Você está na página 1de 26

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES

MÓDULO: DIREITO DE FAMÍLIA I

TEMA: GUARDA DE FILHOS. ESPÉCIES ( UNILATERAL, COMPARTILHADA,


ALTERNADA E NIDAL). REGIME DE CONVIVÊNCIA. ALIENAÇÃO PARENTAL.
GUARDA DE SERES SENCIENTES.

A guarda é um direito e um dever dos genitores de terem seus filhos


sob seus cuidados, zelando pela sua educação, alimentação e
moradia.
Ainda, pode-se referir o que preceitua a ilustre Maria Berenice Dias:“O
critério norteador na definição da guarda é a vontade dos genitores. No
entanto, não fica exclusivamente na esfera familiar a definição ele
quem permanecerá com os filhos em sua companhia. Pode a guarda
ser deferida a outra pessoa, havendo preferência por membro da
família extensa que revele compatibilidade com a natureza da medida e
com quem tenham afinidade e afetividade (CC 1.584 § 5º). No que diz
com a convivência dos filhos com o genitor que não detém a guarda,
prevalece o que for acordado entre os pais (CC 1.589)” 1.
Tanto o Código Civil Brasileiro quanto o Estatuto da Criança e do
Adolescente atendem ao princípio constitucional da proteção integral
da criança e do adolescente.

1
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 14ª ed. Ed. Juspodivm, 2020.

São basicamente três as espécies de guarda previstas no ordenamento


civil pátrio: a guarda unilateral ou exclusiva, a guarda compartilhada e a
guarda alternada prevista no art. 1.586 do CC.
GUARDA UNILATERAL
Esta modalidade atribui a apenas um dos genitores a guarda do
menor, com o estabelecimento de regime de convivência com o
genitor não guardião.

Para Carlos Alberto Dabus Maluf: “ Consoante o previsto no art. 1.583


do CC, “a guarda será unilateral ou compartilhada. § 1o Compreende-
se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém
que o substitua (art. 1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a
responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e
da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder
familiar do filho comum”. 2
A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores
condições para exercê-la.

Para Dimas Messias de Carvalho:


“A guarda unilateral, exclusiva ou não dividida é a tradicional no
direito brasileiro, atribuída a um só dos genitores ou terceiros e
regulada no parágrafo 5º do art. 1.583 do CC e especialmente no art.
33 parágrafo 1º do ECA ao dispor que a guarda destina-se a
regularizar a posse de fato e ainda que obriga a prestação de
assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente,

2
MALUF, Carlos Alberto Dabus. MALUF, Adriana do Rego Freitas Dabus Maluf. Curso de direito
de família.– 4. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2021.

conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive


3
aos pais”.

O Código Civil de 2002 prevê em seu artigo 1.583 a possibilidade de


adoção da guarda unilateral como modalidade secundária, sendo a
regra a adoção da guarda compartilhada.

O genitor escolhido também deve ser aquele que demonstre maior


aptidão para propiciar à prole afeto nas relações parentais e com o
grupo familiar; saúde e segurança, e por fim, educação, nos termos
dos incisos do parágrafo 2º do artigo 1.584 do CC/02.

Conforme Dimas Messias de Carvalho: ”A concessão da guarda


unilateral poderá ser requerida, por consenso entre os genitores, ou
por qualquer um deles, em ação autônoma de separação, de divórcio,
de dissolução de união estável ou em medida cautelar, bem como
pode ser decretada pelo juiz, em atenção às necessidades
específicas do menor e seu interesse, tentando o magistrado sempre
conciliar a distribuição do tempo da criança ou adolescente com seus
genitores, nos termos dos incisos do artigo 1.584 do CC”.4

A adoção deste regime deve ser sempre complementada pelo direito


de convivência do genitor não guardião do menor, visando à
continuidade destaa entre estes, ainda que mínima e insuficiente aos
olhos da doutrina atual.

3
CARVALHO, Dimas Messias de .Direito das Famílias, Saraiva, 2017.
4
Ibidem.

Tal direito é respaldado em nossa legislação, de modo que, por ser


direito da criança e dever dos pais, não pode encontrar qualquer tipo
de impedimento levantado pelo guardião que, caso assim proceda,
corre o risco de perder a guarda através de meios processuais
pertinentes ao caso.

Segundo Wald “Conforme a visão da doutrina, o regime ideal de


visitas seria aquele em que se preserve tanto quanto o possível as
relações afetivas existentes entre pais e filhos”. 5

Para Welter: “É necessário repisar ainda na afirmação de que a


atribuição da guarda a apenas um dos genitores não acarreta a perda
do poder familiar por aquele que não a detiver, assim como “obriga o
genitor não guardião a supervisionar os interesses do filho (CC 1.583
§ 3º). Também lhe é concedido o direito de fiscalizar sua manutenção
6
e educação (CC 1.589)”.

É possível então concluir que a circunstância de não deter a guarda


do menor não pode excluir o outro genitor do exercício do poder
familiar.

Diante de todo o exposto, vale ressaltar que o direito à convivência


com a criança por ambos os pais não é um direito subjetivo do menor
e de seus pais, mas sim direito fundamental dos envolvidos, constante
nos princípios estatuídos no artigo 227 da Carta Magna.

5
WALD, Arnold. O Novo Direito de Família. 14ª edição revista e atualizada. São Paulo: Saraiva,
2002, pg. 173.
6
WELTER, Pedro Belmiro. Guarda Compartilhada: um jeito de conviver e ser-em-família.
Guarda Compartilhada. Coordenadores: COLTRO, Antônio Carlos Mathias e DELGADO, Mário
Luiz. São Paulo: Método; 2009; pg. 62.

GUARDA COMPARTILHADA
Sobre a guarda Maria Berenice Dias nos ensina:
“A expressão guarda, por veicular um significante muito mais de objeto
do que de sujeito, tende a desaparecer. Atualmente, de modo muito
mais adequado, fala-se em convivência familiar” 7.

Maria Helena Diniz salienta que a guarda “é um conjunto de relações


jurídicas existentes entre o genitor e o filho menor, decorrentes do fato
de estar sob o seu poder e companhia, assumindo a responsabilidade
de sua criação, educação e vigilância, cabendo-lhe decidir sobre a
educação do menor, sua formação religiosa, competindo ao outro
genitor, que não a possui, o direito de visita e o de fiscalizar a criação
do filho, não tendo poder decisório” 8.

A lei define guarda unilateral (CC 1.583 § 1.º): é a atribuída a um só


dos genitores ou a alguém que o substitua. A guarda exclusiva a um
dos genitores decorre: do consenso de ambos (CC 1.584, I) ou quando
um dos genitores declarar ao juiz que não deseja a guarda
compartilhada (CC 1.584 § 2.º).

Claramente a preferência é pela guarda compartilhada. E,


encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, é
aplicada a guarda compartilhada (CC 1.584 § 2.º).

7
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 14ª ed. Ed. Juspodivm, 2020.
8
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil brasileiro. Direito de Família. 38 ed. Ed. Saraiva,
2021.

Segundo Grisard Filho: O instituto da guarda compartilhada, como já


se disse, visa a “atenuar o impacto negativo que a ruptura conjugal
tem sobre o relacionamento entre pais e filhos” 9 .

Da mesma forma que a guarda unilateral, a modalidade


compartilhada de guarda deverá ser fixada nos termos dos incisos
do artigo 1.584 do Código Civil de 2002, podendo ser aplicada
inclusive nos casos em que não há acordo entre os genitores.

Não só a doutrina como também a jurisprudência entendem que esta


é a melhor forma de proteger os interesses do menor, de modo a
tornar a separação de seus genitores um evento menos gravoso para
o menor envolvido.
Conforme Baptista:
“A preferência do legislador por esta modalidade de guarda também
pode ser atribuída, portanto, à maior garantia do efetivo exercício do
poder parental pelos genitores. Como bem definido pela doutrina, os
fundamentos da guarda compartilhada são de ordem constitucional e
psicológica, visando basicamente garantir o interesse do menor” 10.
Com a aplicação desta forma de guarda, o genitor que não vive sob o
mesmo teto de seu descendente tem assegurado o livre exercício do
poder parental a ele atribuído - ainda que nunca o perca de fato -
participando, assim, de maneira muito mais efetiva na vida de seu
filho.
Segundo Rosa Maria de Andrade Nery:

9
Waldyr Grisard Filho. Guarda compartilhada. 5. ed. São Paulo: Ed. RT, 2010. p. 132.
10
BAPTISTA, Silvio Neves. Guarda Compartilhada. Editora Edições Bagaço; 2011; pg. 35.

”É necessário indagar-se as peculiaridades do estatuto de cada


casal: (a) se há pacto antenupcial, quais são os termos nele fixados
pelo casal, quanto ao sustento da prole durante a constância da
sociedade conjugal e depois de seu término; (b) se há contrato de
convivência, igualmente, devem ser obedecidas as regras nele
estatuídas; (c) se os cônjuges têm recursos distintos, podendo um
oferecer para os filhos condições muito melhores do que o outro, a
fixação de pensão deve levar em conta a pauta das necessidades
dos filhos e das possibilidades dos pais, cada qual de acordo com o
patrimônio de que são titulares e dos salários e rendas que auferem.
Tudo isso, evidentemente, levando-se em conta, sempre,
imprescindivelmente, o princípio do melhor interesse dos filhos” 11.

A sua verdadeira finalidade é possibilitar, aos pais que não mais


convivem com os seus filhos, a manutenção dos vínculos afetivos,
mesmo após a ruptura da relação conjugal.

GUARDA ALTERNADA
Tal modalidade de guarda não foi positivada em nossa legislação civil,
considerando-se a adoção do sistema dual pelo legislador, conforme
possível se extrair do artigo 1.583 do Código Civil de 2002.

Apesar de não encontrar respaldo na legislação brasileira, devemos


citá-la haja vista que é moderadamente adotada apenas em casos
pontuais e, mais importante, comumente confundida com a guarda
compartilhada no Brasil:

11
NERY, Rosa Maria de Andrade. Manual de Direito Civil. Ed. RT, 2014.

Para entender a guarda alternada, podemos citar a definição trazida


por Waldyr Grisard Filho, que a entende da seguinte forma:

“A guarda alternada caracteriza-se pela possibilidade de cada um dos


pais de ter a guarda do filho alternadamente, segundo um ritmo de
tempo que pode ser um ano escolher, um mês, uma semana, uma
parte da semana, ou uma repartição organizada dia a dia e,
consequentemente, durante esse período de deter, de forma
exclusiva, a totalidade dos poderes-deveres que integram o poder
paternal. No termo do período os papéis invertem-se”12 .

Consequentemente, esta modalidade propõe que o tempo da criança


seja igualmente dividido entre seus genitores, alternando-se entre a
residência paterna e a materna, em espaços de tempo pré-
determinados, que poderiam ser eleitos pelos genitores de acordo
com sua vontade (quinzenal, mensal, semestral ou anual).

Segundo Waldyr Grisard Filho : Desta maneira, apesar de a guarda


não ser de apenas um o tempo todo, também não é compartilhada
entre os genitores, detendo apenas um deles, em determinado tempo,
a guarda total e unilateral do filho que se encontra sob seu
poder.Portanto, o genitor que detenha a guarda alternada é no espaço
de tempo em que a exerce titular integral do poder familiar e dos
direitos e deveres que o compõem. Existe assim, uma alternância na
titularidade da guarda.13

12
Waldyr Grisard Filho. Guarda compartilhada. 5. ed. São Paulo: Ed. RT, 2010. p. 140.
13
Ibidem.

Esta modalidade ainda contempla uma forma diferente para sua


adoção, que, visando amenizar a ansiedade da criança com a
constante mudança entre as residências de seus genitores, possibilita
que as crianças continuem morando sempre na mesma casa,
mantendo assim a rotina com a qual estão acostumadas.

GUARDA NIDAL
Na guarda nidal, a criança permanece no mesmo local onde era criada
antes do divórcio dos pais, devendo estes alternarem o lugar em que
moram.
Uma das vantagens do estabelecimento dessa modalidade é que a
criança não precisará alterar entre as residências paterna e materna.
Segundo Alvarenga:
“É uma modalidade segundo a qual os filhos permanecem em casa fixa
e quem se muda para ela em determinados períodos são os pais. É um
tipo raro, devido a uma serie de inconvenientes, entre eles a
necessidade de três residências, ou seja, uma para os filhos que
permanecem em residência fixa e uma para cada um dos pais” 14.
.
Este modelo de guarda não possui previsão expressa na legislação
civil brasileira, mas é reconhecida pela doutrina.
De qualquer forma, a sua raridade de concessão é baseada nos
rearranjos familiares distintos que ela necessita, além de uma evolução
no comportamento humano dos pais, que necessitam colocar os
interesses dos filhos acima de qualquer outro.

14
ALVARENGA, Altair Resende de; CLARISMAR, Juliano.Sistemas de Guarda no Direito
Brasileiro. Revista do Curso de Direito do UFMG.

O direito à convivência familiar é reconhecido constitucionalmente (art.


227), e assegurado, no plano infraconstitucional, pelo art. 19 do ECA.
Todos os filhos devem ser tratados de forma igual, sendo havidos no
casamento ou fora dele, ou adotados. A igualdade, aqui, é um princípio
da proteção da criança e do adolescente.
A igualdade de tratamento está prevista no art. 20 do ECA e tem por
finalidade evitar o que ocorria em épocas passadas ainda que
recentes, em que o filho havido fora do casamento era enjeitado, e
comumente chamado de bastardo.
Como afirmam Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, “ser
filho de alguém independe de vínculo conjugal válido, união estável,
concubinato ou mesmo relacionamento amoroso adulterino, devendo
todos os filhos ser tratados da mesma forma” 15.
A positivação desse princípio é importante para lhe dar destaque. À luz
de uma Constituição que traz a isonomia como garantia fundamental
(art. 5º, caput) e a dignidade da pessoa humana como fundamento (art.
1º, III).
O Código Civil também trata da questão do poder familiar nos arts.
1630 e 1631.
Para Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho: “Do poder
familiar atribuído aos pais decorre deveres. Assim, na forma do
disposto no art. 22 do ECA, “aos pais incumbe o dever de sustento,
guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no

15
GAGLIANO, Pablo Stolze. PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Manual de Direito Civil, 2ª ed, Saraiva,
2018.

interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as


determinações judiciais”.16
Em razão do poder familiar, cabe os pais cuidarem de seus filhos
menores dando-lhes sustento para que possam se desenvolver de uma
maneira sadia.
Tendo vista que o poder familiar não desaparece com o divórcio ou a
dissolução da união estável (Código Civil, art. 1632), os pais continuam
responsáveis pelo sustento e educação mesmo após o desfazimento
do laço matrimonial. Isso vale para qualquer dos pais que contrair
novas núpcias ou união estável (Código Civil, art. 1636).17

Trata-se de um transtorno psicológico pelo qual um genitor, modifica a


consciência de seu filho, por meio de estratégias com o objetivo de
impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor.
Para Maria Berenice Dias, “a Síndrome de Alienação Parental pode ser
chamada de implantação de falsas memórias, pois o alienador passa a
incutir no filho falsas ideias sobre o outro genitor, implantando por
definitivo as falsas memórias”.18
O conceito legal da Síndrome de Alienação Parental é disposto no art.
2.º da Lei 12.318, de 2010, no qual é definido: “Considera-se ato de
alienação parental a interferência na formação psicológica da criança
ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos

16
Ibidem
17
Ibidem
18
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 4. ed. São Paulo: RT, 2007.

avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua


autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause
prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este”.
A Lei da Alienação Parental exemplifica alguns sintomas da
síndrome:“Art. 2.º [...] Parágrafo único. São formas exemplificativas de
alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou
constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de
terceiros: I – realizar campanha de desqualificação da conduta do
genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II – dificultar o
exercício da autoridade parental; III – dificultar contato de criança ou
adolescente com genitor; IV – dificultar o exercício do direito
regulamentado de convivência familiar; V – omitir deliberadamente a
genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou
adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI
– apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou
contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança
ou adolescente; VII – mudar o domicílio para local distante, sem
justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou
adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós”
Segundo Andréia Calçada, “ o genitor alienador é tido como um
produto do sistema ilusório, onde todo seu ver se orienta para a
destruição da relação dos filhos com o outro genitor. Em sua deturpada
visão, o controle total dos seus filhos é uma questão de vida ou morte.
O genitor alienador não é capaz de individualizar, de reconhecer em
seus filhos seres humanos separados de si. Muitas vezes, é um
sociopata, sem consciência moral. É incapaz de ver a situação de outro

ângulo que não o seu, especialmente sob o ângulo dos filhos. Não
distingue a diferença entre dizer a verdade e mentir”.19
A prática da alienação parental comumente está associada a uma
modificação na familia, quer pelo casamento do genitor ou o ingresso
de ação revisional de alimentos ou o período de convivência.
A modificação da situação em que se encontra o contexto familiar
geralmente está associada ao início da prática da alienação parental.
Para Douglas Philip Freitas: “A Lei da Alienação Parental segue a linha
adotada pela recente produção jurídica familista, que é a do
reconhecimento da inabilidade dos operadores jurídicos em tratar todas
as questões correlatas ao direito de família. Logo, a presença e
atuação da equipe multidisciplinar torna-se cada vez mais salutar e
imprescindível para a formação do convencimento do juiz e a resolução
do litígio”.20
A Lei da Alienação Parental é um dos maiores avanços jurídicos
familistas recentes, porém tem sido utilizada de forma indevida, por
vezes, para prejudicar genitores que não praticam a alienação.
ALIENAÇÃO PARENTAL BILATERAL
A prática da alienação parental, não raras vezes, é promovida por
ambos os genitores, ou por aqueles que exercem a função de guarda
do menor.
Em situações dessa natureza, as soluções para resolução ou
minoração dos efeitos da alienação parental tornam-se virtualmente
impossíveis.

19
CALÇADA, Andréia. Falsas acusações de abuso sexual e a implantação de falsas memórias.
São Paulo: Equilíbrio, 2008.
20
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei 12.318/2010 4ª ed. rev., atual.
e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2015.

Geralmente, crianças que sofrem alienação parental bilateral


desenvolvem transtornos psicológicos severíssimos.
A doutrinadora Lenita Pacheco Lemos Duarte assevera muito bem
estas consequências “ admoesta a necessidade de terapia não só da
criança, mas também dos pais e dos demais envolvidos, como no caso
por ela indicado, havia o envolvimento e a prática alienatória, além do
pai e da mãe, da avó”.21
Nesses casos, as ferramentas apresentadas pelo direito e a simples
fixação de períodos de convivência tornam-se inócuos, pois ambos os
genitores praticam a alienação parental. É necessário tratamento dos
pais.

Projeto de Lei 7.352/2017 ( Alteração da Lei da Alienação Parental )


Entre as medidas propostas será proibido ao juiz conceder alteração da
guarda ou determinar guarda compartilhada que favoreça genitor
investigado ou com processo em andamento pela prática de crime
contra a criança ou o adolescente ou violência doméstica.22

Atualmente, a norma permite ao juiz pedir perícia psicológica ou


biopsicossocial se houver indício da prática de alienação parental e
tomar decisões para evitar essa alienação. De acordo com o
substitutivo aprovado, o acompanhamento psicológico e/ou
biopsicossocial deve ser submetido a avaliações periódicas, com laudo

21
DUARTE, Lenita Pacheco Lemos. A angústia das crianças diante dos desenlaces parentais.
Edição especial. Rio de Janeiro: Ed Lumen Juris, 2013.
22
ALMEIDA, Amanda Silveira de. Revogação da lei da alienação parental e o retrocesso para o
Direito de Família . https://www.migalhas.com.br/depeso/351562/a-revogacao-da-lei-da-alienacao-
parental.

inicial de avaliação do caso, indicando a metodologia de tratamento, e


laudo final ao término do acompanhamento.

A proposta também inclui artigo na lei para deixar claro que ela não se
aplica a favor do genitor que estiver sendo parte na tramitação de
inquéritos e processos relativos à violência física, psicológica ou sexual
contra criança e adolescente, ou mesmo de violência doméstica ou
sexual. O texto ainda acrescenta o abandono afetivo por aquele que se
omitir de suas obrigações parentais entre as situações exemplificativas
do que é alienação parental.23

Projeto de Lei 6.371/2019 ( Revogação da Lei da Alienação


Parental)
A autora da proposta, deputada Iracema Portella (PP-PI), explica que
muitos especialistas e membros das comunidades jurídica e científica
alegam que essa lei tem servido, em grande medida, como instrumento
para que pais que abusaram sexualmente dos seus filhos possam
exigir a manutenção da convivência com estas crianças, inclusive as
retirando da presença das mães.24
Portella detalha ainda que a denúncia de abuso sexual vem, muitas
vezes, desacompanhada de vestígios físicos, especialmente quando as
vítimas são crianças ou adolescentes, visto que os abusadores
costumam praticar atos libidinosos com penetração de digital,

23
Ibidem.
24
Agência Câmara de Notícias Acesso através
https://www.camara.leg.br/noticias/631131-projeto-revoga-a-lei-de-alienacao-
parental/

manipulação das partes íntimas e sexo oral, sendo estas práticas


perversas de difícil comprovação judicial.
“Nem sempre, mediante perícia e outros meios, consegue-se extrair a
prova necessária do abuso praticado. O denunciante passa a ser
considerado alienante à vista de ter apresentado denúncia não
comprovada contra o genitor abusador (tida como falsa para obstar ou
dificultar a convivência dele com a criança ou adolescente) e este
consegue a manutenção da convivência com o filho menor, passando,
por vezes, a repetir com o menor os mesmos abusos já praticados”,
lamenta a parlamentar.25

A CF, nos termos do artigo 225, § 1º, VII, dispõe sobre o direito animal
ao tratar do direito ao meio ambiente.
A Carta Magna dispõe que todos tem o direito de um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, sendo este, um bem de uso comum do
povo e imprescindível à boa qualidade e saúde de vida.
São considerados seres sencientes os animais em geral, e em
especial, os animais de estimação.

Thomas Nosch Gonçalves destaca que “o casamento tem deixado de


ser apenas um instrumento de reprodução, a família matrimonializada
não existe mais. Então hoje existe toda uma situação progressista no
sentido de que a família feliz não é aquela que necessariamente tem

25
Ibidem.

fins biológicos. A ideia é da felicidade como um todo, o que inclui os


animais de estimação”.26
Desta maneira, ele defende a guarda de animais em lavratura por es-
critura pública na dissolução da união estável ou do divórcio. “Existem
dados afirmando que todos os anos crescem esses arranjos de famílias
multiespécie e das famílias substituindo eventuais filhos biológicos ou
adotivos.27
Em casos de divórcio o cônjuge estabelece vínculos com o animal e
um rompimento pode trazer um abalo tanto para a pessoa e para o
pet.
Então, embora não tenhamos legislação específica sobre a guarda
compartilhada de animais de estimação, os nossos Tribunais
caminham para este entendimento, resguardando o direito dos
animais e de seus donos.

Constituição Federal – arts. 225, 227.


Código Civil – arts. 1.583 à 1.590 , 1.596, 1.630 a 1638.
ECA (Lei 8069/90) – art. 19, 33
Lei 12.318/2010

PROCESSO

26
Disponível em https://cnbmg.org.br/familia-multiespecie-e-a-guarda-de-animais-sencientes-em-
divorcio-extrajudicial-e-tema-de-artigo-do-ibdfam/
27
Ibidem.

AgInt no CC 175997 / ES
AGRAVO INTERNO NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA
2020/0299395-3
RELATOR(A)
Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO (1144)
ÓRGÃO JULGADOR
S2 - SEGUNDA SEÇÃO
DATA DO JULGAMENTO
27/10/2021
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 05/11/2021
EMENTA
AGRAVO INTERNO NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA. DIREITO
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. UNIÃO ESTÁ-
VEL, GUARDA DOS FILHOS E DIREITO DE VISITA.
1. Agravo interno interposto no curso do conflito de competência susci-
tado pelo convivente (ora agravado) para definição do juízo competente
(Comarca de Guarapari - ES - ou Manhuaçu - MG) para processar e
julgar as demandas envolvendo o casal (declaração de união está-
vel, guarda das filhas e direito de visita).
2. As duas filhas do casal, nascidas em 2013 e 2015, estão
na guarda provisória do convivente na Cidade de Guarapari, desde o
rompimento da união estável.
3. Aplicação dos princípio do melhor interesse da criança, nos termos
do art. 147, I, do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº
8.069/1990), e da Súmula 383/STJ ("A competência para processar e
julgar as ações conexas de interesse de menor é, em princípio, do foro
do domicílio do detentor de sua guarda").
4. Competência fixada no juízo da Comarca de Guarapari, onde exer-

cida a guarda provisória das filhas pelo convivente. Precedentes da


Segunda Seção.
5. Rejeição da arguição de suspeição do Subprocurador-Geral da Re-
pública formulada pela agravante.
6. Manutenção da decisão monocrática agravada, com fixação da
competência no juízo da Comarca de Guarapari.
7. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.

PROCESSO
AgInt nos EDcl no REsp 1857050 / SP
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RE-
CURSO ESPECIAL
2020/0005882-0
RELATOR(A)
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140)
ÓRGÃO JULGADOR
T4 - QUARTA TURMA
DATA DO JULGAMENTO
23/08/2021
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 26/08/2021
EMENTA
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RE-
CURSO ESPECIAL.AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DETER-
MINAÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS EM FAVOR DO GENITOR
ALIMENTANTE. GUARDA COMPARTILHADA.
1. À luz do disposto no § 5º do artigo 1.583 do Código Civil ?
incluído pela Lei 13.058/2014 ?, "a guarda unilateral obriga o pai ou a
mãe que não a detenha a supervisionar os interesses dos filhos, e, pa-

ra possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será parte


legítima para solicitar informações e/ou prestação de contas, objetivas
ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamente
afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos".
2. Tal norma positivou a viabilidade da propositura de ação de exigir
contas de verba alimentar, cujo propósito não reside em apurar um
saldo devedor a ensejar eventual execução (dada a irrepetibilidade dos
valores pagos a esse título), mas sim o exercício do direito-dever ? da-
quele que não detém a guarda ? de fiscalização da aplicação dos re-
cursos destinados ao menor, o que poderá dar azo, caso comprovada
a má administração da pensão alimentícia, a um pedido de alteração
da guarda ou a um futuro processo para suspensão ou extinção do
poder familiar do ascendente guardião (REsp 1.911.030/PR, Relator
Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 01.06.2021,
pendente de publicação).
3. O manejo da citada ação ? que deve seguir o rito ordinário ?
reclama a existência de guarda unilateral que inviabilize (ou dificulte) a
ciência do alimentante sobre as reais necessidades materiais e imate-
riais do alimentando e o exclusivo intento de proteção do bem estar do
menor, vedando-se "eventual acertamento de contas, perseguições ou
picuinhas com a(o) guardiã(ão)", bem como a "apuração de créditos ou
a preparação de revisional" (REsp 1.814.639/RS, Relator Ministro Pau-
lo de Tarso Sanseverino, Relator para Acórdão Ministro Moura Ribeiro,
Terceira Turma, julgado em 26.05.2020, DJe 09.06.2020).
4. Na hipótese dos autos, a guarda exercida pelos genitores é compar-
tilhada, tendo ambos, portanto, convivência cotidiana (habitual) com o
menor. Outrossim, na inicial, o autor não apontou nenhum fato indicati-
vo de danos à educação e à saúde física ou psicológica da criança ?
que conta, atualmente, com cinco anos de idade ?, mas apenas a re-

cusa da mãe em matriculá-la em escola de maior custo. Por outro lado,


mostrou-se contrariado com as boas condições da moradia da ré (que
exerce a atividade profissional de terapeuta ocupacional), a aquisi-
ção de veículo automotor, a utilização de roupas e acessórios (supos-
tamente de marcas luxuosas) e a realização de tratamentos estéti-
cos de beleza.
5. Nesse contexto, a pretensão formulada na inicial não se enquadra
na hipótese prevista no § 5º do artigo 1.583 do Código Civil, revelando-
se, portanto, manifesta a carência da ação de exigir contas, ante a ina-
dequação da via eleita.
6. Agravo interno não provido.

PROCESSO
REsp 1931097 / SP
RECURSO ESPECIAL
2021/0100550-2
RELATOR(A)
Ministra NANCY ANDRIGHI (1118)
ÓRGÃO JULGADOR
T3 - TERCEIRA TURMA
DATA DO JULGAMENTO
10/08/2021
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 16/08/2021
EMENTA
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE
GUARDA. PREVENÇÃO. HABEAS CORPUS RECEBIDO COMO TU-
TELA PROVISÓRIA ANTECEDENTE. DECISÃO PRECLUSA. INCI-
DENTE APTO A GERAR A PREVENÇÃO.INCIDENTE PREVISTO NO

ART. 71 DO RISTJ. JULGAMENTO DE APELAÇÃO PELO TRIBU-


NAL DE JUSTIÇA. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DA PARTE SOBRE A
INCLUSÃO DO PROCESSO EM PAUTA. INVIABILIZA-
ÇÃO DE SUSTENTAÇÃO ORAL. NULIDADE. JURISPRUDÊNCIA
PACÍFICA DO STJ. CONVALIDAÇÃO PELA REPUBLICAÇÃO DO
ACÓRDÃO QUE JULGOU A APELAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. NOR-
MA COGENTE. VIOLAÇÃO AO CONTRADITÓRIO, À AMPLA DEFE-
SA E AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. FATO NOVO POTENCIAL-
MENTE RELEVANTE NOTICIADO NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE
APÓS A REGULARIZAÇÃO DAS INTIMAÇÕES DA PARTE. IMPOS-
SIBILIDADE DE EXAME DA QUESTÃO NO RECURSO ESPECIAL.
DETERMINAÇÃO DE ATIVIDADE INSTRUTÓRIA COMPLEMENTAR
ANTES DO REJULGAMENTO DA APELAÇÃO. POSSIBILIDADE.
MEDIDA COMPATÍVEL COM A NULIFICAÇÃO DO JULGAMENTO.
SUPOSTA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE DAS FILHAS ADOLES-
CENTES EM RESIDIR COM A GENITORA. CIRCUNSTÂNCIA FÁTICA
QUE DEVE SER CONSIDERADA NO REJULGAMENTO DA APELA-
ÇÃO. DISTANCIAMENTO TEMPORAL DOS ESTUDOS PSICOSSO-
CIAIS QUE BASEARAM AS DECISÕES DE MÉRITO. REALIZA-
ÇÃO DE NOVO ESTUDO PSICOSSOCIAL. NECESSIDADE.
1- Ação proposta em 04/12/2014. Recurso especial interposto em
19/12/2019 e atribuído à Relatora em 20/05/2021.
2- Os propósitos recursais consistem em definir: (i) se é nulo o acórdão
que julgou a apelação em virtude de o patrono de uma das partes não
ter sido intimado previamente da sessão de julgamento;
(ii) se, ausente o consenso entre os pais acerca da guarda, devem ser
levadas em consideração as manifestações de vontade externadas pe-
las filhas adolescentes.
3- Recebido o habeas corpus anteriormente impetrado pela parte como

pedido de tutela de provisória antecedente, por se vislumbrar que a


pretensão era de atribuição de efeito suspensivo a recurso especial,
em decisão acobertada pela preclusão, descabe impugnar a distribui-
ção do próprio recurso especial por prevenção, pois o art. 71 do RISTJ
dispõe que a prévia distribuição de incidente torna preventa a compe-
tência do relator para todos os feitos posteriores referentes ao mesmo
processo.
4- É nulo o julgamento de recurso perante o Tribunal na hipótese em
que uma das partes, após regularizar a sua representação processual,
não foi previamente intimada da inclusão do processo em pauta e, em
razão disso, teve suprimido o seu direito de sustentar oralmente as ra-
zões recursais. Precedentes de todas as Turmas do Superior Tribu-
nal de Justiça.
5- O vício decorrente da ausência de intimação do patrono da parte pa-
ra a sessão de julgamento e, consequentemente, da inviabiliza-
ção de sua sustentação oral em hipótese prevista em lei não é mera
formalidade dispensável e não é suscetível de convalidação pela sim-
ples republicação do acórdão com a correta intimação, mas, ao revés,
é dever dos julgadores, imposto de forma cogente a todos os Tribunais,
em observância aos princípios constitucionais do contraditório, da am-
pla defesa e do devido processo legal.
6- Se a parte, na primeira oportunidade que tiver de falar nos autos
após a regularização das suas intimações, alega a existência de fato
novo potencialmente relevante e apto a influenciar o julgamento da
apelação, consubstanciado na suposta e posterior manifesta-
ção de vontade das adolescentes em residir com a genitora, é admissí-
vel que esta Corte, além de nulificar o julgamento realizado sem a re-
gular intimação da parte, também determine a realização de atividade
instrutória suplementar, a fim de que seja apurada a existência do fato

novo noticiado e a atual aptidão dos pais para o exercício


da guarda, sobretudo na hipótese em que as decisões de mérito se
basearam em estudos psicossociais realizados em momento tempo-
ralmente distante do atual.
7- Recurso especial conhecido e provido, a fim de: (i) anular todos os
atos processuais após a juntada da procuração da recorrente; (ii) de-
terminar que seja realizada atividade instrutória complementar, reali-
zando-se novo estudo psicossocial para apurar a existência do alegado
fato novo e a atual aptidão dos pais para o exercício
da guarda unilateral.
8- Prejudicado o exame dos recursos interpostos pelo recorrido na TP
2.507/SP, mantida a tutela provisória deferida até a conclusão do estu-
do psicossocial e rejulgamento da apelação interposta.

- LOBO, Paulo Luiz Netto . Famílias. 11ª ed. São Paulo. Saraiva, 2021
MADALENO, Rolf. Manual de direito de família – 4. ed. – Rio de Janei-
ro: Forense, 2022.
- MALUF, Carlos Alberto Dabus. Curso de Direito de Família. Sarai-
va.2018.
- MARZAGÃO, Silvia Felipe. XAVIER, Marília Pedroso. NEVARES, Ana
Luiza Maia. Coronavírus. Impactos no Direito de Família e das Suces-
sões, Ed. Foco, 2020.
- PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Dicionário de Direito de Família e Su-
cessões. São Paulo, Ed. Saraiva. 2018.
- PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Divórcio. São Paulo, 5º Ed. Saraiva.
2016.

.
ALBUQUERQUE, Anderson. Guarda Unilateral. Em que casos pode
ser concedida.
https://www.andersonalbuquerque.com.br/artigo&conteudo=guarda-
unilateral-em-que-casos-ela-pode-ser-
concedida?url=artigo&conteudo=guarda-unilateral-em-que-casos-ela-
pode-ser-concedida
Acesso em 15/05/2022

FIGUEIREDO, Bruno. A guarda compartilhada.


https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/11626/A-guarda-
compartilhada. Acesso em 15/05/2022.

LISITA, Kelly Moreira Oliveira. Direito das Famílias e a Guarda de


Pessoa Menor.
https://ibdfam.org.br/index.php/artigos/1637/Direito+das+Fam%C3%AD
lia+e+a+Guarda+de+Pessoa+Menor. Acesso em 15/05/2022.

PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Novas concepções para a gaurda de


filhos. https://www.conjur.com.br/2021-fev-28/processo-familiar-novas-
concepcoes-guarda-filhos. Acesso em 15/05/2022

Após a leitura deste material e o acompanhamento das videoaulas


ministradas pelo(s) professor(es), finalize o seu aprendizado efetuando
a atividade autoinstrucional, disponível na área do aluno, no menu

plataforma de atividades no link “provas e atividades”. O gabarito será


visualizado, conforme a programação do cronograma da disciplina.

Você também pode gostar