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Isabela de Camargo
Trabalho de Conclusão de Curso
Orientadora: Professor (a) Adélia Cristina Peres Torrecillas
RESUMO
Introdução
DESENVOLVIMENTO
1- FAMÍLIA
De acordo com Venosa (2012), família é a unidade social mais antiga do ser
humano, considerada por ampla parte da doutrina brasileira, um grupo de pessoas
ligadas não somente por meio do sangue, mas também pelas questões de
afetividade. Contudo, buscando um melhor entendimento em sentido estrito, família
é definida como conjunto familiar sucedida do casamento ou união estável, e, por
conseguinte, pelos genitores advêm os filhos, sendo que estes poderão ser criados
por ambos ou apenas um deles.
Para tanto, Venosa (2012, p. 02) define:
tempo, chefe político, sacerdote e juiz. Pois, ele conduzia, oficiava o culto dos
deuses domésticos e distribuía justiça. Gonçalves (2014, p. 31).
Gonçalves (2014) aponta ainda, as questões canonistas que desde a
antiguidade, achavam que não se poderia existir a dissolução do casamento, pois se
tratava de uma união realizada por Deus, logo sua dissolução só deveria ocorrer
com morte de um dos cônjuges, ou seja, não poderia o homem dissolver algo
realizado por Deus. Cabe notar ainda, que apenas no século IV, na constância do
reinado do Imperador Constantino é que foi tratada uma nova concepção cristã da
família, sendo restringindo os poderes do pater famílias, passando dar uma maior
autonomia para as mulheres e para os filhos. Gonçalves (2014, p. 31).
Segundo explica Nader (2010), o pater é tido como um sacerdote e
magistrado, pois o patrimônio familiar está concentrado em suas mãos, isto é, tudo
deveria passar por ele. Pode-se dizer que o cristianismo teve papel fundamental na
restrição dos poderes conferidos ao pater de forma a dar maior autonomia à mulher
e aos filhos. Nader (2010, p. 12-13) traz:
Para Nader (2010), a ideia de família foi influenciada pela religião, a exemplo,
do Código Civil de 1916 que não admitia o filho havido fora do casamento e nem as
uniões extraconjugais. Contudo, com a promulgação da Constituição Federal de
1988, a qual trouxe em seu texto como princípio básico a dignidade da pessoa
humana, abrangendo como a entidade familiar as mais variadas formas de
constituição e não mais a singular, formada apenas pelo casamento, e passou
proibir ainda, qualquer tipo de discriminação entre os filhos, dando tratamento
igualitário sejam eles concebidos pelo casamento e/ou não.
Assim, fica claro que a proteção das pessoas e dos filhos subordinados à
autoridade paterna constitui dever decorrente do poder familiar, expressão melhor
utilizada e mais adequada.
2- DO DIREITO FAMILIAR
Ou seja, o afeto deu um novo rumo ao direito de família, mesmo que seja ele
um princípio implícito, uma vez que, as características das famílias contemporâneas,
são tratadas dentro de um formato, cuja afinidade está na estrutura familiar, seja ela
consanguínea ou não.
3- DA RESPONSABILIZAÇÃO
4- DO ABANDONO
Como foi citado nos capítulos anteriores, é evidente a importância que tem a
unidade familiar no desenvolvimento dos filhos até que estes cheguem à vida adulta.
Um indivíduo criado por um ou ambos os genitores que suprem todas as suas
necessidades, convivem de forma harmoniosa em qualquer ambiente. Já aquele
com uma criação diversa, sendo rejeitados por um ou ambos genitores, não
conseguem viver em harmonia em lugar algum, sempre serão revoltados pela
situação a qual foram expostos quando menores. Dessa forma, fica fácil identificar
crianças que crescem sem este “apoio familiar”, ocasionando a eles danos
irreparáveis na maioria das vezes, comprometendo de forma negativa o
comportamento e a sua identidade como indivíduo. É nesse sentido que Dias (2009,
p.21) ressalta:
É claro que os pais tendo eles ou não uma relação entre si,
independentemente de com qual a guarda for estabelecida, devem estar de forma
voluntária e constante na vida e rotina dos seus filhos, que requerem cuidados deles
até poderem cuidar de si mesmo. Sobre o assunto, vem o doutrinador Nader (2010,
p.206) expor:
São as consequências desse abandono afetivo dos pais para com os seus
filhos que estes na sua adolescência começam a consumir de forma excessiva
álcool, que é a porta aberta para o consumo de outras drogas, e com isso perante a
sociedade apresentam comportamentos agressivos, tudo isso evidencia ainda mais
os danos que a ausência de estrutura familiar causa aos seus membros. Em razão
desses incidentes devem os pais ser responsabilizados civilmente, a partir da
ausência destes na criação dos filhos, como consequência deixa de prover os
cuidados e proteção destes filhos, que tem tais direitos garantidos pela Constituição
Federal, ferindo tais direitos devem eles responder por tal ato, caracterizando assim
a responsabilidade civil por abandono. Sobre o assunto, ressalta Diniz (2010, p. 33):
O que é imposto aqui é que os pais cumpram com os seus deveres legais de
cuidado e proteção aos seus filhos e caso eles não cumpram tais obrigações serão
punidos por sanções pecuniárias. Os pais não são obrigados a amarem seus filhos,
o que a lei impõe a eles é o dever de cuidado com a sua prole. Portanto, Nader
(2010, p.14) dispõe que:
O descaso entre pais e filhos é algo que merece punição, é abandono moral grave,
que precisa merecer severa atuação do Poder judiciário, para que se preserve não o
amor ou a obrigação de amar, o que seria impossível, mas a responsabilidade ante o
descumprimento do dever de cuidar, que causa o trauma da rejeição e da indiferença.
Isto posto, para que recaia a responsabilidade civil e o dano seja ressarcido
deve-se analisar o caso concreto, que levará em consideração o estado em que a
criança se encontra, os danos que possam ter ocorridos pela negligência de seus
pais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS