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LAZER E INTERFACES COM A EDUCAÇÃO FÍSICA

Lazer e Interfaces com a Educação Física

Profissionais de Educação Física destacam setor de Recreação e Lazer como campo de trabalho in-
teressante e dinâmico.

O objetivo é o sorriso, não importa de quem – criança, jovem, adulto ou idoso. O instrumento? Ativi-
dades lúdicas que tragam alegria, relaxamento e descontração. Eis o trabalho da Recreação e do La-
zer, um campo que tem oferecido boas oportunidades a profissionais de Educação Física de todo o
Brasil.

Segundo Alípio Rodrigues Pines Júnior (CREF 068904-G/SP), diretor da Associação Brasileira de Re-
creadores (ABRE), atualmente o tema é objeto de diversos estudos acadêmicos, devido ao cresci-
mento da indústria do lazer e do entretenimento. “A Educação Física é a principal área que discute tal
temática, abrigando a maioria dos grupos de pesquisas e suas respectivas publicações”, conta, fri-
sando que a área também é tema de estudo em outros cursos acadêmicos, como Turismo, Hotelaria
e Pedagogia, entre outros.

No entanto, é grande a contribuição que a Educação Física traz para a recreação. “A formação em
Educação Física trouxe uma contribuição principalmente no conhecimento acerca da execução dos
jogos e brincadeiras, além da ampliação do repertório das atividades e sua devida organização”, es-
pecifica Alípio.

Campo De Trabalho

Com o crescimento do setor de lazer e entretenimento, há um vasto campo de trabalho para o Profis-
sional de Educação Física que deseje atuar na área. Hotéis e resorts, colônias de férias, cruzeiros
marítimos, associações filantrópicas, hospitais, clubes e casas de festa são algumas das possibilida-
des a quem opta por ser um recreador.

O profissional Tiago Aquino da Costa e Silva (CREF 049529-G/SP, nas fotos), conhecido como Tio
Paçoca, teve o primeiro contato com o tema na faculdade de Educação Física, ao cursar a disciplina
de Recreação e Lazer. “A partir do momento em que tive as primeiras oportunidades profissionais em
Recreação e Lazer, decidi que era isso que eu queria para a minha vida!”, relembra. Hoje, ele é pro-
prietário de uma empresa de recreação e coautor de um livro sobre o tema, Manual de Lazer e Re-
creação. “Atualmente, 100% da minha vida é Recreação, Lazer e Escola”, completa.

Competências e Habilidades

Para atuar na recreação, o profissional deve ter um conjunto de competências e habilidades que pas-
sam, necessariamente, pela sua própria sensibilidade em perceber o gosto do público com o qual
está lidando, de forma a adequar as atividades programadas. Para fazer essa adequação, é necessá-
rio que o profissional tenha, também, conhecimento de diversas técnicas de animação e de interven-
ção, bem como conhecimentos específicos em atividades físicas, esportes, dança, ginástica, jogos,
brincadeiras, entre outros. “Os recreadores devem gostar de gente e de cultura e, ainda, ter presente
a sensibilidade da ludicidade e a capacidade de interpretar as expectativas do grupo, desenvolvendo
na sua plenitude a ação pedagógica e didática do educador não-formal”, analisa Alípio.

Além dessas características, Tiago Aquino destaca que os profissionais devem também investir no
desenvolvimento de competências gerenciais e empresariais. “A maioria dos recreado- res não têm a
visão empresarial e de gestão das áreas do Lazer, Recreação e Entretenimento. Isso limita e muito o
seu crescimento profissional. Acredito que esse seja o maior impedimento para o desenvolvimento de
sua carreira”, avalia.

Educação e Lazer

A recreação está longe de ser apenas um divertimento descompromissado. Suas atividades lúdicas e
brincadeiras podem ser, também, um poderoso instrumento educacional. “Há uma vertente teórica
que mostra que o lazer possui um duplo aspecto educativo, em que é possível promover a educação
para o lazer e/ou pelo lazer. Quando falamos da educação para o lazer, visa-se educar o cidadão
para sua participação nas atividades de lazer; enquanto que, na educação pelo lazer, o foco é utilizá-
lo como uma ferramenta para promover a educação. Este pode ser um foco a ser utilizado nas esco-
las, como uma das diversas ferramentas à disposição do educador”, finaliza Alípio.

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Tecnologias na Educação Física

O professor de Educação Física e as tecnologias

Trabalhar com tecnologias e ambientes virtuais exige conhecimentos e metodologias específicas do


professor, pois as tecnologias por si só não mudam muita coisa. As mudanças acontecem a partir da
reflexão e mudança da postura do professor em sala de aula. O professor nos dias de hoje deve de-
senvolver competências como estimular a aprendizagem e a autoconfiança nas capacidades individu-
ais, criando, estruturando e dinamizando situações de aprendizagem.

As tecnologias são altamente renováveis, e muitos professores possuem dificuldade no seu manu-
seio. Em pleno século XXI, muitas escolas ainda possuem dificuldade para adquirir aparelhos tecno-
lógicos. Algumas ainda fazem uso de mimeógrafo para duplicar textos e tarefas dos alunos. Enquanto
alguns professores recém-formados não sabem o que é mimeógrafo, outros com mais de 20 anos de
magistério não sabem ligar um computador.

As distorções e diferenças encontradas fazem parte do processo de mudança na vida social, que
deve ser acompanhada pelos profissionais da Educação. O professor que não se atualizar e acompa-
nhar as transformações poderá ficar perdido no atual cenário pedagógico, tendo dificuldade de se re-
lacionar com a maioria dos alunos, que são nativos virtuais. Uma das coisas mais lastimáveis para
um ser humano é ele não pertencer a seu tempo. É se sentir, assim, um exilado no tempo. Sendo as-
sim, atualizar-se e acompanhar as transformações tecnológicas é importante não só para entender a
nova realidade dos alunos, mas para poder melhorar suas condições de trabalho.

Saber enviar um e-mail, arquivar digitalmente textos, tarefas, testes, provas e outros instrumentos
avaliativos e de registros pedagógicos são saberes que facilitam as ações docentes, como no plane-
jamento e na organização das aulas, na confecção e elaboração de objetos de aprendizagem, conte-
údos e ferramentas avaliativas.

No contexto da Educação Física, encontramos algumas pesquisas realizadas por meio das tecnolo-
gias e ambientes virtuais de aprendizagens (AVA).

A inclusão das tecnologias nas aulas pode não só viabilizar o auxílio ao ensino regular como também
possibilitar diversas formas de inclusão de alunos deficientes. No ambiente virtual de aprendizagem
(AVA), com os programas adequados, as deficiências físicas simplesmente não existem, e os alunos
podem participar e interagir em pé de igualdade com qualquer outro aluno. As deficiências não inter-
ferem na participação e interação, o que, de certa forma, melhora sua autoestima e participação nos
debates desenvolvidos.

Gêneros e Sexismo Aplicados à Educação Física

A partir do conceito de gênero, pode-se perceber que há diferentes propostas para as aulas de Edu-
cação Física que influenciam na relação entre garotos e garotas em seu desenvolvimento.

Do mesmo modo que o conceito de gênero, as aulas separadas por sexo foram construídas pelo pro-
cesso histórico da Educação Física. Ésta separação deu-se principalmente na introdução da proposta
esportivizada que, visa somente o esporte e suas características técnicas e físicas.

Após alguns anos, as perspectivas do esporte foram mudando, aparecendo então homens partici-
pando de esportes ditos como femininos e mulheres praticando esportes masculinos, tanto em clubes
quanto em escolas. Porém, apesar de participarem desses esportes, não poderiam considerar que
eles participavam em conjunto.

Já na perspectiva das aulas co-educativas, a prática conjunta dos alunos é incentivada, oferecendo
atenção igual a todos os alunos e compreendendo as suas especificidades durante as aulas. Sendo
assim, as aulas co-educativas são uma prática na qual os alunos e alunas tendem a estarem juntos
participando das atividades propostas na aula, quando podem ser problematizadas as questões de
gênero inerentes às atividades.

É recorrente nas aulas de Educação Física, os alunos criarem preconceitos e estereótipos em relação
à prática dos desportos, dizendo quem deve ou não participar de cada um deles. A co-educação
busca romper essa ideia, trazendo uma metodologia para a mudança.

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a co-educação como abordagem metodológica na Educação Física, contribui para entender o des-
porto e atividades físicas na relação de gênero, para combater o sexismo, livrando os alunos e alunas
da imposição do que cada sexo pode praticar ou vivenciar das práticas corporais. A co-educação pro-
blematiza sobre as representações do feminino e masculino, não somente na escola, mas em qual-
quer lugar da sociedade, a partir da prática da Educação Física escolar.

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