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ANA PAULA DE SOUSA ALMEIDA
Sobre a Autora
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Sumário
05 Introdução
10 4 Passos para escolher exercícios que geram
resultados
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Introdução
Olá!
Obrigada por ter baixado este Ebook. Para você deve ser muito
importante aprender mais sobre Pilates e suas aplicabilidade clínica e é por
isso que você está aqui, e também por isso eu já quero te dar os parabéns.
Para você ter uma ideia posso dizer que duas pessoas podem ter os
mesmos desvios posturais, mas Disfunções distintas. E consequentemente
Tratamento distintos. Trabalho com casos assim diariamente,
principalmente com as Escolioses, onde podemos ter dois indivíduos com os
mesmos padrões de curvas, mas a abordagem com eles não é nada igual.
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Quando falamos em desvios estamos nos referindo ao aumento ou
diminuição das curvas fisiológicas da coluna, e esses podem ser nomeadas
de acordo com a curva em questão que compõem o plano sagital, frontal e
transversal.
Uma disfunção postural nem sempre quer dizer que exista uma
disfunções.
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Para entender melhor vou listar pra você que tipos de Disfunções
o compressões
o trações
o torções
o bloqueios
o rigidez (hipomobilidade)
o estiramentos
o espasmos
o encurtamentos
o atrofias
o fraqueza muscular
o hipermobilidade
o cisalhamento
o etc.
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A presença de qualquer um desses fatores pode levar ao uso
incorreto das articulações corporais. E uma vez que o corpo busca
compensações para se manter o equilíbrio do indivíduo, o corpo
naturalmente irá buscar formas de obedecer as 3 leis da
biomecânica: a economia, equilíbrio e o conforto.
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04 PASSOS
Para Prescrever Exercícios
Que Geram Resultados
Passo 01
Conhecer o paciente e sua história
pregressa
Todos sabemos que é necessário realizar uma anamnese antes
de prescrever qualquer tratamento e no Pilates não é diferente. É
imprescindível o conhecimento de tudo que permeia a queixa do
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nosso aluno e os pontos principais a serem questionados são:
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Você pode estar se perguntando agora, “mas Ana, meu aluno
não sente dor, nem desconforto. Mas eu vejo uma postura ruim,
como eu posso melhorar isso?”
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Passo 02
Identificar As Disfunções Primárias e
Secundárias
Uma disfunção primária é aquela onde tem-se o agravamento
de toda uma alteração da função, tornando ela nossa fonte
primária de atenção. Não que as outras alterações sejam menos
importantes, mas muitas vezes, as compensações são mais fáceis
de tratar quando agimos na fonte primária.
No entanto, no complexo da coluna fica difícil encontrar
quem causou o quê e eu costumo organizar esse raciocínio
separando as disfunções em rigidez ou hipomóveis das disfunções
em hipermobilidade.
Não que exista um consenso de que uma região hipomóvel
origina uma disfunção em hipermobilidade no segmento próximo
(ou vice-versa). Mas eu considero uma disfunção primária (ou
estruturada), aquela em que há menos mobilidade.
Essa foi a forma que encontrei para organizar a minha
estratégia de intervenção, pois regiões hipomóveis são mais
difíceis de reverter do que as regiões hipermóveis devido às
complexidade no processo de estruturação da disfunção na
coluna.
Logo, ao avaliar uma coluna, meus olhos são minimamente
atentos para a mobilidade de cada segmento, desde a pelve
(sacro) até a base do crânio.
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Entender como está a mobilidade segmentar da coluna pode
fazer você descobrir de onde vem uma disfunção (ou disfunções).
Pois é comum termos efeitos em cascata, quando há
transferência de função ou de sobrecarga para cada vértebra e
seus dependentes.
Vou dar 2 exemplos práticos: duas pessoas, ambas possuem
hiperlordose lombar e hipercifose torácica ao mesmo tempo.
Esse é um dos casos mais comuns. E além da hipercifose
geralmente vem também uma anteriorização de cervical (lembrou
daquele seu aluno?).
Identificar uma hiperlordose ou uma hipercifose é até fácil.
Porém é preciso diferenciá-las em um detalhe: quem causou
quem. Ou mesmo o quê causou ambos.
E como avaliar a mobilidade?
Existem vários testes que permitem avaliar a mobilidade
vertebral. Mas aqui abordo de uma maneira simples, apenas
analisando como se comportam as estruturas vertebrais durante
os movimentos funcioinais que o aluno realiza.
O movimento que geralmente eu solicito é o de flexão de
coluna lombar associado a uma extensão da coluna torácica. Veja a
foto seguinte.
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AGORA SEGUE A MINHA DICA DE OURO:
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Já em uma hiperlordose lombar secundária (ou funcional) na
região lombar o aluno consegue realizar uma flexão com uma
curvatura palpável, onde os processos espinhos formam uma
congruência maior (não dá pra colocar copo de água dessa vez).
Agora em uma hipercifose torácica primária (ou estruturada)
não há alteração do padrão cifótico durante o movimento e o
aluno não consegue realizar uma extensão da coluna torácica.
Você observa uma coluna em “C” continuamente e amplitude é
bem reduzida.
PRIMÁRIA
SECUNDÁRIA
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Porque é importante diferenciar as disfunções em primária e
secundária?
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Para que essa dinâmica biomecânica mantenha-se equilibrada
e garanta um bom funcionamento da coluna é necessário que
haja uma certa sincronia entre os tecidos moles e as articulações.
Aqui precisamos de músculos agindo no tempo certo,
ligamentos bem preparados, fáscias com boa tensegridade,
junções articulares com boa nutrição cartilginosa, discos
hidratados e com espaços normais, entre muitos outros
elementos fisiológicos.
Dentro desse contexto, existem alguns fatores que podem
influenciar nessa dinâmica: fatores genéticos para hipercifose
(exemplo: Scheurmann), fatores ambientais e laborais para dor
lombar (ex: passar o dia sentado ou em pé), fatores nutricionais
(ex: desidratação discal, deficiência de cálcio, etc), entre outros
podem levar ao surgimento de disfunções que afetam a relação
estabilidade X mobilidade, e dependendo do biotipo e
peculiaridades do indivíduo temos disfunções comuns a cada
pessoa.
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Uma disfunção estruturada, ou seja, aquela que perde boa
parte de sua mobilidade e se torna rígida acaba dissipando essa
função móvel para os outros segmentos da coluna, no caso o
segmento acima ou abaixo. Costumo dizer que na coluna nada se
perde, tudo se transfere.
Portanto, se a estruturação for na região lombar, muito
provável que a região torácica tenha a mobilidade alterada, (ou
até mesmo o sacro esteja em disfunção funcional).
O mesmo acontece com a coluna torácica, que ao se tornar
rígida pode sobrecarregar a coluna lombar (ou a cervical) e esta
pode vir a se tornar hipermóvel.
Quando isso acontece chamamos o segmento que teve
menor mobilidade de primário e o que teve maior mobilidade de
secundário ou Funcional.
Ambos os segmentos devem ser olhados de uma forma
criteriosa, pois é aqui que muitas vezes deixamos de prescrever
exercícios mais específicos e assim atrasamos os resultados.
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Passo 03
Avaliação Postural Com Foco Em
Disfunções e Não Em curvas
Agora sim vamos falar sobre a Postura Estática. Observe que
anteriormente observamos apenas movimentos da coluna, fonte
da maioria das disfunções, em uma análise Postural dinâmica.
Agora vamos avaliar a Postura estática + Postura Dinâmica de
todo o corpo, incluindo membros inferiores.
Quando eu falo em Avaliação com foco em Disfunção eu me
refiro a sempre buscar correlacionar o achado postural com uma
disfunção preexistente.
Por exemplo, se eu vejo que existe um joelho valgo, eu posso
pensar que há comprometimento de glúteos, ou de piriforme ou
mesmo estabilizadores de quadril, ou se encontro uma cervical
anteriorizada eu observo como está o segmento abaixo, se há
retificações na região torácica que podem estar sobrecarregando
o segmento acima que no caso é a cervical.
O que quero dizer é que você não deve focar sua atenção
somente no segmento que apresenta uma alteração postural (ou
desvio) porque muitas vezes ali está somente o sintoma, mas a
real disfunção está em outro região correlacionada e é lá que
também devemos dar importância.
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Uma alteração que também interfere crucialmente uma postura é
a forma como é distribuído peso sobre os pés. Um formato plano ou
cavo dos pés altera o impacto nas articulações acima até a coluna, e
modo como elas se relacionam na distribuição dessa força. Estou
falando dos tornozelos em relação aos joelhos, dos joelhos em
relação ao quadril, deste com o sacro e pelve e de todos estes com a
coluna.
É necessário ter bastante atenção na forma como está se
posicionando o indivíduo em relação aos pés, se estão supinados,
pronados, com carga medial, centralizado ou lateral.
Um pé em pronação por exemplo pode estar levando a uma
dinâmico de joelho em valgismo, que também força o quadril em
rotação interna, e enfraquecimento de rotadores externos (piriforme,
glúteos mínimo e médios). Portanto se você notar um pé pronado
avalie como está a situação do joelho e do quadril para que
posteriormente você possa trabalhar a retirada desse padrão.
Pontos assim devem ser vistos como sinais de alerta para
compensações do corpo, alterações na cervicais por exemplo,
geralmente são respostas à disfunções torácicas, e estas às
disfunções lombares, entre outras.
Se você tiver isso bem claro na sua cabeça, é hora de ir para o
Passo 4.
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Passo 04
Prescrição de Exercícios “Piramidais”
Primeiramente você vai saber exatamente porque usei o
termo "piramidal", para isso vamos falar um pouco sobre
biomecânica funcional da coluna.
De uma forma resumida, a coluna vertebral é capaz de
funcionar graças à integração de 3 sistemas: ativo, passivo e
neural.
São 3 pilares que se comunicam e promovem função para a
coluna. O sistema ativo são aqueles ligados ao movimento como
músculos, articulações. Já o passivo são as estruturas, como disco,
ossos, ligamentos, junções articulares. E por último, o neural, diz
respeito à propriocepção e nível de aprendizado
postural existente do indivíduo.
Além de guardar o sistema nervoso, a coluna tem como
função principal promover estabilidade e mobilidade pra coluna
ao mesmo tempo.
A pirâmide a que me refiro é a aplicação prática desse
conceito e consiste na prescrição de exercícios que envolvam
as estruturas (passivo), gesto motor (ativo), e neural (reflexos e
aprendizado).
Para que possamos resgatar essas funções aparentemente
perdidas no nosso aluno, é necessário trabalhar e atuar com as
seguintes abordagens, que juntas integram essa pirâmide.
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• Trabalhar na Estrutura: Exercícios que envolvam tração da
coluna, descompressão, alongamento de cadeias musculares,
liberação miofascial e exercícios de reposicionamento
fisiológico da coluna. Eles serão a base dos nossos exercícios e
deverão estar presentes desde o início dos atendimentos.
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• Trabalhar Estabilidade: Essa é uma abordagem indispensável,
pois exercícios de estabilidade são os que mais se aproximam
da integração funcional dos 3 sistemas que eu citei: ativo,
passivo e neural.
A maneira mais ideal de acordar essa função é promovendo
bases instáveis e desafios de equilíbrio par ao aluno com o intuito
de desenvolver e aprimorar o efeito antecipatório do SNC, que é
quando músculos intrínsecos e profundos são acionados de forma
involuntária para proteger a coluna do indivíduo, e este efeito
parece estar ausente ou em déficit em pacientes com lombalgias
mecânicas.
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• Aprimoramento da Função: Depois de evoluir nos pontos
anteriores, agora é hora de incluir nas suas aulas exercícios
que simulem as atividades funcionais do seu aluno, para que
ele possa otimizar seus movimentos e garantir que o efeito
antecipatório (reflexo neural) esteja sempre presente e
proteja a coluna de lesões.
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Como montar as aulas
Depois de ler todos esses conceitos é hora de prescrever seus
exercícios.
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Mobilização global
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Mobilização Segmentar
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Estruturais
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Ativação Muscular
(Fortalecimento em forma de pilar)
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Conclusão...
Então chegamos ao fim do nosso e-book e eu espero de
verdade que você tenha entendido um pouco do que eu quis
passar.
Eu basicamente te ensinei a prescrever exercícios de
acordo com o que é mais funcional possível para o cliente e a
ficar sempre atento aos detalhes tanto no sentido estrutural,
quanto neural e funcional. Por isso são exercícios que geram
resultados.
www.movimentocomproposito.com