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RECREAÇÃO

E
LAZER

Patrick Gonçalves
Áreas de atuação e o
mercado de trabalho
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Descrever o papel do professor como agente ativo na promoção


do lazer.
„„ Elencar as possibilidades no mercado de trabalho no âmbito do lazer
para profissionais de educação física.
„„ Identificar as principais tendências para o profissional de educação
física nas áreas do lazer e da recreação.

Introdução
O profissional do lazer costuma ser visto como um sujeito simpático e
pronto a atender e acolher as solicitações dos seus clientes. Entretanto,
as habilidades e competências desses profissionais vão muito além do
que manter uma boa relação interpessoal. Sua tarefa ocorre no sentido
de conhecer procedimentos e conhecimentos que são produzidos nos
diversos campos da expressão do lazer, como os processos manuais,
sociais, intelectuais, artísticos, físico-esportivos e turísticos. Assim, um
profissional capacitado nesse setor deve compreender qual é a relevância
de sua profissão para a sociedade, identificando os locais e os modos de
operação e compreendendo as principais tendências no mercado de lazer.
Neste capítulo, você vai estudar quais os principais papéis e objetivos
que devem orientar a atuação do profissional de educação física que
atua no mercado do lazer, as principais colocações diante do mercado
de trabalho e, ainda, vai ver uma breve análise das tendências que o
mercado do lazer apresenta.
2 Áreas de atuação e o mercado de trabalho

O papel do professor de educação física


Historicamente, o lazer foi vinculado apenas aos momentos de descanso e
prazer. Essa visão reducionista dessa área da ciência dispensava o papel de
profissionais que pudessem, por meio do seu conhecimento, promover ativi-
dades de modo a formular e atingir objetivos específicos, pautados de acordo
com as necessidades de cada indivíduo. Atualmente, o campo da recreação
e do lazer tem sido abordado por diversos campos do conhecimento. Desse
modo, não podemos pensá-lo em uma perspectiva que não seja multidisciplinar
e interdisciplinar. Isto é, o campo do lazer deve estar em pauta na formação
e na atuação de profissionais diversos, dentre eles aqueles que atuam na área
da educação física, da pedagogia, da psicologia, da hotelaria, do turismo, da
administração, da arquitetura e da sociologia.
Seguindo esse formato interdisciplinar, um dos principais aspectos dos
profissionais voltados à área de atuação do lazer é reconhecer que essa é uma
área que pode vir a necessitar dos conhecimentos produzidos por diversos
ramos da ciência (MARCELLINO, 2002). Com isso, as abordagens acerca do
lazer são diversas e levam em consideração desde a análise de espaços para sua
prática até as possibilidades como desenvolvimento biológico, entendendo-o
como fenômeno sociocultural.
Com isso, embora não abordemos as especificidades de cada área do
conhecimento, muitas delas poderão se encontrar presentes e são possíveis de
análises e interpretações no campo da educação física, o qual dedicaremos mais
espaço nesta seção. Por muitos anos, a atuação do profissional de educação
física no campo do lazer ficou limitada à interpretação de que se concretizava
para a recuperação física e mental, possibilitando o retorno dos sujeitos, em
plenas condições, ao trabalho. Entretanto, o entendimento de que a educação
física é um campo do conhecimento que utiliza movimentos corporais para
atingir objetivos diversos, como as possibilidades diante dos aspectos cogni-
tivos, físicos, sociais e afetivos, por exemplo, abre espaço para pensar a sua
atuação em muitos espaços, com sujeitos diversos e abrangendo o lazer em
todas as suas formas de expressão, por meio de atividades lúdicas, brincadeiras,
atividades recreativas, entre tantas outras possibilidades (STOPPA, 2000).
Assim, analisaremos alguns dos papéis que podem ser desempenhados pelo
profissional de educação física para algumas dessas propostas de trabalho.
Áreas de atuação e o mercado de trabalho 3

Lazer como atividade de interações humanas


Ao seguirmos em frente quanto às habilidades do professor de educação física
nas atividades de lazer, devemos entender que tais atividades são pautadas por
interações humanas. Isto é, a promoção do lazer, enquanto atividade social,
só ocorre a partir da ação do ser humano. Dessa forma, uma das pistas que
o profissional deve buscar antes de desenvolver seu trabalho é conhecer os
aspectos fundamentais que orientam o desenvolvimento dos indivíduos.
De forma geral, podemos realizar uma breve análise a partir das faixas
etárias em que cada um se encontra, possibilitando uma aproximação a seus
interesses e suas demandas, adaptando, assim, estratégias e objetivos na ela-
boração de atividades. Assim, as características apresentadas pelos diferentes
sujeitos quanto a sua maturação biológica e psicológica, assim como seus
interesses e suas necessidades para uma melhor qualidade de vida, devem
pautar os modos de agir do profissional e de pensar e desenvolver atividades
aos diferentes grupos (MARCELLINO, 2002). Por exemplo, crianças que
ainda se encontram nos primeiros anos de vida tendem a brincar sozinhas,
sem a capacidade de participar de jogos que requerem grande quantidade
de sequência de ações, enquanto adultos têm maior tendência às atividades
coletivas e se encontram na plenitude do seu desenvolvimento cognitivo.
Cabe salientar que o lazer não se trata apenas de uma atividade inte-
racionista, mas também de uma atividade dotada de aspectos culturais. A
dimensão que o lazer toma atualmente foge a um caráter estritamente voltada
ao entretenimento, sendo abordado a partir da possibilidade de intervenção
cultural, formando cidadãos mais críticos e promovendo uma sociedade cada
vez mais democrática.

Um dos fatores que ajudam a compreender o papel do profissional na promoção de


atividades de lazer é a capacidade de identificar nos diferentes grupos os diversos
aspectos que diferenciam os sujeitos entre si.
4 Áreas de atuação e o mercado de trabalho

Lazer como atividade de saberes técnicos


Ao realizarmos uma análise do profissional de educação física na promoção
do lazer, nos deparamos historicamente com sua vinculação como promotor
de momentos de descanso e revigoramento ao trabalho, ainda, como mero
animador. Isto é, as concepções históricas desses profissionais trazem consigo
uma percepção de que estes devem desempenhar um trabalho assistencialista
ou funcionalista, promovendo certo revigoramento por meio de atividades
físicas e/ou esportivas. Entretanto, a ramificação das concepções do lazer
e a crescente oferta de empresas prestadoras de serviços que buscam nessa
atividade atrair clientes têm fomentado a necessidade de profissionais dotados
de saberes técnicos para atuar nas mais diversas instituições e com públicos
diferenciados, como hotéis, escolas, associações beneficentes, entre outras.
Nesse sentido, percebemos que a atuação do profissional que desenvolverá
atividades ao lazer é pautada pelas práxis, ou seja, alicerçada nas teorias
existentes acerca dos jogos, da ludicidade, do prazer, do brincar, dos esportes,
entre outros componentes, guiando sua ação concreta e sendo esta objeto da
constante reflexão, de modo que sua ação acompanhe os movimentos sociais
(SILVA; GONÇALVES, 2017). Essa perspectiva se articula com a necessidade
de desenvolver uma sociedade pautada pelos avanços éticos e democráticos.
Contudo, o que percebemos nem sempre vai na direção das possibilidades
de reflexão dos profissionais acerca do autogerenciamento do seu trabalho.
Em muitos espaços que promovem atividades lúdicas ou de lazer, o que
podemos observar é a incumbência desses profissionais em seguir ritos e
procedimentos que são elaborados por seus superiores e que, em grande parte
das vezes, não partilham da formação técnica que os agentes promotores de
lazer têm. Nesse sentido, muito arraigada à noção dos profissionais de lazer
está a ideia de que estes são meros animadores, como sujeitos que devem
levar às diversas pessoas momentos de prazer e que propiciem o esquecimento
dos problemas enfrentados no dia a dia (STOPPA, 2000). Assim, a ação do
profissional de educação física, numa proposta reducionista de seu ofício, fica
restringida à organização de jogos, brinquedos e brincadeiras e à promoção
de momentos de alegria em festas, sendo caracterizado como aquele que
sempre tem um sorriso no rosto, que exalta a alegria e o pensamento otimista,
independentemente da situação.
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Ainda que o trabalho voltado para a promoção do lazer seja pautado pelo entusiasmo,
pela alegria e pela descontração, ele não pode deixar de ser entendido como um
ofício. O lazer é uma das possibilidades de reconhecer e enfrentar desafios, problemas
e mazelas que perduram na sociedade, sendo, também, um dos papéis que devem
pautar o trabalho do profissional que atua nessa área.

Cabe salientar que essa visão que diminui o papel do profissional de lazer,
muitas vezes, é reforçada pelos próprios trabalhadores. A possibilidade de
trabalhar em ambientes em que o jogo e a descontração imperem faz com
que muitos sujeitos procurem esse trabalho, no sentido de desfrutar, nos seus
momentos de trabalho, o lazer. A inclinação em gostar de um trabalho que
proporciona lazer, possibilitando momentos de alegrias e brincadeiras, faz
com que muitas pessoas escolham essa profissão por considerarem “fácil”,
descaracterizando a maioria dos trabalhos (MARCELLINO, 2002). Se faz
necessário, então, que essa linha tênue que se apresenta diante do profissional
de lazer fique clara, fazendo com que não realize ações descontextualizadas
com a realidade que o cerca e que promova a mobilização dos seus saberes
acumulados, de forma a promover uma sociedade voltada ao enfrentamento
das desigualdades que ainda encontramos.
O intuito de alertar acerca da responsabilidade social dos profissionais que
trabalham no campo do lazer não institui a desconstrução de um profissional
que tenha apreço e alegria no trabalho que desempenha, mas ressalta que essa
atividade está pautada em um sentido que mobiliza mais do que um sujeito
simpático promotor de momentos de alegria (STOPPA, 2000). O profissional
de educação física que deseja atuar no campo do lazer deve reconhecer que
essa prática emerge a partir de concepções técnicas, políticas, pedagógicas e
filosóficas, promovendo momentos que sejam embasados na crítica sociocul-
tural, reconhecendo, potencializando ou reconstruindo valores que, por meio
de sua práxis consciente, podem proporcionar o avanço social.

Características do profissional do lazer


A atuação do profissional de lazer, para atingir objetivos maiores do que
meramente proporcionar momentos divertidos, deve ser acompanhada pelas
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constantes atualizações em cursos da área. Como dito, o lazer é uma atividade


que exige conhecimentos técnicos que são necessários para desenvolver habi-
lidades que abrangem tanto o uso e a identificação das tecnologias necessárias
para as práticas de lazer quanto a obtenção de conhecimentos mais precisos
acerca das formas de desenvolver sua profissão. Além disso, deve ter conheci-
mento cultural aprofundado, podendo eleger e adaptar atividades e ferramentas
de modo a melhor contemplar as necessidades do grupo com que desenvolve
suas funções. Nesse sentido, Silva e Gonçalves (2017) apontam algumas
características imprescindíveis para atuar no campo da recreação e do lazer:

„„ Compreender as etapas amplas — Um evento que proporcione ati-


vidades de lazer, basicamente, engloba três momentos principais: uma
fase em que se reconhece os recursos físicos e humanos disponíveis,
assim como as características do público a ser atendido; uma fase em
que as atividades propriamente ditas são desenvolvidas; e uma fase
em que é realizada uma avaliação acerca do trabalho desenvolvido, de
modo a refletir e qualificar a sua atuação.
„„ Apresentação — Por se tratar de uma atividade pautada por interações
humanas, o profissional deve se apresentar de forma simpática e res-
peitosa, primando pelos aspectos éticos que regem a nossa sociedade.
„„ Socialização — Promover e liderar momentos que se constituam em
experiências positivas a todos os participantes, prevenindo e inibindo
situações que possam constranger ou promover alguma situação que
potencialize as situações de desigualdade que atravessam a sociedade
contemporânea.
„„ Estar preparado para os imprevistos — Saber lidar com as variáveis
que regem as relações sociais, que vão desde o gerenciamento de con-
flitos até as noções de primeiros socorros, tendo em vista que situações
adversas podem surgir durante as atividades.
„„ Criatividade — Ter a capacidade de criar e recriar atividades, de forma
a promover experiências positivas para todos, independentemente do
surgimento de situações que não foram planejadas.
„„ Zelo — Ser cuidadoso ao propor atividades, não expondo os partici-
pantes a riscos, assim como zelar pelo patrimônio material disponibi-
lizado. Além disso, o profissional deve tomar cuidados para não expor
os praticantes a situações vexatórias ou que possam causar alguma
degradação referentes a seus aspectos físicos, cognitivos ou culturais.
„„ Integridade — O profissional deve seguir e estabelecer alguns aspectos
éticos morais, garantindo a sua integridade física e mental, afastando-se
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de substâncias que possam comprometê-las, como cigarros e bebidas


alcoólicas, sendo o exemplo a ser seguido pelos demais participantes.
„„ Ciência — Realizar pesquisas acadêmicas sobre recreação e lazer, de
modo a manter a constante formação, implicando-se e identificando
novas tendências e abordagens nessas áreas.

Além desses fatores, o profissional deve gostar de sua atividade, de liderar


e atuar junto às pessoas. Embora seja uma atividade em que a diversão e o
entretenimento se façam presentes muitas vezes, ela deve ser encarada com
a seriedade e o comprometimento que qualquer outra área da ciência exige.

Possibilidades no mercado de trabalho


Em tempos passados, o lazer era visto como uma forma de ocupar-se durante
o ócio, como forma de entreter-se ou de recuperar as energias necessárias para
o trabalho, sendo realizado individualmente ou em grupos, sem a contratação
de serviços ou profissionais ligados à área. Atualmente, o lazer ganha outra
dimensão, pois a busca por uma melhor qualidade de vida movimentou a
indústria do lazer, de modo a tornar esse mercado um dos que mais movimenta
dinheiro e emprega pessoas (STOPPA, 2000). A grande procura por momentos
e locais de lazer, aliada às reduções de sua prática nos meios urbanos, impul-
sionou esse mercado, fazendo surgir empresas que oferecem os mais variados
serviços. Nesse sentido, as possibilidades de atuação são bastante amplas nos
diversos setores, sejam elas em instituições públicas, privadas, filantrópicas
ou até mesmo por meio de iniciativas autônomas.
Cabe lembrar que o conceito de lazer pode ser entendido a partir de diversas
concepções e áreas diferentes. Para o Dumazedier (1980), o lazer abrange seis
facetas culturais, sendo elas: manuais, sociais, intelectuais, artísticas, físico-
-esportivas e turísticas. Assim, as possibilidades de desenvolver atividades e
serviços voltados ao lazer são diversas, sendo um dos deveres dos profissionais
saber articular cada um dos conteúdos ao seu campo de atuação. Como exemplo
de atividades em que os profissionais de educação física podem atuar em cada
um destes conteúdos, podemos citar:

„„ Manuais: confecção de tecnologias voltadas aos movimentos corporais,


como redes, bolas, figurinos e coreografias, podendo ser utilizada tam-
bém para fins terapêuticos, como estourar plásticos-bolha, massagens,
entre outros.
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„„ Sociais: práticas que promovam a integração social, como os jogos


cooperativos.
„„ Intelectuais: dinâmicas voltadas à reflexão de diversos fenômenos
da sociedade, como a gincana ambiental, as práticas junto à natureza,
os esportes com materiais reciclados e a problematização dos padrões
físicos de beleza.
„„ Artísticas: apresentações em festas e eventos, como as diversas formas
de dançar, a percussão corporal, as atividades rítmicas e expressivas,
entre outras.
„„ Físico-esportivas: atividades físicas voltadas ao bem-estar, como as
danças, as ginásticas, os esportes, as lutas, os jogos populares, entre
outras.
„„ Turísticas: a exploração de ambientes naturais por meio de atividade
físicas, como o nado, o trekking e o montanhismo, também podendo
utilizar atividades urbanas por meio de passeios ciclísticos, corridas
de rua, caminhadas, etc.

Dessa forma, as possibilidades de trabalho ganham tons diversos, sendo


possível pensar a atividade de lazer para públicos diferenciados, com objetivos
diferentes, em que o perfil profissional também se modifica nas propostas e
nos conhecimentos técnicos exigidos A seguir, faremos uma breve discussão
sobre cada uma dessas possibilidades.

Animação
As atividades de animação são comuns com crianças e sujeitos que se encon-
tram no início da adolescência. O gosto por atividades divertidas e brincadeiras
está aflorado nessa fase. Por outro lado, encontram-se também aqueles adultos
e idosos que prezam por atividades divertidas e dinâmicas. Assim, o campo
de atuação é vasto. Os profissionais que atuam nessa área são os principais
responsáveis pelo divertimento em festas, clubes, hotéis, resorts, cruzeiros,
condomínios residenciais, escolas, espaços kids em shoppings, entre outros
espaços em que haja alguma festa, baile ou atividades correlatas. Dessa forma,
podem ser considerados animadores os recreacionistas que atuam em festas
infantis, os DJs, os atores, os artistas, os mágicos, os monitores de brinquedos
infantis, entre outros que podem atuar nesses mesmos espaços e lugares.
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Promotores de eventos
Na área do lazer, como vimos, todas as ações têm uma intencionalidade e
seus objetivos devem ser cuidadosamente planejados. Embora os promotores
não atuem diretamente no entretenimento junto às pessoas que desfrutarão
dos momentos de lazer, sua tarefa é de extrema importância, pois é por meio
deles que as pautas que guiarão os eventos serão planejadas, desenvolvidas
e avaliadas. Muitas empresas, como casas noturnas, clubes, associações e
empresas contratam promotores de eventos, que devem ter noções de admi-
nistração de recursos e de gestão de pessoal bem desenvolvidas, de modo a
promover festas, encontros e eventos diversos com a garantia de que todos os
imprevistos e riscos sejam minimizados.

Qualidade de vida
Nesse setor, encontram-se aqueles profissionais que atuam diretamente na
busca pela saúde e pela qualidade de vida das pessoas. São os sujeitos que
trabalham em academias, residências, clubes, empresas, e espaços fitness
de condomínios, promovendo momentos de atividades físicas saudáveis,
como ginástica laboral, musculação, práticas de relaxamento, treinamentos
funcionais, entre outras atividades que visam à busca da saúde aliadas a um
sentimento de bem-estar. A abordagem dos profissionais nessa área pode ser
individual ou coletiva, dependendo do contrato firmado e do espaço disponível
para desenvolver seu trabalho. Além de conhecer os aspectos biodinâmicos e
fisiológicos, deve ter um perfil de bom relacionamento, de modo a promover
o entusiasmo nas pessoas com quem desenvolve seu trabalho.

Lazer turístico
Este campo é voltado para o público que gosta de conhecer novas cidades e
interagir com novas culturas. Além disso, com a redução dos espaços de lazer
nos grandes centros urbanos e a procura por opções próximas das residências,
o ecoturismo, especialmente em meio rural, também tem ganhado força. Nesse
campo, os profissionais que atuam com lazer desenvolvem suas atividades
guiando as diversas pessoas em parques, praias, museus e demais pontos tu-
rísticos. Também é uma possibilidade para animadores e profissionais voltados
à promoção de qualidade de vida que atuam em hotéis, pousada, cruzeiros
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e resorts. Além de compreender bem os aspectos geográficos e históricos


das regiões onde atua, guiando e apontando aos turistas os melhores locais
a serem visitados, é imprescindível que esse profissional tenha uma grande
aceitação e conhecimento de culturas diversas, além de ter conhecimentos
avançados em línguas estrangeiras. Ainda, esses profissionais que desenvolvem
esportes e atividades junto à natureza, além das habilidades citadas, devem
conhecer os procedimentos técnicos de execução e segurança das atividades
proporcionadas.

Em 2017, o número aproximado de turistas estrangeiros que visitaram o Brasil foi de


6,5 milhões de pessoas. Esse número é um recorde na história brasileira, superando,
inclusive, os índices obtidos nos anos das realizações da Copa do Mundo de Futebol,
em 2014, e dos Jogos Olímpicos de Verão, em 2016.

Lazer em clubes
Embora as pessoas que buscam clubes recreativos se aproximem muito da-
quelas que buscam os espaços de qualidade de vida citados, as possibilidades
de atividades se diferem. O amplo espaço que, de modo geral, dispõem os
clubes associativos faz com que promovam atividades de piscinas e de quadras
e campos diversos. Assim, as atividades desempenhadas pelos profissionais
são diversas, podendo promover monitoria em equipamentos aquáticos, como
tobogãs, momentos de hidroginástica, passeios a cavalo ou partidas esportivas.
Nesse aspecto, os profissionais devem conhecer os diversos procedimentos
técnicos e de segurança para cada uma dessas funções.

Locação de espaços
Dentre essas possibilidades de trabalho se encontram os profissionais que
apenas alugam os espaços, ou seja, os pequenos, médios e grandes empresários.
Suas tarefas não envolvem a organização do evento em si, nem o contato direto
com o público que desfrutará das atividades infantis. Nesse aspecto, um dos
setores que tem crescido é a oferta de espaços voltados às festas infantis, em que
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o proprietário, por meio da locação de espaços, possibilita a realização de festas


e eventos. Também é comum observar espaços voltados à prática esportiva,
principalmente o futebol, em que quadras e ginásios se encontram disponíveis
para aluguel. Assim, os profissionais que atuam nesse setor devem dominar os
aspectos administrativos, além de estar atento às mudanças comportamentais
dos possíveis clientes, readaptando seu espaço e seus equipamentos conforme
as tendências atuais. Esses espaços se apresentam como uma forma para o
profissional de educação física, que domina as características peculiares que
envolvem o lazer e a recreação, se tornar um empreendedor administrando
locais e promovendo momentos recreativos com qualidade.
Além dessas possibilidades apresentadas, cabe ressaltar que ainda existem
aqueles profissionais que atuam no desenvolvimento de mídias digitais de
entretenimento. Os jogos para videogames e smartphones têm adentrado cada
vez mais o cotidiano das pessoas, à medida que a democratização do acesso e
o uso destas ferramentas avança. Assim, equipes de desenvolvedores procuram
identificar as demandas sociais e desenvolver jogos voltados ao lazer de uma
sociedade cada vez mais informatizada.
Com isso, o que podemos observar é que as possibilidades na área do lazer
são diversas, envolvendo muitos interesses e pessoas com muitos perfis diferen-
tes. Para o profissional de lazer, o desenvolvimento de competências técnicas
mais amplas é extremamente importante. Como dito, o lazer se articula em
diferentes campos e não deve ser visto apenas como um momento que previna
a desocupação ou proporcione o mero entretenimento, mas como uma atividade
que tem uma relevância considerável na construção e na reconstrução cultural.

Tendências profissionais nas áreas do lazer


e da recreação
Certamente, o lazer tem se modificado ao longo dos anos. Esse movimento,
que anteriormente era realizado em parques, praças e outros locais de acesso
coletivo nas horas em que as pessoas não estavam desempenhando o seu
trabalho, hoje está presente em todo lugar, estreitando as fronteiras entre o
descanso, o trabalho e o lazer. Cada vez mais percebemos que há uma propensão
em desenvolver o lazer durante as atividades laborais e buscar atividades que
possibilitem os momentos de lazer.
Além disso, o que podemos perceber, atualmente, é que as famílias va-
lorizam os momentos e as ferramentas que possibilitam o lazer, investindo
cada vez mais nesses momentos. De modo geral, todas as atividades de lazer
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necessitam de algum investimento. Mesmo para realizar uma caminhada em


um parque, são necessárias roupas que possibilitem essa prática. Ainda, há o
gasto com o deslocamento e com possíveis refeições e hidratações que também
podem demandar gastos. Assim, o lazer, ainda que proporcionado pelo Poder
Público, requer algum gasto direto ou indireto. O Quadro 1 mostra o gasto
médio por família em algumas atividades que promovem momentos de lazer.

Quadro 1. Média de despesa mensal com lazer per capita e total por família

Renda Renda familiar


familiar de Renda familiar acima de
Despesa (em até 3 salários de 3 a 5 salários 5 salários
R$ mensais) mínimos mínimos mínimos

Recreação 14,53 9,86 19,28


e cultura

Brinquedos 7,41 11,71 19,94


e jogos

Celular e 14,69 12,58 31,49


acessórios

Periódicos, 5,29 21,66 43,05


livros e revistas
não didáticos

Viagens 10,02 65,53 283,59


esporádicas

Recreações 7,89 110,60 353,40


e esportes

Jogos e apostas 10,03 5,98 14,05

Cerimônias 15,53 9,86 19,28


e festas

Despesa total 274,10 474,64 2.578,46


por família

Fonte: Adaptado de IBGE, 2008-2009 (2010).


Áreas de atuação e o mercado de trabalho 13

Como aponta o último levantamento de orçamento familiar do Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constituído de uma amostra de
aproximadamente 58 milhões de famílias brasileiras, podemos constatar que
as famílias, em todas as faixas de renda, investem algum valor em atividades
e/ou equipamentos que possibilitem o seu uso recreativo. Diante disso, as
empresas que promovem tais atividades e tecnologias têm voltado a atenção
de modo a oferecer produtos e serviços para todas as pessoas que têm algum
poder aquisitivo. Além disso, percebemos que a procura por momentos por
recreação e esportes que demandam algum gasto financeiro é percebido com
maior ênfase nas famílias com renda maior. Nesse sentido, é possível pensar
que a alta oferta de empresas e serviços que possibilitam o lazer aos diversos
sujeitos e o investimento que as famílias fazem para desfrutar desses momentos
são reflexos de uma sociedade que reconhece e realiza a procura por essas
atividades, como forma de atingir objetivos diversos, que passam desde ocupar
o seu tempo livre, até conhecer novas culturas e novos países. Assim, esta
seção se dedica a apontar algumas das tendências que pautam a sociedade
atual na busca de momentos de lazer, a partir da natureza dessas atividades.
Ainda, os dados apontam que as atividades esportivas e recreativas, as
viagens, as festas e outras atividades de desenvolvimento cultural, em que é
possível encontrar um campo de atuação para o profissional de educação física,
seguem em pauta nas despesas familiares. Além disso, o baixo gasto com
atividades recreativas e esportes das famílias com até três salários mínimos
não significa que não percebam nessas atividades momentos de diversão, en-
tretenimento e busca de qualidade de vida, mas podem se ver impossibilitadas
de realizar em razão dos demais gastos que estão presentes na realidade de
cada núcleo familiar, como conta de luz, conta de gás, impostos, entre outros.
Com isso, para esse público, cresce a necessidade da atuação do profissional de
educação física em programas proporcionados por meio de políticas públicas
que promovam momentos de lazer e recreação.

Mercados de lazer
As opções de lazer nas últimas décadas têm ganhado possibilidades diver-
sas. Entretanto, cabe salientar que ainda perduram alguns mecanismos de
segregação ao uso e acesso aos locais e equipamentos de lazer. Por exemplo,
viagens a países distantes e que têm aspectos culturais muito diferentes ao
Brasil são possíveis de serem realizadas, na maioria das vezes, por famílias
que têm uma renda consideravelmente mais alta em relação à média brasileira.
14 Áreas de atuação e o mercado de trabalho

Nessa perspectiva, Camargo (2001) entende que alguns aspectos contribuem


ao não acesso a todos os espaços de lazer, entre eles a própria renda familiar,
a situação socioeconômica, a escolaridade e o local de moradia.
Com isso, o futuro do lazer ainda está muito relacionado às condições de
igualdades sociais, em que, à medida que as mazelas contemporâneas forem
sendo superadas, maior será a democratização desse direito constitucional. No
entanto, a falta de preservação de ambientes naturais pelos setores públicos e
a exploração desenfreada pelo setor privado, que descaracterizam os aspectos
nativos das regiões onde o contato com a natureza era possível, fomentam a
busca por viagens a locais onde ainda predominam as características exóticas.
Com isso, as possibilidades dessa prática de lazer ainda são restritas a pessoas
que não vivem em situações empobrecidas. Um dos grandes desafios futuros
é a manutenção desses locais e a possibilidade de acesso para todos.
Essa dinâmica da industrialização em detrimento de atividades naturais
abre espaço para o avanço tecnológico e de fornecimento de serviços voltadas
ao lazer. Segundo a Organização Mundial do Turismo (BENI, 2003), as ten-
dências do mercado de lazer para o futuro passam pelos seguintes aspectos:

„„ busca por lugares com características naturais intactas;


„„ momentos em que toda família pode desfrutar, tendo em vista que as
limitações que a intensificação do trabalho exerce atualmente diminuem
os tempos e os espaços para participação de programas em família;
„„ uso de tecnologias digitais nos momentos de lazer;
„„ realização de viagens curtas, tendo em vista o fracionamento das férias
de grande parte da população;
„„ busca por lugares e atividades, assim como compra de ingressos e
pacotes por meios eletrônicos;
„„ oferecimento de produtos personalizados, de modo a capturar e fidelizar
clientes com gostos diversos;
„„ ampliação do ecoturismo como consequência da preocupação ambiental
que pauta a sociedade;
„„ atividades, produtos e programas para a população idosa, como con-
sequência do envelhecimento populacional atual.

Bem-estar
Uma das grandes preocupações atuais e que tende a se manter no futuro é a
atividade voltada ao bem-estar físico, mental e espiritual. A busca pela qua-
Áreas de atuação e o mercado de trabalho 15

lidade de vida é uma grande preocupação para a população atual e, tendo em


vista que esses momentos são possíveis principalmente durante os momentos
livres, é possível pensar que as buscas por momentos de lazer se darão no
sentido de aliar atividades que previnem patologias e promovem o pleno
condicionamento físico, mental e espiritual.
Cabe ressaltar que o mercado tem grande variedade de produtos e serviços
para esse fim, como revistas, programas de televisão, canais de divulgação
de informação em meio eletrônicos, cursos em academias e outros locais
de práticas de atividades físicas, entre outros. Beni (2003) destaca que esse
ramo do lazer se ampliará, pois os riscos de realizar as atividades em espaços
públicos, em razão da violência dos centros urbanos, têm crescido. Além
disso, os processos de arquitetura, engenharia e urbanização têm voltado suas
atenções para a criação de espaços voltados ao lazer em prédios e condomínios
horizontais residenciais. Assim, uma das grandes tendências para o lazer é
a oferta desses momentos por meio de atendimentos residenciais, de forma
individual ou em pequenos grupos de vizinhos ou familiares.
Além disso, a expectativa de vida tem aumentado gradualmente, resultando
em uma população cada vez mais idosa. O envelhecimento populacional
também é causado pela diminuição das taxas de natalidade. Logo, é possível
presumir que em breve teremos uma quantidade maior de idosos e menor de
crianças e adolescentes. Com isso, as atividades e os espaços de lazer para
a terceira idade são uma das grandes tendências nessa área. Atualmente, já
podemos ver o avanço desse fenômeno por meio de passeios e viagens de
ônibus e cruzeiros com uma programação totalmente voltada ao público idoso.
Do mesmo modo, aumentam também a oferta de casas de repouso e clínicas
geriátricas, que têm qualificado seus espaços, com atividades de entretenimento
diversas, de modo a atingir uma melhor qualidade de vida para esse público.
Todas essas possibilidades requerem um profissional que tenha conhecimentos
específicos sobre o desenvolvimento humano e o envelhecimento aliados aos
conhecimentos de lazer, recreação e manutenção da saúde. Assim, esta pode
ser considerada uma das maiores tendências para os profissionais de educação
física que queiram se dedicar a promover momentos de recreação e lazer.

Cultura
Conejo (2007) aponta o lazer cultural como uma das grandes tendências da
América Latina. Nesse aspecto, o turismo ganha o protagonismo de promover
atividades voltadas à exploração e ao contato com culturas diversas. Os países
pertencentes ao Mercosul têm uma grande quantidade de culturas diversas e
16 Áreas de atuação e o mercado de trabalho

ainda apresentam aspectos naturais ricos em beleza e diversidade. A fuga de


espaços cada vez mais urbanizados, que têm aspectos culturais restritos ao
processo de urbanização e que apresentam riscos aos praticantes em razão de
fatores diversos, fazem com que as viagens a locais distantes sejam desejadas
por aqueles que vivem em grandes metrópoles e sofrem as consequências de
trabalhos cada vez mais intensos.
Os locais como fazendas, hotéis, estâncias e pousadas afastadas das cida-
des urbanizadas acabam sendo um dos prováveis destinos de viajantes que
buscam no lazer momentos de integração com a natureza e de eliminação
do estresse produzido no seu estilo de vida cotidiano. Essas possibilidades,
aliadas às experiências locais, como ouvir um cantor nativo ou degustar
sabores locais, ganham potência. Além disso, as influências que parecem
ditar o interesse nesses locais e nessas atividades parecem surgir a partir
de propostas midiáticas que colocam o meio ambiente em degradação e sua
necessidade de preservação, abrindo espaço para o ecoturismo como promotor
da consciência ambiental. Assim, a presença do profissional de educação física
ganha diversas possibilidades. Ele pode atuar junto a outros profissionais,
em caráter multidisciplinar, promovendo dinâmicas e momentos voltados à
preservação ambiental, como caminhadas, acampamentos e outras atividades
em que o movimento humano esteja presente em ambientes naturais. Outra
forma de atuação relevante é a promoção de momentos que visem a difundir
diferentes culturas, como no preparo e no desenvolvimento de uma dança ou
demais atividades expressivas.

Mídias digitais
As buscas por ambientes seguros, muitas vezes, fazem com que as pessoas
procurem atividades de lazer em suas residências. Historicamente, as reuniões
de família, os jogos de tabuleiro, o rádio e a televisão ocupavam boa parte do
tempo das pessoas, garantindo horas de entretenimento enquanto estavam em
casa. Atualmente, essas formas de desenvolver atividades têm se modificado
à medida que os avanços tecnológicos vão se modificando, atingindo cada vez
mais pessoas, e aquelas que rejeitavam o uso de novas tecnologias digitais, no
início de sua expansão há algumas décadas, vão deixando de existir.
Os computadores, assim, têm se demonstrado cada vez mais presentes em
boa parte do dia a dia da maioria das pessoas. Por meio dessas ferramentas,
Áreas de atuação e o mercado de trabalho 17

os indivíduos podem interagir com outras culturas, filtrar conteúdos com


base em seu interesse e obter informações diversas sobre qualquer assunto
em qualquer lugar (VASCONCELOS, 2005). Diante dessas possibilidades,
é bastante comum que profissionais atuem de modo digital, criando espaços
de compartilhamento de informações e de pleno contato com seus clientes
na internet. Com isso, a atuação do profissional de educação física pode se
dar por meio da prática e da demonstração de uma modalidade esportiva, de
algum jogo ou alguma atividade, explicando regras e técnicas de movimentos,
apontando locais ideais para a prática de atividades de recreação e lazer,
disseminando informações. Além disso, com a possibilidade de oferecer um
conteúdo que atinja muitos públicos, o profissional de educação física pode
promover reflexões que partam de uma perspectiva da cultura corporal do
movimento, problematizando as relações e os fenômenos que se apresentam
na sociedade contemporânea.
Outro ponto a se destacar é o setor do marketing, que tem investido
fortemente em propagandas na internet, tendo em vista que é uma forma de
publicidade em que o gasto com recursos materiais é mínimo e as pessoas
atingidas são muitas, possibilitando, inclusive, direcionar seus conteúdos
a partir do filtro de interesse de cada um. Dessa forma, as tendências pro-
fissionais no campo do lazer têm se modificado rapidamente, atendendo
às demandas exigidas e às possibilidades influenciadas pela sociedade
contemporânea, em que o meio digital é um dos principais promotores de
programas e atividades de fácil acesso às pessoas. Contraditoriamente, nessa
mesma sociedade cada vez mais informatizada, na qual o fluxo de relações
interpessoais e de informações é muito grande, a procura por lugares junto
à natureza e culturas exóticas tem aumentado. Assim, cabe ao profissional
ligado ao lazer identificar esses movimentos contemporâneos de forma a
direcionar suas ações e seus objetivos, acompanhando o ritmo e a direção
que o mercado toma a cada dia.
Dessa forma, as áreas de atuação do profissional de educação física têm
se ampliado. No entanto, essa profissão ainda conserva características funda-
mentais, isto é, é dotada de interações humanas e de saberes técnicos. Cabe,
portanto, ao educador físico saber lidar com as transformações que a sociedade
vem apresentando nas formas de interação social, identificar as principais
tendências referentes ao lazer e à recreação e reconhecer suas características
como forma de aperfeiçoá-las, buscando atingir o pleno desenvolvimento de
cada indivíduo.
18 Áreas de atuação e o mercado de trabalho

BENI, M. C. Globalização do turismo: megatendências do setor e a realidade brasileira.


São Paulo: Aleph, 2003.
CAMARGO, L. O. L. Sociologia do lazer. In: ANSARAH, M. G. R. (Org.) Turismo, como
aprender, como ensinar. São Paulo: SENAC, 2001.
CONEJO, G. O planejamento estratégico no turismo cultural: uma opção para a Amé-
rica Latina. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE DIVERSIDADE CULTURAL: Práticas
e Perspectivas, Brasília, 2007. Organização: Ministério da Cultura; Organização dos
Estados Americanos; Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação do Brasil. Anais... Brasília: 2007.
DUMAZEDIER, J. Valores e conteúdos culturais do lazer. São Paulo: Sesc, 1980.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Diretoria de Pesquisas,
Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009
– POF. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
MARCELLINO, N. C. Lazer & empresa: múltiplos olhares. 3. ed. Campinas: Papirus, 2002.
SILVA, T. A.; GONÇALVES, K. G. F. Manual de lazer e recreação: o mundo lúdico ao alcance
de todos. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2017.
STOPPA, E. A. Lazer e mercado de trabalho. Revista Licere, Belo Horizonte, v. 3, n. 1, p.
176-181, 2000.
VASCONCELOS, Y. Uma viagem futurística. Revista Virtual Mundo Estranho. ed. 36. São
Paulo: Abril, 2005.

Leituras recomendadas
GALBRAITH, J.; DOWNEY, D.; KATES, A. Projetos de organização de dinâmicas. Porto
Alegre: Bookman, 2011.
MACEDO, L.; PETTY, A. L.; PASSOS, N. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto
Alegre: Artmed, 2005.
WATT, D. Gestão de eventos em lazer e turismo. Porto Alegre: Bookman, 2007.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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