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04 PASSOS PARA PRESCREVER

EXERCÍCIOS QUE GERAM 3X


MAIS RESULTADOS

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ANA PAULA DE SOUSA ALMEIDA
Sobre a Autora

Ana Paula Sousa


Fisioterapeuta Esp. em Coluna
CREFITO 14-183031-F
Minha missão é te ajudar a prescrever movimentos com propósito.
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Quem sou eu?
Meu nome é Ana Paula, sou Fisioterapeuta há 8
anos e quando me formei o primeiro curso que fiz
foi o de Formação em Pilates. Desde que conheci
o Método me apaixonei pela capacidade curativa
com as pessoas que sofriam com dores na coluna,
mas foi na Pós Graduação em Disfunções
Biomecânicas e Posturais que eu descobri o mais
alto potencial da sua aplicabilidade clínica.
Hoje trabalho com coluna e ajudo profissionais de
todo o Brasil a prescreverem movimentos com
propósito.
Se você também deseja ter resultados com seus
clientes eu convido você a LER e APLICAR o
conteúdo que eu preparei com muita dedicação
para você neste Ebook gratuito. Clientes
satisfeitos, sem dores e felizes serão seus porta-
vozes para trazer cada vez mais clientes e te ajudar
a crescer no seu negócio e na sua carreira.
Aproveite cada dica. Um beijo.

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Sumário
05 Introdução
10 4 Passos para escolher exercícios que geram
resultados

11 Passo1: Conhecer o paciente e sua história pregressa


15 Passo 2: Identificar as disfunções primárias e secundárias
24 Passo 3. Avaliação postural com foco em disfunções
27 Passo 4. Prescrição de Exercícios “Piramidais”

31. Como Montar Aulas


32. Exemplos Práticos de Exercícios

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Introdução
Olá!

Obrigada por ter baixado este Ebook. Para você deve ser muito
importante aprender mais sobre Pilates e suas aplicabilidade clínica e é por
isso que você está aqui, e também por isso eu já quero te dar os parabéns.

É muito notável perceber o quanto o mercado do Pilates tem crescido no


Brasil, e o número de praticantes também só cresce a cada ano.

Juntamente com esse aumento também surgem as dúvidas de quem


trabalha com o público que precisa dos serviços de Pilates. Afinal, são
inúmeros casos diferentes que surgem, desde alterações e disfunções
posturais até a repercussão dessas disfunções em dor.

E que o que são Disfunções? Como identifica-las? Como trabalhar com


elas? É o que vamos aprender agora neste Ebook que eu preparei pra você.

Primeiramente é importante dizer que as disfunções Posturais não são a


mesma coisa de Desvios Posturais.

Disfunções vão muito além do acentuação ou diminuição de curvas da


coluna vertebral. Elas envolvem muitos outros aspectos, que são estruturais
e funcionais.

Para você ter uma ideia posso dizer que duas pessoas podem ter os
mesmos desvios posturais, mas Disfunções distintas. E consequentemente
Tratamento distintos. Trabalho com casos assim diariamente,
principalmente com as Escolioses, onde podemos ter dois indivíduos com os
mesmos padrões de curvas, mas a abordagem com eles não é nada igual.

Então qual é diferença entre Desvio e Disfunção?

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Quando falamos em desvios estamos nos referindo ao aumento ou
diminuição das curvas fisiológicas da coluna, e esses podem ser nomeadas
de acordo com a curva em questão que compõem o plano sagital, frontal e
transversal.

Os principais desvios posturais que conhecemos são as hiperlordoses,


hipercifoses, retificações e as Escolioses.

Uma disfunção postural nem sempre quer dizer que exista uma

alteração na curva da coluna.

As curvas podem estar normais ao exame postural ou até mesmo no

exame de imagem, e mesmo assim o indivíduo pode estar sofrendo de

disfunções.

Uma disfunção indica que há alteração da atividade fisiológica do

organismo, e esta pode ser de tecidos moles, de estruturas mais rígidas

(ossos) e estruturas de junção (articulares).

Chamamos de disfunções biomecânicas aquelas que alteram a forma

como o organismo se relaciona com o tempo e espaço.

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Para entender melhor vou listar pra você que tipos de Disfunções

Biomecânicas são mais comuns:

o compressões

o trações

o torções

o bloqueios

o rigidez (hipomobilidade)

o estiramentos

o espasmos

o encurtamentos

o desidratação tissular (discopatias)

o atrofias

o fraqueza muscular

o hipermobilidade

o rotações das vértebras

o cisalhamento

o etc.

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A presença de qualquer um desses fatores pode levar ao uso
incorreto das articulações corporais. E uma vez que o corpo busca
compensações para se manter o equilíbrio do indivíduo, o corpo
naturalmente irá buscar formas de obedecer as 3 leis da
biomecânica: a economia, equilíbrio e o conforto.

O que vemos em uma avaliação postural por exemplo


(hiperlordose, hipercifose, etc) na verdade são a consequência
das Disfunções pré-existentes e não a causa delas. Portanto, se
formos tratar apenas o que vemos nossa chance de não atuar na
causa, e consequentemente não ter resultados, é bem maior.

É por esse motivo que em uma Avaliação eu geralmente deixo a


avaliação postural por último. Sim. Antes de avaliar a Postura, eu
realizo o primeiro passo dos 04 que eu acredito serem necessários
para se prescrever exercícios que gerem resultados. E esses passos
você vai conhecer agora.

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04 PASSOS
Para Prescrever Exercícios
Que Geram Resultados
Passo 01
Conhecer o paciente e sua história
pregressa
Todos sabemos que é necessário realizar uma anamnese antes
de prescrever qualquer tratamento e no Pilates não é diferente. É
imprescindível o conhecimento de tudo que permeia a queixa do
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nosso aluno e os pontos principais a serem questionados são:

 Qual o desconforto  Traumas físicos ou existência


 Se há dor de anomalias (megapófise
 Como a dor começa e termina por exemplo)
 Localização exata ou  Qual o impacto disso na vida
abrangente? do cliente e em suas
 Como a dor se comporta: atividades funcionais?
fisgada, pontada, localizada,  Qual a atividade ocupacional
irradiada, queimação ou do cliente?
ardência?  Prática de atividades físicas
 Qual momento do dia/noite o  Qual a expectativa dele em
desconforto costuma relação ao Pilates
aparecer  Como está sua saúde
 Quais problemas de saúde emocional? (Stress, humor,
antecedem o atual problema? jornada de trabalho, relações
 Cirurgias prévias (inclusive afetivas e satisfação pessoal)
cesariana)
Este último ponto é muito importante, pois são cada vez mais
comuns os casos de intrínseca relação entre Disfunções
Biomecânicas e Distúrbios psicossomáticos, onde muitas vezes as
disfunções estão relacionados à doenças emocionais ou excesso
de carga de trabalho.

A minha dica para identificar esse tipo de problema é observar


por exemplo se a queixa do paciente é “fixa”, ou se cada dia a dor
ou desconforto acontece em um lugar diferente. Outro dado que
também ajuda a diferenciar é quando nenhum dos exercícios
levam à melhora, nem mesmo os que são prescritos especialmente
para o seu problema.

Geralmente uma dor psicossomática leva um certo tempo para


ser percebida por nós, por isso é sempre importante estar atentos
a sinais como: irritabilidade e tensão muscular, fadigas
generalizadas, respirações curtas e com utilização de musculatura
acessória, presença de cervicalgias e Lombalgias, típicas de dores
psicossomáticas.

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Você pode estar se perguntando agora, “mas Ana, meu aluno
não sente dor, nem desconforto. Mas eu vejo uma postura ruim,
como eu posso melhorar isso?”

Quando não se tem dor, e após você ter investigado toda a


história pregressa do aluno que possa ter relação com as
presentes disfunções, é hora de focar em uma avaliação física
detalhada, porém objetiva e correlata porque você vai precisar
desses detalhes lá na frente para associar com a prescrição de
exercícios.

Mas antes disso, vamos para o segundo passo, onde eu vou te


ensinar como identificar as disfunções primárias e as disfunções
secundárias.

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Passo 02
Identificar As Disfunções Primárias e
Secundárias
Uma disfunção primária é aquela onde tem-se o agravamento
de toda uma alteração da função, tornando ela nossa fonte
primária de atenção. Não que as outras alterações sejam menos
importantes, mas muitas vezes, as compensações são mais fáceis
de tratar quando agimos na fonte primária.
No entanto, no complexo da coluna fica difícil encontrar
quem causou o quê e eu costumo organizar esse raciocínio
separando as disfunções em rigidez ou hipomóveis das disfunções
em hipermobilidade.
Não que exista um consenso de que uma região hipomóvel
origina uma disfunção em hipermobilidade no segmento próximo
(ou vice-versa). Mas eu considero uma disfunção primária (ou
estruturada), aquela em que há menos mobilidade.
Essa foi a forma que encontrei para organizar a minha
estratégia de intervenção, pois regiões hipomóveis são mais
difíceis de reverter do que as regiões hipermóveis devido às
complexidade no processo de estruturação da disfunção na
coluna.
Logo, ao avaliar uma coluna, meus olhos são minimamente
atentos para a mobilidade de cada segmento, desde a pelve
(sacro) até a base do crânio.

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Entender como está a mobilidade segmentar da coluna pode
fazer você descobrir de onde vem uma disfunção (ou disfunções).
Pois é comum termos efeitos em cascata, quando há
transferência de função ou de sobrecarga para cada vértebra e
seus dependentes.
Vou dar 2 exemplos práticos: duas pessoas, ambas possuem
hiperlordose lombar e hipercifose torácica ao mesmo tempo.
Esse é um dos casos mais comuns. E além da hipercifose
geralmente vem também uma anteriorização de cervical (lembrou
daquele seu aluno?).
Identificar uma hiperlordose ou uma hipercifose é até fácil.
Porém é preciso diferenciá-las em um detalhe: quem causou
quem. Ou mesmo o quê causou ambos.
E como avaliar a mobilidade?
Existem vários testes que permitem avaliar a mobilidade
vertebral. Mas aqui abordo de uma maneira simples, apenas
analisando como se comportam as estruturas vertebrais durante
os movimentos funcioinais que o aluno realiza.
O movimento que geralmente eu solicito é o de flexão de
coluna lombar associado a uma extensão da coluna torácica. Veja a
foto seguinte.

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AGORA SEGUE A MINHA DICA DE OURO:

Em uma hiperlordose lombar primária (ou estruturada) a


coluna lombar não acompanha o movimento de flexão, ou seja,
ela não faz aquela curva típica de uma coluna lombar móvel e ao
contrário disso, ela se torna plana, quase como uma folha de
papel. Eu costumo brincar que podemos colocar um copo de água
ali.
Enquanto isso na hipercifose dessa mesma pessoa existe uma
certa mobilidade e o indivíduo consegue realizar uma extensão e
flexão da coluna torácica normalmente, ou seja, a coluna sai do
padrão cifótico e retorna tranquilamente.

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Já em uma hiperlordose lombar secundária (ou funcional) na
região lombar o aluno consegue realizar uma flexão com uma
curvatura palpável, onde os processos espinhos formam uma
congruência maior (não dá pra colocar copo de água dessa vez).
Agora em uma hipercifose torácica primária (ou estruturada)
não há alteração do padrão cifótico durante o movimento e o
aluno não consegue realizar uma extensão da coluna torácica.
Você observa uma coluna em “C” continuamente e amplitude é
bem reduzida.

PRIMÁRIA

SECUNDÁRIA

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Porque é importante diferenciar as disfunções em primária e
secundária?

Sendo a coluna um complexo articular cuja responsabilidade é


ser estável e móvel ao mesmo tempo, ela torna-se um campo
contínuo de trocas de forças. Podemos dizer que basicamente há
quatro tipos de forças atuantes: compressão, tração, torção e
cisalhamento:

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Para que essa dinâmica biomecânica mantenha-se equilibrada
e garanta um bom funcionamento da coluna é necessário que
haja uma certa sincronia entre os tecidos moles e as articulações.
Aqui precisamos de músculos agindo no tempo certo,
ligamentos bem preparados, fáscias com boa tensegridade,
junções articulares com boa nutrição cartilginosa, discos
hidratados e com espaços normais, entre muitos outros
elementos fisiológicos.
Dentro desse contexto, existem alguns fatores que podem
influenciar nessa dinâmica: fatores genéticos para hipercifose
(exemplo: Scheurmann), fatores ambientais e laborais para dor
lombar (ex: passar o dia sentado ou em pé), fatores nutricionais
(ex: desidratação discal, deficiência de cálcio, etc), entre outros
podem levar ao surgimento de disfunções que afetam a relação
estabilidade X mobilidade, e dependendo do biotipo e
peculiaridades do indivíduo temos disfunções comuns a cada
pessoa.

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Uma disfunção estruturada, ou seja, aquela que perde boa
parte de sua mobilidade e se torna rígida acaba dissipando essa
função móvel para os outros segmentos da coluna, no caso o
segmento acima ou abaixo. Costumo dizer que na coluna nada se
perde, tudo se transfere.
Portanto, se a estruturação for na região lombar, muito
provável que a região torácica tenha a mobilidade alterada, (ou
até mesmo o sacro esteja em disfunção funcional).
O mesmo acontece com a coluna torácica, que ao se tornar
rígida pode sobrecarregar a coluna lombar (ou a cervical) e esta
pode vir a se tornar hipermóvel.
Quando isso acontece chamamos o segmento que teve
menor mobilidade de primário e o que teve maior mobilidade de
secundário ou Funcional.
Ambos os segmentos devem ser olhados de uma forma
criteriosa, pois é aqui que muitas vezes deixamos de prescrever
exercícios mais específicos e assim atrasamos os resultados.

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Passo 03
Avaliação Postural Com Foco Em
Disfunções e Não Em curvas
Agora sim vamos falar sobre a Postura Estática. Observe que
anteriormente observamos apenas movimentos da coluna, fonte
da maioria das disfunções, em uma análise Postural dinâmica.
Agora vamos avaliar a Postura estática + Postura Dinâmica de
todo o corpo, incluindo membros inferiores.
Quando eu falo em Avaliação com foco em Disfunção eu me
refiro a sempre buscar correlacionar o achado postural com uma
disfunção preexistente.
Por exemplo, se eu vejo que existe um joelho valgo, eu posso
pensar que há comprometimento de glúteos, ou de piriforme ou
mesmo estabilizadores de quadril, ou se encontro uma cervical
anteriorizada eu observo como está o segmento abaixo, se há
retificações na região torácica que podem estar sobrecarregando
o segmento acima que no caso é a cervical.
O que quero dizer é que você não deve focar sua atenção
somente no segmento que apresenta uma alteração postural (ou
desvio) porque muitas vezes ali está somente o sintoma, mas a
real disfunção está em outro região correlacionada e é lá que
também devemos dar importância.

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Uma alteração que também interfere crucialmente uma postura é
a forma como é distribuído peso sobre os pés. Um formato plano ou
cavo dos pés altera o impacto nas articulações acima até a coluna, e
modo como elas se relacionam na distribuição dessa força. Estou
falando dos tornozelos em relação aos joelhos, dos joelhos em
relação ao quadril, deste com o sacro e pelve e de todos estes com a
coluna.
É necessário ter bastante atenção na forma como está se
posicionando o indivíduo em relação aos pés, se estão supinados,
pronados, com carga medial, centralizado ou lateral.
Um pé em pronação por exemplo pode estar levando a uma
dinâmico de joelho em valgismo, que também força o quadril em
rotação interna, e enfraquecimento de rotadores externos (piriforme,
glúteos mínimo e médios). Portanto se você notar um pé pronado
avalie como está a situação do joelho e do quadril para que
posteriormente você possa trabalhar a retirada desse padrão.
Pontos assim devem ser vistos como sinais de alerta para
compensações do corpo, alterações na cervicais por exemplo,
geralmente são respostas à disfunções torácicas, e estas às
disfunções lombares, entre outras.
Se você tiver isso bem claro na sua cabeça, é hora de ir para o
Passo 4.

5
Passo 04
Prescrição de Exercícios “Piramidais”
Primeiramente você vai saber exatamente porque usei o
termo "piramidal", para isso vamos falar um pouco sobre
biomecânica funcional da coluna.
De uma forma resumida, a coluna vertebral é capaz de
funcionar graças à integração de 3 sistemas: ativo, passivo e
neural.
São 3 pilares que se comunicam e promovem função para a
coluna. O sistema ativo são aqueles ligados ao movimento como
músculos, articulações. Já o passivo são as estruturas, como disco,
ossos, ligamentos, junções articulares. E por último, o neural, diz
respeito à propriocepção e nível de aprendizado
postural existente do indivíduo.
Além de guardar o sistema nervoso, a coluna tem como
função principal promover estabilidade e mobilidade pra coluna
ao mesmo tempo.
A pirâmide a que me refiro é a aplicação prática desse
conceito e consiste na prescrição de exercícios que envolvam
as estruturas (passivo), gesto motor (ativo), e neural (reflexos e
aprendizado).
Para que possamos resgatar essas funções aparentemente
perdidas no nosso aluno, é necessário trabalhar e atuar com as
seguintes abordagens, que juntas integram essa pirâmide.

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• Trabalhar na Estrutura: Exercícios que envolvam tração da
coluna, descompressão, alongamento de cadeias musculares,
liberação miofascial e exercícios de reposicionamento
fisiológico da coluna. Eles serão a base dos nossos exercícios e
deverão estar presentes desde o início dos atendimentos.

• Trabalhar Mobilidade: são duas as formas de trabalhar a


mobilidade: segmentar e global (coluna). O trabalho
segmentar acontece conforme o grau de rigidez presente nas
estrutura da coluna, sendo necessárias nas regiões
hipomóveis. Já a mobilidade global deve acontecer em toda a
coluna independente das disfunções, e o ideal que haja a
construção da referência para corpo, com mobilização e
movimento completo da extensão para flexão e assim por
diante.

5
• Trabalhar Estabilidade: Essa é uma abordagem indispensável,
pois exercícios de estabilidade são os que mais se aproximam
da integração funcional dos 3 sistemas que eu citei: ativo,
passivo e neural.
A maneira mais ideal de acordar essa função é promovendo
bases instáveis e desafios de equilíbrio par ao aluno com o intuito
de desenvolver e aprimorar o efeito antecipatório do SNC, que é
quando músculos intrínsecos e profundos são acionados de forma
involuntária para proteger a coluna do indivíduo, e este efeito
parece estar ausente ou em déficit em pacientes com lombalgias
mecânicas.

• Desenvolver Aprendizado Motor: Tenha em mente que as


aulas a partir de agora deverão conter exercícios que
envolvam essas abordagens, podendo conter apenas
uma delas, ou não. Quanto mais, melhor. Todos esses
componentes juntos vão compor o aprendizado motor do
aluno, gerando resultados de acordo com a evolução de cada
um.

5
• Aprimoramento da Função: Depois de evoluir nos pontos
anteriores, agora é hora de incluir nas suas aulas exercícios
que simulem as atividades funcionais do seu aluno, para que
ele possa otimizar seus movimentos e garantir que o efeito
antecipatório (reflexo neural) esteja sempre presente e
proteja a coluna de lesões.

É importante ressaltar que muitos exercícios realizam todas essas


tarefas em um só movimento, enquanto outros trabalham esses
elementos de forma separada. Então procure identificar o potencial
do exercício e alinhe com o seu objetivo com aquele aluno.

5
Como montar as aulas
Depois de ler todos esses conceitos é hora de prescrever seus
exercícios.

E como colocar tudo isso em prática?

Sabendo da necessidade do aluno em reaprender a postura


fisiológica para ele e retirar as sobrecargas, eu faço uma subdivisão
do que eu trabalhar com ele em todas as aulas. Eu costumo
organizar minhas aulas da seguinte maneira:

Eu costumo separar dois* exercícios de estabilização, um ou dois


de mobilização global, mais dois exercícios de mobilização
segmentar para disfunção primária, dois exercícios voltados para
estrutura como alongamentos e liberação miofascial ativa, e
dois exercícios de ativação muscular (fortalecimento) para
disfunções secundárias. Você também pode incluir algum exercício
específico para a Patologia, como por exemplo, o relaxamento de
músculos cervicais na cervicalgia.

A seguir vou ilustrar pra você alguns exemplos de exercícios que


utilizo com meus alunos.

*Esses números jamais serão absolutos e servem apenas de referência


Estabilização

33
Mobilização global

34
Mobilização Segmentar

35
Estruturais

36
Ativação Muscular
(Fortalecimento em forma de pilar)

37
Conclusão...
Então chegamos ao fim do nosso e-book e eu espero de
verdade que você tenha entendido um pouco do que eu quis
passar.
Eu basicamente te ensinei a prescrever exercícios de
acordo com o que é mais funcional possível para o cliente e a
ficar sempre atento aos detalhes tanto no sentido estrutural,
quanto neural e funcional. Por isso são exercícios que geram
resultados.

A partir de agora você também pode ter essa visão e


organizar seus atendimentos não somente para movimentar
mas para ensinar o corpo do seu aluno a se reorganizar,
oferecendo para isso possibilidades de explorar seu sistema
nervoso, reposicionar suas estruturas e fazer o corpo
trabalhar de forma funcional e produtiva, sem compensações
e sem dores.

Resumindo: nas disfunções primárias devo resgatar


mobilidade e nas secundárias devo estabilizar (fortalecer). Isso
pode ser feito em um mesmo exercício ou não, vai depender
da sua criatividade em adaptar para a realidade do seu cliente.

No mais, bons estudos e boas prescrições!! 


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