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1.

INTRODUÇÃO

A Psicologia Esportiva, ou Psicologia do Esporte, é uma área de estudo da Psicologia que


visa promover a melhoria da qualidade de vida e do desempenho esportivo dos atletas.

A Psicologia esportiva complementa o treinamento físico dos atletas auxiliando a


desenvolver aspectos, como: autocontrole, saúde mental, comunicabilidade, relações pessoais,
liderança e motivação.

2. OBJETIVOS DA PSICOLOGIA DO ESPORTE


O psicólogo do esporte busca entender como os aspectos psicológicos do indivíduo,
por exemplo, a ansiedade, o estresse, a motivação podem afetar o desempenho físico dos
atletas e dessa forma, trabalhar essas questões com ele para que isso não afete sua
performance. Percebe-se então, que para o atleta não basta ter um porte físico desenvolvido,
mas também precisa ter um cuidado com sua saúde mental. É válido lembrar também, que os
esportes de alto rendimento são os que mais exigem dos atletas, portanto, o psicólogo nessa
área é essencial para o bem-estar do atleta. Em suma, os dois objetivos são: ‘’(a): entender
como os fatores psicológicos afetam o desempenho físico de um indivíduo e (b) entender
como a participação em esportes e exercícios afeta o desenvolvimento psicológico, a saúde e
o bem-estar de uma pessoa’’. (WEIMBERG, GOULD, 2016, p. 4)

3. CONTEXTO HISTÓRICO
Para falar sobre o contexto histórico da psicologia do esporte se fará uso de duas
fontes primordialmente a parte I do livro Fundamentos da psicologia do esporte e do
exercício, e o primeiro capítulo do livro Psicologia do Esporte: Teoria aplicação.
Inicialmente tem-se que referências sobre a psicologia do esporte podem chegar até a
Grécia Antiga, entretanto a psicologia do esporte moderna enquanto uma área científica se
inicia em 1880, e os principais trabalhos mais científicos na metade de 1895. Trabalhos
isolados começam a ser realizados nos EUA, Rússia-URSS, Alemanha e Japão, essa história
pode ser dividida em seis períodos históricos.
O primeiro período pode ser chamado de período experimental é quando ocorrem os
primeiros passos com trabalhos isolados em lugares específicos, período que vai de 1895-
1920.
Segundo período é o de criação e desenvolvimento de laboratórios e de testes
psicológicos esse período vai de 1921-1938
Terceiro período (1939-1965) é quando são lançadas as bases e os fundamentos da
psicologia do esporte, quando seu futuro é pensado e preparado é quando ocorre o 1º
Congresso mundial sobre o tema 1965, Roma. Quando as bases científicas são estabelecidas.
O quarto período (1966-1977) é quando a psicologia do esporte passa a ser uma
disciplina da ciência do esporte/Ed. Física, um foco no aprendizado das habilidades motoras,
no feedback oportuno para atletas. É também o período em que psicólogos começam a
trabalhar em clubes e com atletas de maneira mais intensa.
O quinto período (1978-2000) é quando ocorre uma grande expansão da área, e ela
passa a gozar de mais prestígio por parte da opinião pública, principalmente nos países
desenvolvidos e que o esporte é parte integrante da cultura e o foco passa a maior em questões
aplicadas. São enfrentadas grandes questões para que ela se torne uma área: Definição de
padrões de qualidade para a formação, padrões éticos para atuação, licenciamento. É o
período também em que a área passa a ser considerada um emprego de tempo integral. A TV
americana cobre com grande ênfase a questão na Olimpíada de 1984, e o comitê olímpico
americano passa a contar com um profissional da área como funcionário permanente.
E por fim o período contemporâneo da psicologia do esporte, em que o campo passa a
ser crescente e vibrante, passa a se ter patrocínios externos de clubes e empresas para a
pesquisas na área. O foco passa a ser na questão do bem-estar do atleta, pois gera a redução
nos custos e tempo de tratamento/recuperação. Passa a se ter um interesse crescente sobre a
melhor maneira de preparar e educar os alunos. Em 2013 ocorre na China uma conferência
com 700 profissionais da área de mais de 70 países.
Agora para falar um pouco sobre a psicologia do esporte no Brasil tem-se que os
fundadores trabalharam no período histórico da fundação (3º), João Carvalhaes e Athayde
Ribeiro da Silva são nomes a se citar ambos trabalharam com a seleção brasileira, João em
1958 e Athayde em 62-63, grande nível da seleção na época 3 copas, João Também trabalhou
no SPFC. O campo surge muito no futebol inicialmente, já que é o maior esporte do país.
Após esse período há um hiato que se encerra na década de 80 quando profissionais começam
a atuar em diversos clubes e diversas modalidades e no início da década de 90 começam as
primeiras experiências multidisciplinares da área. Entretanto a área não goza de tanto
prestígio pela sociedade, assim como os esportes em geral tirando os principais, entretanto nos
que se tem mais prestígio da sociedade, tem-se que muitos treinadores acreditam que possam
substituir o psicólogo ou que até mesmo saberiam mais do que eles. A área não é muito
grande comparada a psicologia em geral, há poucos autores e profissionais, mas é uma área
em crescimento.

4. PROCESSO DE FORMAÇÃO
Para que alguém possa trabalhar com Psicologia Esportiva, deve ter, para além da
formação em Psicologia (e o CRP ativo), a pós graduação no curso de especialização na área.
Esta especialização dura entre 1 a 2 anos, dependendo do conteúdo e carga horária do curso.
Diante da diversidade de atuações é de se esperar que o profissional que atua em
Psicologia do Esporte tenha também uma diversidade de formação. Além do conhecimento
específico trazido da Psicologia como o uso de instrumentos de diagnóstico e modelos de
intervenção, espera-se e exige-se que o profissional tenha um vasto conhecimento das
questões que permeiam o universo do atleta, individualmente, como noções de anátomo-
fisiologia e biomecânica, e específicas do esporte, como as modalidades esportivas e regras,
bem como dinâmica de grupos esportivos.
Com vista nisso, a especialização em psicologia do esporte envolve a atribuição de
disciplinas relacionadas à Cognição e Desempenho, Bases do Treinamento Desportivo,
Clínica do Exercício, Ansiedade e Estresse no ambiente esportivo, mecanismos de motivação,
Lesão e Reabilitação, Medidas e Avaliação no contexto esportivo, Estratégias de Intervenção
e etc.
Esse corpo de conhecimento se faz necessário na medida em que se atua com
indivíduos e/ou grupos que têm sua dinâmica limitada pelo contexto vivido, ou seja, os
treinamentos, as competições e a interação com um meio restritivo com períodos de
isolamento e concentração ou alojamentos conjuntos. 

5. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA DO ESPORTE


Existem três funções principais que um psicólogo do esporte pode ter:
-Pesquisa: Nessa área são feitas pesquisas para aumentar o conhecimento da área, em
geral eles podem fazer parte de equipes que seja multidisciplinar na faculdade, ou seja, de
diferentes profissões e buscar estudar problemas como: ‘’adesão ao exercício, psicologia de
lesões esportivas e papel do exercício no tratamento do HIV’’ (WEIMBERG, GOULD, 2016,
p.5).
-Ensino: O papel de professor é de fundamental importância, esse profissional dará
aulas nas universidades sobre os temas que abordem a psicologia do esporte e exercício físico.
-Intervenção: Essa área refere-se aos consultores e é de grande demanda e onde estão
localizadas a maior parte dos profissionais, dentre as possibilidades de atuação, aqui estão
citadas algumas:
Esporte de rendimento: Visa auxiliar os atletas de alta performance, assim como os
membros da comissão técnica. Ele pode atuar com atletas individuais ou de esportes coletivos,
como jogadores de futebol, vôlei. Essa é a área mais conhecida e que mais possui
profissionais. O psicólogo vai trabalhar as questões psicológicas dos atletas para que elas não
interfiram na hora dos jogos.
Esporte escolar: Nessa área, o psicólogo junto com outros profissionais auxilia na
formação de jovens atletas, ou seja, aqueles indivíduos que estão começando no esporte.
Esporte recreativo: Essa é uma parte dedicada a todos os cidadãos, independente de
serem esportistas. O psicólogo auxiliará essas pessoas nos movimentos que elas irão fazer, é
algo mais dinâmico, feito para que as pessoas possam ter um melhor bem-estar, não segue os
mesmos princípios dos esportes de rendimento, por exemplo.
Esporte de reabilitação: Essa também é uma área interdisciplinar e o psicólogo pode
atuar com dois ‘’públicos’’ diferentes. O primeiro refere-se ao auxílio de atletas lesionados,
juntamente com médicos e fisioterapeutas, ele trabalhará a parte emocional do atleta que fica
abalada após uma lesão. O outro público é referente as pessoas que necessitam de práticas
esportivas por motivos de saúde, como por exemplo, cardiopatas, obesos. Além dessas
pessoas, pode também atuar com deficientes físicos como uma forma de inclusão social.
Além disso, dentro dessa área há duas especializações que o profissional pode fazer. A
primeira refere-se a ‘’psicologia clínica do esporte’’ na qual os profissionais recebem uma
qualificação para tratar pessoas com distúrbios mentais graves. ‘’Transtornos alimentares e
abuso de substâncias são duas áreas nas quais um psicólogo clínico do esporte pode
frequentemente ajudar’’ (WEIMBERG, GOULD, 2017, p.6). A segunda é sobre a
‘’psicologia educacional do esporte’’ que ‘’são “treinadores mentais” que educam atletas e
praticantes de exercícios sobre habilidades psicológicas e seu desenvolvimento. Eles não são
habilitados a tratar indivíduos que tenham transtornos emocionais graves.’’ (WEIMBERG,
GOULD, 2016, p.6). O profissional com essa especialidade ajudará os atletas nas questões
emocionais, como ansiedade e trabalhar a autoconfiança, algo que é muito exercido nos
esportes de rendimento.

6. DELIMITAÇÃO DOS CAMPOS DE ATUAÇÃO


É comum associar a Psicologia do Esporte a um tipo de prática esportiva que tem a
vitória como objetivo e a televisão como veículo de divulgação de resultados. Nessa dinâmica
a(o) psicóloga(o) é visto como aquele profissional que tem como obrigação fazer com que o
protagonista do espetáculo, no caso o atleta, renda o máximo. Essa perspectiva tem sido alvo
de críticas visto que, nem o esporte de alto rendimento é o único nicho da(o) psicóloga(o) do
esporte, nem a busca do primeiro lugar é seu único objetivo.

7. PRÁTICAS DE UM PSICÓLOGO ESPORTIVO


O objeto de estudo da Psicologia do esporte é o ser humano dentro do contexto
esportivo, coletivo ou individual, competitivo ou não competitivo. Este estudo inclui
processos de avaliação, práticas de intervenção ou análise de comportamento social dentro do
esporte, partindo da perspectiva de quem o prática.
Nas modalidades individuais, o foco da intervenção é o atleta e sua atuação, o
psicólogo a desenvolve através de atividades que estimulem a concentração e o controle
emocional, independente da variável ambiental. Estas práticas envolvem visualização,
relaxamento, modelagem de comportamento, análise verbal, inversão de papéis, técnicas
expressivas ou corporais
Já nas modalidades coletivas, embora também haja referências de intervenção em
contexto individual, o foco são as relações em grupo, onde, com o objetivo de formar
conexões e fortalecer vínculos, os psicólogos utilizam jogos dramáticos, técnicas de
sensopercepção, e procedimentos verbais originários da psicanálise de grupos.
Como podemos ver, para toda prática profissional, existe um referencial de orientação,
e com a Psicologia esportiva não é diferente, é possível criarmos algumas das bases para a
orientação para um psicólogo do esporte, entre elas:
Código de Ética Profissional (principal documento norteador das práticas psicológicas
em nosso país), para além de ser um conjunto de normativas a serem seguidas, busca valorizar
os princípios fundamentais que devem orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a
profissão, as entidades profissionais e a ciência. Ainda sobre os princípios fundamentais, todo
trabalho desenvolvido pela(o) psicóloga(o) deve estar apoiado nos valores que embasam a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, na promoção da dignidade, integridade,
liberdade e igualdade do ser humano. Sempre levando em consideração “o disposto na
Constituição Federal de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, que consolida o Estado
Democrático de Direito e legislações dela decorrentes” (CODIGO DE ÉTICA DO
PSICOLOGO, 2005, p. 4).

XIII Plenário do Conselho Federal de Psicologia, 2005. Código de Ética do Psicólogo.


O Conselho Federal de Psicologia - que implementa Resoluções que estabelecem
diretrizes, posicionamentos, ações, para as(os) psicólogas(os) diante de assuntos e situações
específicas. Hoje estão vigentes, no Conselho Federal de Psicologia, resoluções que
apresentam temas que atravessam a prática psicológica, e que cada vez mais aparecem no
contexto esportivo.
Algumas dessas resoluções são:
Resolução CFP n.º 09/2010 - Referente Ao dever do psicólogo de desenvolver o seu
trabalho objetivando a promoção da saúde em detrimento de qualquer forma de opressão e
negligência. (o psicóloga(o) deverá construir seu trabalho objetivando a promoção da saúde e
a qualidade de vida das pessoas e das coletividades, contribuindo para a eliminação de
quaisquer formas de discriminação, crueldade, opressão, violência e negligência.)
Resolução CFP n.º 11/2018. - A “Prestação de serviços psicológicos realizados por
meio de tecnologias da informação e da comunicação”.
Esta resolução autoriza o psicólogo (que precisa estar autorizado pelo seu respectivo
Conselho Regional, a(o) psicóloga(o) estão obrigadas(os) a especificarem quais os recursos
tecnológicos utilizados para a garantia do sigilo das informações) a utilizar diferentes
modalidades e instrumentos tecnológicos de atendimento (devidamente regulamentados, é
claro) para a prestação de serviços à distância.
Nota: Em um contexto normal, poderíamos citar esta resolução por conta do constante
trânsito que atletas realizam (nacional e internacionalmente) para competir ou treinar,
necessitando, portanto, de apoio à distância, mas, estamos em época de recuperação de uma
pandemia, que acabou afetando o modo de trabalhar de muitos profissionais, incluindo o
psicólogo do esporte. E neste sentido, é importante saber que este profissional teve diretrizes
que deram o suporte para a sua atuação nesta circunstância.
8. MERCADO DE TRABALHO
Perspectivas de carreira
A psicologia do esporte é uma área que cresce cada dia mais e ‘’há cada vez mais
oportunidades de consultoria e serviços, e mais psicólogos do esporte estão ajudando atletas e
técnicos a atingirem suas metas’’ (WEIMBERG, GOULD, 2016, p. 18). Isso porque os
esportes de rendimento é uma área com grandes chances de ingresso para esses profissionais,
então existe uma boa perspectiva para que se consiga cada vez mais uma maior quantidade de
vagas nesses locais. Além disso, também se percebe que ‘’há maior ênfase no aconselhamento
e treinamento clínico para psicólogos do esporte’’ (WEIMBERG, GOULD, 2016, p. 18), ou
seja, é uma área voltada para a especialização do psicólogo do esporte para que ele possa estar
mais capacitado para trabalhar em áreas que a profissão oferece. Outra área muito importante
é a que trata sobre a ética do psicólogo do esporte, cada vez mais são requeridos profissionais
nessa área para que possam ajudar as instituições a supervisionar os consultores porque
existem casos de ‘’pessoas desqualificadas podem denominar-se psicólogos do esporte, e
indivíduos sem ética podem prometer mais a técnicos, atletas e profissionais do exercício do
que podem oferecer’’ (WEIMBERG, GOULD, 2016, p. 19). Além disso, ‘’especializações e
novas subespecialidades estão sendo criadas’’ (WEIMBERG, GOULD, 2016, p. 19), ou seja,
o campo da psicologia do esporte é bem próspero.
Locais de trabalho: O psicólogo do esporte pode trabalhar em instituições esportivas,
como clubes de futebol, vôlei, basquete. Trabalhar em academias, auxiliando pessoas que
estejam fazendo algum tipo de exercício físico, mas que não são atletas, em universidades
dando aulas, e o mais comum é sendo consultor, ou seja, indo para os lugares que sejam
necessários, como nos casos de reabilitação.
Salário: De acordo com o piso salarial de 2021, o salário de um psicólogo que trabalha
32 horas por semana é de R$3.771,50. Vale ressaltar que esse salário é uma estimativa, tudo
depende da formação do profissional, tempo de carreira, cargo que ocupa e lugar em que
trabalha.

9. ENTREVISTA COM PROFISSIONAL PAULO PENHA


-Como começou sua relação com a psicologia do esporte. Qual sua formação, estagiou na
área?
Paulo: Quando eu fui fazer vestibular estava muito na dúvida no que queria, fiz
vestibular na UEPG para medicina que tinha na época, foi o primeiro ano que abriu e eu
passei em todos menos em Medicina e fiquei pensando se valeria a pena estudar anos naquilo
já que eu nunca gostei muito de estudar (risos), percebi que medicina não seria para mim
porque eu não queria mexer nas pessoas daquela forma, mas eu queria ajudar pessoas. Fui na
essência do que eu gostava e sempre gostei de esporte, atividade física. Fiquei na dúvida entre
educação física e ouvi falar sobre psicologia do esporte que era bem emergente na época,
tinha chegado no Brasil há 15 anos, e eu sempre quis ser diferenciado então quando pensei em
educação física não quis ser só mais um, apesar de ter grandes amigos que são formados na
área. Fui então para psicologia para ser psicólogo do esporte, já entrei com esse objetivo, no
primeiro período já comecei a estagiar na área esportiva, na época trabalhei com Daiane dos
Santos e Danielle Hypólito na antiga universidade do esporte de Curitiba que tinha o pessoal
da ginástica olímpica brasileira, que treinava aqui. Ali foi meu primeiro momento de estágio e
depois teve também a Academia do Anderson Silva aqui em Curitiba também e a gente fez
um pequeno trabalho, depois fui para o futsal, esse foi o meu primeiro ano. No segundo ano,
tive várias outras experiências bacanas, com a natação por exemplo. Todos os anos tive
experiências muito bacanas e quando terminei a faculdade já estava muito bem formado nessa
área do esporte, fui fazer minha especialização na UFPR em fisiologia do exercício, fui o
primeiro psicólogo da história (não sei se até hoje, mas naquela época sim) a fazer essa
especialização, não existia especialização na psicologia do esporte em Curitiba, era apenas em
São Paulo e Porto Alegre, eu estudante recém-formado não tinha como ir para essas cidades
acabei fazendo essa especialização e foi muito bacana. Fiz psicopedagogia também depois fiz
mestrado em comunicação, hoje também já tenho especialização em psicologia do esporte.
Basicamente foi esse o meu começo.

-Quais as principais práticas dessa área de atuação?


Paulo: Para mim o que tem hoje de mais forte é a área acadêmica que inclui pesquisa e
lecionar, área clínica e temos in loco, em grandes clubes. São as três áreas principais hoje.
Tenho colega que trabalha em clube de futebol e basicamente é isso que ele faz, fica o dia
inteiro no clube trabalha com os atletas da base, com os profissionais e é isso, gosta pra
caramba, mas se limita a atividades em grupo, orientações individuais, o contexto é bem
diferente. O esporte é bem diversificado então tem psicólogos que trabalham no local como
contratados, que tem uma carga específica, são funcionários, mas temos também os
profissionais que trabalham in loco como eu, não sou funcionário, mas vou fazer um trabalho
pontual na semana, um serviço específico em uma equipe, inclusive tem vários que eu
trabalho hoje, com basquete, esgrima, voleibol, futsal, tem várias equipes que eu faço
assessoria, mas nenhuma me obriga a ficar o dia inteiro lá, senão eu não faria até porque um
dos grandes problemas é a remuneração nesse âmbito esportivo, temos que ver que não existe
um teto salarial do psicólogo, então você fica um pouco limitado. O meu foco é a minha
empresa Psiccom que é atendimento clínico, aí que eu consigo dar conta do recado que é
justamente fazer um trabalho clínico especializado, clínico esportivo. É assim que eu consigo
ter um maior número de atletas e a remuneração maior também.

-O foco é o atleta ou a competição em si?


Paulo: O foco sempre é o atleta, a pessoa. Antes de tudo somos psicólogos, estamos
preocupados com o sujeito, a pessoa. É óbvio que ele traz a demanda dele, geralmente é
específico ao alto rendimento dentro do esporte que ele pratica, mas a gente investiga com ele
enquanto pessoa, primeiro cuidamos da pessoa e depois do atleta. Mesmo trabalhando in loco
a ideia é a mesma, as vezes a dinâmica muda um pouco dentro daquele contexto então você
faz diversos tipos de atividades diferentes, dinâmicas de grupo, várias técnicas, mas a essência
ainda é a mesma, o cuidado com a pessoa. Se você percebe que a pessoa está se destoando de
alguma forma negativamente eu chamo em um canto e converso com ele, ‘’olha, estou
percebendo que você não está bem, vamos lá conversar comigo?’’, sempre tive minha sala
particular, então é um ambiente privativo, sigiloso. Eu conversava, usava o tempo que fosse
necessário. Não é clínica, mas ainda é esportiva e a esportiva é assim, o cuidado com a pessoa
sempre com as segundas intenções da alta performance. A gente está ali ajudando para que ele
vença, mas antes ele tem que estar bem, faz parte do nosso trabalho e deveria ser nossa
prioridade, tem psicólogos que acabam esquecendo disso e indo para a parte mais hardcore de
alto rendimento, e a gente fala, treinamos um atleta e ele não tem muito tempo então tem que
ter muito cuidado com isso.

-Você falou um pouco do mercado de trabalho e o que mais você pode falar sobre vagas,
faixa salarial, o ambiente. Sei que você já acabou comentando um pouco sobre isso, mas
se puder especificar um pouco mais.
Paulo: Eu adoro, vivo só da psicologia esportiva hoje. Assim gente, se for ver salário,
é um salário pequeno, um salário mínimo, um salário mínimo e meio tem lugares que é um
pouquinho melhor e paga três salários mínimos, então beleza a gente fica feliz e se eu vejo um
colega meu feliz eu fico feliz, mas pra mim não, eu não fico feliz, acho que como psicólogo
tínhamos que ganhar muito mais, depende muito dos profissionais, temos que ter nossa
autonomia, saber qual é o nosso trabalho e o quanto queremos ganhar também, sempre falo
muito para valorizarmos nosso trabalho porque se a gente não fizer isso ninguém vai fazer. É
importante se valorizar, entender que as vezes você vai perder umas oportunidades, mas
outras virão. Mas o contexto é ótimo, está abrindo, está ampliando, então tem muita coisa
crescendo, mas existem propostas boas e propostas indecentes, temos sempre que tomar
cuidado pra não entrar em uma fria, em um lugar que não tem estrutura ou para um lugar que
só vai te gerar publicidade negativa, desdenhar do seu trabalho, achar que ele não serve para
nada. Tem muitas pessoas que querem dizer como devemos trabalhar e nós temos que falar
‘’aqui quem sabe sou eu’’.

-Então tem uma questão com os treinadores das equipes que às vezes querem participar
muito, eles acham que tem conhecimentos. É isso?
Paulo: Sim, bastante. Eu tive uma situação dessa no futebol paranaense, durante o
campeonato paranaense onde eu tinha uma equipe de preparação física, toda equipe de
fisioterapia, todos muito legais, mas o técnico era complicado, e o técnico era o ‘’psicólogo’’
do time, então ele tinha uma concorrência que não precisava, um medo, um receio, uma
insegurança que atrapalhou demais e até me fez pegar desgosto pelo futebol, porque o futebol
consome a gente, nós temos que estar correndo com o time, é jogo toda hora, então a logística
para quem atende em consultório fica péssima, então até me fez bater o martelo e dizer
‘’chega de futebol, tralhar in loco como contratado nunca mais, agora só como eu faço agora
que é treinamento, palestras, coisas assim, mas ficar ali constantemente isso não.

-Uma dúvida: Você acha que a questão salarial depende da modalidade que o psicólogo
está atuando ou você acha que não tem relação?
Paulo: Olha, eu já trabalhei em ONG onde precisava de psicólogo esportivo, trabalhei
em Pinhais em um projeto social que me pagava o mesmo que um time de futebol me pagava
que ganhava muito dinheiro, então assim, não está proporcionalmente, não existe proporção o
que existe é o quanto estão valorizando a profissão. Então tem alguns lugares que não tem
verbas, mas fazem seus sacrifícios para darem um ‘'valorzinho’’ pra gente porque sabem que
é importante, tem outros que a gente sabe que é cheio da grana, mas não faz o mesmo. O
salário está relacionado a cultura de um esporte, o quanto se valoriza ou não.
-Como o doutor enxerga esse campo de atuação em alguns anos, tipo em 10 anos?
Paulo: É uma coisa difícil de ser respondida, quando eu entrei na psicologia do esporte
a perspectiva era muito boa, estava crescendo, ficando forte, mas tivemos casos de algumas
profissionais que fizeram umas besteiras principalmente ali no eixo Rio-São Paulo e isso
fragilizou muito a imagem, teve um retrocesso, eu imaginei que hoje estaríamos muito
melhor, mas acabamos decaindo. Nos últimos três anos voltamos novamente a ter uma
ascensão, lenta e devagar. Então vou te dizer que não sei, não dá pra saber, depende muito dos
profissionais que estão sendo formados, dá forma como vai atuar, dá ética que vai ter. Então
hoje está caminhando por um bom caminho, acredito que se continuar da forma que está a
tendência é que daqui 10 anos vai estar gigantesca o reconhecimento da psicologia esportiva
porque não é só uma questão brasileira, mas mundial. Lá fora ela já era muito mais
reconhecida há muito mais tempo que no Brasil, mas lá fora está crescendo muito e o Brasil
está indo um pouco na onda, mas muito atrasado. Eu tenho que ser otimista, na perspectiva
que vai ser bem melhor, assim espero, depois que passamos por um certo ciclo, estou há 18
anos na psicologia esportiva começa a perceber que não é bem assim a história, então vamos
esperar um pouquinho pra ver melhor, ano a ano a gente vai se adaptando as situações, mas se
tudo caminhar bem, vai ser melhor, com mais lugares reconhecendo esses profissionais, assim
espero e trabalho pra isso. Inclusive assumi agora a presidência da Associação de psicologia
do esporte do Paraná justamente para tentar auxiliar a organizar a área aqui dentro do Estado
que está muito solta, não existe um órgão interno que ajude os profissionais a crescerem, os
próximos dois anos serão só de estruturação pra ver se daqui a pouco conseguimos realmente
estar ajudando os profissionais.

-Me lembrei de uma dúvida em relação a encontrar vagas, geralmente é indicação, os


clubes publicam, tem concurso público às vezes ou pode ser mais por
seleção/contratação?
Paulo: Eu recebo mais convites de trabalho, vagas abertas, em São Paulo, lá já está
bem melhor isso. Paraná a gente não vê nada, é o ‘’QI (Quem indica)’’, eu não sou aqui do
Paraná, então eu não tenho ninguém aqui que já foi ou indique, então tem que ralar muito,
mas a gente vê alguns colegas na área que eu gosto muito, mas que tem a família tradicional
aqui de Curitiba e que por conta disso são indicados para alguns trabalhos, mas que acabam
não ficando no lugar porque são bons profissionais, mas não são psicólogos do esporte, tem
uma diferença enorme na área de atuação. Aqui no Paraná, Curitiba principalmente é o quem
indica, e ter a cara de pau também de ir bater na porta e tentar, até hoje é assim e eu sou assim
também até hoje. Temos que ter muita dedicação e muito empenho. Não tenha medo de
receber um não, como eu digo para todo mundo: o não é garantido, no mínimo a pessoa vai
ficar com teu contato e quem sabe um dia ela te chama.

-Como você enquanto psicólogo graduado enxerga a melhora do desempenho dos atletas
que se submetem aos seus serviços?
Paulo: Fazemos uma análise bem simples, primeiro eu vejo qual o nível da pessoa, o
que ela quer e o que ela pode, as vezes eu converso com o próprio atleta, com a comissão
técnica e vejo se ele realmente pode fazer aquilo, e através disso trabalho a melhora da
performance, indo através desse ‘’gráfico virtual’’, ter uma percepção se está tendo uma
melhora da performance ou não, tem casos de atletas que chegam querendo evoluir mais, mas
o técnico já acha que ele está muito bem, então temos que trabalhar a percepção, aceitar que é
assim a realidade para aqueles que querem mais e não conseguem chegar. É muito
personalizado, depende de cada caso, mas geralmente usamos um parâmetro externo para
conseguir ter uma ideia se aquela percepção do atleta é real ou não e se o que ele deseja é
possível, somente com essa base sólida consigo iniciar meu trabalho de avaliação e
intervenção para atingir os objetivos.

-Voltando ali para o que você falou sobre o processo de formação, como você pode
descrever as diferenças entre a graduação em psicologia e a pós-graduação em
psicologia do esporte?
Paulo: É entender que o esporte não é saúde, esporte é alta performance desgaste do
corpo e da mente, você tem que entender que não irá fazer uma terapia com seu atleta, porque
a melhor coisa pro atleta é sair do esporte de alta performance, é desgaste, frustrante, pra quê
isso na vida? Mas a pessoa quer se tornar um vencedor, ganhar troféu, ganhar recordes, ir para
um evento tal, ganhar dinheiro. Então a primeira coisa é saímos de uma percepção de clínica,
da psicologia tradicional para uma especialização em psicologia esportiva, onde há um
desgaste e dor, então trabalhamos muito em como lidar com isso, porque o atleta não vai
parar, vai ter que continuar. Por isso a especialização é tão importante, para que a pessoa
entenda essa diferenciação e consiga fazer um trabalho adequado. As vezes a pessoa vai para
essa área somente com a faculdade de psicologia e por mais que tenha as melhores intenções,
não consegue ficar porque é algo incompatível, a psicologia do esporte é diferente assim
como qualquer área dentro do esporte, fisioterapia, medicina que depois você tem que se
especializar na área. Trabalhar alta performance, trazer um equilíbrio na vida da pessoa
individual e esportiva atingindo o máximo potencial dela dentro do esporte, mas a visão é
diferente, a gente prioriza o bem-estar aliado a meta da alta performance e não só o bem-estar
e a saúde física em primeiro lugar porque se formos para esse lado, vamos acabar falando para
o atleta sair daquilo porque está o desgastando demais.

-E as pessoas que contratam os psicólogos, elas se importam mais com o aumento do


desempenho ou com o resultado em si, a vitória?
Paulo: No profissional, resultado, melhora, vitória, performance, dane-se o atleta, nos
esportes amadores é uma mistura, querem resultados, mas também querem ver seu atleta bem,
saudável, evoluindo. Mas muitos profissionais na maior parte dos casos não querem saber o
que o atleta está pensando ou sentindo, só quer ver ele em campo dando o resultado que ele
quer. O amador é muito mais humano, inclusive é muito mais gostoso trabalhar e desenvolver
quando estamos lidando com os gestores, mas o profissional é isso, resultado e competição
toda hora. Então vem uma parte do psicólogo de falar sobre o atleta, olha não é bom ele jogar,
deixa jogar no próximo jogo, preserva, ele não está bem, não está legal, está muito
sobrecarregado. E aí, existem lugares que ouvem a gente e lugar que não, mas é muito bom
quando o gestor profissional segue o que a gente fala e preserva aquele atleta, coloca um
reserva no lugar, é muito bacana quando temos esse nível de relação e confiança. Mas o
profissional quer resultado, basicamente é isso.

-Tem mais alguma coisa que você ache interessante nos falar sobre a área de atuação?
Paulo: Eu acho que se vocês gostam, estão entrando agora na psicologia sentindo
como é a área, explorem e conheçam cada vez mais, estudem já façam estágio. No meu site a
psiccom já tem curso lá que é de introdução, de vários cursos para essa área, é bem bacana.
Um curso rápido de fazer, totalmente online, tem artigos, fala sobre o histórico da profissão,
áreas de atuação. E ir buscando outros lugares por fora, onde você possa estudar, estagiar, se
aperfeiçoar. O que eu recomendo é ir atrás, não ficar esperando o final da faculdade para ai
despertar o interesse, porque ai será muito mais difícil, tem muito mais coisas da faculdade
pra fazer e de repente vai ser difícil encaixar pra fazer, até porque os estágios geralmente não
são curriculares, só algumas instituições, por exemplo a Uniandrade que tem um estágio no
último ano para a psicologia esportiva, é mais organizado, mas a maior parte é mais
desorganizado, meio jogado, então busquem, procurem e ai se desenvolva. O mais legal é
saber que tem 10 semestres pra fazer uma escolha, mas eu não deixaria pra depois, faria uns
meses de estágio em alguma área para ter noção de como é, isso no mínimo vai agregar muito
a carreira de vocês em qualquer área que seja. Se deixarem pro último ano ou depois de
formado ai é muito mais difícil a colocação profissional, então é bom que vocês já estão no
início, dá pra aproveitar. Estudem, sejam bem curiosos. Me sigam no instagram, toda terça eu
faço live, as vezes trago um especialista, é bem bacana, tem alguns eventos gratuitos que eu
faço, alguns cursos que eu tenho são bem acessíveis também, tem muito artigo, coluna, eu sou
colunista.

-Tá bom então, muito obrigada pela entrevista, foi extremamente esclarecedora e eu já
ganhei muito interesse por essa área só pela entrevista, e com certeza eu vou procurar
suas redes sociais. Qual é o seu instagram mesmo?
Paulo: é psicologodoesporte.paulopenha, quando vocês forem fazer a apresentação,
podem falar meu nome e inclusive eu até agradeceria se passar algum contato meu porque é
assim que conseguimos mais trabalhos, até porque hoje a maior parte dos atendimentos que eu
faço é no ‘’boca a boca’’, atletas e ex-atletas, parentes que sabem do meu trabalho e me
indicam para outros atletas. Valeu!

9. Conclusão
Dessa forma, nota-se que a psicologia do esporte é uma área de extrema importância
para a sociedade e vai além do senso comum que a relaciona somente com esportes de alto
rendimento, ela mostra-se como uma importante aliada em vários âmbitos, como na
reabilitação de indivíduos com problemas de saúde. No entanto, assim como a psicologia em
aspecto geral, ela ainda luta por mais reconhecimento e salários mais dignos, já que não há
um teto salarial para a categoria. Pode-se notar também que o futuro para a área é próspero
como citado pelo nosso entrevistado Paulo Penha, novos profissionais estão surgindo e
levando o nome da psicologia por diversas áreas.
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um grupo esportivo.2002, 132p. Dissertação. (Mestrado em Educação). Faculdade de
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