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1) ALEXY, Robert. Teoria dos Direitos Fundamentais. Tradução Virgílio Afonso da Silva. 2ª edição, pg 85 à
176. Distinção regras e princípios.
Leitura complementar
1) FACHIN, Luiz Edson. Direito de família: elementos críticos à luz do novoCódigo Civil brasileiro. Rio
de Janeiro: Renovar, 2003.
2) HIRONAKA, Giselda. Famílias paralelas. Revista IBDFAM: Famílias eSucessões. Belo Horizonte: IBDFAM,
2014.
3) KANT, Immanuel. Princípios metafísicos da doutrina do direito. Trad.Joãozinho Beckenkamp. São
Paulo: Martins Fontes, 2014.
4) LÔBO, Paulo Luiz Netto. Conferência Magna – Princípio da Solidariedade
Familiar. In: Anais do VI Congresso Brasileiro de Direito de Família, Rio deJaneiro: IBDFAM – Lumen
Juris, 2008.
5) LÔBO, Paulo Luiz Netto. Entidades familiares constitucionalizadas: para além do numerus clausus. In:
PEREIRA, Rodrigo da Cunha (Coord.). Família e cidadania – o novo CCB e a vacatio legis, Belo Horizonte:
IBDFAM – Del Rey, 2002.
6) LÔBO, Paulo Luiz Netto. Direito civil: famílias. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
7) BODIN DE MORAES, Maria Celina. A família democrática. In: PEREIRA, Rodrigo da Cunha (Coord.). Anais
do V Congresso Brasileiro de Direito de Família – Família e Dignidade Humana. São Paulo: IOB Thomson,
2006.
8) BODIN DE MORAES, Maria Celina. Danos morais em família? Conjugalidade, parentalidade e
responsabilidade civil. In: PEREIRA, Rodrigo da Cunha; PEREIRA, Tânia da Silva (Coord.). A ética da
convivência familiar: sua efetividade no cotidiano dos tribunais. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
9) DIAS, Maria Berenice. Diversidade sexual e direito homoafetivo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
10) DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 14. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2021.
1
MADALENO, Rolf. Direito de Família.11 ed, Forense, 2021.
Da Afetividade
Flávio Tartuce afirma que “o afeto é apontado, atualmente,
como o principal fundamento das relações familiares.
Mesmo não constando a palavra afeto no Texto Maior como
2
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Direito das Sucessões. Vol. 06. Ed. 15ª.
São Paulo. Saraiva: 2020.
3
LÔBO, Paulo. Direito Civil, Famílias. 11º ed. Saraiva, 2021.
4
MARQUES, Suzana Oliveira. Princípios do Direito de Família e guarda dos filhos. Belo Horizonte,
Del Rey, 2009.
5
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. 11º ed. São Paulo: Método, 2021.
6
LÔBO, Paulo Luis Netto. Anais do VI Congresso Brasileiro de Direito de Família. Belo
Horizonte.IBDFAM/Lumen Juris, 2007.
7
MADALENO, Rolf. Direito de Família. 11 ed, Forense, 2021.
8
RANGEL, Tauã Lima Verdani. https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/3306/o-principio-
isonomia-entre-os-conjugescompanheiros-substancializacao-abandono-ao-modelo-tradicional-
patrimonialista-constituicao-republica-1988. Acesso em 27/01/2022
Não mais subsiste, com efeito, a visão de que a entidade familiar era
hierarquizada, tendo a figura masculina como o detentor das tomadas
de decisão, incumbindo ao cônjuge virago tão somente cumpri-las, sem
questionar ou mesmo opinar.
9
BITAR, Carlos Alberto. Os novos rumos do Direito de Família. In O Direito de Família e a
Constituição de 1988. São Paulo, Saraiva, 1990.
10
FREITAS, Anderson. Igualdade de gênero. https://artigojuridico.com.br/2017/09/04/igualdade-de-
genero/ Acesso em 27/01/2022.
11
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias 14.ª edição. São Paulo: Editora
Juspodivm. 2020.
12
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões. São Paulo, Ed.
Saraiva. 2017.
13
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Princípios fundamentais norteadores do direito de família. 3º ed.
São Paulo, Saraiva, 2016.
14
Ibidem p. 63
Princípio da Liberdade
Prevê o art. 1.513 do Código Civil em vigor que "É defeso a qualquer
pessoa de direito público ou direito privado interferir na comunhão de
vida instituída pela família". Trata-se da consagração do princípio da
liberdade ou da não-intervenção na ótica do Direito de Família.
15
TARTUCE, Flavio. Manual de Direito Civil. 11º ed. São Paulo: Método, 2021.
Da Solidariedade Familiar
Segundo o Prof. Rodrigo da Cunha Pereira:
“Vincula-se à ideia de corresponsabilidade, cooperação,
amparo. A solidariedade, antes concebida apenas como
dever moral, compaixão ou virtude, passou a ser entendida
como princípio jurídico após a Constituição da República de
1988, expressamente disposto no art. 3º, I. Este princípio
também está implícito em outros artigos do texto
constitucional, ao impor à sociedade, ao Estado e à família
(como entidade e na pessoa de cada membro), a proteção
da entidade familiar, da criança e do adolescente e do idoso
16
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias .14.ª edição. São Paulo: Editora
Juspodivm. 2020.
17
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões. São Paulo, Ed.
Saraiva. 2017.
18
LÔBO, Paulo Luis Netto. Anais do VI Congresso Brasileiro de Direito de Família. Belo
Horizonte.IBDFAM/Lumen Juris, 2007. P.1-10.
19
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias .14.ª edição. São Paulo: Editora
Juspodivm. 2020.
Princípio da Monogamia
Pontes de Miranda, lecionando sobre as várias formas de
família, aduz que a monogamia configura-se quando “[…] a
aproximação sexual se faz entre um homem e uma mulher
[…]” 21·.
Já o Prof. Rodrigo da Cunha Pereira ensina sobre a
monogamia. Em verdade, a tem como princípio:
“O princípio da monogamia, embora funcione também como
um ponto-chave das conexões morais das relações
amorosas e conjugais, não é simplesmente uma norma
moral das relações amorosas e conjugais, não é
simplesmente uma norma moral ou moralizante. Sua
20
Ibidem, p. 586.
21
PONTES DE MIRANDA, Francisco Cavalcanti. Tratado de direito de família: direito matrimonial.
In: ALVES, Vilson Rodrigues (Atual.). São Paulo: Bookseller, v. 1,2001.
22
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Princípios fundamentais norteadores do direito de família. 3º ed.
São Paulo, Saraiva, 2016.
23
Ibidem.
24
LÔBO, Paulo. Direito Civil, Famílias. 11º ed. Saraiva, 2021.
25
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias 14.ª edição. São Paulo: Editora
Juspodivm. 2020.
26
TEPEDINO, Gustavo. Cidadania e os direitos de personalidade. Revista da Escola Superior da
Magistratura de Sergipe, Sergipe, n. 3, p. 23-44, 2002.
27
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Princípios fundamentais norteadores do direito de família. 3º ed.
São Paulo, Saraiva, 2016.
28
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias 14.ª edição. São Paulo: Editora
Juspodivm. 2020.
29
CRUZ, Vanessa Pimentel Barros da; RANGEL, Tauã Lima Verdan. O reconhecimento da
pluralidade da família: o poliamorismo como entidade familiar. In: Boletim Jurídico, Uberaba/MG, a.
13, no 1533. Disponível em: <https://www.boletimjuridico.com.br/ doutrina/artigo/4630/o-
reconhecimento-pluralidade-familia-poliamorismo-como-entidade-familiar Acesso em 27/01/2022
30
LÔBO, Paulo. Direito Civil, Famílias. 11º ed. Saraiva, 2021.
31
PIRES, Thiago José Teixeira. Princípio da Paternidade Responsável. Disponível em:
http://www.apmp.com.br/juridico/artigos/docs/2001/1206_andreluiznogueiradacunha>. Acesso em
27/01/2022
32
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões. São Paulo, Ed.
Saraiva. 2017.
Assim sendo, pode-se afirmar com bastante veemência que não mais
existe qualquer tipo de diferenciação entre os filhos, ou seja, não
importa se eles são advindos ou não do casamento, uma vez que com
a promulgação da Carta Política de 1988 foi reconhecida a família
gerada pelo matrimônio, pela união estável, pela homoafetividade, pela
33
MADALENO, Rolf. Direito de Família: constituição e constatação. [2001?]. Disponível
em: http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=26&Itemid
=39>. Acesso em 27/01/2022
Processo
AgRg no AREsp 1643237 / GO
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2020/0003216-8
Relator(a)
Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ (1158)
Órgão Julgador
T6 - SEXTA TURMA
Data do Julgamento
21/09/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 29/09/2021
Ementa
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA. VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
CONTRA A MULHER. RELAÇÃO DE AFETIVIDADE ENTRE RÉU
(GENRO) E VÍTIMA (SOGRA). APLICAÇÃO DA LEI MARIA DA
PENHA. PRESUNÇÃO DE VULNERABILIDADE DA MULHER.
Processo
REsp 1930823 / PR
RECURSO ESPECIAL
2020/0182853-4
Relator(a)
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE (1150)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
10/08/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 16/08/2021
Ementa
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE.
ANULAÇÃO DE
REGISTRO CIVIL. PAI REGISTRAL INDUZIDO A ERRO. AUSÊNCIA
DE
AFETIVIDADE ESTABELECIDA ENTRE PAI E FILHO REGISTRAIS.
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
1. A controvérsia cinge-se em definir a possibilidade de anulação do
registro de paternidade em virtude da ocorrência de erro de
consentimento e da inexistência de relação socioafetiva entre o
menor e o pai registral.
2. É possível a desconstituição do registro quando a paternidade
registral, em desacordo com a verdade biológica, é efetuada e
declarada por indivíduo que acredita, realmente, ser o pai biológico
desta (incidindo, portanto, em erro), sem estabelecer vínculo de
afetividade com a infante.
3. Não se pode obrigar o pai registral, induzido a erro substancial,
Processo
AgInt no CC 175997 / ES
AGRAVO INTERNO NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA
2020/0299395-3
Relator(a)
Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO (1144)
Órgão Julgador
S2 - SEGUNDA SEÇÃO
Data do Julgamento
27/10/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 05/11/2021
Ementa
AGRAVO INTERNO NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA. DIREITO
CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. UNIÃO ESTÁVEL,
GUARDA DOS
Processo
HC 668918 / MG
HABEAS CORPUS
2021/0158216-5
Relator(a)
Ministro MOURA RIBEIRO (1156)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
26/10/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 28/10/2021
Ementa
"HABEAS CORPUS". MEDIDA PROTETIVA EM FAVOR DE MENOR.
"WRIT"
IMPETRADO CONTRA DECISÃO LIMINAR DE DESEMBARGADOR
RELATOR EM TRIBUNAL SOB A JURISDIÇÃO DO STJ. INCIDÊNCIA,
POR ANALOGIA, DA SÚMULA N. 691 DO STF. INVIABILIDADE.
POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO.
DETERMINAÇÃO JUDICIAL DE ACOLHIMENTO DE CRIANÇA EM
VIRTUDE DE OCORRÊNCIA DA CHAMADA "ADOÇÃO À
BRASILEIRA" E MUDANÇA DELA PARA O EXTERIOR. AUSÊNCIA
DE ÍNDICIOS DE RISCO CONCRETO À INTEGRIDADE FÍSICA E
Processo
REsp 1886554 / DF
RECURSO ESPECIAL
2020/0189444-3
Relator(a)
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE (1150)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
24/11/2020
Data da Publicação/Fonte
DJe 03/12/2020
Ementa
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE ALIMENTOS. NEGATIVA DE
PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. ALIMENTANTE PRESO.
CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO INFLUENCIA NO DIREITO
FUNDAMENTAL À PERCEPÇÃO DE ALIMENTOS. PECULIARIDADE
A SER APRECIADA NA FIXAÇÃO DO VALOR DA PENSÃO.
POSSIBILIDADE DE O INTERNO EXERCER ATIVIDADE
REMUNERADA. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO.
Processo
HDE 4289 / EX
HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA
2020/0171831-5
Relator(a)
Ministro RAUL ARAÚJO (1143)
Órgão Julgador
CE - CORTE ESPECIAL
Data do Julgamento
18/08/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 23/08/2021
Ementa
PROCESSUAL CIVIL. HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO
ESTRANGEIRA. ALIMENTOS.FILHO MENOR. CUMPRIMENTO DOS
REQUISITOS. DEFERIMENTO DA HOMOLOGAÇÃO.
1. É devida a homologação da sentença estrangeira dispondo sobre
alimentos, porquanto atendidos os requisitos previstos nos arts. 963
e 964 do CPC de 2015, 216-C e 216-D do RISTJ, bem como
constatada a
ausência de ofensa à soberania nacional, à dignidade da pessoa
humana e à ordem pública (CPC/2015, art. 963, VI; LINDB, art. 17;
RISTJ, art. 216-F).
2. Inviável analisar, no pedido homologatório de decisão
estrangeira, alegações trazidas em contestação, quanto à excessiva
onerosidade da pensão alimentícia imposta na sentença alienígena e à
ausência de condição financeira atual do ora requerido, a
impossibilitar o cumprimento da obrigação de pagar, bem como o
pedido de revisão da pensão estabelecida pela Justiça Austríaca.
- TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. 11º ed. São Paulo: Método,
2021.
Conceito de Inventário
Conforme o Prof. Rodrigo da Cunha Pereira:
“Do latim inventarium, relação de bens. Em sentido amplo é o balanço,
enumeração e descriminação minuciosa de bens e coisas. Na
terminologia jurídica do Direito Sucessório indica o procedimento pelo
qual se faz a descrição pormenorizada dos bens da herança, para
possibilitar o recolhimento de tributos, pagamento de credores, e por
fim, a partilha. É um procedimento declaratório que pode ser feito na
via judicial ou extrajudicial quando todos os herdeiros forem capazes e
concordes, e não houver testamento. Neste caso é feito mediante
escritura pública” 1.
O inventário é o procedimento pelo qual se define quais bens integram
o acervo hereditário e qual quinhão pertencerá a cada herdeiro. Assim,
o inventário é a simples enumeração e descrição dos bens e das
obrigações que integram a herança. Todos os direitos, bens e
obrigações serão incluídos no inventário, integrando o monte-mor.
Depois, separar-se-á o que pertencia ao "de cujus" e distribuirá entre
os herdeiros, separando aquilo que pertence ao cônjuge supérstite.
Sendo assim, inventário é a descrição minuciosa de todos os bens,
obrigações e dívidas ativas deixadas pelo "de cujus". É o procedimento
a que discriminará os bens pertencentes ao acervo hereditário e
indicará os herdeiros e legatários do "de cujus", estabelecendo o
quinhão pertencente a cada um.
Maria Berenice Dias nos ensina:
1
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões Ilustrado. São Paulo,
Saraiva, 2017.
2
DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 7ª Ed. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2021.
3
OLIVEIRA, Euclides de. AMORIM, Sebastião. Inventário e Partilha. Teoria e Prática. 24º ed.
Saraiva, 2016.
Administrador provisório
Aberta a sucessão hereditária com a morte da pessoa física ou natural,
até que seja aberto o inventário e o inventariante preste o compromisso
de gerir os bens que compõem o espólio, faz-se necessária que a
administração da herança, em juízo ou fora dele, o que se realiza por
meio de determinada pessoa, a qual a lei e a doutrina, denominam
de administrador provisório (art. 1.797 do CC e art. 613 do CPC).
4
Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume VII : direito das sucessões.— 18 ed.
São Paulo : Saraiva. 2020.
5
FARIA, Mario Roberto Carvalho de. Direito das sucessões: teoria e prática. 8. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2017.
6
CAHALI, Francisco José, Direito das sucessões. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
7
FERREIRA, Ivo. Passo a passo no processo de Inventário.
https://ivo333.jusbrasil.com.br/artigos/239702729/passo-a-passo-do-procedimento-de-inventario
Acesso em 15/02/2022
(p. ex., a filiação de um dos herdeiros poderá ser contestada por outro
herdeiro, e a resolução de tal questão depender de prova pericial).
Nesse caso, diz a lei, a resolução da questão será remetida "para as
vias ordinárias" (art. 612 do CPC/2015), o que "significa,
essencialmente, que o juiz deve processar o incidente pelos meios
ordinários, em apartado dos autos do inventário".8
Arrolamento
Segundo Donizetti: “O arrolamento sumário é a forma abreviada de
inventário-partilha nos casos de concordância de todos os herdeiros,
desde que maiores e capazes, não importando o valor dos bens, se
diminuto ou grandioso, nem a sua natureza. Basta que os interessados
(meeiros, herdeiros e legatários) elejam essa espécie de procedimento,
8
MEDINA, José Miguel Garcia. Direito Processual Civil Moderno. 2 ed. São Paulo: Revistas dos
Tribunais. 2016.
9
Ibidem.
10
DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2017,
p. 833.
11
REIS, Nazareno Cesar Moreira. Inventário e Partilha. https://jus.com.br/artigos/68607/inventario-
e-partilha Acesso em 15/02/2022
12
KÜMPEL, Vitor Frederico et al. Tratado Notarial e Registral. Tabelionato de Notas – 3, 1º edição.
São Paulo. Editora YK, 2017,p.912.
5 PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões Ilustrado. São Paulo,
Saraiva, 2017.
14
CASSETARI, Christiano. Separação, Divórcio e Inventário por Escritura pública – Teoria e
Prática. São Paulo: Método, 7º ed, 2015, p 150.
15
FIÙZA, Cesar. Direito Civil Curso Completo. Ed. RT, 2º ed. 2015.
Natureza Jurídica
A escritura pública de inventário e partilha se funda na ausência de
litigiosidade entre os interessados, mas o notário não tem livre arbítrio
para redigir escrituras em situações não previstas pelo ordenamento
jurídico.
Competência notarial
O atual CPC estabelece o foro do domicílio do autor da herança como
o competente para o inventário.
16
OLIVEIRA, Euclides de. AMORIM, Sebastião. Inventário e Partilha. Teoria e Prática. 24º ed.
Saraiva, 2016.
17
KÜMPEL, Vitor Frederico et al. Tratado Notarial e Registral. Tabelionato de Notas – 3, 1º edição.
São Paulo. Editora YK, 2017,p.915.
18
Ibidem,p. 40.
Pressupostos
Cônjuge do herdeiro
Os cônjuges dos herdeiros deverão participar do ato notarial
concordando e assinando, quando houver renúncia ou algum tipo de
partilha que importe em transmissão de bens.
Assistência de advogado
Estende-se ao inventário extrajudicial a regra especial de intervenção e
participação obrigatória do advogado, ainda que o mesmo seja patrono
comum de todas as partes envolvidas (parágrafo 2º do art. 610 do
CPC).
19
KÜMPEL, Vitor Frederico et al. Tratado Notarial e Registral. Tabelionato de Notas – 3, 1º
edição. São Paulo. Editora YK, 2017
20
IBDFAM
http://www.ibdfam.org.br/noticias/7084/STJ+admite+invent%C3%A1rio+extrajudicial+mesmo+com
+testamento Acesso em 15/02/2022.
21
IBDFAM
ibdfam.org.br/noticias/9215/Justiça+de+São+Paulo+autoriza+inventário+extrajudicial+mesmo+com
+filhos+menores+de+idade#:~:text=Atualmente%2C%20não%20é%20possível%20realizar,incapa
zes%20ou%20conflito%20de%20interesses. Acesso em 15/02/2022.
Aspectos Tributários
O processo de inventário e partilha deve ser aberto nos 60 dias
subsequentes à sucessão. Por abertura da sucessão entenda-se a
data do óbito, já que a partir do momento da morte os bens são
transferidos aos herdeiros necessários, todavia, necessitando-se de
inventário para formalizar a transmissão.
22
Ibidem.
23
Processo: 1002882-02.2021.8.26.0318
24
Ibidem.
25
DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 7ª Ed. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2021.
Por isso, nesta fase, a divisão de bens já deve ter sido acordada com
a família, os registros e certidões negativas devem ter sido
providenciados, e as informações sobre os herdeiros e a partilha
devem ter sido reunidas.
O imposto é calculado sobre o valor venal dos bens. Por isso, no
preenchimento da declaração do ITCMD são informados os valores
de mercado de cada bem. No caso dos imóveis, por exemplo, o valor
informado é aquele que aparece no carnê do IPTU.
Após preenchida a declaração, o sistema emite uma guia de
recolhimento do imposto para cada herdeiro, já com o valor que cada
um deve pagar.
No que concerne ao pagamento de ITCMD quando de um inventário
judicial, cabe ressaltar que a Fazenda Pública Estadual desde logo se
manifesta no processo, normalmente após apresentadas as primeiras
declarações, isto é, uma das primeiras petições na ação de inventário,
onde descreve-se os herdeiros, a pessoa falecida, seus bens e seus
respectivos valores, conforme preceitua o art. 629 do CPC.
Processo
AgInt nos EDcl no AREsp 1832714 / SP
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2021/0031085-4
Relator(a)
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE (1150)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
13/12/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 15/12/2021
Ementa
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
INVENTÁRIO. VALORES DEPOSITADOS EM PLANO DE
PREVIDÊNCIA PRIVADA (VGBL). DISPENSA DE COLAÇÃO.
NATUREZA DE SEGURO DE VIDA. ACÓRDÃO DIVERGENTE DA
JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. A DECISÃO PROFERIDA NO
Processo
AgInt no AREsp 1871565 / RJ
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2021/0114613-8
Relator(a)
Ministro HERMAN BENJAMIN (1132)
Órgão Julgador
T2 - SEGUNDA TURMA
Data do Julgamento
13/12/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 17/12/2021
Ementa
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. INVENTÁRIO. IMPOSTO DE
TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO. TRIBUNAL DE
ORIGEM, DECIDIU A DEMANDA COM BASE NOS PRINCÍPIOS DO
Processo
AgInt no AREsp 1449622 / SP
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2019/0040818-4
Relator(a)
Ministro RAUL ARAÚJO (1143)
Órgão Julgador
T4 - QUARTA TURMA
Data do Julgamento
22/11/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 30/11/2021
Ementa
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. INVENTÁRIO. PARTILHA. QUESTÃO
DE ALTA INDAGAÇÃO NÃO EVIDENCIADA. ALTERAÇÃO.
NECESSIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-
PROBATÓRIA.SÚMULA 7 DO STJ. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Esta Corte Superior de Justiça manifesta-se no sentido de que
"cabe ao juízo do inventário decidir, nos termos do art. 984 do CPC,
'todas as questões de direito e também as questões de fato, quando
este se achar provado por documento, só remetendo para os meios
ordinários as que demandarem alta indagação ou dependerem de
outras
provas', entendidas como de 'alta indagação' aquelas questões que
não puderem ser provadas nos autos do inventário" (REsp
450.951/DF,
Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
23/3/2010, DJe de 12/4/2010).
2. O Tribunal de Justiça, com arrimo no acervo fático-probatório,
concluiu pela ineficácia do negócio jurídico praticado por parte dos
herdeiros, declarando a inexistência de questão de alta indagação
apta a suspender a tramitação do feito. A pretensão de modificar tal
entendimento demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório,
o que faz incidir o óbice da Súmula 7/STJ.
3. É inviável também conhecer da alegada divergência interpretativa,
pois a incidência da Súmula 7 do STJ na questão controversa
apresentada é, por consequência, óbice para a análise do apontado
dissídio, o que impede o conhecimento do recurso pela alínea c do
permissivo constitucional.
4. Agravo interno desprovido.
Conceito
Para Daniele Chaves Teixeira é "o instrumento jurídico que
permite a adoção de uma estratégia voltada para a
1
TEIXEIRA, Daniele. Noções prévias do direito das sucessões. Sociedade, funcionalização e
planejamento sucessório. In: Arquitetura do planejamento sucessório. Belo Horizonte: Fórum,
2018. p. 35.
2
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões. São Paulo, Ed.
Saraiva. 2017.
3
TEIXEIRA, Daniele Chaves. Planejamento Sucessório. Pressupostos e Limites. 2º ed. Editora
Fórum, 2019.
4
Ibidem.
5
DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 7ª Ed. São Paulo: Ed. Juspodivm, 2021.
6
MADALENO, Rolf. Revista IBDFAM: Família e Sucessões. Belo Horizonte: IBDFAM 2014. V 1 p
12.
7
ASSUMPÇÃO, Augusto. O planejamento sucessório e seus benefícios.
https://augustoassumpcao.jusbrasil.com.br/artigos/339762581/o-planejamento-sucessorio-e-seus-
beneficios
Acesso em 26/02/2022.
8
TARTUCE, Flavio.Planejamento sucessório. O que é isso? - Parte 01
https://www.migalhas.com.br/FamiliaeSucessoes/104,MI290190,101048-
Planejamento+sucessorio+O+que+e+isso+Parte+I
Acesso em 26/02/2022
Testamento
9
GOMES, Orlando. Sucessões. 17º ed. Forense , 2019.
Doação e Usufruto
A partilha por ato inter vivos, ou partilha em vida, é feita pelo pai ou
qualquer ascendente, por escritura pública ou testamento, não
podendo prejudicar a legítima dos herdeiros necessários.
10
TARTUCE, Flavio. Direito Civil: Direito das Sucessões. 7 ed. São Paulo: Método, 2014.p 615
11
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil: Direito das Sucessões. 35 ed. São Paulo: Saraiva,
2021.
12
Ibidem, p 616
13
GOMES, Orlando. Sucessões. 17 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
14
SILVA, Fábio Pereira da. ROSSI, Alexandre Alves. Holding familiar: visão jurídica do
planejamento
societário, sucessório e tributário,2. ed. São Paulo: Trevisan Editora, 2017.
15
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, 15ª ed. Saraiva, 2021.
16
SILVA, Fábio Pereira da. ROSSI, Alexandre Alves. Holding familiar: visão jurídica do
planejamento
societário, sucessório e tributário,2. ed. São Paulo: Trevisan Editora, 2017.
17
ASSUMPÇÃO, Augusto. O planejamento sucessório e seus benefícios.
https://augustoassumpcao.jusbrasil.com.br/artigos/339762581/o-planejamento-sucessorio-e-seus-
beneficios Acesso em 26/02/2022.
Holding Familiar
18
SILVA, Fábio Pereira da. ROSSI, Alexandre Alves. Holding familiar: visão jurídica do
planejamento
societário, sucessório e tributário,2. ed. São Paulo: Trevisan Editora, 2017.
19
Planejamento Sucessório e holding familiar. http://jus.com.br/artigos/23837/planejamento-
sucessorio-e-holding-familiar-patrimonial#ixzz2w1rU2mFi.Acesso em 26/02/2022.
20
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões. São Paulo, Ed.
Saraiva. 2017.
21
MAMEDE, Gladston. Direito empresarial brasileiro: sociedades simples e empresárias. 7. ed.
São Paulo: Atlas, 2015, v. 2.
22
TEIXEIRA, Daniele Chaves. Planejamento Sucessório. Pressupostos e Limites. 2º ed. Editora
Fórum, 2019.
23
Ibidem.
24
VISCARDI, Diego. Holding Patrimonial. As vantagens Tributárias e o planejamento sucessório.
https://jus.com.br/artigos/50096/holding-patrimonial-as-vantagens-tributarias-e-o-planejamento-
sucessorio
Acesso em 26/02/2022.
25
SILVA, Fábio Pereira da. ROSSI, Alexandre Alves. Holding familiar: visão jurídica do
planejamento
societário, sucessório e tributário,2. ed. São Paulo: Trevisan Editora, 2017.
Processo
AgInt no REsp 1790940 / SP
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL
2017/0290544-0
Relator(a)
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140)
Órgão Julgador
T4 - QUARTA TURMA
Data do Julgamento
11/05/2020
Data da Publicação/Fonte
DJe 13/05/2020
Ementa
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO
DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE GRAVAMES DE USUFRUTO E
26
TEIXEIRA, Daniele Chaves. Planejamento Sucessório. Pressupostos e Limites. 2º ed. Editora
Fórum, 2019.
Processo
REsp 1651270 / SP
RECURSO ESPECIAL
2017/0020627-7
Relator(a)
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (1147)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
19/10/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 21/10/2021
Ementa
RECURSO ESPECIAL. DOAÇÃO. USUFRUTO VITALÍCIO.
AUSÊNCIA DE EXERCÍCIO.DIVÓRCIO. ABANDONO DO IMÓVEL.
EXPLORAÇÃO DO IMÓVEL. GESTÃO UNILATERAL.
POSSIBILIDADE. DECADÊNCIA. ART. 205 DO CÓDIGO CIVIL DE
2002. SOBREPARTILHA. DESCABIMENTO.
1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência
do Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados Administrativos nºs
2 e 3/STJ).
2. O bem doado aos netos com cláusula de usufruto aos pais não
pode
ser objeto de partilha em virtude do divórcio, tendo em vista o
domínio pertencer aos nus-proprietários.
3. A vitaliciedade não significa que o usufruto seja eternizado,
pois, consoante o artigo 1.410, inciso VIII do Código Civil, o não
uso ou fruição do bem é causa de sua extinção.
4. O termo inicial do prazo decadencial de 10 (dez) anos para o
exercício do direito é a data em que o usufrutuário poderia
exercê-lo, motivo pelo qual está fulminado, porquanto já escoado o
lapso temporal.
5. A sobrepartilha é utilizada especificamente nas ações de
divórcio, nos casos em que a separação e a divisão dos bens do casal
já foram devidamente concluídas, porém uma das partes descobre que
a
outra possuía bens que não foram partilhados, o que não é o caso dos
autos.
6. Recurso especial provido.
Processo
REsp 1631278 / PR
RECURSO ESPECIAL
2016/0265893-1
Relator(a)
Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO (1144)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
19/03/2019
Data da Publicação/Fonte
DJe 29/03/2019
RMDCPC vol. 90 p. 126
RSTJ vol. 254 p. 625
Ementa
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. DOAÇÃO. HERDEIROS
NECESSÁRIOS. ANTECIPAÇÃO DE LEGÍTIMA. CLÁUSULA DE
INALIENABILIDADE E USUFRUTO. MORTE DOS DOADORES.
1. Controvérsia acerca da possibilidade de cancelamento de
cláusula de inalienabilidade instituída pelos pais em relação ao imóvel
doado aos filhos.
2. A doação do genitor para os filhos e a instituição de cláusula de
inalienabilidade, por representar adiantamento de legítima, deve ser
interpretada na linha do que prescreve o art. 1.848 do CCB,
exigindo-se justa causa notadamente para a instituição da
Processo
AgInt no AREsp 1806412 / PR
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2020/0332548-7
Relator(a)
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (1147)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
14/02/2022
Data da Publicação/Fonte
DJe 22/02/2022
Ementa
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
EXECUÇÃO DE CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. BEM DE
FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. GARANTIA HIPOTECÁRIA.
EMPRÉSTIMO. EMPRESA FAMILIAR. BENEFÍCIO DA ENTIDADE
FAMILIAR. REEXAME. SÚMULAS NºS 5 E 7/STJ. ÔNUS DA PROVA.
DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA Nº 284/STF.
Processo
AgInt no AREsp 1659253 / SP
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2020/0026819-7
Relator(a)
Ministro RAUL ARAÚJO (1143)
Órgão Julgador
T4 - QUARTA TURMA
Data do Julgamento
07/12/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 17/12/2021
Ementa
- DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões, 7ª Ed. rev. atual. São
Paulo: Ed. Juspodivm, 2021.
https://www.conjur.com.br/2018-ago-26/processo-familiar-
planejamento-sucessorio-instrumento-prevencao-litigios
Acesso em 26/02/2022.
Conceito
Para o Prof. Rodrigo Pereira da Cunha:
“Do latim testamentum, de testari. É o ato jurídico, solene, revogável,
unilateral e personalíssimo, pelo qual alguém, em plena capacidade e
de livre e espontânea vontade, dispõe sobre sua última vontade acerca
de questões patrimoniais ou não patrimoniais, para ser cumprida
1
CUNHA, Rodrigo Pereira da. Dicionário de Direito de Familia e Sucessões Ilustrado. São Paulo.
Saraiva. 2.017.
2
MALUF, Carlos Alberto Dabus. MALUF, Adriana Caldas do Rego Freitas Dabus . Curso de direito
das sucessões - 3. ed. - São Paulo : Saraiva Educação, 2021.
Capacidade testamentária
3
TARTUCE, Flávio. Direito Civil Vol. 6. 8ªEd. São Paulo: Atlas, 2015.
4
Ibidem.
5
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro,v.6. Direito das Sucessões. 17º Ed. São
Paulo:Saraiva, 2003.
6
Ibidem.
7
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil, 20º ed, Saraiva, 2007.
8
VELOSO, Zeno. Comentários ao Código Civil, v.21.p. 30
9
SILVA, João José Valeriano da . A sucessão testamentária no Direito Civil Brasileiro.
Modalidades de Testamento
Testamentos Ordinários
Testamento Público
10
FUGITA, Jorge Shiguemitsu Fujita, Curso de direito civil, Direito das sucessões, p. 135.
Testamento Cerrado
11
LÔBO, Paulo. Direito Civil: Sucessões. São Paulo: Saraiva, 2016.
Testamento Particular
12
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil- Volume 7- Direito das Sucessões. São Paulo, 26ª Edição,
2003- Editora Saraiva.
Testamentos Especiais
Segundo Gonçalves:
“O testamento militar na forma pública é aquele elaborado pelo
comandante que atuará como tabelião, estando em serviço da tropa,
ou oficial de saúde, diretor de hospital, em que estiver o testador
recolhido sob tratamento. Devendo ser lavrado na presença de duas
testemunhas e assinado por elas e pelo testador, ou por três
testemunhas, se o testador não puder assinar, ou não souber assinar,
13
caso em que assinará por ele uma das testemunhas” .
Continua Gonçalves:
“Já o testamento militar de forma nuncupativa é o feito de viva voz
perante duas testemunhas, por pessoas empenhadas em combate ou
feridas. Pressupõe que o testador esteja exposto, em qualquer caso, a
risco de vida, e impossibilitado de se utilizar da escrita. Ao final da
guerra ou convalescendo o testador, cessaram as razões e acabaram
os motivos que a lei prevê para o testamento especial, realizado in
articulo mortis” 14.
13
GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito civil brasileiro, Saraiva, 2019.
14
Ibidem.
Testamento vital
15
DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 4ª Ed. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2016.
Conforme Tartuce:
“O conteúdo do que se denomina como testamento vital ou biológico
visa, assim, a proteger a dignidade do paciente terminal, dentro da
ideia do binômio beneficência/não maleficência, sendo o art. 15 do
16
LÔBO, Paulo. Direito Civil: Sucessões. São Paulo: Saraiva, 2016, P.254.
Testamento Ético
17
TARTUCE, Flávio. Direito Civil Vol. 6. 8ªEd. São Paulo: Atlas, 2015.
18
CUNHA, Rodrigo Pereira da. Dicionário de Direito de Familia e Sucessões Ilustrado. São Paulo.
Saraiva. 2.015.p 677
Disposições testamentárias
19
Ibidem.
20
SILVA, João José Valeriano da . A sucessão testamentária no Direito Civil Brasileiro.
.
21
DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 4ª Ed. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2016.
22
Ibidem.
23
VELOSO, Zeno. Comentários ao Código Civil. Coord. Antônio Junqueira de Azevedo. Capítulo
4. 1ª edição. São Paulo: Saraiva, 2003. V.21
24
SILVA, Jarbas. Resumo de Sucessões testamentárias.
https://jarbassilvagomes.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/381762685/resumo-de-sucessoes-
testamentarias. Acesso em 04/03/2022.
PROCESSO
25
DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 4ª Ed. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2016.
26
GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito civil brasileiro, Saraiva, 2019.
27
Ibidem.
PROCESSO
AgInt no AREsp 1813380 / RJ
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2020/0345189-8
RELATOR(A)
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE (1150)
ÓRGÃO JULGADOR
T3 - TERCEIRA TURMA
DATA DO JULGAMENTO
16/08/2021
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 19/08/2021
EMENTA
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1. ALEGAÇÃO DE FATO NOVO APÓS
A INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO INTERNO. INOVAÇÃO RECURSAL.
INADMISSIBILIDADE. APRECIAÇÃO DE MATÉRIA PROBATÓRIA.
SÚMULA N. 7/STJ. 2. DIREITO DE SUCESSÃO. ART. 1.790 DO
CC/2002. INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELA SUPREMA
CORTE. INCIDÊNCIA DO ART. 1.829 DO CC/2002 AO CASAMENTO
E À UNIÃO ESTÁVEL. EQUIPARAÇÃO. AUSÊNCIA DE
ASCENDENTES E DESCENDENTES DO DE CUJUS.
COMPANHEIRA. TOTALIDADE DA HERANÇA. PRECEDENTES. 3.
PROCESSO
REsp 1918421 / SP
RECURSO ESPECIAL
2021/0024251-6
RELATOR(A)
Ministro MARCO BUZZI (1149)
RELATOR(A) P/ ACÓRDÃO
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140)
ÓRGÃO JULGADOR
T4 - QUARTA TURMA
DATA DO JULGAMENTO
08/06/2021
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 26/08/2021
RSTJ vol. 263 p. 830
EMENTA
RECURSO ESPECIAL. INEXISTÊNCIA DE NEGATIVA DE
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE
OFENSA A ATOS NORMATIVOS INTERNA CORPORIS.
REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA. REGULAMENTAÇÃO. ATOS
NORMATIVOS E ADMINISTRATIVOS. PREVALÊNCIA DA
TRANSPARÊNCIA E CONSENTIMENTO EXPRESSO ACERCA DOS
PROCEDIMENTOS. EMBRIÕES EXCEDENTÁRIOS. POSSIBILIDADE
DE IMPLANTAÇÃO, DOAÇÃO, DESCARTE E PESQUISA. LEI DE
BIOSSEGURANÇA. REPRODUÇÃO ASSISTIDA POST MORTEM.
POSSIBILIDADE. AUTORIZAÇÃO EXPRESSA E
FORMAL. TESTAMENTO OU DOCUMENTO ANÁLOGO.
PLANEJAMENTO FAMILIAR. AUTONOMIA E LIBERDADE PESSOAL.
1. A negativa de prestação jurisdicional não se configura quando todos
os aspectos relevantes para o correto julgamento da causa são
considerados pelo órgão julgador, estabelecendo-se, de modo claro e
fundamentado, a compreensão firmada, ainda que em sentido diferente
do desejado pelos recorrentes.
PROCESSO
AgInt no AREsp 1686380 / GO
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2020/0076419-6
RELATOR(A)
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE (1150)
ÓRGÃO JULGADOR
T3 - TERCEIRA TURMA
DATA DO JULGAMENTO
01/03/2021
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 03/03/2021
EMENTA
- DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões, 7ª Ed. rev. atual. São
Paulo: Ed. Juspodivm, 2021.
1
FERNANDES, Francisco. Dicionário Brasileiro GLOBO. 39 ª edição – São Paulo : Globo – 1995.
2
CAHALI, Francisco José e HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Direito das
Sucessões. 5º ed. RT.2014.
O nosso CC, nos arts. 1.784 a 2.027 dividiu o direito das sucessões
em quatro partes, a saber: sucessão em geral, sucessão legítima,
sucessão testamentária e inventário e partilha.
3
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões Ilustrado. São Paulo.
Ed. Saraiva. 2017.
4
RODRIGUES, Silvio. Direito civil – Direito das sucessões. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 1997. vol.
7.
5
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões Ilustrado. São Paulo.
Ed. Saraiva. 2017.
6
Idem.
7
LOBO, Paulo. Sucessões, Volume 6, 7º ed, Saraiva, 2021.
8
CAHALI, Francisco José e HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Direito das
Sucessões. 5º ed. RT.2014.
9
Ibidem.
10
SILVEIRA, Vladmir. https://www.migalhas.com.br/depeso/275791/a-sucessao-da-legitima
11
DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 7ª ed. – São Paulo: Ed. Juspodivm, 2021.
12
NANNI, Giovanni Ettore. Op. cit., p. 807; GODOY, Claudio Luiz Bueno de. Dos herdeiros
necessários e da gravação da legítima no novo Código Civil, p. 743.
13
Ibidem.
14
Ibidem.
15
Ibidem.
16
CASSETTARI, Christiano. Elementos de Direito Civil. 9º ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
Para Tartuce:
“A aceitação da herança é o ato pelo qual o herdeiro ou o legatário
confirma seu desejo de receber a herança ou o legado” 18.
17
LOBO, Paulo.Direito Civil. Sucessões, Volume 6, 7º ed, Saraiva, 2021.
18
TARTUCE, Flávio; SIMÃO, José Fernando. Direito civil. Direito das Sucessões. 6. ed. rev. e
atual. São Paulo: Método, 2013. v. 6.
O artigo 1.806 também do Código Civil exige que seja feita de forma
expressa em instrumento público ou termo judicial. Tanto a aceitação
como a renúncia são atos irrevogáveis, por força do artigo 1.812 do
Código Civil. De igual modo, tanto a aceitação como a renúncia não
podem ser parciais, de acordo com o artigo 1.808 do Código Civil. A lei
preocupou-se com a fraude contra credores, impedindo a renúncia com
o intuito de prejudicar credores.
19
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense,
1996. vol. 6.
20
CAHALI, Francisco José e HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Direito das
Sucessões. 5º ed. RT.2014 .
21
HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Direito das Sucessões brasileiro: disposições
gerais e sucessão legítima.http://www.prolegis.com.br/direito-das-sucess%C3%B5es-brasileiro-
disposi%C3%A7%C3%B5es-gerais-e-sucess%C3%A3o-leg%C3%ADtima/. Acesso em
08/02/2022.
22
NEVARES, Ana Luiza Maia. TEPEDINO, Gustavo. MEIRELES, Rose Melo Vencelau.
Fundamentos do Direito Civil. Direito das Sucessões. Vol VII. Forense, 2020.
objeto mais amado do que os seus filhos, por ser a sua causa eficiente,
nem mais sagrada do que os pais, a quem deve o ser” 23.
23
OLIVEIRA, Itabaiana de. Tratado de direito das sucessões. Vol. II. Da sucessão testamentária.
São Paulo: Max Limonad, 1952, p. 625.
24
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões Ilustrado. São
Paulo. Ed. Saraiva. 2017.
25
LOBO, Paulo. Sucessões, Volume 6, , Volume 6, 7º ed, Saraiva, 2021.
26
Ibidem.
Processo
AgInt no AREsp 1794363 / SP
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2020/0308737-5
Relator(a)
Ministra NANCY ANDRIGHI (1118)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
29/11/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 01/12/2021
Ementa
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO
DE INVENTÁRIO. COLAÇÃO DE BENS. VALOR DOS BENS AO
TEMPO DA
LIBERALIDADE OU AO TEMPO DA ABERTURA DA SUCESSÃO.
ANTINOMIA.
CRITÉRIO DA TEMPORALIDADE. APLICAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL
DE 2002.
1. A jurisprudência do STJ é no sentido de que a colação de bens, a
despeito de se relacionar intimamente com a igualdade da legítima
dos herdeiros (questão de direito material), apenas se materializa e
desenvolve na ação de inventário (questão de direito processual).
Desse modo, é o critério de direito intertemporal que deve definir
qual a regra jurídica aplicável. Precedentes.
2. Na hipótese, tendo o autor da herança falecido em fevereiro de
2014, aplica-se a regra do art. 2.004 do CC/02.
3. Agravo interno não provido.
Processo
AgInt no AREsp 1672015 / RJ
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2020/0048648-9
Relator(a)
Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI (1145)
Órgão Julgador
T4 - QUARTA TURMA
Data do Julgamento
22/03/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 25/03/2021
Ementa
AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
PROCESSUAL CIVIL.
INVENTÁRIO. HABILITAÇÃO DA VIÚVA. SUCESSÃO LEGÍTIMA.
CONCORRÊNCIA ENTRE CÔNJUGE E DESCENDENTES. SÚMULA
N. 83/STJ.
Processo
AgInt nos EDcl no REsp 1933479 / DF
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
RECURSO ESPECIAL
2021/0102261-5
Relator(a)
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE (1150)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
16/11/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 19/11/2021
Ementa
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
RECURSO ESPECIAL. PETIÇÃO DE HERANÇA. REPRESENTAÇÃO
DE PAI QUE NÃO INVESTIGOU A SUA MATERNIDADE.
POSSIBILIDADE. CERCEAMENTO DE DEFESA E PRESCRIÇÃO.
INOVAÇÃO RECURSAL. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
1. O cerceamento de defesa e a prescrição não foram objeto do
recurso especial nem do acórdão recorrido, mostrando-se como
inovação recursal.
2. O entendimento desta Corte é pela possibilidade de a neta, cujo
pai falecido que não buscou o reconhecimento da sua maternidade,
Processo
REsp 1759652 / SP
RECURSO ESPECIAL
2018/0203243-2
Relator(a)
Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO (1144)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
22/09/2020
Data da Publicação/Fonte
DJe 25/09/2020
Ementa
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.
AÇÃO DE
RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. POST
MORTEM. HERDEIROS COLATERAIS. DETERMINAÇÃO DE
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL PARA A INCLUSÃO DE
LITISCONSORTES NECESSÁRIOS. INCONSTITUCIONALIDADE
DO ART. 1.790 DO CC/2002 RECONHECIDA PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL.
PEDIDO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL.
PRESENÇA DOS PARENTES COLATERAIS. DESNECESSIDADE.
1. Controvérsia em torno da necessidade, ou não, da inclusão dos
herdeiros colaterais no polo passivo de demanda de reconhecimento
e
Processo
AgInt no REsp 1874610 / MG
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL
2020/0114145-0
Relator(a)
Ministro RAUL ARAÚJO (1143)
Órgão Julgador
T4 - QUARTA TURMA
Data do Julgamento
11/10/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 17/11/2021
Ementa
PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO
ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INVENTÁRIO.
INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ART. 1.022 DO CPC/2015.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. MATÉRIAS
APRESENTADAS SOMENTE EM SEDE DE EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. SUCESSÃO. UNIÃO ESTÁVEL.
COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. INCONSTITUCIONALIDADE DO
ART. 1.790 DO CC. CONCORRÊNCIA DO CÔNJUGE SUPÉRSTITE
DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 7ª ed. – São Paulo: Ed.
Juspodivm, 2021.
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. 11º ed. São Paulo: Método,
2021.
Legado - Conceito
1
ROSA, Conrado Paulino da. Direito de Família Contemporâneo, 7º ed,Ed. Juspodivm, 2020.
2
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Volume 6, 35º ed, 2021.
3
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões Ilustrado. Ed.
Saraiva. 2017.
4
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 7:
direito das sucessões. 6. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
Modo de Instituição
5
CAHALI, Francisco José; HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Direito das Sucessões.
4ª Ed. rev. atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.
Modalidades de legado
Legado de alimentos
O testador pode criar em forma de legado o direito ao recebimento de
alimentos. Em nada sendo estipulados os alimentos compreende o
sustento, o remédio, o vestuário, moradia, e sendo menor de idade
6
ROSA, Conrado Paulino da. Direito de Família Contemporâneo, 7º ed,Ed. Juspodivm, 2020.
Conforme Venosa:
“O legado de alimentos (CC, art. 1.920), instituído em favor
do legatário consiste no provimento de qualquer meio de
subsistência e vivência do alimentando, “abrange o sustento,
a cura, o vestuário e a casa, enquanto o legatário viver, além
da educação, se menor ele for.” 7
7
VENOSA, Sílvio Salvo. Direito Civil: Família e Sucessões. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
Legado de crédito
O legado de crédito, ou de quitação de dívida, terá eficácia somente
até a importância desta, ou daquele, ao tempo da morte do testador.
Nessa disposição o legado consiste não na entrega de um objeto,
mas sim na entrega de um direito creditício, que o testador possui.
O testador é um credor e deixa seu crédito para o legatário. O
legatário assume posição de credor. Os herdeiros legítimos não têm
responsabilidade sobre o crédito.
De acordo com seu artigo 1.918 do Código Civil Brasileiro de 2002: “O
legado de crédito, ou de quitação de dívida, terá eficácia somente até
a importância desta, ou daquele, ao tempo da morte do testador”.
Para Maria Helena Diniz: “O legado de crédito tem por objeto um título
de crédito do qual é devedor terceira pessoa, que é transferido pelo
testador ao legatário, e que, entretanto, somente valerá até a
concorrente quantia do crédito ao tempo da abertura da sucessão.”8
8
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Volume 6, 35º ed, 2021.
Legado de usufruto
Acerca de legado de usufruto nos ensina Zeno Veloso:
“O testador pode legar o usufruto, e o beneficiário adquirirá o
direito à posse, uso, administração e de fruir as utilidades e
frutos do bem (arts. 1.390 e 1.394). Se o testador não fixar
tempo, entende-se que o usufruto é vitalício, extinguindo-se,
então, com a morte do usufrutuário (art. 1.490, I).” 9
9
Ibidem.
10
ROSA, Conrado Paulino da. Direito de Família Contemporâneo, 7º ed,Ed. Juspodivm, 2020.
11
VENOSA, Sílvio Salvo. Direito Civil: Família e Sucessões. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
Desta forma, se o testador legar uma coisa que não lhe pertença por
inteiro, o legado vale apenas em relação à parte que lhe pertencer.
12
TARTUCE, Flávio. Direito Civil: direito das sucessões. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017.
13
VELOSO, Zeno. Comentários ao Código Civil.
Coord.Antônio Junqueira de Azevedo. Capítulo 4. 1ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003, V.21.
14
TARTUCE, Flávio. Direito Civil: direito das sucessões. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017.
Legado de imóvel
Aquele que legar um imóvel lhe ajuntar depois novas aquisições, estas,
ainda que contíguas, não se compreendem no legado, salvo expressa
declaração em contrário do testador.
Não se aplica às benfeitorias necessárias, úteis ou voluptuárias feitas
no prédio legado.
Após o testamento, se houver acréscimo nessa propriedade, que não
se compreende no imóvel legado, mesmo que contíguos, o legado não
compreende as novas aquisições.
Como preceitua o parágrafo único do artigo 1.922 do Código Civil, não
se aplica o caput desse dispositivo às benfeitorias, pois elas tornam-se
acessórias aos imóveis, como parte integrante do imóvel legado, não
importando se as benfeitorias executadas pelo testador foram
necessárias, úteis ou voluptuárias (CC, art. 96), desde que existentes
15
JUNQUEIRA, Tais. Da sucessão testamentária: O legado e suas espécies.
https://taisjunqueira.jusbrasil.com.br/artigos/149596408/da-sucessao-testamentaria-o-legado-e-
suas-especies. Acesso em 17/02/2022.
Efeitos do legado
16
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil v.7: Direito das Sucessões. 26ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
17
CARVALHO, Luiz Paulo Vieira de . Direito das sucessões / . – 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2019.
18
TARTUCE, Flávio. Direito Civil: direito das sucessões. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017.
p.365.
19
ROSA, Conrado Paulino da. Direito de Família Contemporâneo, 7º ed, Ed. Juspodivm, 2020.
20
Ibidem , P 371.
21
DINIZ, Maria Helena, Curso de direito civil brasileiro. 36. Ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
22
MIRANDA, Pontes de . Tratado de direito privado, v.59.
23
CARVALHO, Luiz Paulo Vieira de . Direito das sucessões / . – 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2019.
24
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. Família e Sucessões. Vol, 05, 21º ed Atlas, 2021.
25
DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 4ª Ed. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2016.
26
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. Família e Sucessões. Vol, 05, 21º ed Atlas, 2021.
27
Ibidem.
28
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Direito das Sucessões. 14º Ed. São
Paulo: Saraiva, 2020.
29
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 7:
direito das sucessões. 6. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
Exclusão de herdeiros
Exclusão por deserdação
Necessário se faz esclarecer a diferença principal entre indignidade e
deserdação. Aquela tem como fundamentação a vontade presumida, a
vontade do de cujus, visto que não há uma vontade declarada por parte
do testador; já a deserdação só pode fundar-se na vontade expressa
do testador, que declarará em seu testamento, de forma inequívoca,
quem deserda e por que deserda.
Primeiramente faz-se necessário conceituar a deserdação e
assim o faz muito bem Carlos Roberto Gonçalves:
“Deserdação é o ato unilateral pelo qual o testador exclui da
sucessão herdeiro necessário, mediante disposição
testamentária motivada em uma das causas previstas em
lei.” 30
A deserdação segundo o Prof. Rodrigo Pereira da Cunha: “
É a privação, por disposição testamentária, da legítima do
herdeiro necessário, ou seja, é o ato pelo qual o autor da
30
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Direito das Sucessões. 14º Ed. São
Paulo: Saraiva, 2020.
30
GAGLIANO, Pablo Stolze PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 7:
direito das sucessões. 6. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
31
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões Ilustrado. Ed.
Saraiva. 2017.
32
DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 4ª Ed. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2016.
33
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Sucessões Ilustrado. Ed.
Saraiva. 2017.
34
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil: família, sucessões. 3. ed. São Paulo: Saraiva,
2010.
Código Civil – artigos 138, 145, 151, 156, 157 , 158, 1.390, 1.394,
1.490, 1.784, 1.814 à 1.818, 1.962, 1.963 e 1.901 a 1.940.
35
TARTUCE, Flávio. Direito Civil: direito das sucessões. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017.
Processo
REsp 1918421 / SP
RECURSO ESPECIAL
2021/0024251-6
Relator(a)
Ministro MARCO BUZZI (1149)
Relator(a) p/ Acórdão
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140)
Órgão Julgador
T4 - QUARTA TURMA
Data do Julgamento
08/06/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 26/08/2021
RSTJ vol. 263 p. 830
Ementa
RECURSO ESPECIAL. INEXISTÊNCIA DE NEGATIVA DE
PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE OFENSA A
ATOS
NORMATIVOS INTERNA CORPORIS. REPRODUÇÃO HUMANA
ASSISTIDA.
REGULAMENTAÇÃO. ATOS NORMATIVOS E ADMINISTRATIVOS.
PREVALÊNCIA DA TRANSPARÊNCIA E CONSENTIMENTO
EXPRESSO ACERCA DOS PROCEDIMENTOS. EMBRIÕES
EXCEDENTÁRIOS. POSSIBILIDADE DE IMPLANTAÇÃO, DOAÇÃO,
DESCARTE E PESQUISA. LEI DE BIOSSEGURANÇA.
Processo
AgInt no AREsp 1319735 / RJ
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2018/0163114-6
Relator(a)
Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA (1146)
Órgão Julgador
T4 - QUARTA TURMA
Data do Julgamento
26/04/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 29/04/2021
Ementa
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. TESTAMENTO PÚBLICO. REQUISITOS
FORMAL. VONTADE DO TESTADOR. REEXAME DO CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INADMISSIBILIDADE.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 7/STJ. DECISÃO MANTIDA.
1. O recurso especial não comporta exame de questões que impliquem
revolvimento do contexto fático-probatório dos autos (Súmula n. 7 do
STJ).
2. No caso concreto, o Tribunal de origem analisou a prova dos autos
para concluir que o testamento reflete a vontade da testadora.
Alterar tal conclusão demandaria nova análise de matéria fática,
inviável em recurso especial.
3. "Em se tratando de sucessão testamentária, o objetivo a ser
alcançado é a preservação da manifestação de última vontade do
falecido, devendo as formalidades previstas em lei serem examinadas
à luz dessa diretriz máxima, sopesando-se, sempre casuisticamente,
Processo
RMS 65046 / MS
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA
2020/0296957-0
Relator(a)
Ministra LAURITA VAZ (1120)
Órgão Julgador
T6 - SEXTA TURMA
Data do Julgamento
01/06/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 16/06/2021
Ementa
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. PROCESSO DE
APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL. SEGREDO DE JUSTIÇA.
PLEITO DE ACESSO AOS AUTOS. VÍTIMA DO ATO INFRACIONAL.
INSTRUÇÃO DE AÇÃO DE DESERDAÇÃO. INTERESSE JURÍDICO.
FINALIDADE JUSTIFICADA. ART. 144 DO ECA. DIREITO LÍQUIDO E
CERTO. RECURSO ORDINÁRIO PROVIDO.
1. O art. 143 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece,
Processo
AgInt no AREsp 1210809 / MG
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2017/0301525-6
Relator(a)
Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO (1144)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
28/10/2019
Data da Publicação/Fonte
DJe 05/11/2019
Ementa
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. SEGURO DE VIDA.
EXCLUSÃO DE BENEFICIÁRIO/HERDEIRO POR INDIGNIDADE.
HOMICÍDIO. MORTE ACIDENTAL. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO E DE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. CERCEAMENTO
DE DEFESA. PRODUÇÃO DE PROVA. JULGAMENTO ANTECIPADO
DA LIDE.
INEXISTÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA Nº
07/STJ.
JULGAMENTO FORA DOS LIMITES DA LIDE. INOCORRÊNCIA.
APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO IURA NOVIT CURIA. EXCLUSÃO DE
Assim, os atos ou fatos que dizem respeito aos sujeitos figurarão nos
registros sempre que a lei assim obrigar ou autorizar com a finalidade
de lhes dar autenticidade, segurança e eficácia jurídica.
1
CASSETARI, Christiano. Registro de Imóveis. 5º ed, Foco, 2021.
2
SOUTO, Fernando Ribeiro et al. Registro de imóveis e gestão patrimonial. – Porto Alegre :
SAGAH, 2020.
3
Ibidem.
Forma do Registro
Esse procedimento está amparado pelo art. 12, parágrafo único, da Lei
no. 6.015/1973 (LRP).
4
CASSETARI, Christiano. Registro de Imóveis. 5º ed, Foco, 2021.
5
DUARTE, Melissa de Freitas. Sistema registral e notarial brasileiro. Porto Alegre: SAGAH, 2018.
6
Ibidem.
Segundo Loureiro “No dizer de Nuñes Lagos, todo título registrável de-
ve conter um corpo e uma alma. O corpo é o documento dotado de fé
pública (continente), e a alma é o ato ou negócio jurídico nele contido
(conteúdo)”. Regra geral, o título registrável deve ser um documento
público, seja ele administrativo, judicial ou notarial”7.
7
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos. Teoria e Prática, Juspodivm, 2021.
que significa que elenca o rol desses títulos de forma fechada, de for-
ma que qualquer outro tipo de documento que não esteja nela previsto
não será considerado hábil a produzir efeitos na serventia imobiliária”.8
Assim, para que seja admitido o ingresso de atos por outros títulos que
não a escritura pública no registro de imóveis, deve haver expressa
previsão legal na Lei, admitindo a sua instrumentalização.
Partilha no divórcio
8
Ibidem.
9
MADALENO, Rolf. Direito de Família, Forense, 2021.
Inventário
10
CARVALHO, Luiz Paulo Vieira de.Direito das sucessões 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2019.
Bem de Família
11
Ibidem.
12
FIORANELLI, Ademar. Bem de família no novo Código Civil e o Registro de Imóveis.
13
CASSETARI, Christiano. Registro de Imóveis. 5º ed, Foco, 2021.
14
Ibidem.
PROCESSO
REsp 1792265 / SP
RECURSO ESPECIAL
2018/0317074-1
RELATOR(A)
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140)
ÓRGÃO JULGADOR
T4 - QUARTA TURMA
DATA DO JULGAMENTO
14/12/2021
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 14/03/2022
EMENTA
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. IMPENHORABILIDADE DO
BEM DE FAMÍLIA. BEM DE FAMÍLIA LEGAL E CONVENCIONAL.
COEXISTÊNCIA E PARTICULARIDADES. BEM DE FAMÍLIA LEGAL.
OBRIGAÇÕES PREEXISTENTES À AQUISIÇÃO DO BEM. BEM DE
FAMÍLIA CONVENCIONAL. OBRIGAÇÕES POSTERIORES À INSTI-
TUIÇÃO.
1. O bem de família legal (Lei n. 8.009/1990) e o convencional (Código
Civil) coexistem no ordenamento jurídico, harmoniosamente. A discipli-
na legal tem como instituidor o próprio Estado e volta-se para o sujei-
to de direito - entidade familiar -, pretendendo resguardar-lhe a digni-
dade por meio da proteção do imóvel que lhe sirva de residência. O
bem de família convencional, decorrente da vontade do instituidor, ob-
jetiva, primordialmente, a proteção do patrimônio contra eventual exe-
cução forçada de dívidas do proprietário do bem.
PROCESSO
AgInt na TutPrv no REsp 1943355 / SP
AGRAVO INTERNO NA TUTELA PROVISÓRIA INCIDENTAL NO RE-
CURSO ESPECIAL
2021/0147833-7
RELATOR(A)
Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO (1144)
ÓRGÃO JULGADOR
T3 - TERCEIRA TURMA
DATA DO JULGAMENTO
30/08/2021
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 02/09/2021
RSDF vol. 128 p. 48
EMENTA
AGRAVO INTERNO NO PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA NO RE-
CURSO ESPECIAL.EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. PE-
NHORA DE BEM IMÓVEL. ALEGADA IMPENHORABILIDADE.
BEM DE FAMÍLIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DO RIS-
CO DE DANO IMEDIATO.
1. Alegada afronta ao art. 851 do CPC que não poderia ser analisada
em sede de r ecurso especial tendo em vista os fundamentos por deve-
ras ligados ao contexto fático probatório da causa, atraindo, à aparên-
cia, o enunciado 7/STJ.
2. Não se revela prova diabólica o reconhecimento da necessida-
de de comprovação da inexistência de propriedade de outros
bens de raiz.
3. A realidade que atualmente desfruta o sistema de registro de imó-
veis é bastante diversa daquela existente nos últimos dez anos, po-
PROCESSO
REsp 1706999 / SP
RECURSO ESPECIAL
2015/0264950-0
RELATOR(A)
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (1147)
ÓRGÃO JULGADOR
T3 - TERCEIRA TURMA
DATA DO JULGAMENTO
23/02/2021
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 01/03/2021
REVPRO vol. 318 p. 540
RMDCPC vol. 101 p. 192
EMENTA
RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL CI-
VIL. PARTILHA. ANULAÇÃO.
IMÓVEIS. REGISTRO. HERDEIROS. COMUNHÃO UNIVER-
SAL DE BENS. CITAÇÃO. CÔNJUGES. NECESSIDADE. LITISCON-
SÓRCIO NECESSÁRIO.
1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do
Código de Processo Civil de 1973 (Enunciados Administrativos nºs 2 e
3/STJ).
PROCESSO
REsp 1813862 / SP
RECURSO ESPECIAL
2019/0055975-5
RELATOR(A)
Ministra NANCY ANDRIGHI (1118)
ÓRGÃO JULGADOR
T3 - TERCEIRA TURMA
DATA DO JULGAMENTO
15/12/2020
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 18/12/2020
EMENTA
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. DIREITO SUCESSÓRIO. OMISSÃO.
INOCORRÊNCIA. QUESTÃO EFETIVAMENTE ENFRENTADA.
PRINCÍPIO DA SAISINE. TRANSFERÊNCIA IMEDIATA DA PROPRI-
EDADE DOS BENS DO FALECIDO AOS HERDEIROS. COPROPRIE-
DADE DO TODO UNITÁRIO INTITULADO HERANÇA. INDIVISIBILI-