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Curso: Direito

Disciplina: Direito Civil VIII

Acadêmicas: Alessandra Moreira dos Santos, Carolina Rios, Juliana Gimenes Quinhones
Pablo Diosnel Vera de Maldonado,

Professor: Gianete Paola Butarelli

Semestre: VIII Turno: Noturno Data: 04/08/2022

EVOLUÇÃO DO DIREITO DAS FAMÍLIAS

Inicialmente, é importante denotar que o Direito das Famílias hoje é regido, dentre
outros, pelos princípios da dignidade da pessoa humana, igualdade jurídica dos cônjuges,
companheiros e de todos os filhos, da afetividade. Neste viés, molda-se uma evolução que
permeou a sociedade, trazendo as mudanças de como a Lei protege a instituição familiar. Com
a promulgação da Constituição Federal de 1988 e posterior entrada em vigor do Código Civil
de 2002, tem-se firmada uma ideia de família mais inclusiva, sendo ela a Socioafetiva,
Eudemonista e Anaparental, diferente da ideia de família matrimonialista e discriminatória que
havia na sistemática do Código de 1916. Na legislação anterior, prevalecia a concepção de
família denominada patriarcalista, onde o homem era o chefe da família, sendo a esposa uma
“propriedade do marido”, vindo a evoluir principalmente em razão das diversas lutas
enfrentadas pelas mulheres afim de garantir seus direitos e se impor na sociedade, fazendo com
que este conceito de família abrangesse uma definição mais igualitária, sem hierarquia e
respeitando as diferenças, justamente para buscar a igualdade tanto entre homem e mulher, bem
como em relação a filiação, que do mesmo modo possuía critérios e definições discriminatórias
na antiga legislação. Outra questão importante é que toda família era heteroparental,
diferentemente dos dias atuais, em que por exemplo são consideradas famílias as
heteroparentais, homoparentais, monoparentais, anaparentais entre outras. Ademais o Código
de 2002, passou a admitir a família biológica ou socioafetiva e a adoção passou a produzir os
mesmos efeitos da filiação biológica, o que veio a consagrar os princípios norteadores da
Constituição Federal. Por fim, o direito à felicidade foi reconhecido pelo Supremo Tribunal
Federal no julgamento da união homoafetiva (ADPF 132, Relator: Min. AYRES BRITTO,
Tribunal Pleno, julgado em 5/5/2011), ao se reconhecer a constitucionalidade da união estável
entre pessoas do mesmo sexo. Destarte, conclui-se que a evolução do conceito de família, tem
como base o afeto, a ética, a solidariedade, a dignidade e a busca da felicidade da pessoa
humana, afastando por completo toda e qualquer preconceito entre as pessoas, fato que regia a
antiga legislação.

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