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Fundamentos

da educação
física escolar na
educação infantil
Fernando Guilherme Priess

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Identificar o contexto histórico da educação física na educação infantil.


>> Descrever a evolução dos conteúdos e das práticas educativas da educação
física escolar na educação infantil.
>> Reconhecer as principais orientações didáticas para o ensino da educação
física na educação infantil.

Introdução
O movimento corporal é uma característica natural de muitos seres vivos, e,
tratando especificamente dos seres humanos, nossa estrutura fisiológica é
toda voltada para nos mantermos grande parte do tempo em movimento. Nesse
âmbito, é a disciplina da educação física que tem como referência o estudo e
trabalho do ser humano em movimento. A educação física escolar, principalmente
no período da educação infantil, exerce um papel importantíssimo no processo
de desenvolvimento integral da criança, visto que nesse período ocorrem im-
portantes etapas do seu desenvolvimento, nos aspectos físicos, intelectual,
motor, afetivo e social.
14 Fundamentos da educação física escolar na educação infantil

Neste capítulo, você se aprofundará sobre a educação física e seu contexto


histórico, podendo analisar sua importância para o processo de crescimento e
desenvolvimento infantil. Estudará também as principais abordagens e orientações
didáticas para o ensino da educação física nessa etapa escolar.

Contexto histórico da educação física na


educação infantil
A história geral da educação física tem registros milenares, deixados por
povos como os chineses, hindus, persas, mesopotâmicos, japoneses, gregos,
romanos, entre outros. Segundo esses indícios, documentados sobretudo no
mundo ocidental, somos levados a afirmar que a prática inicial dos exercícios
físicos vem da Pré-História, afirma-se na Antiguidade, estaciona na Idade
Média, fundamenta-se na Idade Moderna e sistematiza-se nos primórdios
da Idade Contemporânea (RAMOS, 1983).
Fazendo uma análise da essência do ser humano e de nossa constituição
anatômica e fisiológica, podemos afirmar que somos seres constituídos para
o movimento, e não para uma vida sedentária. Segundo Ramos (1983) e Mari-
nho (1980), registros mostram que humanos pré-históricos e da Antiguidade
tinham uma vida muito ativa. Como a busca pela sobrevivência era constante,
precisavam estar constantemente realizando grandes deslocamentos, ca-
çando e se protegendo de predadores naturais, o que impossibilitava uma
vida sedentária. Com o passar dos tempos, o ser humano foi descobrindo
meios de tornar a vida mais fácil. Isso incluiu formas mais eficientes de
caçar, construindo ferramentas para abater animais, a descoberta do fogo,
o aprendizado de técnicas agrícolas, entre outras situações que melhoraram
aspectos gerais da sobrevivência humana.
Portanto, podemos afirmar que o movimento faz parte da essência humana
e, dessa forma, não pode ser excluído do processo educacional, e mais espe-
cificamente da educação infantil, período em que a criança está em constante
desenvolvimento físico, motor, psicológico, afetivo, cognitivo e social.
Tomando como referência os estudos de Darido (2001; 2003), Darido e Ran-
gel (2005) e Betti (1992), no Brasil, até aproximadamente 1930, predominava a
tendência higienista da educação física, em que a preocupação principal recaia
nos hábitos de higiene e saúde, valorizando tanto o desenvolvimento físico
quanto o moral, por meio do exercício físico. Em conjunto com a tendência
higienista, havia uma forte influência militarista, que, segundo Daólio (1995),
expressava a abordagem dos professores frente aos alunos, que eram tratados
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de forma homogênea, predominando a formação do “cidadão soldado”, ou


seja, forte, disciplinado e determinado a servir à nação e seus governantes.
Essa tendência predominou até aproximadamente o ano de 1945.

Darido (2001; 2003) ainda destaca que no período entre 1945 e 1964
predominou uma tendência conhecida como pedagogicista, ou seja,
da educação física difundida nos ambientes escolares. A prática ainda tinha
muitos resquícios das tendências higienista e militarista, cujo foco das ativi-
dades era a ginástica, jogos e brincadeiras, lutas e esportes, destacando-se o
basquetebol e o voleibol. Entre os anos de 1964 a 1985, aproximadamente, nas
práticas da educação física houve um predomínio da tendência competitivista,
ou esportivista, cujo foco era a formação de atletas. Na verdade, ainda hoje a
educação física é vista por muitos como formadora de atletas ou fortemente
voltada às práticas esportivas (FERREIRA, 2005).

Em meados da década de 1980, o discurso na busca de objetivos e de


um sentido claro da educação física começou a ficar mais constante. Nesse
período, a tendência popular da disciplina ficou mais evidente, com foco na
prática de exercícios físicos e esportes voltados ao lazer e à ludicidade. Após
a década de 1980, muitas abordagens influenciaram as práticas da educação
física escolar, dentre quais Darido (2001) destaca: psicomotora, construtivista,
desenvolvimentista, crítica, saúde renovada e os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs).
Estudos de Brandl e Brandl Neto (2016) reforçam que começaram a aparecer
movimentos nacionais e internacionais para implementação da educação
física com práticas pedagógicas sistematizadas para a educação básica mais
especificamente no final da década de 1970 e início da década de 1980, quando
surgiu também o encaminhamento da educação psicomotora, inicialmente
por literatura francesa e depois também por brasileira, como proposta para
a educação infantil e séries iniciais, segundo nomenclatura da época.
Destacamos ainda o documento do Ministério da Educação e Cultura
chamado III Plano Setorial da Educação, Cultura e Desporto 1980/1985, em
sua 2ª edição, de 1982, que deixa claro que durante os primeiros anos da
infância se definem, em grande parte, as potencialidades da personalidade
humana. Sendo assim, atividades como a educação física são de fundamental
importância nesse período (BRASIL, 1982).
No Brasil, após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBN), em 1996, a educação até os 6 anos de idade ficou definida
como a primeira etapa da Educação Básica, sendo essa divisão de ensino
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alterada somente em maio de 2005, pela Lei Federal n° 11.114, que definiu
que crianças com 6 anos completos devem ser matriculadas no primeiro ano
do ensino fundamental, ficando a educação infantil responsável por atender
crianças até cinco anos de idade (CORSINO, 2003).
Na legislação brasileira que rege a educação física na educação infantil,
destaca-se também o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil
(RCNEI), desenvolvido como um guia para embasamento e reflexão dos
conteúdos, objetivos e orientações didáticas escolares. Embora nesse do-
cumento não haja uma referência específica à educação física, destacam-se
nele aspectos referentes ao “corpo” e ao “movimento”: descobrir e conhecer
progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites,
desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem
estar; brincar, expressando emoções sentimentos, pensamentos, desejos
e necessidades; utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, oral e
escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de
forma a compreender e ser compreendido; e expressar suas ideias, senti-
mentos, necessidades e desejos, avançando no seu processo de construção
de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva
(BRASIL, 1998). Ou seja, mesmo não citando expressamente o termo “edu-
cação física”, fica evidente que os conteúdos básicos da disciplina são
abordados no RCNEI.
Fazendo uma leitura da LDBN no que se refere à educação física na edu-
cação infantil, destacamos o texto do capítulo 2 do referido documento, cujo
parágrafo 3º afirma: “[...] a educação física integrada à proposta pedagógica da
escola é componente obrigatório na Educação Básica (formada pela Educação
Infantil, pelo Ensino Fundamental e Ensino Médio) e da Educação Superior”. Já
o artigo 26, §3º, diz: “[...] a educação física integrada à proposta pedagógica
da escola é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas
etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos
noturnos” (BRASIL, 1996, documento on-line).
Ou seja, considerando que a educação infantil é uma etapa da educação
básica, dessa forma, perante a lei a educação física deve estar inserida no
currículo da educação infantil. Sendo assim, fica evidente que a educação
física deve legalmente estar inserida na educação infantil, unindo-se às outras
diversas áreas do conhecimento e compondo o projeto político pedagógico
das instituições de ensino, visando a formação integral da criança nos mais
diferentes aspectos.
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Referente à legislação, especificamente à LDBN, Scarpato (2007) destaca um


trecho da lei em que é ressaltado que a educação física é considerada parte
integrante do currículo e deverá assumir também a responsabilidade que lhe
é devida nesse processo educacional de contribuir para com as finalidades
educacionais indicadas na LDBN para a educação básica.
Portanto, diante da legislação vigente, percebe-se que a educação física
se integra aos conteúdos da educação básica e, dessa forma, é considerada
uma disciplina importante no processo educativo, faltando somente se con-
solidar como tal. Cabe aos profissionais da área terem uma participação ativa
no planejamento educacional, estruturando e organizando uma proposta
pedagógica que atenda às necessidades das crianças.

Evolução de conteúdos e práticas


O planejamento, a organização e a seleção de conteúdos nas aulas de edu-
cação física são primordiais para que o processo de ensino/aprendizagem
seja satisfatório e atenda aos objetivos propostos. Para o senso comum,
muitas vezes a educação física é vista como uma mera prática recreativa sem
caráter educativo, um simples momento de descontração e lazer, mas essa
visão já está ultrapassada e precisa ser superada. Para tanto, é necessário
que a postura do profissional de educação física seja crítica e comprometida
com suas obrigações docentes.
Sabemos da importância da educação física no processo educacional e o
quanto uma criança pode aprender por meio de jogos, brincadeiras, esportes
e atividades recreativas em geral. Existem diferentes elementos intrínsecos
que costumam ser observados apenas por pessoas que dominam a área da
educação de forma geral. Esse aspecto é o que realmente faz a diferença entre
a aplicação de uma atividade pelo simples ato de brincar e sua aplicação como
conteúdo curricular, com objetivos previamente estabelecidos e pensados
para a faixa etária específica.
Iniciando a discussão sobre os conteúdos da educação física nos am-
bientes escolares, precisamos primeiramente ter uma definição clara da
terminologia da área. Nesse contexto, temos a definição de Coll et al. (2000),
que definem conteúdo como uma seleção de formas ou saberes culturais,
conceitos, explicações, raciocínios, habilidades, linguagens, valores, crenças,
sentimentos, atitudes, interesses, modelos de conduta etc., cuja assimilação
é considerada essencial para que se produza o desenvolvimento e a socia-
lização adequada do aluno.
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Um fato importante destacado por Libâneo (1994) e Coll et al. (2000) é


que nem todos os saberes e formas culturais estão aptos a constarem
como conteúdos curriculares, daí a importância de se fazer uma seleção rigorosa
entre eles. Dessa forma, os conteúdos formam a base objetiva da instrução
sistematizada e são viabilizados pelos métodos de transmissão e assimilação
(DARIDO, 2005).

Aproximadamente até o final da década de 1980, a produção teórica da


educação física escolar esteve voltada sobretudo para o ensino fundamental.
Quando se tratava da primeira infância, a preocupação significativa era o
desenvolvimento motor. Portanto, pode-se dizer que a produção da área em
relação à educação infantil, em perspectivas críticas, é recente (LACERDA e
DA COSTA, 2012).
Soares (2002) afirma que é necessário construir uma proposta curricu-
lar para a educação física infantil, já que a LDBN estabelece a disciplina
como componente curricular da educação básica, que hoje engloba a
educação infantil. No ano de 2017, o Ministério da Educação homologou
a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento norteador para
o desenvolvimento educacional da educação infantil ao ensino médio.
O documento apresenta eixos estruturantes das práticas pedagógicas,
estipula as competências gerais da educação básica e destaca seis direitos
de aprendizagem e desenvolvimento da criança na educação infantil,
destacado a seguir (BRASIL, 2017).

„„ Conviver entre crianças, com adultos, em pequenos e grandes grupos,


utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do
outro. Esse aspecto pode ser trabalhado de maneira muito interessante
por meio da educação física, com a aplicação de jogos, dinâmicas e
atividades esportivas diversificadas.
„„ Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços
e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando
e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhe-
cimentos, sua imaginação, sua criatividade e suas experiências
emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais
e relacionais.
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„„ Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do pla-


nejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo
educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana,
como na escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes,
desenvolvendo diferentes linguagens, elaborando conhecimentos,
decidindo e se posicionando.
„„ Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras,
emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, ele-
mentos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes
sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a
ciência e a tecnologia.
„„ Expressar como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades,
emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões
e questionamentos, por meio de diferentes linguagens. A educação
física oportuniza essas expressão por meio do corpo, em atividades
rítmicas e expressivas, na dança, entre outras.
„„ Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural,
constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertenci-
mento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras
e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto
familiar e comunitário.

Desse modo, é possível assegurar aos alunos a (re)construção de um


conjunto de conhecimentos que permitam ampliar sua consciência a respeito
de seus movimentos e dos recursos para o cuidado de si e dos outros e
desenvolver autonomia para apropriação e utilização da cultura corporal de
movimento em diversas finalidades humanas, favorecendo sua participação
de forma confiante e autoral na sociedade (BRASIL, 2017).
Outro aspecto importante de se destacar na BNCC são os cinco campos
de experiências abordados no documento, embasados no que dispõem as
Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (BRASIL, 2010) em
relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a serem propiciados às
crianças e associados às suas experiências. Esses cinco campos de experi-
ências são examinados um a um a seguir.
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O eu, o outro e o nós


É importante que a criança, a partir da educação infantil, possa ter expe-
riências de convivências diversificadas, possibilitando o conhecimento de
diferentes culturas, modos de vida, costumes e povos. Por meio dessas
experiências, ela amplia o modo de perceber a si mesma e ao outro, valori-
zando sua identidade, respeitando os outros e reconhecendo as diferenças
que nos constituem como seres humanos.

Corpo, gestos e movimentos


Nesse campo de experiência, a educação física tem forte impacto, pois,
mediante seus conteúdos, permite o desenvolvimento da corporeidade
com jogos, brincadeiras, dança, música, atividades expressivas e rítmicas,
folclore, entre outras possibilidades. As crianças conhecem e reconhecem
as sensações e funções de seu corpo e com seus gestos e movimentos
identificam suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo
tempo, a consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à sua
integridade física.

Traços, sons, cores e formas


A convivência com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas,
locais e universais, no cotidiano da instituição escolar possibilita às crianças
vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais
(pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e
o audiovisual, entre outras.

Escuta, fala, pensamento e imaginação


Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas
cotidianas. As primeiras formas de interação do bebê são os movimentos
corporais, o olhar, a postura, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que
ganham sentido com a interpretação do outro. A criança, principalmente nos
anos iniciais, tem um fantástico potencial criativo e de imaginação. Essas
qualidades devem ser exploradas e potencializadas pelos professores, e
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a educação física pode ser uma excelente ferramenta para potencializar


a expressão corporal, a imaginação, a criatividade e outras habilidades
da criança.

Espaços, tempos, quantidades, relações


e transformações
A educação infantil precisa promover experiências nas quais as crianças
possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu
entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar
respostas às suas curiosidades e indagações. Por meio de jogos, brincadeiras
e atividades lúdicas, a educação física possibilita experiências motoras em
diferentes tipos de espaços, fazendo com que a criança possa diferenciar e
saiba se locomover em ambientes amplos, pequenos, com obstáculos, sem
obstáculos, de forma rápida, lenta, cooperando com o outro ou competindo,
ou seja, explorando diferentes possibilidades e ampliando as relações e
compreendendo as transformações do mundo que a cerca.

Estrutura curricular da educação física


A BNCC destaca a importância de se fazer uma distinção entre jogo como
conteúdo específico e jogo como ferramenta auxiliar de ensino. Não é raro
que, no campo educacional, jogos e brincadeiras sejam inventados com o
objetivo de provocar interações sociais específicas entre seus participantes
ou para fixar determinados conhecimentos. O jogo, nesse sentido, é entendido
como meio para se aprender outra coisa, como no jogo dos 10 passes, usado
para ensinar retenção coletiva da posse de bola. São igualmente relevantes
os jogos e as brincadeiras presentes na memória dos povos indígenas e das
comunidades tradicionais, que trazem consigo formas de conviver, oportu-
nizando o reconhecimento de seus valores e formas de viver em diferentes
contextos ambientais e socioculturais brasileiros.
Como o repertório de conteúdos da educação física é muito rico, precisa
ser estudado e organizado para servir como uma poderosa ferramenta no
processo de ensino/aprendizagem nos diferentes níveis e fases do ensino. O
Quadro 1 apresenta uma proposta de estrutura curricular para a distribuição
de conteúdos para a educação física infantil.
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Quadro 1. Proposta de estrutura curricular da educação física para a edu-


cação infantil

Atividades
rítmicas e Atividades de
Atividades Atividades expressivas movimento Atividades
coletivas de individuais de de corporal folclóricas de
movimento movimento movimento junto à movimento
corporal corporal corporal natureza corporal
Organizadas de O sujeito da São atividades Requerem o Envolvem o
modo que as ação pode que envolvem meio natural conhecimento
intenções indivi- realizá-la sem um agrupa- como seu de um conjunto
duais aparecem necessaria- mento de principal instru- de tradições de
conectadas com mente estar em movimentos mento/espaço um determinado
as intenções de interação com desenvolvidos de realização. grupo, expres-
outros sujeitos, outros sujeitos. harmonica- sas na forma de
passando a São atividades mente no canções, contos,
noção de um em que há inte- espaço e no costumes,
grupo coeso. ração, mas seu tempo, con- brinquedos e
êxito depende tendo elemen- brincadeiras
do sujeito da tos expressivos cantadas.
ação e das suas e estéticos.
intenções.

Visam desenvol- Proporcionam Objetivam a Visam pro- Visam o reco-


ver a interação conhecimento expressão e a porcionar aos nhecimento
e a cooperação sobre as sensibilização sujeitos varia- corporal,
na elaboração possibilidades por meio do das sensações e as relações
de regras, e limites do movimento. percepções do interpessoais,
organização e próprio corpo Desenvolvem o ambiente na- a criatividade
modificação e os desafios reconhecimento tural, incluindo e a valorização
das atividades em superá-los. corporal, o de- aspectos de de elementos
de acordo com Promovem senvolvimento aventura, de e valores de
as intenções do entendimento de habilidades exploração outras culturas,
grupo, mediante com relação à motoras e do novo e de manifestados de
um processo qualidade dos capacidades liberdade. forma lúdica.
dialógico. movimentos físicas.
realizados.

O aluno deverá O aluno deverá O aluno estará O aluno deverá O aluno deverá
ser capaz de re- ser capaz de capacitado para interagir com ser capaz de
alizar atividades reconhecer se expressar por o ambiente identificar dife-
em pequenos e os limites do meio do movi- natural de forma rentes manifes-
grandes grupos, seu corpo e mento e realizar consciente, tações culturais
interagindo respeitar suas atividades que preservando-o relacionadas
de forma individualidades. exigem ritmos e explorando-o ao movimento
respeitosa com constantes por meio do e interagir com
os colegas e o simples e movimento. as diferentes
professor. complexos. culturas.

Fonte: Adaptado de Basei (2011).


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Embora tenha em sua essência um forte apelo para atividades que por sua
natureza devem ser práticas, a educação física precisa ir além da “dimensão
do fazer”. Assim, não basta que os conteúdos aplicados sejam assimilados
pelos alunos no seu desenvolvimento prático; na verdade, eles também devem
proporcionar o desenvolvimento intelectual, crítico, comportamental e social.
Essa proposta se alinha com os pilares básicos e essenciais da educação
propostos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco), apresentados por meio do Relatório Jacques Delors,
que sugere diferentes formas de aprender: aprender a conhecer, aprender a
conviver, aprender a fazer e aprender a ser (DELORS, 2003) (Figura 1).

Figura 1. Pilares básicos para a educação.


Fonte: Adaptada de Delors (2003).

Esses quatro pilares devem servir de referência ao pensarmos e plane-


jarmos os conteúdos e metodologias de ensino a serem desenvolvidos e
aplicados. De acordo com Rossini (2004), nosso grande desafio está na arte
de transmitir os conhecimentos sem negligenciar o aspecto formativo e o
desenvolvimento mental, para que as pessoas possam pensar, raciocinar,
levantar hipóteses e, finalmente, aprender a aprender, para poderem ser,
fazer e conviver.
Ao planejarmos estratégias de ensino e procedimentos didáticos, preci-
samos lembrar que é da natureza humana procurar o que nos proporciona
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prazer e fugir do que nos causa desprazer. Uma premissa para que o ensino
possa ser interessante e significativo é que o aluno seja desafiado, ou seja,
estimulado a aprender. De acordo com Rossini (2004), é preciso ter equilíbrio
na elaboração e planejamento dos conteúdos, que não podem ser árduos
demais nem fáceis demais. Quando tudo é muito fácil, a prática acaba não
tendo graça nem valor; quando tudo é muito complexo, o praticante acaba
se desinteressando da atividade.

Dentre os diversos conteúdos que podem ser trabalhados nas aulas


educação física, destacamos as noções de anatomia e fisiologia.
Embora inicialmente pareçam conteúdos complexos para se trabalhar com
crianças, vejamos um exemplo de como podem ser inseridos: no início da aula,
solicite que as crianças coloquem a mão sobre o peito, perguntando se sentem
o movimento do coração batendo. Em duplas, peça para que cada um coloque
o ouvido junto ao peito do colega, tentando escutar o batimento do coração.
Em seguida, peça que as crianças corram até determinado local o mais rápido
possível, retornando até o professor. Peça que os alunos novamente sintam seu
próprio coração e o do colega. Converse com as crianças sobre a aceleração do
ritmo cardíaco e explique que, após fazermos atividades físicas, nosso coração
bate mais forte e mais depressa, para bombear sangue para o corpo. Explique
de uma maneira simples como funciona o coração e qual sua função, etc. Essas
atividades ajudam as crianças a terem noções iniciais de fisiologia, anatomia
e conhecimentos sobre o corpo.

Orientações didáticas para o ensino da


educação física na educação infantil
Um dos elementos fundamentais para o bom desenvolvimento prático das
aulas é a organização e o planejamento docentes. As ações didáticas e seu
sucesso têm uma relação direta com a organização prévia do professor em
relação à seleção de conteúdos, metodologias e estratégias de ensino. Res-
peitando-se todas as etapas de planejamento de ensino, o desenvolvimento
prático das ações será harmonioso e eficiente, atendendo de forma adequada
aos objetivos propostos.
O desenvolvimento das aulas de educação física deve estar atrelado à
proposta pedagógica da escola e a uma relação dialética com os demais
componentes curriculares que compõem o programa escolar. Dessa forma,
deve-se ressaltar que o Projeto Político-Pedagógico (PPP) é um instrumento
e elemento norteador para o estabelecimento das possíveis relações entre
Fundamentos da educação física escolar na educação infantil 25

os componentes curriculares, articulando-os. O profissional de educação


física, assim como os das demais áreas de formação, precisa debater, discutir
e estruturar o PPP de forma a integrar as ações docentes e tornar o ensino
efetivo e eficiente.
Segundo dados de material criado pela Secretaria Municipal de Educação
do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2019) para orientar os profissionais de
educação física sobre sua atuação docente, é preciso deixar claro que não
há possibilidade de elaborar um plano de ensino, ou planejar ações, antes de
mapear os saberes dos estudantes e identificar suas representações, sendo
indispensável romper com a ideia de entregar o planejamento fechado, sem
conhecer as práticas, os valores e as identidades dos estudantes de antemão.
Scarpato (2007) destaca algumas perguntas essenciais a se fazer antes
de programarmos as ações didáticas: “Para que vou ensinar?”, “O que vou
ensinar?”, “Como vou ensinar?”, “Com o que vou ensinar?” e “O que, como e
para que avaliar o que foi ensinado?”. Uma vez respondidas essas perguntas, o
professor terá organizado toda a estrutura necessária para o desenvolvimento
de suas aulas de forma eficiente e objetiva. As perguntas recém-apresentadas
representam as etapas de planejamento, conceituadas respectivamente
como: objetivos de ensino; conteúdos de ensino; procedimentos de ensino;
recursos didáticos; e avaliação de aprendizagem.
Diferentes autores discutem e pesquisam sobre as metodologias e es-
tratégias didáticas para se trabalhar com os conteúdos da educação física
nas mais diferentes fases de ensino. Alguns aspectos são recorrentes e de-
fendidos de forma quase unânime na literatura da área, como a presença do
elemento lúdico nas atividades, pois essa é uma essência da criança e torna
o ensino prazeroso e agradável, o que é fundamental na educação infantil.
Desse modo, embora muitos autores ainda defendam a repetição de gestos
mecânicos na busca por automatizá-los e reproduzi-los, esse tipo de prática
acaba não produzindo prazer aos praticantes.
Nesse sentido, de acordo com os PCNs da educação física (DARIDO, 2001) o
processo de ensino e aprendizagem da disciplina não deve se restringir ao sim-
ples exercício de certas habilidades e destrezas, devendo também capacitar
o indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia,
exercê-las de maneira social e culturalmente significativa e adequada.
Em sua teoria de aprendizagem, o psicólogo norte-americano David Paul
Ausubel (1982) propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valo-
rizados, para que eles possam construir estruturas mentais utilizando mapas
conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos,
caracterizando uma aprendizagem prazerosa e eficaz. Segundo o autor, para
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haver uma aprendizagem significativa, são necessárias duas condições. Em


primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender. Se o indivíduo
quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem
será mecânica. Em segundo, o conteúdo a ser aprendido deve ser lógica e
psicologicamente significativo: o significado lógico depende somente da
natureza do conteúdo, enquanto o significado psicológico é uma experiência
que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos conteúdos que
têm significado ou não para si próprio.
Por sua vez, Scarpato (2007) ressalta que os conteúdos durante as aulas
devem estimular os alunos a intervir em sua própria realidade, de modo a
se adaptar às suas demandas complexas ou transformá-las, reconhecendo
suas potencialidades e limitações. Por meio do aprendizado dos conteúdos
da educação física, devem intervir nessa realidade pautando-se pela análise
crítica, pelo domínio e pela aplicação de movimentos e dos elementos culturais
relacionados a esses movimentos.
A partir dessas ideias, vejamos a seguir algumas estratégias aplicadas
no processo de ensino de educação física que têm se mostrado eficientes,
apresentando resultados significativos.

„„ Oportunize autonomia à criança: por muito tempo o professor foi o


reprodutor de conhecimentos e esse aspecto limitava a criatividade
dos alunos e os tornava passivos. Essa postura precisa ser superada e
o professor precisa ser um facilitador da aprendizagem, estimulando
o aluno a descobrir e explorar suas potencialidades.
„„ Tenha os objetivos claros e bem definidos: quando se sabe de forma
clara e concreta quais são os objetivos e finalidades das atividades
propostas pelo professor, as crianças poderão entender e relacionar
a atividade com situações práticas e darão mais valor ao que se está
fazendo.
„„ Motivação e confiança não são conquistadas com ameaças ou autori-
tarismo: o professor precisa ter o controle sobre as ações durante as
aulas, mas sem ser autoritário. O autoritarismo gera medo e apreensão,
desmotivando o aluno e tornando o processo de ensino algo mecânico
e reprodutivo.
„„ Torne suas aulas imprevisíveis: tudo que é totalmente previsível acaba
se tornando monótono e chato. Utilize diferentes locais para a realização
das aulas, mude as estratégias de ensino e os instrumentos didáticos;
seja ousado, não tenha medo de criar e inovar; utilize dinâmicas diver-
sificadas. O prazer torna o aprendizado mais significativo e eficiente.
Fundamentos da educação física escolar na educação infantil 27

„„ Saiba equilibrar a competição e a cooperação nas aulas: quando


aplicada de maneira positiva e equilibrada, a competição pode ser
um fator motivador para a realização de atividades nas aulas, mas
deve-se ter o máximo de atenção para que não criar um ambiente de
extrema rivalidade entre os participantes. Quanto à cooperação, todos
podem serem beneficiados e vencedores, tendo o êxito dos resultados
compartilhados.
„„ Saiba reconhecer a evolução e o méritos dos alunos: todo ser humano
gosta de ser elogiado e valorizado. De nada adianta os alunos se es-
forçarem se a dedicação não for reconhecida pelo professor. Frases
estimuladoras como “Parabéns, excelente trabalho, continue assim”
já são suficientes para deixar o aluno muito motivado e orgulhoso de
seu desempenho
„„ Estimule o debate e a reflexão: muitas crianças são inseguras e tem
dificuldade de expor suas ideias em público. Procure encorajar seus
alunos para o debate e reflexão crítica das atividades trabalhadas.
Explore ao máximo as habilidades de cada aluno;
„„ Seja bem humorado e motivado durante as aulas: por mais que esteja
cansado ou com problemas particulares, durante sua aula demonstre
alegria e motivação. Lembre-se que o professor em sala geralmente é
um só e os alunos são muitos; estamos o tempo todo sendo observados,
e se não demonstrarmos alegria e motivação, os alunos tendem a não
demonstrar interesse pela aula.
„„ Procure conhecer seus alunos: lembre-se que somos indivíduos únicos,
cada um com suas características e peculiaridades. Procure conhecer
os interesses e potencialidades de cada aluno. Não se pode esperar o
mesmo resultado de todos. Aprenda a estimular cada aluno para que
dê o máximo de si.
„„ Procure trabalhar o autocontrole e a ansiedade dos alunos: muitas vezes
observamos alunos com um excelente potencial, mas com dificuldade no
rendimento devido a ansiedade, nervosismo, baixa autoestima e outros
aspectos que podem prejudicar de maneira significativa seu rendimento.
Procure desenvolver atividades que trabalhem esses aspectos e que
possam auxiliar no desenvolvimento pessoal de cada aluno.
„„ Crie, recrie e busque sempre estratégias inovadoras de ensino: o se-
gredo de um profissional de sucesso na área da educação é não se
acomodar. Busque constantemente formas diversificadas de trabalho,
tendo como premissa que o ensino deve ser algo agradável e divertido.
Estudar não pode ser uma mera formalidade e uma simples obrigação.
28 Fundamentos da educação física escolar na educação infantil

Portanto, observa-se a grande importância da diversidade de conteúdos e


possibilidades da educação física no meio educacional. Essa área ainda está
crescendo e alcançando seu devido espaço no processo de ensino/aprendi-
zagem. Cabe ao profissional de educação física, mediante a disseminação
de práticas bem elaboradas e estruturadas, ser um agente positivo para o
reconhecimento da área.

Referências
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30 Fundamentos da educação física escolar na educação infantil

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