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Ela conta a história na casa da patroa uma festa lá ***** um osso de pernil tal Um dela

Práticas Inclusivas
Maria Luiza Figueiredo Tavares Leite
Gilmar Carlos

RESUMO
Nossa pesquisa visa demonstrar as práticas inclusivas na sociedade dentro da área da educação
física, os alunos utilizam o corpo para se expressar, tendo às vezes esse primeiro contato com o
esporte por meio escolar, que por sua vez pode ser segregador, por vergonha de si mesmo ou por
exclusão dos demais alunos devidos sua deficiência.
Demonstramos que ao longo dos anos muito se foi feito para que todos se sentidos acolhidos e
que por mais diferentes que sejamos podemos fazer a diferença, força essa demonstradas em
jogos paraolímpicos, prática essa iniciada nos anos de 1960, para reabilitar soldados que haviam
se ferido em decorrência das guerras.

Palavras-chave: Inclusão - práticas – educação

1. INTRODUÇÃO

O esporte é o maior fenômeno sociocultural do século XX (Tubino,1999). Esse conceito


do esporte como acontecimento requer altercações sobre a sua abordagem como um substancial
curricular. Na escola, o esporte tem como finalidade contribuir na formação do indivíduo, assim
como auxiliar na construção de cultura através do movimento e conhecimento crítico social,
evitando a exclusão e a competitividade de forma exagerada (BARBOSA, et al. 2010).
Segundo Brasil (1998), existe a necessidade de desenvolver uma Educação Básica que
tenha como base o princípio da inclusão. Ou seja, existe a seriedade para o profissional da
Educação Física adaptar-se ao processo educacional dos colegiais, no que diz respeito à sua
prática docente, de forma que favoreça o surgimento de novas práticas pedagógicas, para que a
turma em sua maioria esteja inserida com harmonia nas atividades propostas.
O estágio inclusivo no esporte iniciou no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
durante os jogos do Stoke Mandeville Hospital, na Inglaterra, com o objetivo de restituir e
reaver mais rápido os soldados que haviam ficado machucados e com decorrências da Guerra.
Em decorrência dessas adaptações das práticas esportivas, ocorreu a primeira edição
das Paraolimpíadas em 1960, devido essa prática oficial começaram a ingressar no ambiente
escolar, anteriormente a educação física era uma disciplina que excluía os alunos com algum
tipo de deficiência.
A legislação brasileira realizou a sua primeira Convenção Internacional sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência, em 2007 e entre muitas discussões, entrou a inclusão
Para isso, os Estados devem assegurar que “as pessoas com deficiência recebam o apoio
necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação”.
Um pouco mais recentemente em 2015 foi sancionada a Lei Brasileira de Inclusão (LBI),
que prevê o “acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a
atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar”.

Maria Luiza Figueredo Tavares Leite


Gilmar Carlos
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Bacharelado em Educação Física (LEF0761) – Prática do
Módulo I – 15/11/21
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Carvalho (2009) aponta que nas aulas de Educação Física os alunos se comportam com
espontaneidade, com emoção, trazendo atitudes de alegria, prazer, motivação, como também
atitudes negativas de agressividade, deprecio por companheiros mais ou menos hábeis, ira e
preconceito.
A vergonha é uma emoção que compõe todos os seres humanos e que por vezes aparece
de forma contrária, podendo causar introversão ou até mesmo banimento ou renúncia das aulas
ou atividade esportiva. A vergonha juntamente com o esporte na escola, esse sentimento pode
“interferir no aprendizado, na prática e na performance dos praticantes, independente da
modalidade e situação de desempenho” (LAVOURA e MACHADO, 2007, p. 62).
A função primeira da Educação Física é auxiliar os alunos a aprenderem. Considerando-
se que é na escola o lugar onde se refletem as contradições existentes na sociedade, é
interessante que os alunos frequentem as aulas o máximo que puderem, visto que é na escola que
se constrói o repertório de conhecimento a respeito da quebra de tabus relacionados ao cotidiano
(CRUM, 1993). As experiências sensoriais, perceptivas, motoras, sociais e afetivas têm a
capacidade de traduzir sentimentos e opiniões, pois não existem isoladamente.
As escolas precisam promover mudanças, elaborar projetos que deem preferência ao
pedagógico, evidenciando a educação inclusiva, orientando todos os funcionários da escola e a
comunidade no trabalho com alunos com deficiência, designando recursos para a formação de
professores aptos a lidar com esse público. É necessário adaptar a escola, por meio de algumas
medidas, facilitando o deslocamento de tais alunos (MELO; MARTINS, 2007).
Betti (1992, apud MENDES e AZEVEDO, 2010) afirma que a Educação Física soma
esforços, juntamente com todos os envolvidos no ambiente escolar (direção, professores,
funcionários etc.) para conquistar o objetivo da educação, que visa ao desenvolvimento integral
do indivíduo, para que ele possa vivenciar as mais variadas possibilidades de movimento e
aprender a falar, a partir do seu próprio corpo. Por isso, a intenção do profissional de Educação
Física na escola deve ser de realizar práticas que favoreçam o desenvolvimento de habilidades
motoras, cognitivas e afetivo-sociais.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizado por mim a leitura de alguns livros relacionados ao assunto inclusão no
esporte, alguns artigos me fascinaram pois o método no qual as pessoas com deficiência foram
inseridas nos esportes devido a primeira guerra mundial, não é algo que se costuma mencionar
normalmente.
Algumas revistas acadêmicas foram fundamentais para balizar os meus pensamentos
sobre esse assunto tão abrangente que se inicia na fase infantil até a fase adulta, percebi que a
vergonha e o medo de que a sociedade nos impõe por sermos diferentes fisicamente ocorre todos
os dias.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na teoria as práticas de abordagem com os alunos se tornam bem diferente de acordo


com cada pessoa pois não há como nivelar todos com a mesma régua cada pessoa tem uma
história, antes de chegar na escola e algumas dessas histórias são envolvidas de maus tratos,
sentimento de culpa, enquanto outras são incentivadas a viver como são e se aceitar mesmo com
as suas dificuldades.
Se faz necessário que os profissionais de educação física se envolvam com seus alunos de
uma forma mais humana, se adequando de acordo com a realidade de cada um.
A educação motora proporcionada pela Educação Física é um direito de todos e não deve
ser uma opção descartável ao passo que nenhum aluno deve ser exonerado dela. O futuro
professor deve ser educado para conhecer e aplicar teores pertinentes com o que se deseja que ele
seja como profissional.
Enfatizando que o profissional deve ter um apoio individualizado, que bem como
imprescindível seja característico e capaz de ponderar com profundidade que venham a
acontecer.
A Educação Física é área chave para tornar a educação mais inclusiva, podendo ser um
agente de teste, inovação e de progresso da categoria pedagógica educacional.
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5. CONCLUSÃO
Existe grande distância entre a altercação teórica e o fato na prática no que se diz
respeito à inclusão escolar. Inúmeros diligências vêm sendo realizadas para inserir esse método
no contexto escolar. Entendemos que os empecilhos encontrados pelos profissionais da
educação são muito maiores que as probabilidades até então alcançadas.
O ensino inclusivo ainda não atesta as expectativas no que se refere a propriedade do
trabalho desenvolvido, o profissional ainda não está disposto, a escola não está apropriada, os
demais alunos não estão educados para a novidade.
A Educação Física por sinal, como elemento complementar do sistema de ensino,
encontra-se também afundada nessa mesma situação, porém consciente de sua importância
nesse processo, os professores dessa disciplina também não se sentem preparados
adequadamente para lidar com alunos deficientes, que por sinal são realidade presente na
maioria das escolas.
Acreditamos que com muito esforço e dedicação a inclusão na escola pode sim
acontecer se todos andarmos conectados buscando opções que surjam a efetivar na prática tudo
aquilo que está descrito de acordo com a teoria, perseverança é fundamental nesse processo.
Concluindo o ponto de partida para que a inclusão de fato aconteça seja a
conscientização de todos, nossa sociedade deve aceitar e valorizar as diferenças individuais,
aprendendo a conviver com a diversidade humana.
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REFERÊNCIAS

TUBINO, M. J. G. O que é Esporte - Coleção primeiros passos; São Paulo, Editora Brasiliense,
1999.

BARBOSA, D. A. ; JR. A. O. M..; SABBO, J. R.; SANTOS JR, M. Esporte escolar: o jogo de
educar. Lecturas, Educación Física y Deportes, Revista Digital, on line, Buenos Aires, v. 15, n. 144,
maio, 2010. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd144/esporte-escolar-o-jogo-de-
educar.htm Acesso em: 19 de novembro de 2021.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: Secretaria de Educação


Fundamental, MEC/SEF, 1998.

CARVALHO, J. Medo e vergonha na Educação Física escolar: perspectivas da psicologia do


esporte. 2009. 57 f. Trabalho de conclusão de curso (licenciatura - Educação Física) - Universidade
Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2009. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/118571/carvalho_j_tcc_rcla.pdf?sequence=1%2
0 Acesso em: 10 de outubro de 2021.

LAVOURA, T. N.; MACHADO, A. A. Aspectos psicopedagógicos e estados emocionais: inter-


relações entre educação física e psicologia do esporte. Coleção Pesquisa em Educação Física ‐
Vol.5, nº 1 – 2007. Disponível em: < http://www.editorafontoura.com.br/periodico/vol-5/Vol5n1-
2007/Vol5n1- 2007-pag-127a134/Vol5n1-2007-pag-127a134.pdf>. Acesso em: 17 de novembro de
2017.

CRUM, B. A crise de identidade da Educação Física. Ensinar ou não ser, eis a questão. Boletim
SPEF, nº 7/8, p. 133-148, 1993.

MELO, Francisco Ricardo Lins Vieira de; MARTINS, Lúcia de Araújo Ramos. Acolhendo e
atuando com alunos que apresentam paralisia cerebral na classe regular: a organização da escola.
Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 13 n. 1, abr. 2007.

MENDES, E. G. Perspectiva para a construção da escola inclusiva no Brasil. In: PALHARES, M.


S; MARINS, S (Org.). Escola Inclusiva. São Paulo. EDUFSCAR. 2002.

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