Você está na página 1de 3

PARTE 1 - CUMPRIMENTOS

Bom dia a todos os presentes!


Antes de adentrar ao mérito do trabalho, eu gostaria de cumprimentar a banca
examinadora, Profª Erika Daniella e Profª Cynara Silde e agradecer pela DISPONIBILIDADE
DE AVALIAÇÃO E DEDICAÇÃO na leitura deste trabalho científico. Quero agradecer
também ao meu orientador, o Profº Welington Felix pela parceria e orientação na elaboração
da pesquisa e aos demais que aqui se fazem presente. (se tiver)
PARTE 2 - PROJETO
O título deste trabalho é: RESPONSABILIDADE CIVIL POR ABANDONO
AFETIVO: A POSSIBILIDADE DE INDENIZAÇÃO EM FACE DA OMISSÃO DO
DEVER DE CUIDADO
JUSTIFICATIVA: A discussão acerca da possibilidade de
responsabilização dos pais pelo abandono afetivo dos filhos transformou-se em um tema
muito debatido nas cátedras de direito e tribunais brasileiros nos últimos tempos.
Levantando posicionamentos divergentes tanto em sede doutrinária como em âmbito
jurisprudencial, o tema chegou a ser objeto de discussões legislativas através projeto de
lei nº 700/2007, que visava tornar o abandono afetivo como ilícito civil. A
RELEVÂNCIA DESSA PESQUISA pauta-se na possibilidade de responsabilização
dos pais pelo abandono afetivo dos filhos, em razão da violação dos princípios
vinculados ao dever de cuidado previstos pela Constituição Federal de 1988, pelo
Código Civil/2002 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8.069/90.1.
O PROBLEMA: baseando-se nos princípios vinculados à responsabilidade
civil ao dever de cuidado, é possível o pagamento de dano moral ao filho em razão do
abandono afetivo,
O OBJETIVO deste trabalho se consubstancia no estudo da problemática
segundo a qual através do instituto da responsabilidade civil seria possível surgir a
possibilidade de se determinar o pagamento de indenizações de naturezas reparatórias
oriundas do abandono afetivo paterno-materno-filial. Além disso, foram estudados os
princípios que norteiam o direito de família e a legislação vigente acerca da
responsabilidade civil e das consequências acarretadas à prole quando há violação de
algum dispositivo.
O MÉTODO empregado neste trabalho foi o DEDUTIVO, visto que, parte de
um objetivo geral a fim de se alcançar uma análise específica. Em relação as técnicas de
pesquisa, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, pautando-se em livros, monografias, teses,
jurisprudências, artigos científicos e doutrina.
PARTE 3 – TEORIA
Para tanto, o trabalho foi dividido em três capítulos
1º CAPÍTULO denominado de EVOLUÇÃO HISTORICA DO PODER
FAMILIAR, traça uma linha histórica demonstrando como o instituto familiar sofreu
diversas transformações conforme a sociedade evoluía até os dias atuais.

1º TÓPICO: Evolução histórica do poder familiar (Não Ler)

POIS BEM, a família, durante muito tempo, teve como principal


característica o patriarcalismo e tinha como única função social a procriação. O
casamento era religioso e não havia reconhecimento de outro tipo.
Na Roma Antiga, a família era considerada uma unidade política, jurídica,
religiosa e econômica e não havia interferência do Estado no âmbito familiar para tomar
qualquer medida, o pai era o único a tomar as decisões do grupo familiar.
Na Idade Média, a família se constituía através do matrimonio, por
determinação e regência da Igreja Católica, sua maior finalidade era garantir a ordem
social, impedindo que os laços sagrados constituídos pelo casamento se rompessem.
O modelo de família empregado durante a Idade Média, perdurou até o
advento da Revolução Francesa que se constatou a presença do instituto do casamento
civil laico, os pais começaram a despertar o interesse pelos estudos dos filhos e a se
preocuparem com a figura da criança dentro do seio familiar.
Na contemporaneidade, a família transforma-se no instituto que se baseia no
afeto, na solidariedade e na igualdade, rompendo todos paradigmas preceituais
biológicos.
Com o advento da Constituição Federal de 1988, que aponta o instituto
familiar sem determinar um tipo, um perfil de família, a referência que temos de família
hoje é a regida pelo afeto, pelo casamento socioafetivo.
O art. 226 da CF, reconhece como entidade familiar também aquela formada
pela União Estável e a família Monoparental, deixando de ter o patriarcalismo como
principal característica e passando a ser o matrimonio como única maneira de formação.

2º TÓPICO: conceito de família na atualidade


Para a doutrina existe uma grande dificuldade em conceituar a família na
atualidade pela sua abrangência.
Desta forma me arrisco a mencionar o conceito de família dado pelo
doutrinador Venosa, que afirma que a família é um conjunto de pessoas unidas por um
vínculo jurídico de natureza familiar.
Percebe-se que o conceito de família não se encontra expressamente no
Código Civil de 2002.
Os artigos 1.829 e 1.839 do Código Civil de 2002, abordam de maneira
mais ampla o sentido de família, pois dispõem sobre a linha sucessória, considerando os
parentes em linha reta (pais, filhos, netos) e os em linha colateral até o quarto grau
(irmãos, tios e sobrinhos, primos).
Desta forma, além da composição familiar constituída pelo matrimônio, já
foi reconhecida pela CF sua configuração pela união estável e pela família
monoparental. Além disso, também fora reconhecida como entidade familiar a união
homoafetiva, por meio da 4277 DF, ratificando o vínculo matrimonial entre pessoas do
mesmo sexo.
Assim, a sociedade contemporânea pertence a um novo contexto social,
quebrando as barreiras do preconceito e trazendo para o Direito, o reconhecimento da
formação familiar de uma forma mais igualitária.
A CF de 88, ampara os institutos mencionados reconhecendo a família
como a base da sociedade, além de ser base para o desenvolvimento da pessoa humana.

Você também pode gostar