Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Este documento discorre sobre o funcionamento ideal de uma cozinha escolar através da abordagem dos
seguintes tópicos: dimensionamento de cada ambiente, conforto térmico, acústico e luminoso, especificações
de materiais e instruções para elaboração dos projetos de instalações prediais.
Os parâmetros aqui apresentados devem ser adaptados à realidade local e ao tipo de obra a ser executada
(reforma, ampliação ou construção nova).
ÁREA DE COCÇÃO: (ÁREA DO FOGÃO E FORNOS); VESTIÁRIO: NÃO DEVE TER COMUNICAÇÃO DIRETA COM SETORES DE
PREPARO E ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS;
ÁREA DE PRÉ PREPARO DE VEGETAIS; DML - DEPÓSITO DE MATERIAL DE LIMPEZA: DEVERÁ CONTER UM
TANQUE E ARMÁRIO PARA ARMAZENAMENTO DOS UTENSÍLIOS DE
LIMPEZA. SE NÃO HOUVER AMBIENTE EXCLUSIVO, DEVE-SE PREVER
NO MÍNIMO UM ARMÁRIO FORA DA ÁREA DE PREPARO.
ÁREA DE PRÉ PREPARO DE CARNES, AVES E PEIXES; REFEITÓRIO: RECOMENDÁVEL LOCAL COM BANCADAS E BANCOS
LAVÁVEIS.
ÁREA DE ESTOCAGEM (DESPENSAS - DEVEM HAVER DESPENSAS DE CASA DE GÁS: DEVEM ESTAR EM ÁREAS VENTILADAS E POSSUIR
MANTIMENTOS E VASILHAMES INDEPENDENTES); BOTIJAS SOBRESSALENTES PARA ATENDER A DEMANDA.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS: Posicionar caixas de inspeção e caixas de gordura na parte externa da edificação.
Recomenda-se que cada ponto de instalação sanitária possua uma caixa de inspeção, para facilitar a detecção e
manutenção de vazamentos e obstruções nas tubulações. Posicionar grelhas metálicas em pontos estratégicos para
facilitar limpeza em pisos de inclinação de 0,5% a 1,0 % e direcionando o fluxo de água para estes pontos. Nos pontos
de esgoto das pias de pré-preparo, limpeza de panelas, pratos e talheres e demais pontos coletores de gordura e detritos
sólidos, é obrigatório o uso de sifões para fecho hídrico e recomendamos a utilização de joelhos de 90° com visita para
desobstruir, quando houver entupimentos. É recomendável o uso de pelo menos uma torneira elétrica, quando não
houver aquecimento solar. Os sifões, caixas de gordura e caixas de inspeção devem ser inspecionadas periodicamente e
realizar as devidas manutenções e limpezas para evitar entupimentos.
INSTALAÇÕES DE GÁS – GLP: Localização externa à cozinha, em área confinada, ventilada e protegida de tal forma
que impeça a aproximação de veículos e pessoas não autorizadas, não pode estar próxima à caixa de gordura ou
passagem, como também tubulações, deverá estar distante 1,50 m de janela ou aberturas. O local deverá ser
posicionado no projeto arquitetônico e a forma de construção de acordo com o caderno de especificações.
ACESSÍVEL: Espaço, edifício, mobiliário, equipamento ou elemento que possa ser alcançado, visitado e
utilizado por qualquer pessoa, inclusive as portadoras de deficiência.
O termo acessível implica tanto em acessibilidade física como de comunicação (NBR9050/ 2004 atualizada em
11/10/2015).
Esta situação nos faz ter uma visão diferente e mais cuidadosa do espaço, e principalmente dos edifícios
públicos (incluindo escolas).
A nossa importância como profissionais e gestores do espaço aumenta, diante da realidade das escolas e
principalmente pensando no bem estar do aluno.
Os diretores de escolas passam a ter a necessidade de capacitação da equipe de professores para receber
esses alunos. Torna-se, portanto, evidente a importância de adequar o espaço para atender os alunos com
necessidades especiais.
Decreto 5.296 - Art. 11. A construção, reforma ou ampliação de edificações de uso público ou coletivo, ou
a mudança de destinação para estes tipos de edificação, deverão ser executadas de modo que sejam ou se
tornem acessíveis à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
NBR 9050 3ª EDIÇÃO VÁLIDA A PARTIR DE 11/10/2015 - Todos os espaços, edificações, mobiliário e equipamentos
urbanos que vierem a ser projetados, construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e
ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem atender ao disposto nesta Norma para serem
considerados acessíveis. Em reformas parciais, a área reformada deve ser tornar acessível.
Pisos
Os pisos devem ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição, que não
provoque trepidação em dispositivos com rodas (cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê). Inclinações
superiores a 5% são consideradas rampas e, portanto, devem atender aos critérios.
Desníveis
Desníveis de qualquer natureza devem ser evitados em
rotas acessíveis. Eventuais desníveis no piso de até 5 mm
não demandam tratamento especial. Desníveis superiores a
5 mm até 15 mm (1,5cm) devem ser tratados em forma de
rampa, com inclinação máxima de 1:2 (50%). Desníveis
superiores a 15 mm devem ser considerados como degraus e
ser sinalizados.
Os corredores devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas, assegurando uma faixa
livre de barreiras ou obstáculos. As larguras mínimas adotadas nos projetos para corredores em
edificações de uso público é 1,50 m, em caso específico de grande fluxo deve-se adotar a fórmula
apresentada na NBR 9050.
i = h x 100
c
onde:
i é a inclinação, em porcentagem;
h é a altura do desnível;
c é o comprimento da projeção horizontal.
A projeção dos corrimãos pode incidir dentro da largura mínima admissível da rampa em até
10 cm de cada lado.
A largura das rampas (L) deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas. A largura
livre mínima recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível
1,20m.
A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas, conforme
ABNT NBR 9077. A largura mínima recomendável para escadas fixas em rotas acessíveis é de 1,50 m,
sendo o mínimo admissível 1,20 m.
Já temos a altura do espelho 17cm, de acordo com a fórmula de Blondel, apresentada na página anterior, a
largura do piso somada a duas vezes a altura do espelho , não pode ser menor que 63 cm e não pode ser
maior que 65 cm, segue fórmula:
63 cm < P + 2E < 65 cm, resumindo, P + 2E = tem que ser entre 63 e 65 cm.
P + ( 2 x 17) = 64 cm ( 64 é a média)
P + 34 = 64
P = 64 -34
P = 30 cm
Onde :
E é a altura de cada espelho;
Q é a quantidade de espelhos da escada( tentativas);
H é a altura total do desnível;
P é a largura do piso.
Corrimãos
Os corrimãos devem ser instalados em
ambos os lados dos degraus isolados, das
escadas fixas e das rampas.
Os corrimãos laterais devem prolongar-
se pelo menos 30 cm antes do início e
após o término da rampa ou escada, sem
interferir com áreas de circulação ou
prejudicar a vazão.
Segundo a NBR 9077, a altura das guarda-corpos, internamente, deve ser, no mínimo, de 1,10 m ao
longo dos patamares, corredores, mezaninos, e outros, podendo ser reduzida para até 92 cm nas
escadas internas. Externamente no mínimo de 1,30m
Em edificações de uso coletivo a serem ampliadas ou reformadas, com até dois pavimentos e área construída de
no máximo 150 m2 por pavimento, as instalações sanitárias acessíveis podem estar localizadas em um único
pavimento.
Mictório Sinalização
Todos os sanitários devem ser sinalizados com o símbolo
representativo de sanitário, de acordo com cada situação.
Rebaixamentos de calçada
Área Protegida: Área em metros quadrados de piso, protegida por uma unidade extintora, em
função do risco;
Agente extintor: Substância utilizada para extinção do fogo;
Carga: quantidade de agente extintor contido no extintor de incêndio, medido em litros ou
quilograma;
Capacidade extintora: Medida de poder de extinção do Fogo;
Distância máxima a ser percorrida: distância real em metros, a ser percorrida pelo operador
do ponto de fixação a qualquer local da área protegida;
Extintor de Incêndio: Aparelho de acionamento manual, contendo o agente extintor;
Extintor portátil: extintor que possui massa total de até 196 N ( 20 kgf );
Agentes Extintores: extintores portáteis, sistemas de hidrantes, mangotinhos e sprinklers;
Sinalização de orientação
da rota de saída
Deve ser localizada de modo
que a distância de percurso
de qualquer ponto da rota de
saída até a sinalização seja
de, no máximo, 15 m. A
sinalização deve ser instalada
a 1,80 m medido do piso à
sua base.
Fig.1
INFRAESTRUTURA ESCOLAR SEE / MG 78
ESCADAS
Degraus
Os degraus devem
Ter altura h (ver figura 1 ) compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerância de 0,5
cm;
Ter largura b (ver figura 1 ) dimensionada pela fórmula de Blondel:
63 cm < (2h + b) < 64 cm;
Fig.1
Toda saída de emergência, corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros,
deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) continuas, sempre que houver qualquer
desnível maior de 19 cm, para evitar quedas.
A altura das guardas, internamente, deve ser, no mínimo, de 1,10 m ao longo dos patamares, corredores, mezaninos, e
outros (ver figura 3 ), podendo ser reduzida para até 92 cm nas escadas internas, quando medida verticalmente do topo
da guarda a uma linha que una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus.
A altura das guardas em escadas externas, de seus patamares, de balcões e assemelhados, deve ser de, no mínimo 1,30
m. As guardas constituídas por balaustradas, grades, telas e assemelhados, isto é, as guardas vazadas, devem:
Ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de segurança laminados ou aramados e outros,
de modo que uma esfera de 11 cm de diâmetro não possa passar por nenhuma abertura;
Ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou quaisquer elementos que possam enganchar em roupas;
Ser constituídas por materiais não estilhaçáveis, exigindo-se o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se
for o caso.
Fig.3 - Pormenores construtivos da instalação de guardas e as cargas que elas devem resistir
alvenaria,
INFRAESTRUTURA ESCOLAR SEE / MG 94
LAYERS
P01 – TUDO QUE ESTIVER NA LINHA DE PISO: DEGRAUS, QUADRA, PISO, SOLEIRA;
P02 – TUDO QUE ESTIVER ABAIXO DE 150 CM (PLANO DE CORTE), PEITORIL DA JANELA,
GUARDA-CORPO, MURETA;
P03 – O QUE ESTIVER POUCO ACIME DE 150 CM(PLANO DE CORTE), MAS TEM
ESPESSURA ESTREITA: VIDRO DA JANELA, BOX SANITÁRIO EM PEDRA;
P04 – O QUE ESTIVER ACIMA DE 150 CM, (PLANO DE CORTE) MAS QUE TEM
ESPESUURA MAIS ROBUSTA: MURO DE DIVISA, BOX SANITÁRIO EM ALVENARIA QUE
NÃO VAI ATÉ O TETO;
P05 – CONTORNO DA EDIFICAÇÃO PARA PLANTAS DE SITUAÇÃO
P06 - ALVENARIAS E PILARES - DESENHO EM ESCALA MAIOR REPRESENTAM AS
PAREDES, TUDO QUE ESTÁ SENDO CORTADO.
LAYER COR EXEMPLO ONDE PODERÁ SER USADA
NORTE Amarelo INDICADOR DO NORTE
BLOCO Amarelo MOBILIARIO, VEGETAÇÃO, VEÍCULOS, PORTAS, EQUIPAMENTOS
COTAS Vermelho COTAS
CORTE Cyan CORTE NAS PLANTAS BAIXAS
INTERRUPÇÃO EM DESENHOS GRANDES
INTERRUPÇÃO verde
HACHURAS DA PLANTA DE SITUAÇÃO - IDENTIFICAÇÃO DA
HACHURA Vermelho
AMPLIAÇÃO - DIAGRAMA DE COBERTURA
SIMBOLO Amarelo NÍVEL
PROJEÇÃO DE JANELAS QUE ESTÃO ACIMA DA LINHA DE CORTE
PROJEÇÃO Vermelho (1,50m), PROJEÇÃO DE COBERTURA, PROJEÇÃO DE PAVIMENTO
SUERIOR, BEIRAL
TEXTO R060 Vermelho TEXTO NO CARIMBO E DETALHES - TEXTO PEQUENOS
TEXTO R080 Amarelo TEXTO DA ESCALA - TEXTOS MÉDIOS
TEXTO R0100 Verde TEXTO DA NOMENCLATURA DE DETALHES - TEXTOS GRANDES
TEXTO R120 Cyan TEXTO NA NOMENCLATURA DOS DESENHOS
TEXTO R180 Blue TEXTO NA NOMENCLATURA DOS DESENHOS
Obs.: Projeções de vigas não são representadas em projeto arquitetônico e sim em projeto estrutura.
O próximo passo então será executar o projeto pretendido, onde serão definidas as intervenções como paredes que
serão demolidas, construídas ou áreas ampliadas;
É muito importante seguir a legenda que define o tipo de linha para construído, demolido e a construir;
Se houver modificação no tamanho das esquadrias, novo quadro deve ser elaborado, definindo o tipo e tamanho de
cada esquadria.
PP
PP
PP 0,00
+0,10
0,00
- As bancadas devem ser separadas ou divididas com divisórias usando o mesmo material da bancada com
altura de 60cm;
INFRAESTRUTURA ESCOLAR SEE / MG 110
COZINHA
CRITÉRIOS:
- As janelas da cozinha e despensas deverão ser providas de telas milimetradas para impedir o acesso de
insetos e pequenos animais;
- Os ralos das pias e do piso deverão ser sifonados, e as grelhas devem possuir dispositivos que permitam seu
fechamento;
- Deve possuir pelo menos 1 tomada nas bancada HPLVF, HPC, PM, e pelo menos 2 tomadas nas bancadas
secas: BA e PP. Deve-se considerar 1 tomada de uso específico para cada equipamento de acordo com layout
preestabelecido (freezer, geladeira, etc);
- Passa prato não poderá ter bojo, esta deverá ser uma bancada seca podendo ser utilizada também como PM
(Preparo de Massas);
- O lavatório grande (de vasilhames), não poderá ficar embaixo de janela baixa, pois a torneira deste lavatório
fica na parede;
- As divisórias não poderão ficar no rumo de janelas baixas;
- Deve-se prever a casa de gás de acordo com a demanda da escola, para cada caso verificar a legislação do
CORPO DE BOMBEIROS.
CRITÉRIOS:
- Não pode haver janelas ou portas de DML e Vestiário comunicando diretamente com o refeitório;
- As janelas devem ser voltadas para o exterior;
- Quando não houver possibilidade de inserir as duas Despensas com portas voltadas para a cozinha, pode-se
adotar a passagem através da Despensa de Mantimentos para a Despensa de Alimentos, nunca o inverso.
- Pode-se utilizar bancada do passa-prato mais baixa para apoio de panelões;
-As bancadas e divisórias devem ser em granito, nunca em ardósia.
- A seguir várias sugestões de cozinha levando-se em consideração os diversos padrões de escolas estaduais.
NBR 9050 - Todos os espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos que vierem a ser
projetados, construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e
equipamentos urbanos, devem atender ao disposto nesta Norma para serem considerados acessíveis.
Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada acessível.