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HISTÓRIA DA FAMÍLIA
Nos tempos primitivos, os pais como geradores dos respectivos filhos, exerciam sobre
os seus filhos, uma espécie de direito real, porque tudo podiam, incluindo a
possibilidade de vendê-los e até matá-los.
Funções da família
Intimidade familiar
Resulta do processo de convivência quotidiana, donde surge também a
cumplicidade familiar e o espírito de solidariedade familiar, elementos importantes
na formação da personalidade do indivíduo.
Escolha de profissão
No relacionamento quotidiano, a família – os mais velhos vão descobrindo a
inclinação nata da criança para uma certa actividade. Deste modo, cabe a família a
criação de condições morais e materiais para que a criança possa se entregar
afincadamente a uma determinada profissão.
Natureza jurídica
Crítica: Esta teoria, tem como base, direitos de cada um dos membros em particular e
não direitos da família. Toma a família como uma pessoa colectiva. As pessoas
colectivas no nosso ordenamento jurídico estão previstas no art. 157 CC.
Assim, na família também, cada membro ocupa uma posição distinta e sujeita-se ao
interesse familiar.
Porque ela tem uma certa organização, que permite a transmissão de geração em
geração e perdura no tempo.
A família é um meio usado pela sociedade para a procriação, educação, dentre outros.
A família é uma instituição natural, sociológica e jurídica. Pois é tomada como uma
forma organizativa para a transmissão de aspectos culturais de geração em geração. É
também tida como, o conjunto de normas jurídicas organizadas sistematicamente, com
princípios próprios, visando a transmissão da educação e o estabelecimento de direitos
e deveres num certo domínio da vida social.
2. Institucionalismo
A família é a instituição mais antiga de que se tem conhecimento, mais antiga que o
Estado. A família é um organismo natural que preexiste ao direito escrito, no qual vive
uma ordenação íntima, complexa e difícil de racionalizar.
Dai que se considere o direito da família como um direito institucional, pois o legislador
quando regula as relações de família se limita em alguma medida, a reconhecer esse
direito que vive e constantemente se realiza na instituição família.
O direito da família tal como o direito das sucessões ‘e um ramo do direito civil muito
permeável as modificações das estruturas políticas, sociais, económicas, etc.,
característica que ressalta quando se confronta o direito da família com o direito das
obrigações insensível a essas modificações.
Uma outra característica do direito da família é ainda a sua estreita ligação a outras
ciências humanas. Por exemplo o direito da filiação é largamente tributário da biologia.
A compreensão e a própria aplicação prática de numerosas soluções legais respeitantes
ao poder parental e a adopção, requerem conhecimentos adequados de psicologia e
pedagogia e, de medicina para soluções no âmbito do poder parental.
No entanto, os direitos familiares pessoais são direitos a que não se ajusta a noção
tradicional de direito subjectivo, pois o seu titular, não pode exercê-los como queira. São
Poderes-Deveres, e como tal irrenunciáveis, indisponíveis. O seu titular é obrigado a
exercê-los de certo modo.
deveres conjugais, mais sim, um remédio para uma situação de vida matrimonial
intolerável.
4. Carácter duradouro
As relações ou direitos familiares são permanentes, duradouros, em flagrante contraste
com as relações obrigacionais, que por regra são transitórias.
As relações familiares são sempre duradouras a tal ponto que geram verdadeiros
estados da pessoa ou afim, por exemplo o estado de adoptado, de filho, de parente…
daí que se diga que, geram verdadeiros estados da pessoa, não se admitindo que se
possa apor a estes factos jurídicos, condição ou termo.
Daí a necessidade de certeza e segurança que faz com que se exija o registo civil que
constitui em princípio, a única prova legalmente admitida desses actos.
O Parentesco, é o vínculo que liga duas pessoas, em virtude de uma delas descender
da outra ou de ambos procederem de um progenitor comum. É a noção que se pode
extrair da lei, por esta estabelecer a determinação do parentesco pelas gerações que
vinculam os graus constituindo a linha do parentesco.
Os parentes estão entre si ligados por um vínculo de sangue. O pai e a mãe são
parentes do filho quer estejam ou não ligados pelo casamento ao tempo da
concepção
É o vínculo que une as pessoas que descendem umas das outras, tais como pai e
filho, mãe e filha, avó e neto, etc. (nº1 do artigo 10 da Lei da Família).
A linha recta descendente quando se considera como partindo do ascendente para o
que ele procede. Será ascendente quando se considera como partindo deste para o
progenitor, de acordo com o estabelecido no nº1 do artigo 10 da Lei da Família.
Assim, o pai é parente do filho na linha recta descendente, o neto é parente da avó
na linha recta ascendente.
↓
Filho
↓
Neto
↓
Bisneto
Filho
É o vínculo que liga as duas pessoas que, não sendo descendentes umas das outras,
procedem de um tronco comum, não importando se este é único ou vários (nº1 do
artigo 10 da Lei da Família).
Assim serão parentes colaterais os primos entre si, tendo por tronco comum os
respectivos pais, os tios e sobrinhos, tendo por tronco comum os progenitores dos
três, igualmente avós dos sobrinhos.
O parentesco tanto na linha recta como na linha transversal pode ser mais ou menos
próximo. A proximidade do parentesco mede-se por graus e o grau de parentesco
conta-se pelo número de nascimentos que ligam uma pessoa a outra na cadeia do
parentesco.
Pai
Filho
Avô
Pai
Filho
Se contarmos as pessoas que formam a linha de parentesco entre avô, pai e filho,
teremos três pessoas, se excluirmos o progenitor comum, neste caso o avô,
ficamos com pai e filho, assim temos dois graus, duas gerações. O avô e o neto
são parentes do 2°grau na linha recta.
Pai
Filho Filha
Contam-se as pessoas que integram a respectiva linha, subindo por um dos lados
(do filho ao pai) e descendo por outro, (do pai a filha) mas sem contar o
progenitor comum, integram a linha três pessoas, se não contamos o pai
(progenitor comum), temos duas pessoas, assim temos dois graus, duas gerações.
Pai
Contam-se as pessoas que integram a respectiva linha, subindo por um dos lados
(do lado do sobrinho a mãe e deste ao avô e deste ao filho) sem contar como avô
(progenitor comum), teremos três pessoas, assim temos três graus, três gerações.
2. Afinidade – 14 da L.F
Nos termos do art. 14, a afinidade é o vínculo que liga cada um dos cônjuges aos
parentes do outro. Nestes termos conclui-se que para que se afira a existência de
uma relação jurídica familiar de afinidade é necessário que exista uma relação de
casamento entre uma das pessoas que se pretenda aferir a relação jurídica familiar,
com o(a) parente de outra pessoa. Por exemplo, se se disser que existe uma relação
de afinidade entre a Rosa e a Júlia, significará que a Rosa tem uma relação de
casamento com um parente da Júlia. Ou, que a Júlia tem uma relação de casamento
com um parente da Rosa.
E mesmo que se dissolva a relação conjugal que fez surgir a relação de afinidade,
esta afinidade não cessará, pois, nos termos do art. 15 da L.F, ela não cessa pela
dissolução do casamento.
Anita
Paulo
Para aferir a relação jurídica familiar entre a Maria e a Anita, teremos que aferir a
relação jurídica familiar entre o João e a Anita. Sendo a afinidade uma relação que se
estabelece entre cada um dos cônjuges e os parentes do outro, existirá uma relação
de afinidade entre a Maria, por ser cônjuge do João, e a Anita por ser parente do
João. Quanto a linha e graus serão os mesmos que ligam a Anita e o João.
3. Casamento