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Educação Física:

Contextos Históricos e
Profissionais
Carine Ferreira da Costa
Wagner José Nogueira
Educação Física: Contextos
Históricos e Profissionais

Introdução
Olá,

Você está no conteúdo de Educação Física: contextos históricos e profissionais, onde


irá compreender a profissão: os contextos históricos e definições.

Os objetivos desse conteúdo são entender o que é a Educação Física, as bases para
ser reconhecida como profissão e a evolução histórica até a contemporaneidade.
Além de conhecer como a Educação Física pode atuar junto aos departamentos de
saúde, as definições de saúde, a importância do acompanhamento profissional no
combate ao sedentarismo, o que é a política nacional de promoção de saúde e como
funcionam os núcleos de assistência à saúde da família. Você também irá aprofundar
os conhecimentos sobre possibilidades de atuação profissional, na licenciatura e
bacharelado em Educação Física.

Bons estudos!

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Noções Gerais da Profissão
Segundo Barbanti (s.d.) as pessoas costumam confundir o termo Educação física e
não sabem exatamente o que ela é, ou o que os profissionais que nela atuam fazem.
O autor citado define a Educação Física como um campo de ações onde o interesse
é o movimento humano, mas que também se preocupa com áreas relacionadas ao
desenvolvimento mental, social e emocional, isto é, muito além do aspecto físico.

A Educação física é uma área complexa, mas ao analisar os conteúdos é possível


identificar como ela atua na sociedade. Em um livro clássico, Oliveira (2004) traz bons
questionamentos, cujo objetivo principal é responder: Afinal, o que é educação física?
Segundo o autor ela é considerada uma disciplina que estuda a cultura do físico,
isto é, o homem em movimento e complementa que dentre outras competências
atribuídas à educação física se inserem: o jogo, o esporte a ginástica e a dança. Essas
competências podem ajudá-la a cumprir os seus objetivos e podem ser chamados de
conteúdos. O autor aponta que a Educação Física existe para servir o homem, que é
um ser individual, mas também social, portanto, ela se manifesta na sociedade como
um instrumento de transmissão e transformação cultural, isto é, quando o indivíduo
aprende (se transforma), ele ensina (transmite).

Dessa forma, a Educação Física é constituída de diversos conteúdos e para atuar


profissionalmente exige-se diferentes conhecimentos. A educação física é uma
extensa área de atuação, e por isso não podemos simplifica-la tanto assim, pois
muitos conhecimentos estão associados a educação física e isso não significa que
pertence somente a ela.

Apesar de uma parte da formação do profissional de Educação Física ser vinculada


a ciências biológicas, será a Educação Física encarregada, apenas, de atender a
aspectos físicos (e da saúde) do ser humano? Provavelmente não, apesar disso ela
pode auxiliar a promoção de saúde, visto que a pratica de exercícios auxilia a melhoria
das condições orgânicas do corpo. Então, a Educação Física não pode carregar o
peso de “ser” Medicina, mas pode contribuir significativamente para esta área de
conhecimento.

Por mais que a Educação Física se manifeste pela ação do corpo, a prática não pode
ser analisada apenas pela evidencia corporal, pois o ser humano é um organismo
completo e consciente ou inconsciente, o profissional atua sobre o organismo todo, por
isso, Educação Física não é apenas cultura, pois há uma percepção que a concepção de
cultura é muito abrangente, é comportamento aprendido e nesse sentido a Educação

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Física é apenas uma parte de um todo, pois há outros elementos a serem aprendidos
pelo ser humano, que vão além dos conteúdos da Educação Física.

Bases para o Reconhecimento da Educação Física como Profissão

O que é necessário para considerar qualquer atividade humana uma profissão? Você
já se questionou quais fatores são considerados para definir o que é uma profissão?
Para aprofundar esta discussão é necessário reconhecer as características que fazem
de uma atividade uma profissão e verificar se a Educação Física se enquadra nesses
aspectos. Por isso, vamos visitar a partir de agora os argumentos que tornam possível
classificar se determinada atividade é uma profissão e analisar se Educação Física
pode ou não ser considerada.

Segundo Barbanti [s.d.], uma profissão só existe devido a necessidade da sociedade


em ser atendida por um serviço ou uma demanda particular, então, para isso, é
preciso dedicação e extensos períodos de preparação formal para que o profissional
adquira conhecimentos e habilidades para atuar de maneira competente. Além disso,
Faria Junior (1999) reporta que uma profissão compreende uma ocupação que
exige capacitação em uma área de estudos que se dedica e oferece serviços para a
sociedade.

Para uma atividade ser considerada profissão Barbanti (s.d.) enumera sete critérios
que foram baseados em princípios sugeridos por Lieberman e Flexner, são eles:

• A atividade deve ter uma base intelectual;


• A atividade deve ter uso prático;
• Uma profissão deve ter pesquisa constante;
• A organização profissional;
• Deve ter boa capacidade para a comunicação;
• Dedicação para ajudar outros (altruísmo); A existência de um código de ética.

Segundo Faria Junior (1999), a formação no campo da Educação Física está concentrada
em uma capacidade reflexiva, crítica e intelectual e é uma característica positiva, no
entanto, se exige que o profissional contextualize o saber na prática (a chamada de
práxis), para que a formação permita conquistar espaços profissionalmente.

Nesse contexto, definimos algumas características que sinalizam como devemos


analisar a Educação Física enquanto área profissional e refletir se de fato ela se
enquadra como uma profissão. Existem argumentos que deixam claro que a Educação
Física pode ser considerada uma profissão, pois são características facilmente

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identificadas como a base intelectual, o uso prático, a organização profissional, a
capacidade de organização, a dedicação altruísta e a existência de um código de ética
são características que reafirmam isso. Entretanto, avanços na pesquisa e um olhar
intelectual um pouco mais profundo contribuiria substancialmente para a solidificação
da Educação Física como profissão.

Curiosidade
Depois da graduação, um profissional de educação física deve
ter como característica o comprometimento. Um profissional
deve ser comprometido com a sua área de atuação e isso o
torna um membro genuíno de uma profissão. Ser um profissional
traz responsabilidades como servir o outro e assegurar que a
intervenção seja baseada em boas evidências. (BARBANTI, [s./d.]).

Educação Física: Desenvolvimento Histórico e


Contemporaneidade
Um dos relatos mais antigos sobre o início das atividades de Educação Física no
Brasil é do ano da descoberta em 1500, no período colonial. Segundo Ramos (1982)
há registros que indicam que os povos indígenas dançavam, saltavam e giravam ao
som de instrumentos trazidos pelos navegantes Portugueses, portanto, está pode ter
sido considerada a primeira de aula de Educação Física descrita no Brasil.

Em linhas gerais, as atividades físicas praticadas pelos povos indígenas no período


colonial brasileiro eram uma cultura primária e eram constituídos por atividades como
se locomoverem pelas matas, o nadar nos rios, a caça e a pesca para a alimentação,
as atividades de guerra para proteger a terra e de cunho espiritual (religioso) como
os agradecimentos a divindades, as festas, as danças e as encenações (GUTIERREZ,
1972).

Mais à frente, Ramos (1982) alega que com a chegada dos escravos a terras brasileiras,
surgiu também a capoeira, uma atividade que tinha relação com a dança, as lutas e
muita criatividade por parte de quem praticava, que era os escravos. Sendo assim, o
autor enfatiza que neste período de Brasil colônia, as atividades culturais naturais dos
povos indígenas e dos escravos refletiram os primeiros passos da Educação Física
em terras brasileiras.

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O período imperial ficou marcado pelo aparecimento dos primeiros acordos que
instituía a prática no Brasil. Gutierrez (1972) relata que em 1823 Joaquim Antônio
Serpa, escreveu um Tratado que falava sobre a Educação Física e a moral. Segundo o
autor, esse tratado pregava que a Educação física deveria cuidar da saúde e do espirito,
portanto era separado em duas categorias: exercícios para o corpo e exercícios para
a memória.

Neste mesmo período, surgiu ainda a Educação Física escolar, outro marco da época.
De acordo com Ramos (1982), ela foi instituída por meio da reforma Couto Ferraz, mas
somente em 1882 que Rui Barbosa oficializou um parecer em que a Educação Física
era reconhecida como conteúdo para a formação de jovens.

Sobre este parecer, Darido e Rangel (2005) sustentam que o propósito era instituir a
prática de Educação Física nas escolas para todos os gêneros, já que na época não era
obrigatória para o gênero feminino, além disso, o intuito era inserir a Educação Física
na escola como matéria de estudo em períodos como o recreio e após a aula para
dar notoriedade aos professores de Educação Física e para que ela fosse equiparada
a outras disciplinas. Entretanto, a Educação física foi implementada somente em
algumas instituições escolares localizadas no Rio de Janeiro (Capital da Republica na
época) e em instituições escolares de domínio militar.

Portanto, o período imperial colaborou para a implantação dos primeiros passos da


Educação Física em regime oficial, com propostas baseadas em tratados e reformas
que visavam instituir diretrizes para a pratica.

No período republicano, Betti (1991) alega a divisão da Educação física em fases:


uma fase durou de 1890 até 1930 (o ano da revolução), e a outra fase aconteceu
após a revolução, durando até 1946. Segundo o autor, em meados de 1920 os estados
brasileiros começaram as reformas educacionais e incluíram a Educação Física nas
escolas. Além disso, Ramos (1982) comenta que nesse período foram criadas as
primeiras escolas de Educação Física, cujo principal objetivo era a formação voltada
para o fortalecimento dos interesses militares.

Logo após a revolução, ou seja, na segunda fase, Ramos (1982) cita a criação do
Ministério da Educação e Saúde, assim, nesse período a Educação Física começou
a se destacar, pois foi enquadrada na constituição e surgiram, portanto, as primeiras
regras na legislação que a tornaram obrigatória nas escolas. Ao mesmo tempo,
houve a sistematização, que visava implantar junto ao ensino da Educação Física os
primeiros métodos baseados em escolas advindos da Suécia, da Alemanha e da França
(DARIDO e RANGEL, 2005). Métodos esses que, segundo os autores, se baseavam no
aprimoramento físico e moral, ou seja, um período conhecido como “higienismo”, e

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também preparava os indivíduos para o combate militar. Este período ficou conhecido
como militarismo.

O período contemporâneo é marcado pela década de 40, após segunda guerra


até a década de 60, ou início do período ditatorial. A Educação Física mantinha a
característica gímnica e calistênica do período republicano (RAMOS, 1982). Com o
poder caracterizado na época pelos militares, aconteceu um grande crescimento
educacional e o governo usava as escolas para fortalecer o programa militar. Nesta
época, havia fortes investimentos em esportes e a Educação Física funcionava como
um pilar ideológico, onde as vitórias em competições reduziam drasticamente as
críticas internas e deixava parecer um clima de desenvolvimento (DARIDO e RANGEL,
2005). Diante deste contexto, os autores descrevem que ficava cada vez mais nítido
que o rendimento esportivo, a vitória e a procura pelo corpo mais forte e hábil ganharam
força na Educação Física. Esse período foi marcado por embates político-ideológicos
em torno da Educação Física, no entanto, aconteceram avanços por meio de decretos
que firmaram a obrigatoriedade no ensino de terceiro grau.

Para nos inteirar com a área no período atual temos que ter o discernimento
que a Educação Física passou e vem passando por constantes transformações.
Recentemente, o entendimento é de que pela complexidade e amplitude da atuação do
profissional de Educação Física, as diretrizes profissionais deveriam ser específicas,
isto é, atualmente o entendimento do Conselho Federal de Educação Física – CONFEF
e os Conselhos Regionais de Educação Física – CREF é que a atuação profissional
deve considerar duas distintas formações: uma atuante no ambiente escolar, com
uma proposição pedagógica: 1) Licenciatura em Educação Física. E a outra atuante
no ambiente não escolar, para atender as demandas do mercado: 2) Bacharel em
Educação Física (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018).

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A Profissão Dentro da Área da Saúde

Figura 1 – Atletas seniores se exercitando


Fonte: Getty Images, iStock, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem vemos um grupo de pessoas, homens e mulheres
idosos em uma sala com equipamentos de ginástica se exercitando.

Para acessar o conceito de saúde, usaremos a definição do Ministério da Saúde do


governo Brasileiro. Amparado pela Constituição de 1988, a saúde é um direito de todos
e dever do Estado, e deve ser interpretada como um meio de promoção de qualidade
de vida e não apenas como a ausência de doenças (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017).
Nesse sentido, o ministério da saúde cita que dentre as funções das políticas públicas
sociais e econômicas, devem promover o acesso aos serviços que visam atender
demandas de proteção, recuperação e, principalmente, de promoção da saúde.

Conforme descrito por Coelho e Burini (2009), a prática regular de exercícios pode
prevenir o desenvolvimento de doenças agudas e crônicas, melhorando assim,
componentes de saúde que permeiam as esferas da saúde biológica e mental, além
de contribuir significativamente para o bem estar social. Um fator epidemiológico
vem chamando a atenção de pesquisadores que analisam a quantidade de atividade
física que as pessoas realizam no seu cotidiano, que é o comportamento sedentário.
Este comportamento, segundo Hallal (2007), está crescendo e nas últimas décadas
vem mostrando índices alarmantes, de que uma significativa parcela da população
não consegue realizar atividades físicas diárias que sejam suficientes para garantir

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o mínimo de benefícios para a saúde. Por isso, há a necessidade tão urgente de
profissionais para mudar esse grave quadro.

Sobre a conscientização, Gomes et al (2006) destaca que, apesar da aderência


a prática de exercícios regulares ser de responsabilidade prioritária do indivíduo,
o profissional de Educação Física deve oferecer instrução e orientação para que a
integridade física de um indivíduo praticamente seja preservada. O autor reforça que
essa atitude profissional se refere à prescrição do exercício físico que, de forma segura
e individualizada, visa gerar adaptações duradouras que colaboram para a saúde do
praticante.

Está consolidado que a prática regular de exercícios está associada a prevenção de


doenças que envolvem problemas cardiometabólicos, hipertensão arterial, diabetes,
além de ser um recurso terapêutico para a recuperação de indivíduos com patologias
que envolvam problemas osteomioarticulares, isto é, nas estruturas ósseas, nos
músculos, nos tendões e nas articulações (HASKELL et al. 2007).

No que tange ao profissional de Educação Física e a sua atuação na saúde, Pagani


e Andrade (2012), destacam o papel importante de sua intervenção em unidades de
saúde que oferecem atenção primária e secundária à saúde, como os centros de
reabilitação, os hospitais e os núcleos integrados de saúde, seja na esfera pública
ou privada, tais ambientes acomodam equipes multidisciplinares, em que um dos
profissionais que presta seus serviços nestes ambientes é o de Educação Física.

Leis e Resoluções que Subsidiam a Educação Física na Saúde

O primeiro ato para que a Educação Física recebesse a chancela para atuar na área
da saúde, foi receber o reconhecimento como uma área de atuação profissional e isso
aconteceu com a regulamentação da profissão Educação Física com a lei nº 9.696, de
1 de setembro de 1998, que dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Educação
Física e a criação do Conselho Federal e Conselhos Regionais de Educação Física
(BRASIL, 1998).

Na ocasião, definiu-se que o exercício das atividades de Educação Física era prerrogativa
do Profissional que possuía diploma em curso de Educação Física registrados nos
conselhos regionais de Educação Física, além disso, segundo artigo terceiro:

Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar,


programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar
trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de
auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados,

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participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar
informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades
físicas e do desporto (BRASIL, 1998).
No entanto, o reconhecimento da profissão não permitia uma atuação contundente
na área da saúde, mas em 2008, foi aprovada a Portaria nº 154/2008 que criava os
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e o profissional de Educação Física foi
incluído na lista de profissões que passariam a trabalhar nesses Núcleos (BRASIL,
2008).

No ano de 2011, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria n°719/2011, lançou a


Academia da Saúde, um programa que visa estimular a prática regular de exercícios
físicos, permitindo uma mudança de hábitos em busca da adoção de um estilo de
vida mais ativo e pela necessidade de integrar ações para a prevenção de doenças
(BRASIL, 2011).

Segundo o ministério da saúde, a portaria que garante a instalação do Programa


Academia da Saúde visa proporcionar a promoção da saúde a partir da instalação de
uma infraestrutura que conta com equipamentos e recursos humanos qualificados
para orientar atividades físicas e práticas corporais saudáveis (BRASIL, 2011).

Entre os objetivos específicos desta portaria que institui o Programa Academia da


Saúde estão:

I - Ampliar o acesso da população às políticas públicas de promoção da saúde;

II - Fortalecer a promoção da saúde como estratégia de produção de saúde;

III - Potencializar as ações nos âmbitos da Atenção Primária em Saúde (APS), da


Vigilância em Saúde (VS) e da Promoção da Saúde (PS);

IV - Promover a integração multiprofissional na construção e execução das ações;

V - Promover a convergência de projetos ou programas nos âmbitos da saúde,


educação, cultura, assistência social, esporte e lazer;

VI - Ampliar a autonomia dos indivíduos sobre as escolhas de modos de vida mais


saudáveis; VII- Aumentar o nível de atividade física da população;

VIII - Estimular hábitos alimentares saudáveis;

IX - Promover mobilização comunitária com a constituição de redes sociais de apoio


e ambientes de convivência e solidariedade;

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X - Potencializar as manifestações culturais locais e o conhecimento popular na
construção de alternativas individuais e coletivas que favoreçam a promoção da
saúde; e

XI - Contribuir para ampliação e valorização da utilização dos espaços públicos de


lazer, como proposta de inclusão social, enfrentamento das violências e melhoria das
condições de saúde e qualidade de vida da população (BRASIL, 2011).

O artigo 5º desta portaria revela que este programa deve contar com um grupo de
apoio para compartilhar a gestão e a organização das atividades. Nesse sentido, as
atividades propostas seriam:

I - Promoção de práticas corporais e atividades físicas (ginástica, lutas, capoeira,


dança, jogos esportivos e populares, yoga, tai chi chuan, dentre outros);

II - Orientação para a prática de atividade física;

III - Promoção de atividades de segurança alimentar e nutricional e de educação


alimentar;

IV - Práticas artísticas (teatro, música, pintura e artesanato);

V - Organização do planejamento das ações do Programa em conjunto com a equipe


de APS e usuários;

VI - Identificação de oportunidades de prevenção de riscos, doenças e agravos a saúde,


bem como a atenção das pessoas participantes do Programa;

VII - mobilização da população adstrita ao polo do Programa;

VIII - apoio às ações de promoção da saúde desenvolvidas na Atenção Primária em


Saúde;

IX - apoio às iniciativas da população relacionadas aos objetivos do Programa;

X - realização de outras atividades de promoção da saúde a serem definidas pelo grupo


de apoio à gestão do Programa em conjunto com a Secretaria Municipal e Distrital de
Saúde; e

XI - realização da gestão do polo do Programa Academia da Saúde (BRASIL, 2011).

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Critérios da Educação Física para a Área da Saúde

O consenso sobre a atuação dos profissionais de Educação Física na área da Saúde


veio por meio da Carta Brasileira de Prevenção Integrada na área da saúde, que pontua
os conceitos de prevenção e promoção da saúde, as responsabilidades na prevenção
da saúde, a importância da atividade física na prevenção da saúde, e os compromissos
profissionais na prevenção e promoção da saúde (CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
FÍSICA, 2006).

Segundo a carta, a Prevenção e Promoção da Saúde devem ser consideradas:

Raízes comuns no Bem-estar de cada indivíduo. O Bem-estar das pessoas


está dependente da genética e da cultura de vida das pessoas, expressa
pelos estilos de vida e ambientes em que vive na sua interação, devem
ser entendidas como ações relativas ao protagonismo contemporâneo
de enfrentamento a desafios referentes à Saúde e Qualidade de Vida,
em que ocorrem evidências de responsabilidade civil de organizações,
gestores e pessoas da sociedade. A Prevenção e Promoção da Saúde
devem ser desenvolvidas nas perspectivas da interdisciplinaridade e da
intersetorialidade, incluindo dimensões sociais, políticas, econômicas
e culturais, além dos setores das diferentes áreas de conhecimento e
atuação humanas (CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2006).
Além disso, a carta traz recomendações sobre as responsabilidades dos diversos
profissionais que atuam na prevenção e promoção da saúde.

12. A Prevenção e Promoção da Saúde dependerão fundamentalmente das


próprias pessoas, de suas famílias, das comunidades, dos organismos e instituições
e da Nação, pela sua expressão cultural e exercício adequado do papel do Estado.

13. A Prevenção e Promoção da Saúde será reforçada em sociedades mais justas


e cooperativas, onde as políticas públicas conseguem mais possibilidades de êxito
social.

14. Os indivíduos devem ser considerados os atores principais na Prevenção e


Promoção da Saúde e, neste sentido, serão os corresponsáveis pelas suas saúdes e a
das coletividades em que atuam.

15. Os setores público e privado são os responsáveis comprometidos com as


questões sociais da Saúde.

16. As políticas públicas devem favorecer a criação de ambientes de Prevenção


e Promoção da Saúde, favorecendo principalmente o desenvolvimento do acervo
patrimonial cultural das comunidades e das regiões.

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17. A responsabilidade social das organizações da iniciativa privada na Prevenção e
Promoção da Saúde está compreendida nos valores que elas representam nas relações
que mantêm com seus públicos internos, meio-ambiente, clientes, comunidades,
governos, e sociedades que envolvem, e que os conflitos destas relações se sucedem
e aumentam o risco, que precisa ser enfrentado na procura de novos equilíbrios nestas
responsabilidades coletivas (CONSELHO FEDERAL DE EEDUCAÇÃO FÍSICA, 2006).

A carta destaca entre outros fatores a importância da atividade física para a prevenção
da saúde:

28. Embora os Eixos de Atuação a favor da Prevenção e Promoção da Saúde


reconheçam as funções e papéis interligados das áreas da Saúde (Medicina, Educação
Física, Fisioterapia etc.), há um consenso internacional no mundo científico de que a
atividade física é imprescindível neste sentido.

29. No Manifesto Mundial FIEP 2000 de Educação Física estão as constatações e


proposições sobre a caracterização das atividades físicas como os meios específicos
da Educação Física e que propiciam aspectos importantes em todas as discussões,
inclusive aquelas sobre a Prevenção e Promoção da Saúde.

30. As atividades físicas, para que se constituam em variáveis positivas na vida


das pessoas, precisam ser desenvolvidas numa perspectiva de Educação Física, isto
é, num processo de Educação, seja por vias formais e não-formais, e compreendidas
como um dos direitos fundamentais de todos (CONSELHO FEDERAL DE EEDUCAÇÃO
FÍSICA, 2006).

E os compromissos dos profissionais de educação física com a prevenção e promoção


da saúde.

34. Os Profissionais de Educação Física do Brasil com o entendimento de que esta


área se relaciona com a Educação, a Saúde, a Cultura, o Esporte, o Lazer e o Turismo,
terão na sua atuação por estilos de vida ativos na população do país, que valorizar a
“Educação para a Saúde”, para que ocorra o respeito às leis biológicas das pessoas, às
corporeidades e principalmente para que ocorra o desenvolvimento de uma Educação
para a Saúde (CONSELHO FEDERAL DE EEDUCAÇÃO FÍSICA, 2006).

As leis, resoluções e critérios citados garantem legitimidade do profissional de


Educação Física na atuação em equipes multidisciplinares. Na sequência, vamos
aprofundar como é a atuação do profissional de Educação nos Núcleos de Assistência
à Saúde da Família.

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Curiosidade
A atividade física e o Esporte quando orientados de forma
adequada, formativa, educativa, qualificada e ética, ou seja, por um
profissional de Educação Física habilitado, atraem as pessoas e
são considerados por todos os segmentos e profissionais da área
da Saúde como excelentes meios para minimizar e facilitar a busca
de saídas e soluções para os problemas crescentes da sociedade
(CARTA BRASILEIRA DE PREVENÇÃO INTEGRADA NA ÁREA DA
SAÚDE, 2006).

A Política Nacional de Promoção da Saúde, Núcleos de Assistên-


cia à Saúde da Família e o Profissional de Educação Física

Neste tópico vamos conhecer a Política Nacional de Promoção da Saúde, sobre o que
se trata os Núcleos de Assistência à Saúde da Família e quais as recomendações para
a intervenção do profissional de Educação Física neste contexto, relacionada a saúde
dentro do âmbito nacional.

Segundo Matsudo (2006) são grandes as evidencias que a atividade física é


importante para a promoção da saúde e para a qualidade de vida das pessoas, já
que ela contribui para prevenção e controle das doenças crônicas, principalmente,
doenças cardiovasculares e câncer, além de ouros fatores associados com o aumento
da mobilidade articular e da aptidão física durante o envelhecimento.

A Política Nacional de Promoção da Saúde concretizou a inserção dos profissionais


de Educação Física nos polos de atenção básica por meio da criação dos núcleos de
assistência à saúde da família (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

O movimento humano é realizado pelos músculos esqueléticos e produz um


determinado gasto de energia, assim, a atividade física deve ser difundida e
compreendida como sinônimo de movimento (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). Nesse
sentido, segundo o próprio Ministério da Saúde, as práticas corporais e a atividade
física formam um dos eixos da política nacional de promoção da saúde, que foi
proposta como meio para solucionar uma das principais causas de morte, as doenças
do sistema circulatório.

Além do movimento, a pratica em grupo de atividade física promove a socialização


dos indivíduos, permitindo que as pessoas criem laços sociais, sejam autônomos

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e construam um convívio social saudável (ZIONI e WESTPHAL, 2007). Os autores
destacam que é importante promover o movimento, de preferência durante um período
significativo diário (aproximadamente trinta minutos), com uma frequência de pelo
menos cinco dias durante a semana.

Para aproximar o cidadão de um estilo de vida saudável, o Ministério da Saúde (2009)


tenta criar pontos de acesso ao serviços de saúde, aproximando a população dos
profissionais que atuam em equipes de saúde, promovendo a divulgação de grupos
que organizam caminhadas nos centros de saúde e indicando espaços para a prática
de atividades físicas. No entanto, reconhece muitas situações desfavoráveis, como
a estrutura urbana das cidades que, muitas vezes, é desorganizada; poucos espaços
para a prática de atividade física; a dificuldade de acesso pela população, que dispõe de
diversos obstáculos como: a ausência de tempo; a escassez de recursos financeiros;
as limitações motoras; a violência, entre outros.

Quando o assunto é a formação profissional, a promoção da saúde deve ser um


assunto a ser incluído nos currículos, objetivando a capacitação de novos profissionais
para colaborar com política nacional de promoção da saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2010). Até porque, segundo o próprio ministério, a qualificação das equipes de
saúde dependem da formação desses profissionais especializados para trabalhar
na área da saúde. Além disso, os docentes podem impactar de maneira positiva a
formação desses profissionais. Segundo Mendonça (2009), os alunos reconhecem os
professores como modelos para escolherem uma profissão, portanto, cabe também
às instituições acolherem professores com experiência na área da saúde para captar
e inserir novos talentos para o trabalho, bem como desenvolver pesquisas de impacto
para a saúde.

Para além da formação, o profissional ou futuro profissional tem que se engajar com
a população buscando a constante promoção da qualidade de vida, uma vez que
esses aspectos contribuem substancialmente para isso: a abordagem interdisciplinar
e a incorporação de atitudes que favorecem os valores humanos (FAZENDA, 2002).
Sobre esta estratégia, Nicolescu (2005) destaca a importância de adotar posturas
transdisciplinares, ou seja, propondo uma ampla visão do “cuidar”, pois o ser humano
não pode ser separado em diferentes disciplinas. O autor enfatiza que a promoção da
saúde depende dessa visão integrada dos profissionais, que encontrarão diferenças
culturais e precisam superar para entregar um serviço de qualidade.

Por fim, Spagnuolo e Guerrini (2005) sugerem que os profissionais que atuam na
promoção da saúde precisam desenvolver habilidades que permitam a constante troca

15
de experiências entre os profissionais de outras áreas, a produção de conhecimentos,
difusão de um olhar humano, a transdisciplinaridade e o constante aprimoramento.

Portanto, é importante que futuro profissional de Educação Física tenha consciência


das ações políticas e projetos de atuação multiprofissional incentivados pelo
Ministério da Saúde, se atualizem sobre práticas e condutas profissionais esperadas,
os desafios e a postura profissional diante de situações desafiadoras, para enfrentar
e entregar um atendimento de qualidade.

Áreas de Atuação
É importante que a formação do profissional o capacite a preparar aulas, sessões de
treinamento e diversificadas estratégias que sejam adequadas para seus alunos. Para
isso, Dourado (2015) e Conselho Federal de Educação Física (2015) recomendam
que, além de conhecer métodos científicos recomendados para elaborar as aulas
ou sessões de exercícios físicos seguros e eficazes, pensar nas aulas com um
olhar pedagógico e ajustar os estágios de desenvolvimento dos seus alunos, seja
ministrando uma atividade particular ou para um grande número de alunos.

Assim, o profissional terá a oportunidade de levar o melhor método para melhorar o


desempenho, a melhor estratégia para cuidar da saúde ou uma atividade agradável
para o seu público com o menor risco possível, considerando as particularidades
do aluno, como os antecedentes ou ocorrências em relação ao seu estado físico,
psicológico e social. Sendo assim, independente do público que será atendido ou
da área de atuação, população escolar (Licenciatura) ou população geral (Bacharel),
é imprescindível essa visão global do movimento humano, que são: os ajustes dos
processos motores (movimento).

O profissional que faz pesquisa não é o que atua estritamente em institutos de pesquisas
e Universidades. Pode ser pesquisador todo profissional de uma determinada área
que encontra uma dúvida ou um problema para solucionar e consegue articular e
encontrar informações relevantes em fontes de caráter científico para responder a
sua demanda.

Segundo a resolução 307/2015, capítulo III do Conselho Federal de Educação


Física, são deveres e responsabilidades do profissional “manter-se informado sobre
pesquisas e descobertas técnicas, científicas e culturais com o objetivo de prestar
melhores serviços e contribuir para o desenvolvimento da profissão” (CONSELHO
FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2015).

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Áreas de Atuação Profissional

Figura 2 – A relação entre Professor e Aluno.


Fonte: Getty Images, iStock, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem temos uma profissional de Educação Física seguran-
do um tablet no seu espaço de trabalho, uma academia, orientando uma aluna.

Segundo o Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação/Câmara de


Educação Superior, pela resolução nº 6, de 18 de dezembro de 2018:

Educação Física é uma área de conhecimento e de intervenção


profissional que tem como objeto de estudo e de aplicação a motricidade
ou movimento humano, a cultura do movimento corporal, com foco nas
diferentes formas e modalidades do exercício físico, da ginástica, do
jogo, do esporte, das lutas e da dança, visando atender às necessidades
sociais no campo da saúde, da educação e da formação, da cultura, do
alto rendimento esportivo e do lazer (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018).
No entanto, o documento relata que dada a necessidade de articular conhecimentos,
habilidades, sensibilidade e atitudes requeridas dos alunos egressos para exercício
profissional, a formação em Educação Física terá ingresso único, destinado tanto ao
bacharelado quanto à licenciatura e, se desdobrará em duas etapas, a etapa comum,
onde o núcleo de estudos de formação geral é identificado na área de Educação
Física e é composto por 1.600 (mil e seiscentas) horas referenciais, comum às duas
formações; e na etapa específica, onde a formação específica deve ser desenvolvida

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em 1.600 (mil e seiscentas) horas referenciais, e os graduandos terão acesso a
conhecimentos específicos das opções em bacharelado ou licenciatura.

O profissional de Educação Física pode se apoiar em duas áreas de atuação, uma


alinhada ao ambiente escolar e o outro ao ambiente não escolar. Para se alinhar ao
ambiente escolar o profissional deve optar pela Licenciatura e de maneira geral poderá
atuar somente como professor no ensino fundamental e médio ou realizar pesquisas
na área científica. Vamos conferir as atribuições que fazem parte da formação em
Licenciatura.

Segundo o capítulo III da resolução n° 6 de 18 de dezembro de 2018, a etapa específica


para a formação em licenciatura em Educação Física, deverá considerar alguns
aspectos fundamentais para a formação (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018).

O documento esclarece que: a formação do profissional Licenciado em Educação


Física deve estar em acordo com as normas do magistério (ensino), voltado para a
educação básica.

Recomenda ainda que a formação inicial (graduação) e continuada (especializações


e cursos de aprimoramento profissional) dos professores de Educação Física deve
qualificar profissionais capacitados para: contextualizar, problematizar e sistematizar
conhecimentos teóricos e práticos sobre o movimento humano, a cultura do movimento
corporal, a atividade física e os diversos conteúdos (o jogo, o esporte, o exercício, a
ginástica, as lutas e a dança), no âmbito do Ensino Básico.

Segundo o mesmo documento, o profissional Licenciado em Educação Física deve


ter uma formação humanista, técnica, crítica, reflexiva e ética, qualificada para a
intervenção profissional fundamentada no contexto científico, da reflexão filosófica
e da conduta ética no magistério (ensino), ou seja, deve contemplar à docência no
componente curricular da Educação Física.

Por fim, as atribuições do Licenciado estão no campo da docência no ensino básico,


onde esse profissional se capacita para a atuar profissionalmente no magistério
(ensino).

O bacharel em Educação Física tem um campo extenso de atuação profissional que se


baseia em conhecimentos múltiplos para avaliar, orientação e intervir. De acordo com
o capítulo IV da resolução n° 6 de 18 de dezembro de 2018, a etapa específica para
a formação em Bacharelado em Educação Física, deverá considerar alguns aspectos
específicos para a formação. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018).

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Este documento destaca que a Etapa Específica para a formação do Bacharel em
Educação Física deve qualificar o profissional para a intervenção em diferentes
campos e destaca-se: o treinamento esportivo, a orientação de atividades físicas, a
preparação física, a recreação, o lazer, a cultura em atividades físicas, a avaliação
física, postural e funcional, a gestão relacionada com a área de Educação Física, além
de outras áreas associadas às práticas de atividades físicas, recreativas e esportivas.

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Conclusão
Neste conteúdo, você teve a oportunidade de:

• conhecer as noções gerais da profissão;


• compreender as definições e o aspecto histórico;
• refletir sobre a atuação do profissional de educação física na área da saúde;
• entender as atribuições profissionais do bacharel em Educação Física;
• entender as atribuições profissionais do licenciado em Educação Física.

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