxofemoral, estabilizar a região
lombopélvica, desenvolver o controle dos flexores da coluna e do quadril e promover o
relaxamento da musculatura ao redor da articulação do quadril.

Execução clássica: em decúbito dorsal, com o quadril fletido em 90 graus


unilateralmente e o tornozelo em flexão plantar.

O tornozelo contralateral deve estar em dorsiflexão, promovendo um maior alongamento


da cadeia muscular posterior e os membros superiores devem ser mantidos ao lado do
corpo, com as palmas das mãos voltadas para baixo.
É necessário inspirar e iniciar a circundução, cruzando a linha média do corpo e mantendo
o sacro em contato com o MAT. Na sequência, é preciso expirar na outra metade
da circundução até retornar à posição inicial. É muito importante manter sempre a
estabilidade da região lombopélvica.

Quem não pode realizar o The One Leg Circle? Não há contraindicações para este
exercício, no entanto, pessoas com sensibilidade nos quadris exigem uma atenção
especial.

5. Rolling Back

O quinto da lista de exercícios originais de Pilates é conhecido como lúdico e desafiador


ao mesmo tempo, o Rolling Back ou Rolling Like a Ball, é um exercício de nível técnico
básico e tem como característica a manutenção do corpo em forma de bola para uma
estabilização dinâmica da coluna.
Objetivo: a manutenção da posição exigida, o que trabalha os músculos pertencentes ao
Power House.

Execução clássica: antes de iniciar o movimento, é importante que haja um espaço entre
as espinhas ilíacas anterossuperiores e as costelas, onde está a cavidade abdominal. Por
não ter ossatura envolvida nesse espaço, ele pode ser denominado “partes moles”.

Após aplicar o princípio de crescimento axial da coluna, será necessário flexionar a coluna
em round sem perder o espaço criado anteriormente e preparar a posição inicial com os
joelhos próximos ao peito, flexionando-os junto com a flexão dos quadris.

Em seguida, os tornozelos deverão ser seguros com as mãos, enquanto os cotovelos


serão mantidos firmes e apontados para fora. Já os joelhos deverão estar levemente
afastados e a coluna flexionada, mantendo a cabeça no prolongamento da coluna, sem
anteriorizá-la.
O próximo passo será se sentar levemente atrás dos ísquios, de modo que possibilite
retirar os pés do solo em equilíbrio e solidificar a posição.

A sequência exige que o aluno inspire ao rolar o corpo para trás, até que a base das
escápulas toque o solo. A cabeça deve ser mantida fora do apoio para evitar a pressão na
coluna cervical.

Ao retornar à posição inicial, é preciso expirar e dar uma pausa em equilíbrio para, na
sequência, rolar para trás novamente, sempre mantendo a energia interna fluindo para
sustentar a dinâmica, o equilíbrio e o controle necessários no Rolling Back.

Quem não pode realizar o Rolling Back? Devido o posicionamento da coluna, pacientes
com hérnia cervical, torácica e lombar não devem realizar o exercício.

Pelo mesmo motivo, somada ao impacto do movimento, alunos com osteoporose não
devem realizá-lo. Já quem tem patologias no sacro e cóccix, terão impacto repetitivo ao
rolar para trás e para frente, o que também é um impeditivo para o Rolling Back.

6. The One Leg Stretch

Single Leg Stretch ou The One Leg Stretch é o primeiro exercício da série de abdominais
na lista de exercícios originais de Pilates. Tem como característica mais peculiar o trabalho
na coordenação motora e possui nível técnico básico.
Objetivos: o fortalecimento dos flexores da coluna, na busca pelo alinhamento corporal,
já que o posicionamento correto das mãos tem a finalidade de alinhar quadris, joelhos e
tornozelos e também alongar os extensores do quadril.

Execução clássica: em decúbito dorsal, a coluna deve ser flexionada e o joelho


posicionado unilateralmente, enquanto o quadril deve estar em flexão. Já o membro
inferior contralateral precisa estar com o joelho estendido e o quadril fletido o suficiente
para não tocar o MAT, mais ou menos na altura dos olhos.

Enquanto a mão homolateral estará posicionada no membro inferior em flexão na altura


de seu tornozelo, a mão oposta estará acima do joelho.

Ao inspirar, o outro joelho deve ser levado em direção ao peito e, ao mesmo tempo, o
posicionamento das mãos tem que ser trocado. Enquanto alterna o posicionamento dos
membros inferiores e superiores, é muito importante continuar inspirando.
Já a expiração será realizada nas próximas duas trocas e essa alternância permanecerá até
encerrar o exercício.

Quem não pode realizar o The One Leg Stretch? Por causa da flexão da coluna com a
manutenção da cabeça fora do apoio e da grande flexão de joelhos, não é indicado que
alunos acometidos por hérnia cervical e patologias de joelho e/ou quadril executem este
movimento.

7. The Double Leg Stretch

Este movimento é mais desafiador do que o Single Leg Stretch, já que os membros
superiores e inferiores estarão distantes do centro de força ao mesmo tempo e os quadris
e joelhos estarão totalmente estendidos, proporcionando uma alavanca bastante grande
e um torque resistente gerado sobre a musculatura abdominal.

Ainda assim, o nível técnico do sétimo da lista de exercícios originais de Pilates é


considerado básico.
Objetivos: fortalecer a musculatura flexora do quadril e da coluna pela estabilização
lombopélvica, realizar a dissociação de membros inferiores e superiores, exigir
coordenação e controle para aliar o trabalho corporal com a respiração e trabalhar o
potencial de alongamento.

Execução clássica: em decúbito dorsal, com os quadris e os joelhos flexionados a 90


graus, o aluno deverá flexionar a coluna e posicionar as mãos nos tornozelos tendo os
ombros levemente abduzidos e cotovelos semifletidos.

Ao flexionar os ombros na linha da orelha em 135 graus, é necessário inspirar e estender


os quadris e joelhos à frente, em um ângulo que seja simultaneamente desafiador e
seguro para o corpo. Em apneia, os membros inferiores devem continuar estabilizados ao
realizar a circundução dos ombros com os cotovelos estendidos.
Quando estiver prestes a finalizar o círculo, será necessário expirar e flexionar os quadris e
os joelhos em direção ao peito, retornando para a posição inicial.

Quem não pode realizar o The Double Leg Stretch? Devido a flexão de coluna, a
realização da apneia e a circundução, o movimento é contraindicado para pessoas com
hérnia cervical, hipertensão, lesão nos ombros e até mesmo gestantes.

8. The Spine Stretch

Mesmo exigindo um nível técnico básico, é um dos exercícios mais exigentes da lista de
exercícios originais de Pilates.
Objetivo: trabalhar a segmentação da coluna em uma base de apoio reduzida, mantendo
o Power House ativado enquanto a região extensora da coluna é alongada e alongar a
cadeia posterior dos membros inferiores e flexores dorsais do tornozelo.

Execução clássica: o aluno precisa estar sentado, com os membros superiores à frente na
linha dos ombros, os cotovelos estendidos, quadris abduzidos, joelhos estendidos e os
tornozelos em dorsiflexão.

Depois, é necessário inspirar para se preparar e expirar flexionando a coluna para a


frente. Ao voltar para a posição inicial, é preciso inspirar novamente.

Quem não pode realizar o The Spine Stretch? Por exigir a flexão da coluna, alunos com
hérnia lombar e osteoporose não devem executar este movimento. Já para alunos com
lesão nos ombros, é possível modificar o posicionamento dos membros superiores, os
deslizando pelo solo.
9. Rocker with Open Legs

Considerado uma evolução do Rolling Back e também chamado de Open Leg Rocker,
além de ser um arqui-inimigo das retificações de coluna. O nono da lista de exercícios
originais de Pilates exige o acionamento intenso do centro de força e a mobilização da
região lombar, o que faz com que esse exercício tenha nível técnico intermediário.

Objetivos: estimular a estabilização dinâmica da coluna, evitando alterações na forma


da coluna no momento de realizar o rolamento e trabalhar o equilíbrio durante a
movimentação, assim como a força, a flexibilidade e o controle.

Execução clássica: para realizar este exercício é necessário estar sentado atrás dos
ísquios, com os membros superiores e os ombros flexionados, levemente em extensão
horizontal para, depois, segurar os tornozelos com as mãos.
Enquanto os quadris devem estar fletidos e abduzidos, os joelhos devem estar
estendidos, com os pés fora do apoio e os tornozelos em flexão plantar. Já a coluna deve
ser mantida em alongamento axial e olhar deve estar para frente.

Oriente o aluno para ele inspirar, flexionando levemente a coluna lombar e rolando o
corpo para trás, com a cabeça fora do apoio ou tocando levemente o solo. Em seguida,
é necessário expirar retornando do rolamento, em princípio com a coluna arredondada,
mas para finalizar o movimento é preciso realizar o movimento em crescimento axial.

Quem não pode realizar o Rocher with Opens Legs? Pacientes com hérnia discal e
osteoporose devem evitar este exercício, devido a flexão de coluna no momento do
rolamento e o impacto sobre as vértebras, assim como quem sofre com sensibilidade em
sacro e cóccix, que é o local de apoio e grande pressão do exercício.
10. The Corkscrew

O décimo exercício da lista de exercícios originais de Pilates é considerado de nível


técnico avançado, pois exige controle absoluto pela vulnerabilidade a qual expõe o
corpo humano. Tanto a rotação da coluna com flexão ou extensão são movimentos muito
exigentes e que podem causar cisalhamento nos discos intervertebrais.

Objetivo: exigir trabalho coordenativo e de controle corporal para fortalecer a


musculatura abdominal e desenvolver a estabilização lombopélvica.

Execução clássica: em decúbito dorsal, com os membros superiores ao longo do corpo e


os tornozelos em flexão plantar.
Depois, será necessário inspirar e flexionar os quadris ao mesmo tempo da coluna lombar,
retirando a pelve e a coluna do contato com o solo e levando os membros inferiores
unidos e estendidos, em uma diagonal alta atrás.

Em seguida, será preciso expirar ao mesmo tempo em que inicia a rotação da coluna,
desenhando um círculo com os membros inferiores para a direita para, na sequência,
inspirar e seguir o círculo até apoiar a pelve no MAT e retornar à posição de flexão, além
de retornar o círculo pelo lado oposto com a mesma movimentação.
Quem não pode realizar o The Corkscrew? Alunos hipertensos, acometidos por hérnia
de disco, cervicalgia ou osteoporose não podem realizar este movimento, pois ele exige
uma posição invertida, grandes graus de flexão de coluna associados com a rotação da
coluna e sobrecarga na região cervical.

11. The Saw

Embora poucas pessoas consigam realizar o The Saw com a precisão necessária, é um
movimento de nível técnico básico, caracterizado como um exercício que trabalha a
musculatura postural, tanto para a manutenção do alongamento axial, como para o
momento de rotação da coluna, já que exige o “sentar sobre os ísquios”, o que faz com
que esse exercício auxilie no ganho de flexibilidade da musculatura dos isquiotibiais e
adutores dos quadris.

Objetivos: auxiliar no ganho de flexibilidade da musculatura dos isquiotibiais e adutores


dos quadris, manter o crescimento axial, onde os músculos paravertebrais entram em
ação e são bastante requisitados nessa posição, trabalhar os músculos profundos,
oblíquos internos e externos e auxiliar na estabilização da pelve e na manutenção do
apoio sobre os dois ísquios, solicitando a ativação do quadrado lombar.
Execução clássica: o aluno deverá estar sentado sobre os ísquios, com os quadris
abduzidos um palmo além da largura da pelve, os tornozelos em dorsiflexão e os
membros superiores com os ombros abduzidos em 90 graus.

Antes de prosseguir é importante se certificar que a coluna do aluno está alinhada nos
três pontos fisiológicos e saudáveis: sacro, torácica e occipital.

Na sequência é necessário inspirar, rotacionar a coluna para um dos lados e manter o


apoio sobre os ísquios.

É muito importante acionar o Power House para estabilizar a pelve.

O próximo passo é expirar e flexionar a coluna à frente, tocando o dedo mínimo da mão
na borda externa do dedo mínimo do pé, enquanto a palma da mão de trás é direcionada
para o corpo, pressionando o ar e acionando a musculatura do tríceps.
Quando um membro superior vai para um lado, o outro membro vai para o outro e essa
oposição deve ser feita sempre acionando o Power House, com o direcionando para
dentro e para cima.

Por fim, é preciso inspirar e retornar ao início e, em seguida, expirar retornando à posição
inicial, repetindo o movimento para o outro lado.

Quem não pode realizar o The Saw? A combinação de rotação e flexão fazem com que
o The Saw seja contraindicado para alunos com hérnia discal e osteoporose.

12. The Swan-Dive

O primeiro exercício de extensão de coluna da série na lista de exercícios originais de


Pilates, possui nível técnico avançado devido a sua complexa execução.

Objetivos: manter a hiperextensão da coluna constante e, por isso, visa fortalecer os


extensores de coluna e de quadris, sem se esquecer da ativação do centro de força em
sinergia, de modo a evitar sobrecarga na região lombar. Além de também praticar a
coordenação, o equilíbrio corporal e o alongamento da cadeia anterior.

Execução clássica: em decúbito ventral, o aluno precisa estar com a testa apoiada no
solo, os membros superiores com os ombros abduzidos e os cotovelos flexionados, com
as mãos posicionadas próximo aos ombros.
Mantendo os quadris abduzidos, será necessário inspirar empurrando as mãos contra o
solo e estendendo os cotovelos. A coluna deve estar em hiperextensão e os membros
inferiores unidos e estendidos para, em seguida, expirar soltando o apoio do corpo sobre
as mãos, estendendo horizontalmente ou flexionando os ombros.
Antes de encerrar o movimento, oriente o aluno a realizar um balanço com o corpo para
manter a coluna hiperestendida e os quadris e joelhos estendidos.

Quem não pode realizar o The Swan-Dive? Este movimento não é indicado para quem
tem lombalgias, estenose, espondilolistese, patologias nos ombros e hipertensão, pois
exige grande hiperextensão da coluna, extensão de coluna, compressão das estruturas
internas articulares e tende a elevar a pressão arterial.

13. The One Leg Kick

Também conhecido por Single Leg Kick, este movimento exige que a musculatura
pertencente ao Power House fique ativa em sinergia com os extensores da coluna,
evitando que a coluna lombar seja sobrecarregada, assim como para manter a
estabilidade em relação à dissociação dos membros inferiores. Seu nível técnico é
considerado intermediário.
Objetivos: manter a estabilidade da coluna enquanto a dissociação dos membros
inferiores acontece e, em consonância a isso, desenvolver a força dos extensores da
coluna, estabilizadores da cintura escapular, controle muscular dos flexores dos joelhos e
alongamentos dos extensores dos joelhos.

Execução clássica: em decúbito ventral, com os cotovelos flexionados e posicionados


em frente ao corpo, tendo os ombros flexionados a menos de 45 graus, os tornozelos em
flexão plantar e a coluna em hiperextensão.

Enquanto se prepara para o exercício, o aluno deve inspirar, expirar e retirar suavemente
os membros inferiores do apoio, mantendo uma pequena hiperextensão de quadris e,
durante todo o exercício, é necessário sustentar o posicionamento do corpo.

Em seguida, o aluno deverá flexionar um joelho, trazendo o calcanhar em direção ao


glúteo e realizando duas insistências desse lado, mantendo a estabilidade da coluna.
Enquanto ele estende o joelho, irá inspirar e expirar realizando o mesmo movimento com
o outro membro inferior.
Quem não pode realizar o The One Leg Kick? Por ser um exercício que realiza a
pressão patelofemoral e tende a aumentar pela flexão completa dos joelhos, alunos com
patologias nos joelhos devem evitá-lo. Já para quem tem espondilolistese ou estenose, a
extensão lombar é contraindicada.

14. Double Leg Kick

Este movimento apresenta pulsos realizados com os dois membros inferiores


simultaneamente, exigindo ainda mais o controle abdominal e a estabilidade da coluna
enquanto ocorre a dissociação dos membros inferiores. É mais complexo do que o The
One Leg Kick e, ainda assim, apresenta nível técnico intermediário.

Objetivos: fortalecer os extensores da coluna e dos quadris e apresentar eficácia do


alongamento da cadeia anterior do corpo.

Execução clássica: em decúbito ventral, com os cotovelos flexionados, as mãos


entrelaçadas e apoiadas nas costas, os ombros hiperestendidos e os cotovelos
flexionados, o aluno deverá manter os tornozelos em posição plantar.
Antes de iniciar, ele deve se manter parado e inspirar. No momento em que expirar,
precisará hiperestender os quadris e tirar levemente os membros inferiores do apoio.

Em seguida, irá flexionar os joelhos direcionando os calcanhares para os glúteos e


realizará o movimento de pulsar 3 vezes nessa posição.

Mais uma vez será necessário inspirar e estender os joelhos simultaneamente aos
cotovelos no momento em que hiperestender a coluna, posicionando o olhar para a
diagonal à sua frente.
Novamente, irá expirar, porém realizando a rotação da cervical para o lado oposto,
com as mãos nas costas novamente, se preparando para reiniciar o exercício e repeti-lo
alternando o posicionamento da cervical.

Quem não pode realizar o The Double Kick? Alunos com espondilolistese e estenose
poderão agravar suas situações ao realizar a extensão de coluna. Já alunos com
patologias nos joelhos terão pressão patelofemoral devido a flexão excessiva, enquanto
aqueles com patologias nos ombros exigem uma modificação do exercício com os
membros superiores ao lado do corpo.

15. The Neck Pull

O The Neck Pull é um dos exercícios originais de Pilates um pouco mais exigente com
relação à demanda de acionamento da musculatura flexora da coluna e possibilita o
aumento do torque de acordo com o nível de dificuldade proposto para o aluno. Seu
nível técnico é intermediário.
Objetivos: promover fortalecimento dos músculos flexores da coluna, auxiliar no
desenvolvimento da mobilidade da coluna e ampliar a flexibilidade dos músculos
extensores da coluna e dos quadris.

Execução clássica: em decúbito dorsal, com as mãos atrás da cabeça, os ombros


abduzidos e os cotovelos fletidos, enquanto os tornozelos são mantidos em dorsiflexão e
os quadris abduzidos.

O primeiro passo será inspirar flexionando a coluna cervical e torácica alta, mantendo a
lombar apoiada no solo. Em seguida, deverá expirar e continuar flexionando a coluna até
associar com a flexão dos quadris, levando a testa até os joelhos. É muito importante que
durante esse trajeto os ombros devem continuar abduzidos.
Mantendo o posicionamento da coluna, será necessário inclinar o corpo como um todo
para trás, estendendo os quadris. Quando o aluno não puder mais sustentar a posição,
oriente para que ele inicie a flexão de coluna pelas vértebras lombares e vá estendendo
até a posição inicial.

Quem não pode realizar o The Neck Pull? Por realizar flexão da coluna e sofrer pressão
constante durante a mobilização, o movimento é contraindicado para quem tem hérnia
discal e osteoporose.

16. The Scissors

O The Scissors exige muita estabilidade pélvica, já que os membros inferiores estão sem
apoio durante a sua execução, somente sendo sustentados pelos membros superiores e
se movimentando em uma amplitude grande.

Com a coluna lombar em hiperextensão, há o comprometimento da estabilidade


lombopélvica, o que faz com que o controle e a ativação dos músculos estabilizadores
sejam essenciais no auxílio à proteção lombar. Com todas as características, o movimento
é considerado de nível técnico avançado.
Objetivos: desenvolver o controle, a força dos flexores da coluna e promover a
flexibilidade dos extensores e flexores de quadril e desenvolver a estabilização de ombros
e da região lombopélvica.

Execução clássica: em decúbito dorsal, com os quadris flexionados em direção ao peito,


flexionando a coluna a parte da lombar, saindo do apoio. Já as palmas das mãos precisam
estar posicionadas sob a pelve, com os dedos voltados para dentro para sustentá-la com
os cotovelos flexionados.

Ofereça os quadris como se fosse uma bandeja e estenda os membros inferiores com os
pés em direção ao teto e tornozelos em flexão plantar.
Em seguida, enquanto ocorre a expiração, um quadril será flexionado e o contralateral
será estendido. Será necessário pulsar duas vezes, sempre mantendo a equidistância do
centro.

Por último, é preciso inspirar realizando a troca dos membros inferiores e passando pela
posição inicial.

Quem não pode realizar o The Scissors? Alunos acometidos com patologias nos
punhos, cotovelos, hérnia cervical e também hipertensão não devem realizar este
exercício devido a compressão articular ao sustentar o peso corporal e ser a base de
apoio junto com a cervical, compressão discal pelo posicionamento da coluna deixando a
cervical como ponto de apoio e o posicionamento corporal em posição invertida, que faz
com que haja aumento da pressão arterial.

17. The Bicycle

Por simular uma bicicleta, este exercício da lista de exercícios originais do Pilates se torna
muito complexo para a estabilidade da pelve e da coluna lombar pela movimentação
unilateral dos membros inferiores, de forma simultânea e em sentidos opostos. Isso faz
com que o nível técnico do exercício seja avançado.
Objetivos: desenvolver o controle e promover a flexibilidade dos extensores e flexores
dos quadris, assim como desenvolver a estabilização de ombros e região lombopélvica e
fortalecer os flexores da coluna.

Execução clássica: em decúbito dorsal, com os quadris flexionados em direção ao


tronco, as mãos posicionadas sob a pelve para sustentá-la e os cotovelos flexionados.
Será necessário oferecer os quadris como se fossem uma bandeja e mantê-los de forma
que os pés apontem para o teto em flexão plantar.

Em seguida, será preciso expirar estendendo o quadril direito com o joelho estendido
em direção ao solo, flexionar o joelho e também tentar tocar os dedos dos pés no solo e,
ao mesmo tempo, o membro inferior contralateral deverá ser direcionado para perto do
corpo pela força abdominal, para que o afastamento antero posterior seja equivalente.

Em seguida, será preciso inspirar, flexionar o quadril direito e trazer o membro inferior
direito em direção ao peito enquanto, simultaneamente, o membro inferior esquerdo é
levado em direção ao solo.

Durante a movimentação, será necessário flexionar o joelho e procurar tocar os dedos


dos pés no solo.

O movimento da bicicleta deverá ser repetido 5 vezes. Depois de encerrar, o movimento


será o caminho inverso.

Quem não pode realizar o The Bicycle? Pacientes com patologias nos punhos e nos
cotovelos, pois haverá a compressão articular pela sustentação do peso corporal, bem
como por ser a base de apoio.

E também pacientes acometidos pela hérnia cervical e hipertensão, devido a compressão


discal pelo posicionamento da coluna e descarga de peso sobre a região e pelo
posicionamento da cabeça em posição invertida, que pode elevar os valores da
pressão arterial, respectivamente.
18. The Shoulder Bridge

Exigindo um nível técnico avançado, o The Shoulder Bridge mantém a estabilidade


pélvica, já que, enquanto uma região do corpo permanece estável, a outra se move, o
que gera instabilidade.

Objetivos: desenvolver o controle e promover a flexibilidade dos flexores de quadril,


trabalhar os estabilizadores de ombro e a região lombopélvica, fortalecer os extensores
de quadril e da coluna e também os flexores do joelho.

Execução clássica: em decúbito dorsal e mantendo unilateralmente o quadril e o joelho


flexionados, com o pé em contato com o solo.
É importante que o quadril do membro inferior livre esteja flexionado em 90 graus, joelho
estendido, com o tornozelo em flexão plantar e os cotovelos flexionados, sustentando a
pelve com as mãos.

Ao estender o quadril do membro inferior livre, será necessário expirar e realizar a


dorsiflexão com o tornozelo. Em seguida, será preciso inspirar flexionando o quadril do
membro inferior livre e retornar à posição inicial com o tornozelo em flexão plantar.

O exercício deverá ser repetido em 3 séries para cada lado para, depois, tirar as mãos da
pelve e desenrolar a coluna em direção ao solo, vértebra por vértebra.
Quem não pode realizar o The Shouder Bridge? Por realizar compressão articular pela
sustentação do peso corporal, não é recomendado que pessoas com patologias nos
punhos e nos cotovelos realizem o exercício, assim como para quem sofre de hérnia
cervical, já que há compressão discal pelo posicionamento da coluna.

Pessoas com hipertensão também devem evitar o The Shoulder Brigde, pois o
posicionamento da cabeça abaixo da linha do corpo pode aumentar os valores de
pressão arterial.

19. The Spine Twist

Um dos exercícios mais exigentes da lista de exercícios originais de Pilates com relação a
flexibilidade, concentração e controle da musculatura corporal, sendo essas características
fundamentais para a realização do The Spine Twist e que fazem com que o movimento
exija nível técnico intermediário.

Objetivos: fortalecer os músculos responsáveis pela rotação da coluna, como os oblíquos


interno e externo, transverso espinhal e seus acessórios, auxiliar no ganho de mobilidade
de coluna e desenvolvimento de flexibilidade e trabalhar a estabilização pélvica e o
crescimento axial da coluna para manutenção de uma boa postura nessa posição.

Execução clássica: sentado sobre os ísquios, o aluno deverá manter os membros


inferiores unidos com os joelhos estendidos e os tornozelos em dorsiflexão, enquanto os
membros superiores deverão estar com os ombros abduzidos em 90 graus e os cotovelos
estendidos, mantendo a coluna em alongamento axial.
Será necessário expirar realizando a rotação da coluna, seguida de uma insistência para o
mesmo sentido e inspirar retornando ao centro.

Novamente será preciso expirar realizando a rotação da coluna e a insistência para o lado
oposto, seguido de inspirar retornando à posição inicial.

Quem não pode realizar o The Spine Twist? Por exigir rotação da coluna e causar forças
de cisalhamento do disco intervertebral, pacientes com hérnia discal não devem realizar o
The Spine Twist.

20. The Jack Knife

O vigésimo dos exercícios originais de Pilates, o The Jack Knife, ou Jackknife, é


considerado uma continuidade do Roll Over e possui nível técnico avançado. O
movimento proporciona incorporar uma extensão de quadris, levando os membros
inferiores com joelhos estendidos em direção ao teto, assim como se estende
a coluna.
Objetivo: desenvolver a mobilidade articular da coluna ao mesmo tempo em que se
trabalha a musculatura flexora da coluna e extensora dos quadris.

Execução clássica: em decúbito dorsal, com os membros inferiores com os quadris


abduzidos, joelhos estendidos e os tornozelos em flexão plantar.
É muito importante lembrar de manter os membros superiores ao lado do corpo.

Depois, será necessário flexionar os quadris em até 90 graus e manter a coluna


totalmente apoiada no MAT.

Caso a força de flexores da coluna não seja suficiente, é provável que uma anteversão
pélvica aconteça, criando um espaço demasiado entre a coluna e o MAT, graças à ação
dos flexores de quadris, ativos para sustentar os membros inferiores.

O próximo passo será inspirar e flexionar os quadris juntamente com a flexão da


coluna lombar, retirando a pelve e a coluna do contato com o solo. Na sequência, será
necessário levar os membros inferiores na direção de uma diagonal alta atrás e manter os
membros superiores pressionando o MAT.
O movimento seguinte será elevar os membros inferiores em direção ao teto, estendendo
os quadris e a coluna, enquanto o próximo passo será expirar, retornar a coluna
flexionando e estendendo ao mobilizá-la em contato com o MAT e os quadris deverão
voltar a flexionar.

No final, será preciso estender a coluna vértebra por vértebra, até tocar a lombar e o
sacro no solo e, por último, estender os quadris de volta à posição inicial em 90 graus de
flexão.

Quem não pode realizar o The Knife? Devido a flexão da coluna, o contato das
vértebras com pressão sobre o MAT e o posicionamento invertido do corpo ser um fator
limitante, alunos com hérnia discal, osteoporose e hipertensão não devem realizar o
movimento.

21. The Sidekick

Esse exercício exige bastante equilíbrio devido a sua execução em decúbito lateral, o que
faz com que a base de apoio seja reduzida. Com isso, realizar o The Sidekick é um desafio
para manter o controle da musculatura do tronco e a estabilidade ao mesmo tempo em
que os membros inferiores se movem. O nível técnico do vigésimo primeiro exercício da
lista de exercícios originais de Pilates é intermediário.

Objetivos: desenvolver a estabilização lombopélvica, trabalhar a dissociação dos quadris


com a estabilização da coluna, fortalecer os abdutores do quadril e auxiliar no ganho de
controle e flexibilidade dos flexores e extensores de quadril.

Execução clássica: em decúbito lateral, com os membros inferiores unidos e


posicionados levemente à frente do corpo através de uma flexão dos quadris, para
ampliar a base de apoio. As mãos devem ser posicionadas atrás da cabeça, com o
cotovelo do membro superior de apoio em contato com o MAT.
Mantendo a coluna e a pelve neutras e sem perder o arco da cintura, será necessário
inspirar flexionando o quadril do membro inferior de cima e com o tornozelo em
dorsiflexão e realizar uma insistência.

Por último, será preciso expirar estendendo e hiperestendendo o quadril com o tornozelo
em flexão plantar.
Quem não pode realizar o The Sidekick? A amplitude de flexão e extensão pode ser
um problema para alunos com prótese, displasia, artrose, osteoporose no quadril, assim
como alunos acometidos pela espondilolistese, devido a extensão na execução.

Já pacientes com patologias no ombro poderão optar pela modificação sem o apoio da
articulação, enquanto aqueles acometidos pela hérnia de disco deverão ter cuidado ao
realizar o decúbito lateral.

22. The Teaser

Existem alguns pré-requisitos para executá-lo de acordo com os princípios do Método


Pilates, incluindo a competência de sustentação dos membros inferiores na posição de
flexão de quadris do The Hundred e o equilíbrio dinâmico do Rocker With Open Legs
são fundamentais para chegar à execução correta do The Teaser, que é um exercício com
nível técnico intermediário.
Objetivos: fortalecer os flexores da coluna e do quadril, desenvolver a estabilização de
tronco e equilíbrio corporal e proporcionar o crescimento axial.

Execução clássica: em decúbito dorsal, mantendo os membros superiores ao longo do


corpo e os membros inferiores unidos, será necessário flexionar os quadris e os joelhos
trazendo-os em direção ao peito para depois estendê-los, formando um ângulo de 60
graus de flexão dos quadris.

Caso não seja possível, deverá ser respeitada uma amplitude na qual o aluno possa
sustentar a posição dos membros inferiores sem prejudicar a coluna lombar.

Na sequência, deverá levar os membros superiores na linha das orelhas, flexionando os


ombros e mantendo a caixa torácica em conexão com o abdômen.
O passo seguinte será inspirar estendendo os ombros até 90 graus de flexão, depois será
preciso iniciar a flexão da coluna pela cervical e, ao mesmo tempo, sustentar a posição
dos membros inferiores, desenhando um U com o corpo.

Por fim, é necessário expirar retornando vértebra por vértebra, até que o corpo se
organize na posição inicial do movimento.

Quem não pode realizar o The Teaser? O The Teaser deve ser evitado por alunos com
osteoporose e hérnia de disco, devido a flexão de coluna com grande alavanca e por
alunos com patologias no sacro e cóccix, devido o apoio do exercício e as transições que
passam por essas regiões.

23. The Hip Twist

Também conhecido por Hip Circle, é considerado uma continuidade do Corkscrew


realizado com o corpo sentado em U, o que deixa a execução do movimento mais difícil e
faz o seu nível técnico ser classificado como avançado.
Objetivo: fortalecer a musculatura flexora e rotadora da coluna e flexores dos quadris,
promovendo ativação dos estabilizadores dos ombros e da cintura escapular.

Execução clássica: sentado atrás dos ísquios, com os ombros em hiperextensão e


realizando rotação externa com as mãos apoiadas no solo.

Os quadris deverão estar flexionados em 45 graus com joelhos estendidos e os


tornozelos em flexão plantar. Mantenha o desenho de um U no corpo como se fosse um
Teaser.

Na sequência será necessário inspirar direcionando os membros inferiores para o lado


direito, aduzindo um quadril e abduzindo o outro. Lembre-se que a flexão dos quadris
deverá ser levemente acentuada.

Em seguida, será preciso expirar e continuar o movimento, circundando os quadris e


desenhando um círculo no ar com a ponta dos pés.

No final o aluno deverá inspirar, direcionando os membros inferiores para o lado


esquerdo, expirar e repetir a movimentação da circundução no sentido oposto.

Quem não pode realizar o The Hip Twist with Stretched Arms? Por ser um exercício
em que a posição é toda desenhada em cima ou muito próxima do cóccix e sacro, alunos
com problemas nessa região devem evitá-lo.

Além disso, o Hip Circle gera flexão de coluna, sendo um impeditivo para alunos
acometidos com hérnia discal e, para quem sofre de problemas nos punhos, é possível
utilizar uma modificação de flexionar os cotovelos, reduzindo a compressão da
articulação.
24. The Swimming

O vigésimo quarto exercício da lista de exercícios originais de Pilates apresenta o


movimento de coluna, membros inferiores e superiores e é bastante exigente com relação
à estabilidade global do corpo e habilidades coordenativas do aluno. Essas características
classificam o The Swimming com o nível técnico intermediário.

Objetivo: fortalecer os extensores de coluna e desenvolver a estabilização de tronco, as


habilidades coordenativas e o padrão de construção cruzado.

Execução clássica: simulando a natação, o aluno se posicionará em decúbito ventral,


com os ombros flexionados e os membros superiores posicionados no prolongamento do
corpo.

Será necessário manter os quadris abduzidos com tornozelos em flexão plantar e a testa
apoiada no MAT. Ao inspirar hiperestendendo a coluna e os quadris, o aluno terá que
flexionar ainda mais os outros. Depois, expirar e alternar os movimentos dos membros
superiores e inferiores.
É importante manter a respiração fluída e conectada com o exercício.

Quem não pode realizar o The Swimming: A extensão da coluna pode ser um problema
para alunos com espondilolistese, estenose e lombalgia. Enquanto a flexão de ombro em
grandes amplitudes diminui o espaço interarticular podendo gerar dor na região.

25. The Leg Pull Front

Com um nível técnico avançado, o The Leg Pull Front exige bastante estabilização
da região lombopélvica e trabalha a coordenação e o poder corporal de dissociar os
membros inferiores do tronco.

Objetivos: fortalecer os extensores de quadris e os estabilizadores da cintura escapular e


desenvolver estabilização da coluna pela posição, que exige grande controle dos flexores
da coluna associados ao transverso abdominal.

Execução clássica: em posição de apoio, com o corpo desenhando uma prancha no ar,
o que também faz com que a posição seja chamada de controle. Será necessário inspirar
hiperestendendo o quadril direito com tornozelo em flexão plantar.
O aluno deverá ser orientado para acentuar a movimentação do tornozelo de apoio
levando o corpo levemente para trás e retornando à posição anterior. Será preciso
manter a pelve estabilizada, evitando que ela acompanhe o movimento, seguido de uma
inclinação na direção do quadril que foi hiperestendido.

O próximo passo será expirar, retornando para a posição inicial e, na sequência, inspirar
hiperestendendo o quadril esquerdo em flexão plantar. Esse movimento deverá ser
repetido e, ao retornar à posição inicial, o aluno terá que expirar.

Quem não pode realizar o The Leg Pull Front? Por ser um exercício que exige compressão
articular pelo apoio em membros superiores, pessoas com patologias no punho não
deverão realizá-lo.
26. The Leg Pull

O número 26 da lista de exercícios originais de Pilates é desafiador para a estabilização


da pelve e para o alongamento dos flexores de ombro e possui um nível técnico
avançado.

Objetivo: trabalhar o fortalecimento dos extensores e flexores do quadril, extensores do


cotovelo e depressores da escápula.

Execução clássica: sentado, mantendo os ombros hiperestendidos e em rotação externa,


tendo as mãos apoiadas no solo.
Em seguida, o aluno deverá inclinar o tronco sobre as mãos, o que irá diminuir a flexão
dos quadris. Os tornozelos deverão estar em flexão plantar a fim de apoiar os pés no
MAT.
Mantendo a coluna neutra, será necessário estender o quadril e retirar a região pélvica do
contato com o solo para chegar à posição inicial. Depois, será preciso inspirar flexionando
um dos quadris e retirando o pé do contato com o solo para, novamente, expirar
retornando à posição inicial e, mais uma vez inspirar flexionando o outro quadril e expirar
retornando à posição inicial.

Quem não pode realizar o The Leg Pull? Patologias nos punhos ou nos ombros podem
ser um impeditivo para a execução do The Leg Pull, pois há compressão articular na
região dos punhos, enquanto os ombros terão um posicionamento em hiperextensão.

27. Kneeling Side Kick

Tem como pré-requisito em sua execução o aprendizado do desenvolvimento do The


Side Kick, já que as corretas estabilizações e acionamentos já memorizados pelo corpo
serão necessários. Desse modo, o vigésimo sétimo exercício da lista de exercícios
originais de Pilates tem o avançado como nível técnico.
Objetivo: promover o desenvolvimento dos estabilizadores lombopélvicos, controle e
flexibilidade dos flexores e extensores de quadril, além de fortalecer os abdutores de
quadril e flexores laterais da coluna pela manutenção da coluna e pelve neutras.

Execução clássica: de joelhos, com o corpo inclinado para o lado e com o apoio sobre a
mão e um dos joelhos.

É importante que o ombro do membro superior de apoio esteja abduzido em 90 graus e


o cotovelo estendido, já o membro superior livre deverá estar com a mão na nuca tendo
ombro abduzido em 90 graus e cotovelo flexionado.
O membro inferior livre, sem contato com o solo, deverá estar com quadril abduzido
somente o necessário para manter o alinhamento, joelho estendido e tornozelo em flexão
plantar. Em seguida, é necessário inspirar realizando a flexão do quadril e, por último,
expirar estendendo e hiperestendendo o quadril.

Quem não pode realizar o The Side Kick Kneeling? Não é recomendado que
alunos com dores e patologias nos punhos, nos joelhos e nos ombros executem este
movimento, pois ele realiza a compressão articular ocasionada pelo apoio sobre essas
articulações, o que pode ser perigoso.

28. The Side Bend

O The Side Bend apresenta um elevado nível de dificuldade, ou seja, seu nível técnico
é avançado, devido à base de apoio ser extremamente reduzida, o que necessita de
equilíbrio, força muscular, estabilização e controle corporal e torna a propriocepção um
elemento essencial quando variamos o posicionamento do corpo, nessa situação a noção
de espaço e a estratégia neuromuscular são modificadas.

Objetivos: no vigésimo oitavo movimento dos exercícios originais de Pilates os objetivos


são trabalhar o fortalecimento e a flexibilidade dos flexores laterais da coluna e abdutores
dos quadris, assim como dos rotadores externos de quadris e joelhos. Enquanto nos
membros superiores, os abdutores dos ombros e das escápulas devem estar ativos
juntamente com os extensores dos cotovelos.

Execução clássica: em decúbito lateral direito, com os quadris e os joelhos flexionados


um pouco menos do que 90 graus. A coluna deverá estar em flexão lateral para a
esquerda sendo sustentada pelo membro superior direito em abdução de ombro em 45
graus e com a mão apoiada no solo.
Oriente o aluno para que ele permita que o pé esquerdo esteja levemente à frente do
direito.

Na sequência, ele deverá inspirar elevando a pelve do solo ao realizar a flexão lateral
da coluna para a direita e, simultaneamente, estender quadris e joelhos. O pé esquerdo
oferecerá suporte, pressionando o solo para que o corpo seja direcionado até que o
ombro direito entre em alinhamento com a mão através da abdução em 90 graus. O
braço esquerdo irá repousar na lateral do tronco.
O próximo passo consistirá em expirar e realizar a rotação da cervical para a esquerda ao
descer a pelve em direção ao MAT, flexionando lateralmente a coluna para a esquerda.
Depois, é necessário inspirar elevando a pelve novamente através da flexão da coluna
para a direita. O ombro esquerdo deverá abduzir até seu limite e o olhar se volta para o
MAT, rotando a coluna cervical para a direita. Ao fim, o aluno deverá expirar e retornar à
posição inicial.

Quem não pode realizar o The Side Bend? Haverá compressão articular devido a
descarga de peso sobre o membro superior de apoio, o que impede que o aluno realize
o exercício, enquanto a região dos ombros sustentará grande parte da sobrecarga
corporal em situações de instabilidade, o que pode ser arriscado em casos de patologias
e dores.

29. The Boomerang

O The Boomerang é um dos movimentos mais avançados e complexos da lista de


exercícios originais de Pilates, pois exige do corpo uma inteligência e autonomia que só
são construídas com a prática dos movimentos The Roll Over e The Teaser, o que os torna
pré-requisitos para a execução deste exercício.
Objetivos: trabalhar o fortalecimento da musculatura flexora da coluna e todo o Power
House, além dos extensores de coluna e flexores de quadril e o equilíbrio corporal global
e para a flexibilidade dinâmica dos extensores do quadril e flexores dos ombros.

Execução clássica: sentado sobre os ísquios, com os membros inferiores em abdução de


quadris com o direito cruzado sobre o esquerdo, tendo os tornozelos em flexão plantar e
as mãos posicionadas no MAT, ao lado da pelve.

Será necessário expirar pressionando as mãos contra o MAT, realizando uma pressão que
auxiliará no momento inicial do movimento e, ao mesmo tempo, direcionará o púbis para
o umbigo, a coluna será flexionada e o corpo irá rolar para trás, retirando os membros
inferiores do contato com o solo.
Será necessário continuar expirando e direcionar os membros inferiores para trás,
acentuando a flexão da coluna a partir da lombar e a flexão dos quadris.

Os passos seguintes serão abduzir e aduzir os quadris rapidamente, cruzando a perna


esquerda sobre a direita, invertendo o posicionamento inicial e, na sequência, retornando
a coluna ao solo, vértebra por vértebra, rolando o corpo com controle.

Será preciso manter os membros inferiores flutuando, flexionando a coluna e ascendendo


para entrar em um The Teaser.
Na sequência, o aluno deverá estender horizontalmente os ombros e levá-los à posição
de hiperextensão segurando uma mão na outra atrás do corpo e, ao mesmo tempo,
estendendo os quadris apoiando os membros inferiores no solo.

Será necessário flexionar a coluna em direção aos membros inferiores, elevar os membros
superiores para o alto, acentuando a hiperextensão dos ombros, mantendo as mãos
unidas.
Depois de realizar uma circundução dos ombros, separando as mãos e relaxe-os, junto
com o tronco, sobre os membros inferiores, será preciso retornar à posição inicial e repetir
o exercício.

Quem não pode realizar o The Boomerang? Alunos com hérnia de disco poderão sentir
dores ou até mesmo agravar a patologia devido a flexão da coluna, o mesmo vale para
aqueles pacientes acometidos com osteoporose. Já para quem tem patologias na coluna
cervical, haverá a sobrecarga articular devido à fase de rolamento para trás, enquanto
para pessoas com patologias no cóccix e sacro terá a compressão dessas estruturas.

30. The Seal

Mais um exercício lúdico e simultaneamente desafiador. O trigésimo dos exercícios


originais de Pilates possui uma dinâmica muito semelhante a do Rolling Back, porém
o desafio é acentuado com a movimentação de abdução e adução dos quadris, como
se estivesse aplaudindo com as plantas dos pés, semelhante à movimentação que as
focas realizam com suas nadadeiras, o que faz com que o The Seal tenha nível técnico
intermediário.
Objetivo: estabilizar e desenvolver o controle da curva C e do Power House e melhorar a
flexibilidade dos extensores do quadril.

Execução clássica: sentado atrás dos ísquios, joelhos flexionados, quadris abduzidos e
em rotação externa, pés fora do apoio e unidos com tornozelos em flexão plantar.

Os membros superiores deverão passar por entre os membros inferiores e segurar os


tornozelos pela face lateral, com a coluna flexionada formando um C do cóccix até a
cervical.

Será necessário inspirar rolando o tronco para trás, abduzir e aduzir os quadris 3 vezes,
como se estivesse batendo palmas com os pés.

Por fim, será preciso expirar retornando à posição inicial e abduza e aduza o quadril 3
vezes novamente.
Quem não pode realizar o The Seal? Devido a flexão na coluna, alunos com hérnia
lombar não deverão realizar o movimento. Alunos com patologias no sacro e no cóccix
poderão ter complicações pelo impacto do rolamento. Já aqueles acometidos pela
escoliose deverão ter cuidado, principalmente ao realizar o movimento em um MAT de
nível alto, principalmente porque o rolamento pode gerar instabilidade pelo desvio da
coluna.

31. The Crab

Na lista dos exercícios originais de Pilates, o The Crab é o último da família dos
rolamentos. É o mais desafiante de todos e o seu nível técnico é classificado como
avançado.

O corpo é mantido o tempo todo em forma de bola, com uma movimentação extra que é
o rolamento do corpo para frente até que o topo da cabeça toque o solo.

Para que esse rolamento aconteça, há uma descarga de peso sobre os joelhos, que
estão em flexão acentuada, ou seja, se não houver um bom engajamento corporal e se
a estrutura não estiver sólida para essa realização, pode ocorrer alguma lesão. Por esse
motivo, dois outros exercícios originais de Pilates são pré-requisitos para o The Crab,
sendo eles o Rolling Back e o The Seal.
Objetivos: desenvolver a estabilização da coluna, oferecer alongamento da coluna
lombar e cervical e realizar um trabalho isométrico dos flexores da coluna.

Execução clássica: sentado atrás dos ísquios, com os membros inferiores cruzados com
joelhos flexionados, rotação externa, flexão e abdução dos quadris.

Os membros superiores irão envolver os inferiores, segurando os pés com as mãos de


maneira cruzada. Será necessário tirar os pés do apoio mantendo a curva C da coluna e o
corpo equilibrado nessa posição.

O próximo passo será inspirar, rolando o corpo para trás e descruzar e cruzar os membros
inferiores invertendo a posição de forma dinâmica.
Na sequência, deverá expirar e rolar para cima, passando pela posição inicial, levando
o tronco à frente até tocar o topo da cabeça ao MAT para, expirar e rolar para cima,
passando pela posição inicial, levando o tronco à frente até tocar o topo da cabeça ao
Mat.

Quem não pode realizar o The Crab? Por realizar flexão da coluna e ir até a posição
invertida, alunos com hérnia discal e patologias no cóccix e sacro, respectivamente, não
devem realizar o movimento. Já pacientes com hipertensão não poderão executar o The
Crab devido a sua posição invertida.

32. The Rocking

Dono de grande hiperextensão da coluna, necessita de muita mobilidade de ombros. O


The Rocking é um dos exercícios originais de Pilates que é recomendado somente para
aqueles que já tiverem as habilidades necessárias. Essas características fazem com que o
nível técnico do exercício seja avançado.

É importante lembrar que, caso haja algum desconforto na região lombar, este exercício
não deverá ser realizado, mesmo tendo potencial de gerar benefícios e melhorar a
resistência dos músculos extensores da coluna e a ampliação da flexibilidade dos ombros.
Objetivo: fortalecer os extensores da coluna e dos joelhos e dos hiperextensores dos
ombros, além de ganhar mais flexibilidade dos flexores dos quadris e da coluna e dos
flexores dos ombros.

Execução clássica: em decúbito ventral, com os joelhos flexionados, as mãos segurando


o dorso dos pés do mesmo lado e com ombros em hiperextensão. Já a coluna e os
quadris deverão estar hiperestendidos. Será necessário expirar rolando o corpo para
frente e inspirar o corpo para trás.

Para que não haja compressão excessiva nessa região da coluna vertebral, o Power House
deverá ser mantido ativo durante toda a execução do exercício.
Quem não pode realizar o The Rocking? A extensão na coluna pode ser um problema
para alunos com espondilolistese e estenose. Enquanto a exigência de mobilidade
extrema de ombro pode ser contraindicada de acordo com a patologia de ombro
apresentada. Já pacientes com lombalgia poderão ter desconforto devido a posição de
hiperextensão da coluna constante exigida durante a execução do The Rocking.

33. The Control Balance

O penúltimo exercício da lista de exercícios originais de Pilates é um excelente


preparatório para a realização do Jack Knife, porém de forma unilateral na fase de força.
Ao combinar força, flexibilidade dinâmica, equilíbrio, controle e precisão, o movimento
exige profundo acionamento dos flexores da coluna e de todo o Power House.

É um exercício global por trabalhar os extensores da coluna e do quadril e acionar os


flexores do quadril, estabelecendo e mantendo o equilíbrio, no entanto, pode ser muito
prejudicial para aqueles alunos acometidos por algum comprometimento na região da
coluna cervical, devido à compressão articular, o que exige atenção e uma avaliação
precisa do aluno.
Objetivos: fortalecer os flexores da coluna e extensores do quadril, estimular a
flexibilidade dos extensores da coluna e do quadril e dos flexores do joelho e desenvolver
um trabalho de equilíbrio dinâmico em posição quase invertida.

Execução clássica: em decúbito dorsal, com o quadril flexionado tocando um dos pés no
MAT logo atrás da cabeça.
A coluna deverá estar em flexão, partindo da região lombar sem tocar o solo. Os
membros superiores precisarão estar no prolongamento do corpo segurando o pé
esquerdo.

Para iniciar, será necessário manter o quadril direito estendido com o pé apontando
para o teto e inspirar estendendo o quadril esquerdo ao elevar o pé em direção ao teto.
Enquanto isso, o membro inferior direito deverá retornar, flexionando o quadril até que o
pé encontre as mãos.

Por fim, é necessário expirar alternando os movimentos de flexão e extensão de quadril.

Quem não pode realizar o The Control Balance? Hipertensos não poderão realizar o
movimento devido ao posicionamento dos membros inferiores acima da cabeça, já que
o movimento poderá elevar a pressão arterial. Já alunos com osteoporose devem evitar
o The Control Balance pela flexão de coluna ser um movimento e uma posição de risco.
Enquanto alunos com hérnia discal poderão ter crises de dores e uma piora da lesão pela
flexão de coluna.

34. The Push Up

O último movimento da lista de exercícios originais de Pilates marca a finalização de


um árduo caminho percorrido, no qual é totalmente possível obter êxito quando se
tem dedicação e força de vontade. Um dos pré-requisitos para realizá-lo, além de ser a
sequência toda, é o The Leg Pull Front.

O corpo precisa de uma estrutura que é sustentada pela faixa abdominal, adutores de
quadris, glúteos, adutores das escápulas, estabilizadores da cintura escapular e pélvica.
Todos estes músculos devem trabalhar em sinergia, permitindo que a postura de apoio se
solidifique, sem riscos para a coluna.

Sendo assim, a posição de controle é mantida enquanto os cotovelos flexionam levando


o corpo mais próximo do MAT.
Objetivos: fortalecer os extensores de cotovelos e flexores dos ombros, a musculatura
flexora da coluna e dos quadris e o transverso abdominal e desenvolver a estabilidade do
tronco e da cintura escapular.

Execução clássica: em pé, com os membros inferiores unidos em adução de quadris e


com os membros superiores no prolongamento do corpo, direcionados para o teto.

Será necessário expirar flexionando a coluna e os quadris à frente, até tocar as mãos no
MAT. Em seguida, inspirar andando com as palmas das mãos para frente até que estenda
os quadris e a coluna chegando à posição de apoio, ou posição de controle.

O passo seguinte será inspirar flexionando os cotovelos e estendendo os ombros e


expirar estendendo os cotovelos e flexionando os ombros. Novamente, inspirar, desta vez
levando os ísquios em direção ao teto, flexionando os quadris enquanto caminha com as
mãos em direção à posição inicial.
Será preciso manter a curva C da coluna e, para isso, o Power House deverá estar ativo o
tempo todo.

Por fim, será necessário expirar estendendo os quadris e a coluna, retornando à posição
inicial.

Quem não pode realizar o The Push Up? Alunos com hérnia discal poderão executar
somente os push-ups, pois há flexão de coluna na fase inicial e final do movimento.
Devido ao mesmo motivo, pacientes acometidos com osteoporose não poderão realizar o
The Push Up. Já pacientes com patologias no punho, no cotovelo e ombro sofrerão uma
sobrecarga articular por causa da sustentação do peso corporal sobre as estruturas.
Conclusão

Como pudemos ver, Joseph Pilates foi um verdadeiro revolucionário ao desenvolver 34


exercícios originais de Pilates que trabalhassem todas as partes do corpo. Não é mesmo?

E justamente por isso, o seu Método vem conquistando cada vez mais adeptos,
que sentem logo no início todos os benefícios proporcionados pela prática desses
movimentos globais.

Cada um dos 34 exercícios possuem exigências específicas, pré-requisitos e até mesmo


contraindicações. Por isso, é muito importante lembrar que, mesmo para realizar os
exercícios originais de Pilates, é necessário avaliar o aluno, suas limitações e quais são os
objetivos propostos de acordo com cada movimento.

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