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OS DEFICIENTES AUDITIVOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: repensando


as possibilidades de atividades pedagógicas inclusivas

Flávia Temponi Góes1


Ana Caroline Alves2
Paulo Roberto Vieira Júnior3

RESUMO

Este artigo apresenta reflexões iniciais acerca das atividades pedagógicas existentes
para a inclusão de alunos com deficiência auditiva nas aulas de Educação Física nas
escolas estaduais de ensino regular do município de Belo Horizonte/MG. Analisou
quais são as atividades pedagógicas utilizadas pelos professores de Educação
Física para incluir os alunos com deficiência auditiva. Para tanto, realizou revisão de
bibliografia e entrevistas semiestruturadas com professores de Educação Física que
lecionam aulas para alunos com deficiência auditiva. Com base nos textos e nas
entrevistas, conclui-se que a inclusão de alunos deficientes auditivos nas aulas de
Educação Física é possível, sendo necessárias algumas mudanças na forma de
realizar as atividades, utilizando de materiais que auxiliem o professor nesse
processo e criando formas de comunicação em que o aluno compreenda e seja
compreendido.
Palavras-chave: Educação Física, deficiência auditiva, atividades pedagógicas e
inclusão.

ABSTRACT

This paper presents initial thoughts about the existing educational activities for the
inclusion of students with hearing impairment in physical education classes in state
schools of education in the city of Belo Horizonte / MG. Analyzed what are the
educational activities used by physical education teachers to include pupils with
hearing impairment. For that purpose review of the literature and semi-structured
interviews with teachers who teach physical education classes for students with
hearing impairment. Based on the texts and interviews, it is concluded that the
inclusion of deaf students in physical education classes is possible, some changes
are needed in order to carry out the activities, using materials that help the teacher in
this process and creating forms of communication in which the student will
understand and be understood.
Keywords: Physical Education, hearing loss, educational activities and inclusion

1 Mestre em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local. Docente do Centro Universitário


Metodista Izabela Hendrix. E-mail: flaviatemponi@hotmail.com
2 Graduada em Educação Física. Egressa do curso de Educação Física do Centro Universitário
Metodista Izabela Hendrix. E-mail: a.carolalves@yahoo.com.br
3 Doutorando em Educação pela PUC Minas. Docente da Universidade Salgado de Oliveira. E-mail:
paulorassa@yahoo.com.br

Revista Formação@Docente – Belo Horizonte – vol. 4, no 1, junho 2012.


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Apresentação
A deficiência auditiva é caracterizada pela diminuição ou a perda da audição.
Esses alunos se diferem dos demais pela dificuldade de ouvir os sons, ou ausência
da audição sendo necessário o uso de metodologias, recursos didáticos e
pedagógicos apropriados para desenvolver nesses indivíduos, as capacidades
cognitivas, físicas, sociais e suas potencialidades dando-lhes condições de acesso e
permanência na escola (SÁ, 1999).

Assim com as demais disciplinas curriculares, as aulas de Educação Física


são momentos importantes para o desenvolvimento dos alunos, pois contribui para a
formação ou aprimoramento dos movimentos corporais, refinando as habilidades
motoras, capacidades físicas, sociais e mentais por meio de atividades pedagógicas
que estimulam o convívio individual ou em grupo. Isso, poderá contribuir direta ou
indiretamente para a socialização do mesmo no ambiente escolar. Além disso, a
Educação Física escolar deve “dar oportunidades a todos os alunos para que
desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva visando
seu aprimoramento como seres humanos” (BRASIL, 1997, p. 29).

Cabe ao professor dessa disciplina proporcionar-lhes os mais diversos tipos


de atividades buscando a participação dos alunos e incentivando-os ao movimento
corporal. Para tanto, o professor ao selecionar o conteúdo deve partir do princípio
que todos os alunos, deficientes ou não, são capazes de realizar qualquer atividade
proposta, resguardando os devidos cuidados, como: atentar-se para situações de
perigo, verificar as condições de uso dos espaços e adequar-se as atividades
pedagógicas à faixa etária da turma, pois a Educação Física:

conseguiu enxergar a potencialidade, valorizar a diferença, superar a


visão de corpo imperfeito, mutilado, ineficaz, adaptando os esportes
e as atividades físicas para que os PNEs4 pudessem praticá-los
(COSTA; SOUSA, 2004, p. 38).

O planejamento das aulas deve ser diversificado, tentando utilizar de todo o


conhecimento adquirido pelo professor, dando a oportunidade para o aluno de
conhecer o máximo dos conteúdos da Educação Física, como: atletismo, futsal,
vôlei, ginástica, dança, jogos e brincadeiras, dentre outros. O importante é o
professor não negar as informações a seus alunos. Assim, acredita-se que “a cultura

4 PNE’s significa Pessoas com Necessidades Especiais.

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corporal de movimento tende a ser socialmente partilhada, quer como prática ativa
ou simples informação” (BETTI; ZULIANI, 2002, p. 74).

Assim, pode-se dizer que para que a inclusão escolar aconteça é necessário
que ocorram adaptações curriculares para adequar-se às diferenças individuais e
proporcionar aos alunos o acesso a educação. É importante que sejam realizadas
estratégias e adaptações que favoreçam o desenvolvimento dos alunos, assim:

o modelo inclusivo sustenta-se em uma filosofia que advoga a


solidariedade e o respeito mútuo às diferenças individuais, cujo ponto
central está na relevância da sociedade aprender a conviver com as
diferenças (LACERDA, 2006, p. 166).

Tendo como base tais pressupostos, incluir uma pessoa com deficiência
auditiva nas aulas de Educação Física, sem dúvida, é uma ação repleta de cuidados
que devem ser considerados ao planejar as aulas, dentre eles: 1) conhecer a causa,
o tipo da deficiência auditiva ou da surdez adquirida pelo aluno; 2) saber quais os
cuidados que o professor deve ter ao planejar e realizar atividades para turmas que
tenha o DA ou o surdo; 3) saber fazer as formas de comunicação ou até mesmo criá-
las; 4) promover de forma natural a inclusão dos mesmos no ambiente escolar, em
especial, nas aulas de Educação Física, na qual exige dos alunos e do professor
maior movimentação na quadra, procurando evitar as possíveis colisões; 5) ficar
atento às manifestações de preconceito ou discriminação que possam vir a
acontecer entre os alunos (SILVA; SAMPAIO, 2010).

A deficiência auditiva no contexto educacional

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990) Lei nº 8.069


em seu Art. 4º “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do
poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação (...)”. Diante disso, a inclusão
de alunos com deficiência auditiva na rede de ensino regular nos faz refletir se as
escolas encontram-se preparadas para receber estes alunos e se os profissionais
estão capacitados para trabalhar com este grupo.

O ideal seria que o professor se preparasse melhor para assumir seu papel
diante deste desafio para que suas aulas fossem espaços privilegiados para iniciar

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uma conscientização da necessidade das mudanças de comportamento. Dessa


maneira, “é fato que o modo de ser do professor, seu jeito de pensar, agir e sentir
repercutirá no comportamento dos alunos, bem como a imagem e a concepção que
o aluno tem do professor irá interferir na ação do professor” (SILVA; ARANHA, 2005,
p. 03), o importante é que o mesmo não desanime diante dos desafios impostos.

Ao planejar as aulas de Educação Física o professor deve visar às


capacidades e priorizar a potencialidade de seus alunos, sejam eles deficientes
auditivos, surdos ou não. As atividades não necessitam serem totalmente adaptadas,
mas o professor precisa saber comunicar-se com os alunos, seja por meio da Língua
Brasileira de Sinais (LIBRAS) ou de imitações dos gestos a ser realizado pelos
alunos ou até mesmo solicitar auxilio de um intérprete em suas aulas e criar novas
formas de comunicação. Para tanto:

é importante deixar claro que para a pessoa surda sua limitação


fundamental seria a percepção do som, o que pode ou não prejudicá-
la de diferentes maneiras, mas não se devem associar a outras
deficiências (SILVA; SAMPAIO, 2010, p. 04).

Ou seja, o DA tem dificuldades de ouvir o som, mas é capaz de correr,


expressar, pensar, enxergar, dentre outros (SILVA; SAMPAIO, 2010, p. 04).

Integração ou inclusão escolar?

A integração escolar é um processo pelo qual o aluno com necessidades


especiais é inserido em uma escola de ensino regular e o mesmo deve se adaptar a
esse meio, tendo como ideia principal à promoção de mudanças no indivíduo, de
modo que o mesmo consiga superar as dificuldades. Nesse contexto, é o aluno que
precisa adequar-se as estruturas físicas, metodologias, as formas de comunicação
para ser inserido no ambiente escolar, não necessariamente o ambiente precisa
estar adequado para recebê-lo (SASSAKI, 2010).

A integração tinha e tem o mérito de inserir a pessoa com deficiência


na sociedade, sim, mas desde que esteja de alguma forma
capacitada para superar barreiras físicas, programáticas e atitudinais
nela existentes. Sob a ótica de hoje, a integração constitui um
esforço unilateral tão somente da pessoa com deficiência e seus
aliados (a família, a instituição especializada e algumas pessoas da
comunidade que abracem a causa da inserção social), sendo que

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estes tentam torná-la mais aceitável no seio da sociedade (SASSAKI,


2010, p. 33).

Dessa forma, as características do indivíduo e suas particularidades não são


respeitadas, pois o mesmo deve mudar para se identificar com os demais, tidos
como “normais”. No caso do aluno com deficiência auditiva ou surdez, o mesmo tem
seu processo de aprendizagem igual ao dos alunos ouvintes. O aluno aprenderá por
meio da oralização e não por meio da sinalização. Sob a ótica da integração, o aluno
DA ou surdo deve se preparar para se integrar ao meio social. Nesse caso, a
sociedade não se preocupa em adaptar-se ou até mesmo buscar meios para o DA e
surdo tenham autonomia em realizar e entender o que se passa ao seu redor. Para
“ser integrado com sucesso, espera-se que o aluno se adapte à escola, em vez de a
escola se adaptar a ele” (MITTLER; MITTLER, 2001, p. 61).

Nesse contexto, para Mendes e Silva (2001, p. 10) “a educação de crianças


com deficiências é, antes de mais nada educação”. Sendo assim, é importante
verificar se esse processo de integração é viável, no sentido de alcançar uma
educação de igualdade para todos, independente das particularidades individuais.
Portanto, “a escola existe em função do aluno. O aluno nela ingressa para se
apropriar de conhecimentos, de habilidades, para aprender a se relacionar crítica e
produtivamente na sociedade” (idem, 2001, p. 27), para que as oportunidades de
aprendizagem, estudo e até mesmo emprego oferecidas sejam as mesmas, não
esquecendo de respeitar as limitações, necessidades e limitações específicas de
cada aluno.

Se de um lado existe a integração, por outro lado a inclusão escolar é um


processo inverso da integração, pois nele a escola precisa se modificar para que o
aluno com necessidades especiais tenha a oportunidade de se desenvolver e
exercer a cidadania. A sociedade em geral precisa assumir seu papel diante desse
processo. Assim, “tem-se discutido um novo paradigma: a inclusão de todos, para
que a sociedade precise assumir mais concretamente o seu papel, criando as
condições necessárias para equalização de oportunidades” (MENDES; SILVA, 2001,
p. 09). Nesse caso, a inclusão pode ser entendida como uma via de mão dupla (ou
tripla), na qual a sociedade, a escola e o deficiente devem juntos procurar meios
para que ocorra a verdadeira inclusão.

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A inclusão na escola seria, então o processo pelo qual ela se adapta,


se transforma para poder inserir em suas classes regulares crianças
e jovens portadores de deficiência que estão em cidadania. Tanto os
alunos não-deficientes como os deficientes terão a oportunidade de
vivenciar a riqueza da diferença e o fortalecimento dos sentimentos
de solidariedade. Vale ressaltar que, neste processo, o mais
importante é a necessidade da formação da consciência critica dos
profissionais de educação quanto à sua responsabilidade pela
aprendizagem de seus alunos, sejam eles deficientes ou não
(MENDES; SILVA, 2001, p. 14).

Nessa perspectiva, o processo inclusivo se torna mais completo, pois cada


indivíduo é visto como único, respeitando as diferenças existentes, pois “a inclusão
apresenta-se como uma proposta adequada para a comunidade escolar, que se
mostra disposta ao contato com as diferenças” (LACERDA, 2006, p. 166). Mas isso
não é um processo de fácil implantação, pois é mais fácil o aluno mudar do que toda
a sociedade escolar, necessitando do empenho e dedicação e que cada um faça sua
parte.

A inclusão social, portanto, é um processo que contribui para a


construção de um tipo de sociedade através de transformações,
pequenas e grandes, nos ambientes físicos (espaços internos e
externos, equipamentos, aparelhos e utensílios, mobiliário e meio de
transporte) e na mentalidade de todas as pessoas, portanto também
da própria pessoa com deficiência (SASSAKI, 2010, p. 40).

Tem como princípio a igualdade dos direitos, de acessibilidades e de


oportunidades, respeitando as diferenças entre os indivíduos. O processo inclusivo
provoca diversas mudanças dentro e fora das escolas, trabalhar com o “novo”, o
“diferente” é sempre desafiador e requer um compromisso entre cada indivíduo que
faz parte desse processo.

A inclusão traz um olhar para a mudança, para a adaptação de


velhos hábitos e isso faz com que voltemos esse olhar para nós
mesmos e para a escola em que estamos trabalhando. Precisamos
transformar a realidade da escola, para que possamos trabalhar com
a diferença, com a desvantagem e que isso não seja uma
desvantagem, mas um ganho na tentativa de criação de uma
sociedade mais solidária, mais igualitária e com oportunidade a
todos. É esta a grande proposta da inclusão: todos frequentarem a
escola, terem acesso a um ensino de qualidade, participarem de
todos as atividades (HONORA; FRIZANCO, 2008, p. 09).

Segundo Honora e Frizanco:

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é na escola que são ensinadas as primeiras regras de convivência


em sociedade, é onde nos deparamos com pessoas que são muito
diferentes de nós e onde são determinados alguns limites que devem
ser seguidos (HONORA; FRIZANCO, 2008, p. 32).

É através do convívio escolar que professores e alunos têm a oportunidade


de conhecer pessoas diferentes sendo elas deficientes ou não, adquirindo novos
conhecimentos por meio das trocas de informações. É necessário que todos estejam
abertos para receberem as informações do outro, terem consciência de suas
dificuldades, limitações, habilidades e potencialidades, conhecerem e
compreenderem a deficiência, contribuindo assim para que a pessoa com deficiência
sinta-se incluída.

Tomando como base as reflexões supracitadas, pode-se dizer que a inclusão


na perspectiva escolar consiste em uma educação aberta, diversificada e com
qualidade reconhecendo as diferenças e necessidades individuais existentes nos
alunos, visando proporcionar pleno desenvolvimento social, afetiva e cognitiva dos
alunos com deficiência ou sem deficiência.

A inclusão escolar é vista como um processo dinâmico e gradual, que


pode tomar formas diversas a depender das necessidades dos
alunos, já que se pressupõe que essa integração/inclusão possibilite,
por exemplo, a construção de processos linguísticos adequados, de
aprendizado de conteúdos acadêmicos e de uso social da leitura e
da escrita, sendo o professor responsável por mediar e incentivar a
construção do conhecimento através da interação com ele e com os
colegas (LACERDA, 2006, p. 167).

O professor de Educação Física pode desenvolver práticas que promovam


aprendizagem cognitiva, social e cultural nos alunos, pois as aulas oferecidas podem
ser focadas na busca da inclusão. Sendo assim, o planejamento das atividades
precisam ser variadas e diversificadas aproveitando os conteúdos da Educação
Física, como esportes coletivos, lutas, capoeira, dança, ginástica, dentre outros.
Para Betti e Zuliani (2002, p. 77) “os conteúdos e estratégias escolhidos devem
sempre propiciar a inclusão de todos os alunos”.

Para tanto, existem muitos esportes, jogos e brincadeiras que são adaptados
para que os deficientes possam realizar junto aos alunos que não tenham
deficiência. Entre eles: voleibol sentado, golball, bocha, atletismo, xadrez, natação,
dentre outros. No caso dos deficientes auditivos e surdos, o professor ao selecionar
estas atividades, deve utilizar meios, instrumentos ou mecanismos que chamam a
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atenção do aluno. Contudo, “em todas as fases do processo de ensino deve-se levar
em conta as características, capacidades e interesses do aluno, nas perspectivas
motora, afetiva, social e cognitiva” (BETTI, ZULIANI, 2002, p. 77). As aulas de
Educação Física podem proporcionar diversas possibilidades de inclusão, sendo
necessários a criatividade e conhecimento acerca do assunto que o professor
precisa ter para trabalhar com esses alunos.

A Educação Física no contexto escolar e as possibilidades de inclusão

Por meio dos princípios do processo de ensino-aprendizagem, a Educação


Física oferece uma diversidade de possibilidades referente às práticas corporais
que, como descrevem Betti e Zuliani (2002) visa a formação do aluno para sua
inclusão na sociedade desenvolvendo identidades, valores, vivências e cultura.

A Educação Física enquanto componente curricular da Educação


básica deve assumir então uma outra tarefa: introduzir e integrar o
aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai
produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para
usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das
ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da
vida (BETTI, ZULIANI, 2002, p. 75)

Para Daolio (1996) as aulas precisam oferecer aos alunos uma diversidade e
complexidade de condições de desenvolvimento e habilidades motoras, refinando os
movimentos fundamentais, rudimentares e espontâneos, buscando despertar nos
alunos a vontade de adquirir novos conhecimentos através de brincadeiras,
estafetas, jogos e esportes proporcionando equilíbrio entre corpo e mente.

A Educação Física como parte da cultura humana se constitui numa


área de conhecimento que estuda e atua sobre um conjunto de
práticas ligadas ao corpo e ao movimento criado pelo homem ao
longo de sua história: os jogos, as ginásticas, as lutas, as danças e
os esportes. É nesse sentido que se tem falado atualmente de uma
cultura corporal, ou cultura física, ou, ainda, cultura de movimento
(DAOLIO, 1996, p. 40)

O professor de Educação Física deve utilizar de seus conhecimentos para


garantir aos seus alunos deficientes auditivos, surdos ou não, aulas de qualidade,
independente da prática que será realizada, mostrando o quanto a disciplina é rica e
interessante, para que a mesma seja vista como uma área de grande interesse

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pelos alunos para aquisição de novos conhecimentos. Os alunos precisam entender


os objetivos e benefícios das aulas, quais habilidades estão sendo trabalhadas em
determinada aula, se sofrem adaptações e quais são elas. Assim:

o processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos relacionados


com a cultura corporal deve levar os educandos a compreenderem,
fazerem e refletirem sobre por que, para que, onde e como realizar
suas práticas corporais (MARANTE, SANTOS, 2008, p. 70).

Como pode perceber, a Educação Física possui um conteúdo diversificado,


sendo necessário que o professor elabore aulas variando as atividades. Segundo
Ribeiro (2009) os esportes adaptados seria uma forma de fazer os alunos que não
tem deficiência sentir, mesmo que por um instante, como o deficiente sente. Se o
professor realizar uma aula sobre ‘futebol de cinco’ (futebol para deficientes visuais)
e vendar os olhos dos alunos, esses sentirão o que sente o deficiente visual.
Acredita-se que isso se faz importante, pois, o aluno precisa vivenciar, experimentar
novas sensações, compreender o que é, como acontece, para ter uma opinião mais
apurada sobre o assunto.

A oferta de modalidades paradesportivas na escola poderá


contemplar a efetivação do princípio da democratização,
imprescindível à educação inclusiva. Compreendo que esse é um
conteúdo capaz de favorecer a participação do aluno com deficiência
nas aulas voltadas à iniciação esportiva, uma vez que as
modalidades desenvolvidas atendem aos seus interesses e às suas
necessidades, independentemente da deficiência que apresente
(RIBEIRO, 2009, p. 18).

Com base nos textos supracitados, nota-se que as atividades da área da


Educação Física têm a possibilidade de promover a inclusão dos deficientes
auditivos ou surdos, sendo necessárias algumas adaptações na forma de explicar o
conteúdo. Entre elas, destacam-se: 1) colocar o aluno em posições que favoreça a
visualização do professor, consiga entender a atividade e entenda a demonstração
dos gestos e, 2) criar meios para ter a atenção do aluno no momento da explicação
ou durante a atividade para que o mesmo não atente a outros fatores que possam
estar acontecendo ao redor durante as explicações das atividades propostas.

É importante destacar que os alunos não deficientes precisam ter


conhecimento dessas adaptações para aprender a conviver com o aluno DA. Ao
planejar as aulas essas particularidades devem ser levadas em consideração
procurando meios de adequar as atividades aos alunos, sem excluir ninguém.
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Resultados e discussões

Foram entrevistados quatro professores que trabalham com surdos ou


deficientes auditivos e um professor que trabalha com ambos. Sobre a formação
acadêmica dos professores, é interessante saber que os mesmos tem entre cinco e
treze anos de formação sendo que um deles, especificamente, tem seis anos de
experiência trabalhando com esses alunos. Todas as escolas são estaduais e estão
situadas no município de Belo Horizonte/MG. Interessante saber que quatro são de
ensino regular e uma de ensino especial que trabalha apenas com alunos surdos ou
deficientes auditivos. Os professores ministram aulas para o ensino fundamental nos
anos iniciais e finais.

Os resultados da pesquisa realizada com os professores mostraram que o


fato das atividades serem ou não adaptadas não influenciam na participação dos
alunos surdos ou deficientes auditivos. Segundo depoimento dos professores, as
aulas devem ser atrativas para que os mesmos se sintam motivados a realizar as
atividades propostas. A respeito dos processos metodológicos referente às
adaptações utilizadas pelos professores, verificou que os professores não precisam
adaptar todas as atividades para que o aluno com DA ou surdo participem das aulas.
Isso nos remete a ideia de que a aula pode ser considerada inclusiva, pois há
participação de todos, sem distinção. Todos os entrevistados responderam que os
alunos participam muito das aulas independente de a mesma ser ou não adaptada.

Quanto a forma de comunicação que o professor utiliza para lecionar as aulas, 75%
utiliza-se da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e 25% utilizam da leitura labial
para desenvolver as atividades. Nesse caso, pode-se dizer que a metodologia de
comunicação empregada para realização das aulas exige conhecimento prévio do
professor. De acordo com as declarações das entrevistas, é recomendado que o
professor tenha o curso de LIBRAS e que acima de tudo tenha bastante paciência,
calma e falar pausadamente para que os alunos compreendam as atividades
propostas. Segundo os professores esses são os meios que os próprios alunos
escolheram para conversarem.

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É importante que o professor consiga estabelecer uma comunicação com o


aluno, seja ela por meio de leitura labial, interprete ou a utilização da Língua
Brasileira de Sinais, pois dessa forma os alunos terão a possibilidade de
compreender a atividade a ser realizada e assim participar mais efetivamente. Como
foi visto anteriormente, não é a adaptação na atividade que irá determinar se o aluno
irá participar ou não, e sim seu entendimento do que está sendo proposto pelo
professor.

Quanto às atividades propostas pelo professor de Educação Física, verificou-


se que nem sempre estas sofrem adaptações, até porque dentro do que foi
apontado pela pesquisa, não existe a necessidade de todas serem adaptadas, já
que o aluno deficiente auditivo participa sempre. De acordo com os entrevistados, as
adaptações realizadas nas atividades para incluir os alunos deficientes auditivos,
são com relação a forma de validar as regras, onde os mesmos utilizam-se de
materiais para que o aluno visualize o que está sendo marcado naquele momento.
Os desafios são com relação a forma de comunicar-se, pois segundo relatos, esses
alunos possuem maior falta de atenção, sendo necessário focá-los, olhar para eles
ao explicar, tentando chamar a atenção dos mesmos.

Os professores informaram também que as adaptações realizadas com


relação aos esportes coletivos como futebol, é realizado por meio do uso de
bandeiras e cartões de cores diferentes para marcar lateral, falta, escanteio. Dessa
forma, adapta-se esses materiais às regras. Já nos esportes individuais, como
atletismo e ginástica, os professores explicam a atividade e pede aos alunos que
façam o que foi proposto. Após todos os alunos realizarem a atividade se o aluno
não conseguir realizar, o professor explica novamente a atividade e solicita aos
alunos que refaçam.

Com relação aos tipos de atividade pedagógicas que facilitam a inclusão dos
alunos deficientes auditivos nas aulas de Educação Física, os professores relataram
que realizam atividades recreativas como gincanas, brincadeiras folclóricas, jogos e
brincadeiras. Referente aos esportes coletivos, são ministradas aulas como voleibol,
futebol, basquetebol, handebol e esportes individuais como ginástica, lutas e
atletismo. O atletismo foi relatado por 75% dos professores como sendo o que os
alunos mais gostam de participar. Os esportes adaptados não são pouco utilizados

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pelos professores, eles relataram realizar atividades como voleibol sentado, bocha e
atletismo adaptado.

Foi questionado aos professores quais os tipos de atividades pedagógicas


dificultam a inclusão dos alunos deficientes auditivos nas aulas de Educação Física,
obteve as seguintes respostas: 100% dos entrevistados não atribuíram a nenhuma
especificidade, pois segundo eles não são as atividades que facilitam ou dificultam,
mas sim a forma como são ensinadas. Segue alguns depoimentos para ilustrar tal
constatação: “Os alunos precisam ser estimulados para participarem, alguns
apresentam sentimento de inferioridade, mas se o professor souber trabalhar com
eles essas peculiaridades são deixadas de lado” (Entrevistado 1). “É importante
certificar a atenção de todos os participantes durante a explicação devido a
facilidade de dispersão” (Entrevistado 3).

Analisando as respostas dos entrevistados, foi possível verificar que os


professores de Educação Física que trabalham com alunos deficientes auditivos
precisam saber que os mesmos se distraem facilmente, possuem formas de
comunicar diferente dos demais. Dessa maneira é preciso proporcionar atividades
que facilita a compreensão dos objetivos propostos. Assim, imagina-se que por meio
das aulas de Educação Física os alunos com ou sem deficiência auditiva possam
superar os desafios entendendo as diferenças existentes entre eles e aprenderem a
respeitar uns aos outros. Entretanto, é necessário organizar aulas criativas que visa
a participação de todos os alunos, bem como utilizar de materiais extras para auxiliar
nas aulas e proporcionar o máximo de atividades que existe na área da Educação
Física escolar.

A Educação Física escolar tem um papel importante na inclusão de pessoas


com deficiência auditiva nas escolas regulares, pois por meio das aulas é possível
trabalhar o aluno em sua totalidade, com objetivo de buscar a saúde do corpo, a
sensibilidade, a coordenação motora a criatividade, explorando uma diversidade de
habilidades e fazendo os alunos socializarem entre si, compartilhando as vivencias,
facilidades e dificuldades enfrentadas no cotidiano escolar e social de forma lúdica e
diversificadas. Partindo disso, Silva e Aranha (2005) reafirmam esperar-se que as
aulas de Educação Física possibilitem aos alunos construir suas próprias

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concepções e valores através de outro ponto de vista: redescobrindo e descobrindo


o outro.

Considerações finais

Com base nos textos e nas entrevistas, conclui-se que a inclusão de alunos
deficientes auditivos nas aulas de Educação Física é possível, sendo necessárias
algumas mudanças na forma de desenvolver a atividade, utilização de materiais que
auxiliem o professor nesse processo e criação de novas formas de comunicação em
que o aluno compreenda e seja compreendido.

No âmbito da Educação Física, existem várias atividades que o professor


pode e deve proporcionar aos alunos com DA. Atividades que proporciona a
oportunidade de vivenciar diversas atividades pedagógicas, dentre elas: os esportes,
a dança, as lutas, jogos e brincadeiras. Conforme descrito nas entrevistas as
adaptações específicas para o deficiente auditivo limitam-se em métodos auxiliares
como utilização de bandeiras coloridas, formas de comunicação e formas de prender
a atenção dos alunos no momento de explicação das atividades.

Assim os deficientes auditivos terão maiores possibilidades de realizar as


práticas corporais junto com os alunos que não tem deficiência e todos aprenderem
a viver com as diferenças. Dessa forma, o professor cumpre o seu papel diante da
inclusão, utilizando-se de seus conhecimentos prévios adquiridos na faculdade, em
cursos extras e experiências para pensar em metodologias que promovam a
participação de todos nas aulas. Tendo em vista tais ponderações, pode-se afirmar
que é um grande desafio para as escolas inclusivas assegurar uma educação igual
para todos. Para tanto, acredita-se que é necessário uma mudança gradativa e
contínua na atuação dos professores, levando em conta sempre as potencialidades
dos alunos. O mais importante foi verificar que com poucas mudanças é possível
trabalhar com esses alunos, realizando aulas de qualidades e que atenda a todos. É
bom lembrar que a área da Educação Física é muito rica em diversidade
dependendo apenas da boa vontade do professor em planejar as aulas para atender
os alunos com ou sem deficiência auditiva.

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Referências

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