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UMA REFLEXÃO SOBRE A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL


DENTRO DO INSTITUTO MÉDICO LEGAL–IML NA CIDADE DE
MANAUS COM FAMILIARES QUE SE ENCONTRAM Á PROCURA DE
SEU FAMILIAR DESAPARECIDO.

TÍTULO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: SUBTÍTULO

Eriliane de Souza Gama¹


Angela Emilia Gama da Silva2

RESUMO: Elemento obrigatório. Deve apresentar de forma concisa, os objetivos, a


metodologia e os resultados alcançados. Sequencia de frases concisas, afirmativas e não a
enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único. Usar o verbo na voz ativa
e na terceira pessoa do singular. Deve conter entre 100 e 250 palavras. Abaixo do resumo
devem constar as palavras-chave ou descritores conforme a NBR 6028. Evite o uso de
símbolos e contrações que não sejam de uso corrente e de formulas, equações diagramas e
etc., que não sejam absolutamente necessários.

Palavras-chave: Palavra 1. Palavra 2. Palavra 3.

ABSTRACT:Tradução do resumo em língua vernácula para outro idioma de propagação


internacional (em inglês ABSTRACT, em francês RESUMÉ, em espanhol RESUMEN).
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Keywords: Keyword 1. Keyword 2. Keyword 3.

1 INTRODUÇÃO

Parte inicial do artigo, onde constam: a delimitação do assunto tratado, os


objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema.
Recomenda-se o uso da fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12, com
exceção das citações com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, títulos,
fontes, notas legendas das ilustrações e das tabelas, que recomendamos o uso de
fonte tamanho 10.
_____________________________
¹ Nota de rodapé contendo breve currículo do autor (a) e endereço eletrônico.
² Nota de rodapé contendo breve currículo do segundo autor (a) e endereço eletrônico.
2

3
Nota de rodapé contendo breve currículo do orientador (a) e endereço eletrônico.
O texto deve ser justificado, exceto as referências, no final do trabalho, que
devem ser alinhadas a esquerda.Todos os autores citados devem ter a referência
incluída na lista no final no trabalho.

2.1 Conceituando família

A família representa a união entre pessoas que possuem laços sanguíneos,


de convivência e baseados no afeto.

Segundo a Constituição Brasileira (1988), o conceito de família abrange


diversas formas de organização fundamentadas na relação afetiva entre seus
membros. Entretanto, não se trata de um conceito rígido ou imutável. Ao longo da
história, o conceito de famílias já assumiu diversos significados.

Segundo o artigo 226 da Constituição Federal de 1998, “A família é a base da


sociedade, tem especial proteção do Estado”, ou seja, a família é compreendida
como a primeira instituição responsável pela socialização dos indivíduos,
independente da forma como se apresenta na sociedade.

A Família é uma grande força na formação de valores culturais, éticos, morais


e espirituais, que vem sendo transmitidos de geração em geração. O Estado é o
membro protetor dessa instituição, e tem na Constituição Federal e no Código Civil,
amparos legais para garantir essa assistência.

Atualmente, após debates envolvendo diversos setores da sociedade, o


direito brasileiro assumiu de que a constituição familiar se fundamenta no afeto.
Esse entendimento substitui o anterior, que baseava a família no matrimônio e na
procriação.

Na antiga Roma, a família era sobre domínio do poder do pai, afirma Nogueira
(2007, p. 02):
A família romana era organizada preponderantemente, no poder e na
posição do pai, chefe da comunidade. O pátrio poder tinha caráter unitário
exercido pelo pai. Este era uma pessoa sui júris, ou seja, chefiava todo o
resto da família que vivia sobre seu comando.
Durante a Idade Média, houve o estabelecimento da união matrimonial como
um sacramento da Igreja. Essa mudança é uma marca da relação entre a Igreja e o
Estado. Surge a idéia do casamento como uma instituição sagrada, indissolúvel e
destinada à reprodução. É durante esse período que se consolida o conceito de
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família tradicional composto por pai, mãe e seus filhos. Como afirma Nogueira
(2007, p. 03):
Na Idade Média, o Direito, confundido com a justiça, era ditado pela
Religião, que possuindo autoridade e poder, se dizia intérprete de Deus na
terra. Os canonistas eram totalmente contrários à dissolução do casamento
por entenderem que não podiam os homens dissolver a união realizada por
Deus e, portanto um sacramento.
No período após a revolução industrial e a consolidação da
contemporaneidade, houve o aumento da complexidade das relações e das
possibilidades de formação de diversos tipos de famílias.

Essa mudança fez com que houvesse uma evolução do próprio conceito.
Questões relativas ao matrimônio e à reprodução perdem força e o fator
determinante para a formação de uma unidade familiar torna-se o afeto. Desse
modo, existem diversos tipos, que variam de acordo com sua constituição e
organização.

Ao longo dos anos, o significado de família vem sendo alterado. A família


tradicional, família nuclear, composta por pai, provedor da casa; mãe, cuidadora da
família, e seus filhos foram sendo substituída por novos tipos de família.

Atualmente, o entendimento jurídico sobre a família comporta vários tipos de


agregado familiar e visa dar conta de toda a complexidade dos fatores que unem as
pessoas.

Podemos perceber que do início do século XIX até os dias de hoje houve
grandes modificações na instituição família. A sociedade moderna caracteriza-se
por grandes mudanças nos campos da economia, da política e da cultura, afetando
significativamente todos os aspectos da existência pessoal e
social. (jusbrasil.com.br).

Tais mudanças repercutem fortemente na vida familiar, desde o modelo de


formação até o provedor do sustento, entre outros aspectos.

Embora as modificações sofridas, ela continua sendo uma instituição


fundamental de toda e qualquer sociedade, no entanto, as normas do Direito de
Família não se destinam mais a conservar a instituição “família” a todo custo, na
verdade a tutela passa a ser a pessoa humana que faz parte dessa instituição,
desta forma afirma Farias e Rosenvald (2012, p. 31):
4

A família foi, é e continuará sendo o núcleo básico e essencial de qualquer


sociedade. Em sua essência ela continua a mesma: é núcleo estruturante
e estruturador do sujeito. Tudo principia e acaba na família. Mas não nos
referimos somente a família hierarquizada, patrimonializada e como núcleo
de reprodução. Aí, já não está mais a sua essência [...]. Não interessa
mais ao Direito o objeto da família, mas o seu sujeito. [...] Ao Direito deve
interessar muito mais a essência do que a forma. O sujeito é que importa e
não o seu objeto, ou seja, a forma de constituição de família pode até
variar, de acordo com o tempo e o espaço em que ela se encontra, mas
em seu âmago estará sempre o núcleo estruturante da pessoa
e lócus para o desenvolvimento da personalidade e o direito a ser
humano.

Atualmente o conceito de família é considerado um grupo social, afirma


Rodrigues (2009):
Grupo social fundado, essencialmente, em laços de afetividade, pois a
outra conclusão não se pode chegar, sob análise do  texto constitucional.
Assim, afirma-se a importância do afeto para a compreensão da própria
pessoa humana, integrando o seu “eu”, sendo fundamental compreender a
possibilidade de que dele – afeto; decorram efeitos jurídicos diversos.
Essa afetividade traduz-se, concretamente, no necessário e imprescindível
respeito às peculiaridades de cada um de seus membros, preservando a
imprescindível dignidade de todos.
Não obstante os inúmeros conceitos sobre família apresentados, diante das
transformações céleres nas relações familiares, não é possível que se eleja um só
capaz de atender todas as necessidades atuais.

Podemos concluir que atualmente existem muitos tipos de famílias e que


esta instituição atual em nada se parece com o modelo patriarcal, pois até aquelas
semelhantes na formação são bem diferentes no modelo de educação, mas nem
por isso se desviou os deveres que a família tem em relação à educação,
provimento do sustento, condições de vida dignas e de respeito perante o indivíduo
que a forma.

A formação familiar é diversificada sim, mas nem de longe pode ser


negligente ou empurrar essas responsabilidades para as instituições educacionais
ou outras similares a esse processo, ou seja, de cunho social. (jusbrasil.com.br)
2.1.1 Família contemporânea
A família contemporânea possui diversas configurações, por isso um só
conceito seria insuficiente para defini-la. De um modo geral, a palavra “família” pode
ser entendida como um agrupamento humano formado por duas ou mais pessoas,
que possuem ligações biológicas, legais, afetivas ou ancestrais e que, viveram ou
convivem na mesma casa.
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Historicamente, os núcleos familiares foram baseados em um modelo


europeu cristão, constituído basicamente por: pai, mãe e filhos, sendo que, cada um
deles desempenhava uma função diferente dentro de casa. Mas, à medida que a
sociedade foi se desenvolvendo, novos arranjos foram se formando, causando
grande impacto nas configurações familiares.

 Atualmente, a família contemporânea é caracterizada pela sua diversidade,


isso quer dizer que, além de ter mais de um formato, as atividades exercidas pelas
pessoas que formam esse núcleo também são diversificadas.

A família é a primeira instituição da qual os seres humanos têm contato. Logo


ao nascer, interagimos diretamente com nossos familiares. Mães, pais, tios, avós,
irmãos, todos eles, fazem parte dessa construção social que é a família. Ao longo do
tempo, esse grupo promove as condições e o direcionamento para que os novos
integrantes se desenvolvam dentro do espaço familiar e também na sociedade.

Mas, para além daqueles que fazem parte do grupo familiar por traços de
consangüinidade, há os que se tornam parte da família por outros tipos de
interações. No contexto da sociedade moderna, a família também pode ser
entendida como aquela em que as pessoas compartilham afeto, laços de aliança,
respeito, afinidade, cuidado, religião, etnia, raça. 

A formação da família contemporânea também tem como característica


marcante as suas estruturas. Está sendo cada vez mais comum encontrar famílias
monoparentais, que são aquelas constituídas apenas por mãe e os filhos ou o pai e
os filhos. Geralmente, as famílias monoparentais são chefiadas por mulheres,
quando não, as avós assumem essa função.

Outra característica predominante na família contemporânea é que as


funções que antes eram definidas por gênero, não funcionam mais dessa forma.
Antigamente, nas famílias nucleares, homens e mulheres realizam atividades
diferentes. Enquanto o homem era responsável por prover o sustento da casa, a
mulher era responsável pelo lar e pelas crianças. Hoje, nesse mesmo modelo,
ambos participam dos cuidados dos filhos e também trabalharam fora.

Entre as muitas transformações que ocorrem nos arranjos familiares, algumas


delas resultam de um fator predominante, o divórcio. Mesmo com a separação dos
pais, os vínculos familiares permanecem, mas na maioria dos casos, ocorre um
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distanciamento entre pais e filhos, já que eles acabam passando menos tempo com
um dos pais e provavelmente ficam sob os cuidados de terceiros.

Assim como todos os lugares do mundo, a família brasileira também passou


por grandes mudanças. Os arranjos familiares que se limitavam à união do homem e
da mulher já mudaram muito. Isso se deve a fatores como: a escolarização da
mulher e sua inserção no mercado de trabalho, que influenciou diretamente na
queda do número de filhos.

No Brasil, a maioria das famílias são monoparentais, formada por mãe e


filhos, e também há muitos casos em que as crianças são criadas pelas avós ou tias.
Agora, as comunidades LGBT também lutam para ter a possibilidade de constituir
uma família.

Entre os diversos modelos de família contemporânea, estão:

Quadro 1. Tipos de família na contemporaneidade


Essa família de denominação tradicional
Família nuclear normalmente é formada pelo pai e mãe, unidos
pelo casamento ou união de fato, e por um ou
mais filhos, compondo dessa forma uma família
nuclear ou elementar
Família monoparental formada por qualquer um
Família monoparental dos pais e sua prole, e ainda a união estável
também reconhecida como instituição familiar.
No entanto, importante se faz, mencionar que há
também outros tipos subentendidos de
composição familiar que fazem jus ao tratamento
igualitário das três formas expressamente
tratadas por essa mesma constituição
Também chamada de família recomposta, é
Família reconstituída formada por dois adultos e os filhos, que podem
não ser filhos biológicos do casal. Ex: A mãe se
divorcia e se casa com outro homem que já tem
um filho. Juntos eles formam uma família
reconstituída
Composta por adultos do mesmo sexo que
Família homoafetiva possuem filhos
Casais de culturas diferentes se unem e educam
Família intercultural seus filhos com os costumes e idiomas dos dois
grupos culturais e étnicos
Fonte (ano, p)
A família formada através da adoção também é um exemplo de família
contemporânea. Nesses casos, as crianças que são deixadas por seus pais
biológicos encontram uma nova família, que pode ser resultante da união entre um
homem e uma mulher, por uma união homoafetiva ou mãe e pai solo. Embora os
novos modelos familiares tenham maior aceitação atualmente, ainda existe muito
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preconceito na sociedade, a idéia da família nuclear tradicional ainda é


predominante.

A família na contemporaneidade é algo bastante abrangente, de certo modo o


respeito e a tolerância para os diversos tipos de família são de grande importância
para que haja empatia nos tempos atuais.

2.2 Pessoas desaparecida no Amazonas

Pessoas desaparecidas é um fator que chega à sociedade de modo


assustador, em alguns casos como fator misterioso, confuso e doloroso.

Definindo pessoa desaparecida, segundo Oliveira (2012, p 06):


O desaparecido civil é aqui caracterizado como uma pessoa que saiu de um
ambiente de convivência família, ou de algum grupo de referencia
emocional – afetiva - como uma roda de amigos -, para realizar qualquer
atividade cotidiana, não anunciou a sua intenção de partir daquele lugar e
jamais retornou.
Os homens lideraram a lista de pessoas com registro de desaparecimento no
Amazonas, no ano passado (2020), com mais da metade dos casos. Ao todo, foram
320 ocorrências de suposto desaparecimento nas delegacias de Polícia Civil do
estado, 64% envolvendo pessoas do sexo masculino. Os dados são da Secretaria
de Segurança Pública (SSP-AM).

No geral, a notificação de desaparecimentos de pessoas caiu 14% no


Amazonas, em 2020. Manaus concentrou a maioria das ocorrências, com um total
de 307. Pelos registros, não é possível especificar dolo no desaparecimento e, em
alguns casos, eles podem se der por motivos diversos, como desavenças familiares,
viagens sem aviso prévio ou em decorrência de problemas psiquiátricos.

De acordo com levantamento da Delegacia Especializada em Ordem e


Política Social (Deops), da Polícia Civil, 277 pessoas que estavam com registro de
desaparecimento foram localizadas ao longo do ano passado. A unidade é a
responsável pela investigação de casos que envolvem pessoas adultas. Situações
com menores de 18 anos de idade devem ser registrados na Delegacia
Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).

Entre os homens que foram registrados como desaparecidos, a maioria é da


faixa etária de 35 a 64 anos, com 79 casos, o equivalente a 25,7% do total. A faixa
etária de 18 a 24 anos aparece na seqüência, com 44 ocorrências.
8

Já entre as mulheres, a maioria dos desaparecimentos se concentrou no


público de crianças e adolescentes. Na faixa etária de 0 até 11 anos, foram cinco
casos no ano passado. Envolvendo adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos, a
polícia contabilizou 24 Boletins de Ocorrência.

O registro do desaparecimento deve ser feito assim que um familiar ou


pessoa próxima perceber uma ausência fora da rotina. É um mito ter de esperar 24
horas para a notificação. Quanto mais rápido a informação chegar às autoridades
policiais, melhor para a investigação e localização.

Na hora de registrar o Boletim de Ocorrência (BO), é importante fornecer


informações detalhadas, como a roupa com que a pessoa estava vestida e
características físicas, como tatuagens e cicatrizes, além de levar uma foto recente
da pessoa desaparecida. Todos os casos são divulgados para a sociedade pelas
assessorias de comunicação da Polícia Civil e SSP-AM, enviadas aos veículos de
imprensa e publicadas nas redes sociais dos órgãos.

Durante as investigações, o banco de cadáveres do Instituto Médico Legal


(IML) e os registros de pessoas internadas em hospitais sem identidade são
checados. Familiares também devem ajudar nesse processo, fazendo buscas em
hospitais, postos de saúde, delegacias, abrigos públicos e no IML.

O registro de desaparecimento pode ser feito por familiares ou amigos em


qualquer delegacia. No caso de crianças e adolescentes (até 17 anos), o registro
pode ser feito diretamente na DEPCA, localizado na rua Seis, nº 1, conjunto Bela Vista,
bairro Planalto, zona centro-oeste da cidade.

Casos de pessoas a partir de 18 anos podem ser registrados diretamente na


Deops, localizada naavenida professor Nilton Lins, s/n°, parque das laranjeiras, zona
centro-sul, com seu horário de funcionamento das 8h ás 17h.

2.3 Causas de desaparecimentos


As causas do desaparecimento de pessoas são muitas: fuga do lar em função
de conflitos familiares, transtornos mentais, depressão, violência, alcoolismo, uso de
drogas. As causas são muitas, mas no Distrito Federal o número de adolescentes
que fogem devido a conflitos em casa é muito alto. Para a Organização das Nações
Unidas (ONU), quanto mais tempo a pessoa permanece desaparecida, mais
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vulnerável setorna, correndo risco de exploração ou de abusos. E isso se agrava


quando se trata de crianças ou adolescentes. (www12.senado.leg.br)

No caso de menores, existe uma norma expressa do Estatuto da Criança e do


Adolescente (ECA) que diz que, após a notificação, deverá ser emitido um alerta a
portos, aeroportos, polícia rodoviária e companhias de transporte interestaduais e
internacionais, com todos os dados necessários à identificação do desaparecido.
Caso a polícia se recuse a registrar o boletim de ocorrência, o MinistérioPúblicodeve
ser comunicado, e a violação ao direito também pode ser informada ao Disque
Direitos Humano (telefone 100). (Agência Senado)

2.4 O desaparecimento e a questão social

“O IBGE mostra que, entre 2016 e 2017, houve um aumento de 11,2% de


famílias abaixo da linha da pobreza. O índice de vulnerabilidade social, feito pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que o Norte e o Nordeste
concentram mais de metade das rotas de tráfico internacional de pessoas com
destino à Europa. Devíamos ter um cruzamento de dados entre hospitais, redes
hoteleiras, institutos médicos legais, aeroportos, portos e rodoviárias”.
(www2.camara.leg.br).

“Dados inéditos recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil


registra oito desaparecimentos por hora nos últimos 10 anos. Foram registrados
693.076 boletins de ocorrência por desaparecimento no Brasil de 2007 a 2016,
segundo dados compilados pelo Fórum em estudo feito a pedido do Comitê
10

Internacional da Cruz Vermelha. É a primeira vez que dados de desaparecimento


estão presentes no anuário de violência do Fórum”. (Relat. Pesq. NUPEGRE, 2019,
p. 22)
O Distrito Federal concentra o maior número de registros: 106 por 100 mil
habitantes. E a razão é bastante simples: embora não registre um número
maior de desaparecidos do que os outros estados, o Distrito Federal tem um
banco de informações que interliga os órgãos, como hospitais, asilos,
institutos médicos legais, serviços de verificação de óbito, entre outros,
cosiderados por especialistas estratégicos para entender e combater o
desaparecimento no pais. ( Relat. Pesq. NUPEGRE, 2019, P . 23)
Ferreira (2015) caracteriza como o desaparecimento de pessoas é gestado e
gerido no Brasil contemporâneo, tanto por meio das ocorrências policiais e da
administração dos casos de desaparecimento, quanto como problema social. A
autora analisa a gestão de casos em uma delegacia especializada no Rio de
Janeiro, especificamente as “[...] formas cotidianas, regulares e rotinizadas por meio
das quais casos que não gozam de notoriedade pública são geridos em nossas
instituições, em especial as repartições policiais” (Ferreira, 2015, p. 23). O fenômeno
do desaparecimento é permeado por dúvidas e imprecisões, nos quais casos muito
heterogêneos são reunidos e geridos através de um processo de produção social da
indiferença.

As comunicações de desaparecimentos apresentam-se como incógnitas ou


mistérios que na rotina burocrática são convertidos em ocorrências perfeitamente
decifráveis, a partir de um leque de hipóteses muito restrito.

Reforça-se a ideia de que o desaparecido é encontrado pela própria família,


seja através das informações sobre o desaparecido, mas também por meio da
comunicação de retorno do mesmo: “[...] cabe à polícia preencher papel e devolver
às famílias seus problemas na forma de conselhos e compromissos, reputações e
relações de dependência nos registros de ocorrências, termos de declarações,
ofícios, relatórios e outros documentos. (Ferreira, 2015, p.269).

Segundo Oliveira (2012), entre as queixas dos familiares está a cultura


policial tradicional como entrave para a busca pelo desaparecido, pois estes
profissionais encaram o desaparecimento como uma questão menor por não ser
tipificado como crime. Na visão dos policiais, os desaparecimentos são causados
por conflitos familiares, são, portanto, responsabilidade da família (Ferreira, 2013).
As narrativas suscitadas pela mobilização dos familiares de pessoas desaparecidas
11

sugerem que o sofrimento das famílias é parte integrante, senão central, do


problema do desaparecimento. Esse sofrimento é evidenciado quando se supõe
causas para os desaparecimentos ou se definem prioridades de investigação, como
nos supostos casos de fuga, quando se pressupõe que o desaparecimento foi
produzido por escolha do desaparecido (Oliveira, 2012).

REVER CITAÇÃO COLOCAR NOME DO AUTOR DA OBRA, ANO E PAG


2.5 Atuação do assistente social com pessoas desaparecidas

Refletindo sobre o cenário atual que expressa a complexidade para a garantia


das políticas públicas, com as quais o Serviço Social enfrenta, é de extrema
importância estabelecer uma rede de serviços como estratégia para articular todos
os setores que contribuam para atender os usuários em suas mazelas.

Pautado na Política de Assistência Social, regulamentada pelo SUAS, se faz


necessário à atuação do assistente social que, ao identificar a demanda do usuário
e/ou família, tem a possibilidade de realizar o encaminhamento às redes
socioassistenciais que possuam meios tais como programas, prestação de serviços,
requerimento de benefícios, entre outros, para o cidadão.

Além de promover espaços de controle social para que a população se torne


participativa, tendo em vista os retrocessos nas conquistas e benefícios no cenário
atual. Esses espaços seriam fóruns de discussão, reuniões de conselho, debates de
organizações civis, entre outros.

O Serviço de Descoberta de Paradeiros é garantido juridicamente na esfera


federal, pela Lei 13.812 de 16 de março de 2019, que modifica a legislação anterior
referente à regulamentação 8.069 de 13 de junho de 1990 e tem por finalidade
abranger não só crianças e adolescentes, mas a população desaparecida em geral,
isto é, na antiga 6 Anais do 16º Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais
legislação, a norma somente abrangia menores de idade, atualmente após a
alteração dessa lei, passa a ser englobada toda a população.

Autoridades federais e estaduais são responsáveis por sistematizar e unificar


as informações sobre os desaparecidos, com a proposta de articular as ferramentas
de cada órgão com a intenção de descoberta do paradeiro. A lei também determina
que haja uma rede de informações através de uma base de dados que facilite as
investigações das autoridades de segurança pública, a partir do registro de
12

ocorrência esses dados são inseridos imediatamente nesse cadastro nacional, caso
seja criança ou adolescente, o caso se torna ainda mais delicado devido à maior
vulnerabilidade.

Com base nesse levantamento feito através da rede de informações, é


elaborado um relatório anual com a estatística do desaparecimento citando o
número total de pessoas desaparecidas, número de crianças e adolescentes,
quantidade de casos solucionados e causas do desaparecimento.

Essa coleta de dados é responsabilidade da autoridade federal e das


autoridades estaduais. A atuação da sociedade civil tem papel fundamental na
divulgação dos desaparecidos. Também são importantes nessa ação, outras
instituições que trabalhem com os usuários afetados como: o Conselho Tutelar, IML,
Ministério público, entre outras instituições que possuem papéis singulares nesta
ação multidisciplinar.

Os veículos de comunicação são inseridos no processo de descoberta de


paradeiros, bem como os locais de grande exposição como os meios de transporte
público que possuem espaço para divulgação, que só poderá acontecer com a
autorização da família e a investigação só finaliza com a descoberta do paradeiro.

2.6 As redes de atendimentos do Serviço Social com as famílias que buscam


por familiar desaparecidos.

2.6.1 A burocracia que atrapalha na busca dos desaparecidos

2.6.2 Conhecendo as leis que determina a investigação imediata

Em vigor no Brasil, desde 18 de março de 2019, a Lei nº 13.812, de 16 de


março de 2019, que instituiu a Política Nacional de Busca de Pessoas
Desaparecidas, criou o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas e determinou
mudanças na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente).

A nova lei nasceu, fruto do projeto de Lei  nº 6699/2009 e do Projeto de Lei da


Câmara nº 144, de 2019, que objetivaram, especialmente, a criação do Cadastro
Nacional de Pessoas Desaparecidas, com a seguinte justificativa:
"(...) O desaparecimento de pessoas no Brasil é um fenômeno ainda pouco
compreendido em suas causas. Não existem estatísticas precisas sobre
esse assunto, mas estima-se que no Brasil desapareçam cerca de 45.000
pessoas todos os anos. Muitos desses casos se resolvem em pouco tempo
13

e se devem a fugas voluntárias. No entanto, cerca de 15% deles


permanecem sem solução. Essa quantidade de ocorrências que
permanecem insolúveis é elevada e justifica a criação de um Cadastro
Nacional de Pessoas Desaparecidas, que é o objeto de nossa
proposição(...)"
Relevante salientar que o Brasil, por meio do Decreto nº 8.767, de 11 de maio
de 2016, promulgou a Convenção Internacional para a Proteção de Todas as
Pessoas contra o Desaparecimento Forçado, firmada pela República Federativa do
Brasil em 6 de fevereiro de 2007.

Tema de suma importância para a sociedade brasileira em face do crescente


número de registros de pessoas desaparecidas neste Torrão, inúmeras vezes para
fomentar o tráfico de pessoas, crime criado recentemente com novo arranjo na
legislação brasileira por meio da inserção do artigo 149-A do Código Penal, lei nº
13.344/2016, consistente em:
 "agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher
pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a
finalidade de remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo, submetê-la a
trabalho em condições análogas à de escravo, submetê-la a qualquer tipo
de servidão, adoção ilegal ou  exploração sexual, nesse último caso,
revogando os artigos 231 e 231-A do Código Penal"  
Para fins do novíssimo comando legal, considera-se:
I - pessoa desaparecida: todo ser humano cujo paradeiro é desconhecido,
não importando a causa de seu desaparecimento, até que sua recuperação
e identificação tenham sido confirmadas por vias físicas ou científicas;
II - criança ou adolescente desaparecido: toda pessoa desaparecida menor
de 18 (dezoito) anos;
III - autoridade central federal: órgão responsável pela consolidação das
informações em nível nacional, pela definição das diretrizes da investigação
de pessoas desaparecidas e pela coordenação das ações de cooperação
operacional entre os órgãos de segurança pública;
IV - autoridade central estadual: órgão responsável pela consolidação das
informações em nível estadual, pela definição das diretrizes da investigação
de pessoas desaparecidas em âmbito estadual e pela coordenação das
ações de cooperação operacional entre os órgãos de segurança pública;
V - cooperação operacional: compartilhamento de informações e integração
de sistemas de informação entre órgãos estaduais e federais com a
finalidade de unificar e aperfeiçoar o sistema nacional de localização de
pessoas desaparecidas, coordenado pelos órgãos de segurança pública,
com a intervenção de outras entidades, quando necessário.
A nova lei determina que a busca e a localização de pessoas desaparecidas
são consideradas prioridade com caráter de urgência pelo poder público e devem
ser realizadas preferencialmente por órgãos investigativos especializados, sendo
obrigatória a cooperação operacional por meio de cadastro nacional, incluídos
órgãos de segurança pública e outras entidades que venham a intervir nesses
casos.
14

Para o fiel cumprimento desta prioridade, torna-se imperioso que o poder


público possa observar as seguintes diretrizes:
I - desenvolvimento de programas de inteligência e articulação entre órgãos
de segurança pública e demais órgãos públicos na investigação das
circunstâncias do desaparecimento, até a localização da pessoa
desaparecida;
II - apoio e empenho do poder público à pesquisa e ao desenvolvimento
científico e tecnológico voltados às análises que auxiliem e contribuam para
a elucidação dos casos de desaparecimento, até a localização da pessoa
desaparecida;
III - participação dos órgãos públicos e da sociedade civil na formulação, na
definição e no controle das ações da política de que trata a referida norma.
IV - desenvolvimento de sistema de informações, transferência de dados e
comunicação em rede entre os diversos órgãos envolvidos, principalmente
os de segurança pública, de modo a agilizar a divulgação dos
desaparecimentos e a contribuir com as investigações, a busca e a
localização de pessoas desaparecidas;
V - disponibilização e divulgação, na internet, nos diversos meios de
comunicação e em outros meios, de informações que contenham dados
básicos das pessoas desaparecidas;
VI - capacitação permanente dos agentes públicos responsáveis pela
investigação dos casos de desaparecimento e pela identificação das
pessoas desaparecidas.

Para a definição no controle das políticas públicas, farão parte do sistema de


proteção os seguintes órgãos:
I - de órgãos de segurança pública;
II - de órgãos de direitos humanos e de defesa da cidadania;
III - dos institutos de identificação, de medicina legal e de criminalística;
IV - do Ministério Público;
V - da Defensoria Pública;
VI - da Assistência Social;
VII - dos conselhos de direitos com foco em segmentos populacionais
vulneráveis;
VIII - dos Conselhos Tutelares. 

O Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas, que tem por objetivo


implementar e dar suporte à política de que trata a novíssima lei será composto de:
I - banco de informações públicas, de livre acesso por meio da internet, com
informações acerca das características físicas das pessoas desaparecidas,
fotos e outras informações úteis para sua identificação sempre que não
houver risco para a vida da pessoa desaparecida;
II - banco de informações sigilosas, destinado aos órgãos de segurança
pública, com registros padronizados de cada ocorrência e com o número do
boletim de ocorrência, que deverá ser o mesmo do inquérito policial, bem
como informações acerca das características físicas das pessoas
desaparecidas, fotos, contatos dos familiares ou responsáveis pela inclusão
dos dados da pessoa desaparecida no cadastro e qualquer outra
informação relevante para sua pronta localização;
III - banco de informações sigilosas, destinado aos órgãos de segurança
pública, que conterá informações genéticas e não genéticas das pessoas
desaparecidas e de seus familiares, destinado exclusivamente a encontrar e
a identificar a pessoa desaparecida.
15

A autoridade central federal e as autoridades centrais estaduais elaborarão


relatório anual, com as estatísticas acerca dos desaparecimentos, do qual deverão
constar:
I - número total de pessoas desaparecidas;
II - número de crianças e adolescentes desaparecidos;
III - quantidade de casos solucionados;
IV - causas dos desaparecimentos solucionados. 

Ao ser comunicada sobre o desaparecimento de uma pessoa, a autoridade do


órgão de segurança pública, em observância às diretrizes elaboradas pela
autoridade central, adotará todas as providências visando à sua localização,
comunicará o fato às demais autoridades competentes e incluirá as informações no
Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas.

O desaparecimento de criança ou adolescente será comunicado ao Conselho


Tutelar. A autoridade alertará o comunicante acerca da necessidade de informar o
reaparecimento ou retorno da pessoa desaparecida.

As investigações sobre o desaparecimento serão realizadas até a efetiva


localização da pessoa.

As autoridades de segurança pública, mediante autorização judicial, poderão


obter dados sobre a localização de aparelho de telefonia móvel sempre que houver
indícios de risco à vida ou à integridade física da pessoa desaparecida.

Os hospitais, as clínicas e os albergues, públicos ou privados, deverão


informar às autoridades públicas sobre o ingresso ou o cadastro de pessoas sem a
devida identificação em suas dependências.

A transmissão de alertas restringir-se-á aos casos em que houver


informações suficientes para a identificação e a localização da criança ou do
adolescente desaparecido ou do suspeito. 

O poder público também poderá promover, mediante convênio com órgãos de


comunicação social e outros entes privados, a divulgação de informações e imagens
de pessoas desaparecidas ainda que não haja evidência de risco à vida ou à
integridade física dessas pessoas.
16

A Lei nº 13.812, de 2019 determinou nova ao artigo 83 do Estatuto da Criança


e do Adolescente, prevendo que nenhuma criança ou adolescente menor de 16
(dezesseis) anos poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado
dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial.

A autorização não será exigida quando tratar-se de comarca contígua à da


residência da criança ou do adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na
mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana ou a
criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver
acompanhado:               
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado
documentalmente o parentesco;
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou
responsável.

O artigo 18 que determinava prazo de 90 dias para o Poder Executivo


regulamentar a lei foi vetado, com as seguintes razões:
“A propositura legislativa ao estabelecer, em seu artigo 18, o prazo de 90
(noventa) dias para que o Poder Executivo regulamente o disposto na
norma, acaba por violar o princípio da interdependência e harmonia entre os
poderes, que encontra espeque no art. 2º da Constituição da República.
A Constituição estabelece um modelo de Estado que não se baseia em uma
separação estanque de poderes, mas em um sistema de freios e
contrapesos que envolvem limitações recíprocas entre eles, assim como
prevê a possibilidade do exercício de competências que tipicamente
caberiam a outro, com o fim de dar efetividade às disposições
constitucionais e evitar atos eventualmente abusivos por parte de cada um
deles. É a independência e interdependência dos poderes do Estado.
Portanto, ao fixar o prazo de 90 (noventa) dias para que o Poder Executivo
exerça a função regulamentar prevista no artigo 84, IV da Constituição da
República, o Projeto de Lei em apreço, além de restringir o exercício de um
poder administrativo para além das hipóteses constitucionalmente previstas,
infringiu o princípio da harmonia e independência entre os poderes na
esteira, inclusive, da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, espelhada
na ADI 3394, por seu Tribunal Pleno, julgado em 02/04/2007."

Na legislação brasileira não existe tempo mínimo de espera para notificar a


polícia sobre o desaparecimento de alguém.

O recomendado, inclusive, é que a ocorrência seja registrada nas primeiras


horas da ausência. Isso tende a facilitar a localização pelos investigadores.

Em diversas Unidades da Federação o serviço de registros de ocorrência é


disponibilizado ao cidadão, pela internet, na Delegacia Virtual que oferece a
Notificação de desaparecimento.
17

A Lei nº 11.259/2005, conhecida como "Lei da Busca Imediata" determinou a


investigação policial imediata em caso de desaparecimento de crianças
ouadolescentes ao criar a obrigatoriedade no artigo 208, § 2º, da Lei nº 8.069/90, in
verbis:
"A investigação do desaparecimento de crianças ou adolescentes será
realizada imediatamente após notificação aos órgãos competentes, que
deverão comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e
companhias de transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes
todos os dados necessários à identificação do desaparecido".

O sistema de proteção legal é complementada pela lei nº 12.393/2011, que


instituiu a "Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança
Desaparecida", que realiza-se anualmente no país entre 25 a 31 de março.
Art. 2º Fica instituída a Semana de Mobilização Nacional para Busca e
Defesa da Criança Desaparecida, que será realizada, anualmente, de 25 a
31 de março.
Parágrafo único. Durante essa semana, serão desenvolvidas atividades que
visem a promover a busca e a defesa das crianças desaparecidas no
território nacional.

Segundo dados oficiais divulgados em fontes abertas, somente em Minas


Gerais, foram registrados de mais de 20 casos de pessoas desaparecidas,
diariamente, no ano de  2018.  

O Brasil encerrou o ano de 2017 com 82.684 boletins de ocorrência


registrando o desaparecimento de pessoas, segundo revelou o Anuário Brasileiro de
Segurança Pública. Os motivos são vários, desde conflitos dentro de casa, rebeldia,
doenças psiquiátricas, dívidas financeiras, até condutas criminosas de sequestros,
cárcere privado e tráfico de pessoas.

O novel comando normativo introduzido no Brasil teve por finalidade principal


o fortalecimento das políticas públicas em prol da busca das pessoas
desaparecidas, sobretudo, com a criação do Cadastro Nacional de Pessoas
Desaparecidas e modificação do artigo 83 do ECA que disciplina a autorização de
viagem a crianças e adolescentes menores de 16 anos, e mais que isso, com o
desenvolvimento de programas de inteligência e articulação entre órgãos de
segurança pública e demais órgãos públicos na investigação das circunstâncias do
desaparecimento, até a localização da pessoa desaparecida.

O novo arranjo penal do tráfico de drogas previsto no artigo 149-A do Código


Penal nos parece mais coerente com a finalidade protetiva das pessoas
18

desaparecidas, muitas delas arrancadas do seu ambiente para remoção de órgãos,


doação ilegal, para imposição de trabalhos análogos à condição a de escravo,
exploração e turismo sexual, além de diversas outras causas de desaparecimento,
num verdadeiro luto sem fim, uma angústia desmedida, sofrimento infinito, e neste
contexto, visando a deflagração de soluções viáveis para estes casos, amenizando a
dor de familiares, destaca-se o desenvolvimento de sistema de informações,
transferência de dados e comunicação em rede entre os diversos órgãos envolvidos,
principalmente os de segurança pública, de modo a agilizar a divulgação dos
desaparecimentos e a contribuir com as investigações, a busca e a localização de
pessoas desaparecidas.
2.7 Resultados

2.6. Metodologia

A metodologia abordada no projeto de pesquisa é extremamente relevante


porproporcionar não somente a realização de análise críticas a respeito do exercício
profissional, mas também proporcionar a capacidade para discernir quanto a
importância de um trabalho qualificado e pautado nos princípios do código de ética,
bem como a relevância de pesquisas neste campo de atuação, como contribuição
para a qualificação do trabalho do assistente social no instituto médico legal. A
realização deste projeto contará com a coleta de dados, junto aos sujeitos da
pesquisa e sua análise será realizada com técnicas de pesquisa quantitativa e
qualitativa.

A sistematização dos dados com base na leitura quantitativa, Segundo


Chizzotti (2005p.42) propicia ao pesquisador descrever, explicar e predizer os fatos,
enquanto a análise qualitativa permite ao pesquisador compreender, e interpretar as
informações obtidas no decorrer do estudo “o conjunto de dados quantitativos e
qualitativos não se opõem, ao contrário, se complementam, porque a realidade
abrangida por eles interage dinamicamente, excluindo qualquer dicotomia”.

Segundo Gil (1987, p,31), o método dialético, as considerações acerca da


dialética costumam ser polemicas, porque invariavelmente conduzem a questões de
natureza ideológica, entretanto, a dialética envolve muito mais aspectos do que
geralmente se supõe.
19

A metodologia cientifica é um caminho que procura a verdade num processo


de pesquisa, ou aquisição de conhecimentos; um caminho que utiliza procedimentos
científicos, critérios normalizados e aceitos pela ciência (MICHEL, 2005, p.51).

A Qualificação do Projeto será desenvolvida no Instituto Médico Legal - IML


Av.Noel Nutels, 300 - Cidade Nova II, Manaus/AM em Março de 2021 a dezembro
de 2021, será realizada de forma qualitativa, a pesquisa é bibliográfica e de campo,
durante o desenvolvimento deste projeto será desenvolvido alguns formulários com
algumas perguntas abertas e fechadas, com o intuito de sabemos mais sobre a
dificuldade que oprofissional encontra no momento do desespero da família.

Este projeto tem como objetivo geral promover reflexões sobre trabalho
realizado pelo assistente social no instituto médico legal na busca das pessoas
desaparecidas, junto ao sujeito da pesquisa e dados secundários, junto ao banco de
dados no IML onde irá trazer maior cientificidade a pesquisa. O sujeito da pesquisa
foram as pessoas desaparecidos, cujos os dados foram pesquisados através dos
documentos do IML e asassistentes sociais que são os profissionais que coordenam
e executam esse serviço na instituição.
* coleta do dados através de qual instrumentos, a análise dos dados, os princípios
éticos.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
20

REFERÊNCIAS
https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania/burocracia-
atrapalha-busca-de-desaparecidos
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-
permanentes/cdhm/noticias/desaparecidos-e-esquecidos.
https://jus.com.br/artigos/72895/pessoas-desaparecidas-lei-n-13-812-2019-
novo-desenho-das-politicas-publicas-no-brasil

https://books.google.com.br/books?id=ctLoAgAAQBAJ&lpg=PA11&ots=W-A2ZFtwpg&dq=pessoas
%20desaparecidas&lr&hl=pt-BR&pg=PA13#v=onepage&q&f=false

Relat. Pesq. NUPEGRE, Rio de Janeiro, n. 3, 2019.


https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/173797/001061594.pdf?
sequence=1&isAllowed=y

AGRADECIMENTOS (opcional)

Agradecimentos a pessoas e/ou instituições, se for o caso, devem ser inseridos


após os elementos pós-textuais e de maneira sucinta. Caso o trabalho tenha
recebido recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes), atentar para o que consta na Portaria nº 206, de 4 de setembro de
2018.

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