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Profissional de Educação Física:

7 características e competências para


trabalhar com o lazer

Alessandro José da Rocha

Introdução

Caro(a) estudante, neste próximo capítulo falaremos sobre o Profissional


de Educação Física: características e competências para trabalhar com o lazer.
Buscando uma compreensão sobre o profissional de Educação Física
diretamente relacionado ao lazer, precisamos entender que nesse campo existe
uma grande ocupação por outros profissionais. Infelizmente para atuar no campo
de lazer não é necessário ter formação específica e aprofundada sobre este
fenômeno. É importante fazer uma análise através de pesquisa relacionada a
cada uma das áreas que poderá contribuir diretamente e indiretamente ao
aprendizado específico para intervir a esse campo.
O trabalho multidisciplinar já vem acontecendo em algumas áreas como
o Turismo e Hotelaria, Administração, Pedagogia, Psicologia, Educação Física,
entre outras, mas quando se trata de atuação direta ao lazer, acredito fielmente
em uma discussão específica a área de Educação Física.
Quando tratamos de lazer, visamos um momento de descanso e
divertimento, a mídia vende o lazer como momento de: Assistir televisão, ir a
clubes, ler jornais e revistas, ir ao shopping, ou seja, ter tempo livre para
recuperar as forças físicas. Para Gaelzer (1985, p.30) era necessário um
processo de educação para o tempo livre, acreditava-se que esse era o meio
pelo qual o indivíduo se conscientizaria do valor das atividades criadoras que
“(...) não só estabelecem a sua saúde integral como podem constituir-se em uma
promoção cultural no sentido de saber mais”.
É essencial que os profissionais do lazer estejam preparados de forma
técnica e cultural para poderem atuar na sociedade, a fim de vivenciar variada
formas de lazer de maneira crítica e criativa. Aqui debateremos sobre
características e competências para trabalhar com o lazer. Bom estudo a todos!
Objetivos
 Compreender o campo do profissional de Educação Física;
 Entender sobre Educação Física e lazer;
 Compreender sobre a animação cultural.

Esquema
1.1 O profissional de Educação Física
1.2 Educação física e lazer
1.3 Animação Cultural
1.4 Considerações Finais

Marcellino (2010, p. 62) afirma:


“Desconhecendo a teoria do lazer, o
profissional de educação física que
atua nessa área, além de confundir a prática
do lazer com a prática
profissional que o lazer requer, não
estabelece uma prática, mas sim um
“tarefismo”. Isso pode ser verificado nas aulas
de graduação de muitos
cursos superiores e nos “manuais” de
recreação e lazer.”

1.1 O profissional de Educação Física

Para que possamos entender melhor a função do profissional de


Educação física é necessário compreender sobre o campo e da atividade
profissional, para isso teremos uma breve leitura sobre o ESTATUTO DO
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA – CONFEF.

Da entidade
O Conselho Federal de Educação Física – CONFEF, pessoa jurídica de
direito público interno sem fins lucrativos com sede e Foro na cidade do Rio de
Janeiro/RJ e abrangência em todo o Território Nacional, e os Conselhos
Regionais de Educação Física – CREFs, com sede e Foro na Capital de um dos
Estados por ele abrangidos ou no Distrito Federal, são autarquias especiais,
criados pela Lei Federal nº. 9.696, de 1º de setembro de 1998, publicada no
Diário Oficial da União em 02 de setembro de 1998, com personalidade jurídica
e autonomia administrativa, financeira e patrimonial, organizadas de forma
federativa como Sistema CONFEF/CREFs.

Da Finalidade
O CONFEF tem por finalidade defender a sociedade, zelando pela
qualidade dos serviços profissionais oferecidos na área de atividades físicas,
desportivas e similares, bem como pela harmonia dos entes do Sistema
CONFEF/CREFs.

Os CREFs têm por finalidade promover os deveres e defender os direitos


dos Profissionais de Educação Física e das pessoas jurídicas que neles estejam
registrados.

Do Profissional de Educação Física


Serão inscritos no CONFEF e registrados nos CREFs os seguintes Profissionais:

I - os possuidores de diploma obtido em curso de Educação Física, oficialmente


autorizado, ou reconhecido pelo Ministério da Educação;

II - os possuidores de diploma em Educação Física expedido por instituição de


ensino superior estrangeira, convalidado na forma da legislação em vigor;

III - os que, até dia 01 de setembro de 1998, tenham comprovadamente exercido


atividades próprias dos Profissionais de Educação Física, nos termos
estabelecidos, através de Resolução, pelo Conselho Federal de Educação
Física;

IV – outros que venham a ser reconhecidos pelo CONFEF ou expressamente


determinados por lei.

Parágrafo único – Todo Profissional poderá solicitar a baixa do registro ou o


cancelamento dos quadros dos CREFs, mediante requerimento.
Do campo de atividade profissional
Compete exclusivamente ao Profissional de Educação Física, coordenar,
planejar, programar, prescrever, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar,
orientar, ensinar, conduzir, treinar, administrar, implantar, implementar, ministrar,
analisar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como,
prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos
especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e
elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de
atividades físicas, desportivas e similares.

O Profissional de Educação Física é especialista em atividades físicas,


nas suas diversas manifestações - ginásticas, exercícios físicos, desportos,
jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e
acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento
corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e
outras práticas corporais, sendo da sua competência prestar serviços que
favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde, contribuindo para a
capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e
condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à consecução do
bem-estar e da qualidade de vida, da consciência, da expressão e estética do
movimento, da prevenção de doenças, de acidentes, de problemas posturais, da
compensação de distúrbios funcionais, contribuindo ainda, para consecução da
autonomia, da auto-estima, da cooperação, da solidariedade, da integração, da
cidadania, das relações sociais e a preservação do meio ambiente, observados
os preceitos de responsabilidade, segurança, qualidade técnica e ética no
atendimento individual e coletivo.

O Profissional de Educação Física intervém segundo propósitos de


prevenção, promoção, proteção, manutenção e reabilitação da saúde, da
formação cultural e da reeducação motora, do rendimento físico-esportivo, do
lazer e da gestão de empreendimentos relacionados às atividades físicas,
recreativas e esportivas.

O exercício da Profissão de Educação Física, em todo o Território


Nacional, tanto na área privada, quanto na pública, e a denominação de
Profissional da Educação Física são privativos dos inscritos no CONFEF e
registrados no CREF, detentores de Cédula de Identidade Profissional expedida
pelo CREF competente, que os habilitará ao exercício profissional.

https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/low-section-of-athletes-on-
running-track-imagem-royalty-free/1010892896?adppopup=true

PESQUISANDO NA WEB

O Confef/Crefs são órgãos responsáveis pelo profissional de Educação


Física, é de extrema importância estar legalizado para atuar na prática da
profissão.

Se quiser conhecer mais sobre:

ESTATUTO DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA - CONFEF, em:


https://www.confef.org.br/confef/conteudo/471#:~:text=9%C2%BA%20%2D%20O%20Profissio
nal%20de%20Educa%C3%A7%C3%A3o,recrea%C3%A7%C3%A3o%2C%20reabilita%C3%A7%C3
%A3o%2C%20ergonomia%2C%20relaxamento

Se quiser conhecer mais sobre a profissão acesse:

Mestre em Educação Física fala sobre a profissão

https://www.youtube.com/watch?v=68tEqfx7nEk

Profissional de Educação Física: Uma Questão de Saúde

https://www.youtube.com/watch?v=Pgq3dTL7lIk
1.2 Educação Física e Lazer

O Lazer na Educação Física, é um tema de significativo interesse, com


possibilidades de formação e aprofundamento de conhecimentos em cursos de
graduação, pós-graduação, cursos de especialização, a partir da participação
em disciplinas específicas, em eventos da temática, projetos de extensão e
iniciação científica e várias outras ações oferecidas e concretizadas em diversas
instituições de ensino, superior ou não (WERNECK, 2003). Essa aproximação
pode ser identificada também a partir da constante presença de disciplinas
específicas sobre lazer nos cursos de formação em Educação Física
(MONTENEGRO, 2012), pelo aumento de cursos de Pós-Graduação, Lato e
Stricto Senso, e também pela ampliação do espaço destinado ao estudo do lazer
em encontros acadêmicos de Educação Física, como, por exemplo, no
Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte (ISAYAMA, 2010).

(CONFEF, 2002), o profissional de Educação


Física é um especialista em atividades físicas,
nas suas mais diversas manifestações, tendo
como propósito prestar serviços que
favoreçam o desenvolvimento da educação e
da saúde, contribuindo para a capacitação
e/ou restabelecimento de níveis adequados
de desempenho e condicionamento
fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à
consecução do bem estar, da consciência, da
expressão e estética do movimento, da
prevenção de doenças, de problemas
posturais, da compensação de distúrbios
funcionais, contribuindo ainda para a
consecução da autonomia, auto-estima, da
solidariedade, da integração, da cidadania,
das relações pessoais, da preservação do
meio ambiente, visando enfim a consecução
da qualidade de vida.

Embora isso possa ser visto nos dias atuais, Marcellino (2010) afirma que
tradicionalmente, a Educação Física presta serviços na área de Recreação e
Lazer desde as décadas iniciais do século XX, embora somente na década de
1960 a recreação tenha sido incluída formalmente na formação do profissional.
Para o autor, “a grande vinculação entre educação física e recreação/lazer
é vista no Brasil, no caminho histórico da ação profissional desde os anos de
1930” (MARCELLINO, 2010, p. 61). Isso mostra o longo percurso de associação
entre essas áreas em nosso país.

Mesmo com essa aproximação, as primeiras pesquisas sobre o lazer, no


âmbito da Educação Física, ganharam força somente a partir da década de 1980
(MARCELLINO, 2010). Portanto, ao encontrar amparo teórico no pensamento
do autor, é possível constatar que “existe uma diferença de muitos anos entre
prática profissional, ensino e pesquisa, que se reflete ainda hoje na área”
(MARCELLINO, 2010, p. 62).

Isayama (2010), Campos e Silva (2010), Valente (1992), Werneck (2000)


e Montenegro (2012) vem apontando algumas fragilidades na formação
profissional voltada ao lazer nos cursos de Educação Física, questões essas que
nos mostram a necessidade de repensar o processo de formação desenvolvido.

De acordo com os estudos realizados pelos autores, foi possível retirar


inúmeras evidências ligadas a formação com viés onde compreende o lazer
através das abordagens didático-metodológicas com fundamentos práticos,
assim, o professor teria formação específica para aplicação em jogos.

Foram levantados que as disciplinas relacionadas ao lazer fundamentam-


se basicamente em livros prontos de atividades recreativas, sem a devida prática
na aplicação dessas dinâmicas. Pode-se destacar que as disciplinas se
encontram com falta de clareza com o tema do lazer e não interage com os
demais componentes curriculares. A maioria das disciplinas com enfoque ao
tema do lazer oferecem ideia da recreação com ênfase nas práticas de jogos,
brinquedos e brincadeiras, onde não superam o padrão estabelecido teórico-
prático enfatizado historicamente na área, o qual, o lazer é atribuído como algo
sem compromisso, como descanso, tempo livre. Levando em consideração
essas reflexões seria necessário redimensionar o currículo de Educação Física
com o processo de formação em lazer.

Pressupondo através de pilares básicos, esse texto de forma objetiva


fundamenta ações para a formação profissional no campo de lazer, onde assim
aumentará uma discussão e podendo ampliar a visão do lazer nos cursos de
Educação Física.
Marcellino (2007) discute a formação profissional considerando a grade
curricular dos cursos de educação física, na qual o enfoque dado ao lazer é
reducionista, sendo esse um dos grandes problemas a ser enfrentado. Essa
concepção contribui para que os sujeitos aceitem passivamente a visão de lazer
transmitida pela mídia, em que o lazer e as atividades possíveis nesse tempo
são reduzidos ao conteúdo físico-esportivo, principalmente. Evidencia-se,
atualmente, que o lazer se apresenta como um significativo campo de atuação
profissional, seja em Clubes, Escolas, Políticas Públicas de Esporte e Lazer,
Colônia de Férias, na Gestão de Eventos e na Pesquisa, o que se faz necessário,
portanto, conhecer o processo de formação docente voltado para a atuação
nesses espaços.

Com isso, destaca-se o surgimento do campo denominado de “Estudos


do Lazer”, que se configura como uma área multidisciplinar (ISAYAMA, 2010),
que pode favorecer práticas interdisciplinares entre os profissionais das
diferentes áreas que se dedicam a sua análise e reflexão (MONTENEGRO,
2012).

Devemos reconhecer as possibilidades que o lazer oferece para um


desenvolvimento social e pessoal, possibilitando contatos, e não somente levar
em conta o divertimento e o descanso proporcionados nesses momentos. Assim,
defendendo uma participação mais efetiva nesse campo, devem-se oferecer
informações específicas para que ocorra o exercício crítico e criativo do lazer
(Marcellino 2011). Stadnik (2002) afirma que há necessidade de equilíbrio entre
os tempos sociais, ou seja, o tempo de trabalho e o tempo livre, onde no tempo
livre, o lazer, principalmente o lazer criativo se desenvolve. Pressupõe a
capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que
determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar. É preciso
estimular a população a participar de atividades de lazer. Para isso é necessário
um mínimo de orientação que permita a opção por qual seja a atividade. Assim,
é válido fazer a distinção das áreas abrangidas pelo conteúdo do lazer
(Marcellino 2007).
Saiba Mais.

Conheça mais sobre Educação Física e Lazer:

Leia o livro Lazer e Educação Física, este livro tem como propósito a
divulgação de textos didáticos referentes ao tema lazer e educação física,
tendo como público-alvo estudantes de educação física e profissionais que
atuam ou que atuarão no âmbito do lazer.

Para saber mais, acesse o:


https://www.slideshare.net/marcelosilveirazero1/livro-lazer-e-educacao-fisica

1.3 Animação Cultural

Para os profissionais de Educação Física trabalharem no âmbito do lazer,


são exigidos conhecimentos específicos relacionados, como a recreação, o
lúdico, o prazer, além de seu trabalho ser relacionado com o esporte escolar,
com a dança, ginástica, jogos e outros conteúdos culturais que propiciam
vivências lúdicas prazerosas. Assim demonstra mais necessidades de
aprofundarem em estudos relacionados ao conhecimento do lazer no contexto
educação Física.

A Educação Física ainda é vista como a área que o profissional que deve
animar as pessoas de tal forma que elas esqueçam os problemas cotidianos
através de jogos e brincadeiras que incentivem formações de grupos. É
fundamental a participação do profissional de forma crítica e criativa com
diferentes práticas culturais, colocando suas vivências de lazer de modo
relacionado a sua prática profissional. Muito importante não esquecer que o
profissional também se constitui nesse contexto sociocultural estando, portanto,
sujeito às mesmas dificuldades apresentadas pelas demais pessoas.

O termo animação significa ato e efeito de animar, animação sociocultural


é um instrumento decisivo para um desenvolvimento multidisciplinar integrado
(social, económico, cultural, educacional, etc.) dos indivíduos e dos grupos.
“Sobre a Definição de Animação Sociocultural”, Azevedo (2008), após colocar
várias interrogações – “A animação sociocultural poderá ser uma ciência?
Poderá ser um ramo das ciências sociais? O que é a animação sociocultural?
Será uma técnica, um método ou uma ciência?” –, reconhece “que a mesma é
um diamante em bruto que carece de ser lapidado de forma a otimizar a sua
apresentação e aplicação social”.

Lopes (2007) analisa, ainda, as relações da animação sociocultural com


a educação formal, não formal e informal, e considera que na educação formal
a estratégia da animação sociocultural é a de operar como um meio para motivar,
complementar, articular saberes e potencializar aprendizagens. Na educação
não formal, a animação sociocultural se dá com base em práticas que se
realizam fora do espaço escolar, e na educação informal considera a família e a
comunidade agentes educativos. Assim, o autor defende uma animação que “(...)
através dos postulados das diferentes áreas afins da Animação, leve o homem
a partilhar saberes, vivências, a interagir e estabelecer relações interpessoais
profícuas, lutando contra a incomunicabilidade, o medo e a mordaça” (Lopes
2007, p. 8).

https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornal%C3%ADstica/christine-bleakley-
turned-pe-teacher-today-putting-foto-jornal%C3%ADstica/452134948?adppopup=true

É essencial que os profissionais do lazer estejam preparados de forma


técnica e cultural para poderem atuar na sociedade, respeitando alguns
princípios básicos, tais como adesão livre e espontânea. É extremamente
importante que todos possam participar, tendo o direito de optar, desenvolver e
construir os projetos e ações que respeitam e integram a diversidade cultural do
campo de lazer.

Sobre essa questão, CARVALHO (1977) afirma que os objetivos da


animação sociocultural são promover uma compreensão das pessoas em
relação a si próprias e ao mundo que as cerca; buscar uma maior participação
de todos nas questões sociais mais amplas, por meio do encaminhamento de
soluções coletivas, sempre renovadas, para os problemas de sua comunidade;
e também possibilitar uma preparação para empreender mudanças na
sociedade, gerando um pensar constante sobre o papel dos sujeitos nesse
sentido.

A atuação do profissional de Educação Física tem um papel fundamental


no campo de lazer, está relacionado as barreiras presentes na prática do lazer
ligados ao fator econômico, alicerçado nos preconceitos elaborados por uma
grande parte da população, mulheres, crianças, idosos, portadores de
deficiências, negros, índios, homossexuais, dentre outros. Na tentativa de
superar essa visão, o profissional pode se basear na perspectiva da animação
sociocultural, assim essa ação objetiva a participação da população na
autogestão e na busca de uma formação crítica e consciente das pessoas em
suas vivências de lazer.

Saiba Mais.

Conheça mais sobre Educação Física e Lazer e animação cultural.

Acesse os vídeos em:

D-19: Didática da Educação Física: Lazer

https://www.youtube.com/watch?v=32K47NakQwU

Tema 02 FUNDAMENTOS DO LAZER E DA ANIMAÇÃO CULTURAL

https://www.youtube.com/watch?v=tNFjv4Yu6P8
1. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo discorremos sobre o Profissional de Educação Física:


características e competências para trabalhar com o lazer, entendemos sobre
sua formação e atividades de campo. Os profissionais do lazer precisam
trabalhar através de estudos aprofundados sobre as relações ligadas as
vivências lúdicas, sendo fundamental o envolvimento de forma crítica e criativa.

O profissional precisa tentar minimizar as suas barreiras em relação ao


lazer, diversificando e apropriando as possibilidades desse momento, além de
enfrentar as barreiras presentes na prática do lazer com preconceitos elaborados
por uma grande parte da população ligadas ao fator econômico, raças,
sexualidades, misticismo, dentre outros. Não podemos esquecer que o
profissional se inclui no contexto sociocultural, podendo estar sujeito as mesmas
barreiras apresentadas.

Identificamos que a tentativa de melhorar e superar as barreiras


existentes da atuação profissional do lazer, um dos caminhos que se apresenta
pode se basear na perspectiva da animação sociocultural, assim essa ação
objetiva a participação da população na autogestão e na busca de uma formação
crítica e consciente das pessoas em suas vivências de lazer. Espero que tenham
compreendido bem o capítulo e que ele lhe seja útil nas suas práticas
profissionais, gostaria de encorajá-los para que leiam mais sobre essas
atividades.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, C. A. S. (2008), “Sobre a Definição de Animação Sociocultural”, in


Práticas de Animação, APDASC – Associação para o Desenvolvimento da
Animação Sociocultural, Ano 2, n.º 1, outubro de 2008
(http:revistapraticasdeanimacao.google pages.com).

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Mundial de Lazer,1985.

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ESTATUTO DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA - CONFEF


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