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Índice

1. Introdução............................................................................................................................1
1.1. Objectivos........................................................................................................................1
1.1.1. Objectivo geral.............................................................................................................1
1.1.2. Objectivos específicos..................................................................................................1
1.2. Metodologia.....................................................................................................................1
2. Referencial Teórico..............................................................................................................2
2.1. A família..........................................................................................................................2
2.2. Família e os diferentes arranjos sociais............................................................................2
2.3. Estratificação Social.........................................................................................................5
2.4. As classes sociais.............................................................................................................6
2.5. Status................................................................................................................................7
2.6. Instituições sociais e socialização.....................................................................................8
2.6.1. Casamento como Instituições Sociais...........................................................................9
3. Conclusão...........................................................................................................................10
4. Referências bibliográficas..................................................................................................11
1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre a família como célula produtiva de bens e fonte
da procriação. A estratificação social e os papéis sociais. O casamento como uma
instituição social. A família é o primeiro grupo social que pertencemos, e que este
agrupamento vária conforme o tempo, o espaço, a conjuntura, o mercado de trabalho,
enfim, conforme as transformações da sociedade e do mundo do trabalho como um todo
a família como instituição social primária e célula mater da sociedade sempre existiu.

As famílias constituem como atores fundamentais no provimento de serviços, de


protecção social aos indivíduos frente aos riscos e vulnerabilidades em que estão
expostos; tem função sexual, reprodutiva, económica, social, cultural e educacional.
Trata-se de um espaço de distribuição de recursos materiais, económicos, de
afectividade, cuidados, herança e construção de valores, de cultura e de troca de saberes.
É um espaço permeado de conflitos, de socialização dos seus membros; é fonte de
referências morais, de vínculos afectivos e sociais.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Compreender a família como célula produtiva de bens materiais e fonte da
procriação. A estratificação social e os papéis sociais. O casamento como
instituição social.

1.1.2. Objectivos específicos


 Definir a família
 Descrever a família como célula produtiva de bens matérias e fonte de
procriação
 Descrever a estratificação social e os papéis sociais.
 Descrever o casamento como instituição social.

1.2. Metodologia
A metodologia utilizada se deu de uma revisão bibliográfica. Tal como salientam
Lakatos & Marconi (2006, p 315), a pesquisa bibliográfica tem como finalidade colocar
o pesquisador em contacto directo com uma expressiva parte das publicações referentes
ao assunto investigado, e não consiste em mera repetição do que já foi dito ou escrito.

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2. Referencial Teórico
2.1. A família
Podemos dizer que a família é o primeiro grupo social que pertencemos, e que
este agrupamento varia conforme o tempo, o espaço, a conjuntura, o mercado de
trabalho, enfim, conforme as transformações da sociedade e do mundo do trabalho
como um todo

A família como instituição social primária e célula mater da sociedade sempre


existiu. De acordo com Castel (1998), desde a Idade Média, a família estabelece modos
de organização colectiva e protege os membros mais carentes da comunidade por meio
de uma assistência mínima, constituindo o que ele denomina de “socialização primária”,
em que a perda dessa referência para o indivíduo seria o início do processo de
desfiliação.

As famílias são fundamentais no provimento de serviços, de protecção social aos


indivíduos frente aos riscos e vulnerabilidades em que estão expostos; tem função
sexual, reprodutiva, económica, social, cultural e educacional. Trata-se de um espaço de
distribuição de recursos materiais, económicos, de afectividade, cuidados, herança e
construção de valores, de cultura e de troca de saberes. É um espaço permeado de
conflitos, de socialização dos seus membros; é fonte de referências morais, de vínculos
afectivos e sociais; de identidade grupal, bem como de mediação das relações dos seus
membros com outras instituições sociais, com a comunidade e com o Estado.

Para a psicóloga Szymanski (2002, p.15) “as famílias buscam uma adequação
entre os valores herdados, os partilhados com os pares e os novos valores, que vêm de
seu contacto com outras informações e com outros segmentos da sociedade”.

Família pode ser constituída por grupo de pessoas com ou sem consanguinidade
que convivem ou não no mesmo teto. Pode se configurar ainda, como associação de
pessoas que escolhem conviver por razões afectivas e assumem um compromisso de
cuidado mútuo.

2.2. Família e os diferentes arranjos sociais


Considerando os diferentes arranjos ou tipos de composição familiar, estudiosos
brasileiros, como Kaslow, Foster, Sarti, Szymanski, entre outros, partindo do
pressuposto de que não há uma única definição para família, mas que é imprescindível
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compreender este agrupamento humano como um núcleo em torno do qual as pessoas se
unem, primordialmente, por razões de um projecto de vida em comum, em que
compartilham o quotidiano, e, no decorrer das trocas intersubjectivas, transmitem
tradições, culturas, valores, planejam seu futuro, acolhem-se, atendem as necessidades
de seus membros, formam crianças e adolescentes. (Szymanski, 2002, p. 10). Neste
contexto, tais autores, apontam algumas possibilidades de definição para família, a
saber:

1. Família Nuclear: inclui duas gerações com filhos biológicos;


2. Família extensa: inclui 3 ou 4 gerações (avós, netos, filhos, pais ....).
3. Famílias adoptivas, que podem ser bi-raciais e/ou multiculturais;
4. Família homoafectivas: compostas por parceiros do mesmo sexo com ou sem
filhos/as.
5. Famílias reconstituídas depois do divórcio;
6. Famílias monoparentais: chefiadas por pai ou mãe;
7. Família mononuclear: inclui apenas uma geração com filhos biológicos.
8. Famílias alternativas: o objectivo é buscar novas formas de convivência,
compartilhando as despesas, o consumo etc. Exemplo: comunidades hippies,
repúblicas.
9. Famílias Fraternais aquelas em que não há relacionamento sexual entre os
adultos. Há uma relação fraterna.
10. Casais.
11. Outras.

Considerando a relação de exercício de poder na família, esta pode ainda ser


classificada como:

a) Patriarcal: o homem detém o poder sobre a mulher, filhos, negócios – relação de


submissão; homem é o “chefe”; relação sexual com esposa voltado mais para a
procriação.

b) Matriarcal: a mulher detém o poder

c) Democrática: o poder é compartilhado.

Entretanto, quaisquer que sejam a composição da família, esta se encontram


subordinadas as relações afectivas, sociais e económicas estabelecidas entre seus

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membros que estão em permanentes processos de construção e reconstrução da visão de
homem e de mundo, a qual influencia directamente nas relações familiares e tão logo na
composição familiar.

Diante das “classificações” acima, para buscar reflectir sobre os diferentes


arranjos familiares, nos deparamos com o desafio, de como classificar as relações
institucionais, já que muitas pessoas institucionalizadas têm neste espaço a constituição
de suas relações familiares? Ou seja, como classificar instituições, tipo abrigo, que têm
a figura, por exemplo, de pais sociais? Poderíamos denominar como família social ou
como família artificial (partindo do pressuposto que família natural é a família
biológica)?

Ao se constituir, a família passa a ter deveres, responsabilidades com os seus


membros: protecção, cuidados, educação, socialização, (re)produção e consumo de bens
materiais, entre outros elementos supracitados em linhas anteriores deste texto. Ao
mesmo tempo, a família também tem direitos: como o direito da posse e da guarda das
crianças e dos adolescentes, além do direito à herança, entre outros. O Estado, a não ser
por fortes razões que coloquem em risco a vida de uma pessoa por negligência ou
violência, não pode retirar o poder familiar. Entretanto, existem famílias que vivenciam
a perda do poder sobre seus membros e que o Estado para garantir a protecção integral
conta com instituições sociais para abrigar tais pessoas.

Essas instituições têm como objectivo atender a pessoa institucionalizada e


garantir a ela a protecção social, seus direitos a vida, a saúde, à alimentação, o lazer, à
cultura, à dignidade, o respeito, à liberdade, entre outros elementos para vivência
humana. Como exemplo, quando se trata de criança e/ou adolescente, a instituição deve
atender o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA, (Lei n.
8.069/1990), em especial ao artigo 4º. e 19º. :

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária. (ECA, artigo. 4º)

Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua
família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência

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familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes
de substâncias entorpecentes. (ECA, artigo. 19º)

No âmbito institucional, tais crianças e adolescentes encontram os denominados


“pais sociais”, que são profissionais, remunerados pelo Estado para exercer a atribuição
de pais/mães. A diferença entre essa família institucionalizada (que aqui para facilitar a
compreensão, podemos denominá-la de família artificial e “chefiada” pelos Pais
Sociais), é que recebem remuneração governamental para exercerem a atribuição de
pais para as crianças e/ou adolescentes institucionalizados. Vale advertir que os Pais
Sociais não têm o direito de brigar pela posse e guarda das crianças e adolescentes
institucionalizados. A guarda é de posse da direcção da instituição, do Estado, enquanto
aqueles ali permanecerem.

Além do exposto, é fato que família também é um espaço de conflitos, os quais


podem ser resultantes de diferentes factores, como por exemplo: a presença de pessoas
de gerações diferentes (que certamente têm necessidades, vontades e formas de pensar
diferentes conforme a idade de cada um); a presença de gêneros diferentes (cujas
diferenças foram construídas socialmente no processo de socialização entre homens e
mulheres); origens sociais e culturais diferentes (de, pelo menos, dois dos adultos
residentes, pois antes de se unirem pertenciam a outro grupo familiar); as diferenças
étnicas, culturais, económicas, de origem de classe entre membros da família,
principalmente entre os adultos responsáveis.

Diante das diferentes formas de se classificar a família, bem como diante das
transformações que essa instituição vem sofrendo ao longo do desenvolvimento do
processo social e histórico, concluímos que

“(...) a família como uma instituição social deve progredir na mesma proporção
com que progrida a sociedade, se modificando a medida que a sociedade se
modifique. A família é então o produto do sistema social e reflectirá o estado
de cultura desse sistema.” (ENGELS, 1984,p.124)

2.3. Estratificação Social


É provável que, mesmo no ambiente virtual, muitas das relações de nossos
alunos estejam marcadas por algum tipo de diferença sistematizada – seja de natureza
económica, etária, sexual, étnica, estética, status, etc. Não raro, ao chegar à escola, o
adolescente traz consigo uma visão naturalizada das desigualdades vivenciadas no dia-

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a-dia. Há realmente os que acreditam que os homens nasceram para ser servidos pelas
mulheres, que a pobreza é vontade de Deus, que os brancos são superiores aos negros,
que a velhice é inferior às outras etapas da vida, que os gays são aberrações, que os
gordos não podem ser felizes, entre outras.

O conceito de estratificação é utilizado para se referir à desigualdade decorrente


de uma distribuição diferenciada de riquezas, poder, honras e privilégios dentro de uma
sociedade, a partir de uma combinação variada de elementos diferenciadores, ainda que
haja a predominância de um ou alguns deles. Dependendo da forma como a sociedade
se ordena/organiza ao longo da História, podemos perceber os tipos de discriminações
produzidas e em que justificativas estão baseadas. Ao apanhar, como exemplo, a
estrutura social do Brasil escravista colonial, verifica-se que vários elementos
diferenciadores combinados entre si concorriam para produzir as desigualdades, tais
como: o acesso à terra e ao mercado; as prerrogativas de ser homem ou mulher; o fato
de ser branco, negro ou mestiço; as condições de livre ou de escravo; a assimilação ou
não do credo cristão; entre outros. A posição de um indivíduo na estrutura dependia
desses qualitativos e das suas diversas relações com os demais dentro de um contexto
marcado pela existência da arbitrariedade colonialista do Estado português, da
concentração fundiária, do escravismo, do modelo moral de família patriarcal, da
segregação étnica, da condição civil e da imposição religiosa.

2.4. As classes sociais


Operar com certas terminologias requer, antes de tudo, entender de que
esquemas interpretativos elas emergem. Um conceito nunca está sozinho, é relacional,
designa um aspecto do processo que só pode ser compreendido a partir de sua conexão
com os outros conceitos/aspectos que compõem a teoria em questão. Assim, não há um
consenso sobre o significado/natureza do conceito de classes sociais, pois as suas
variadas definições estão filiadas a visões teóricas e de mundo diferenciadas. A título de
exemplo, discorreremos sobre aquelas consideradas definições clássicas mais presentes
em nossas salas de aula:

Para o materialismo histórico, a desigualdade está profundamente vinculada à


estrutura material/de produção de uma época. Nem Marx e nem Engels (1820-1895)
deixaram uma definição teórica sistematizada de classe social. Contudo, não é difícil
inferi-la a partir de várias passagens de seus escritos e também da estrutura geral de suas

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argumentações. Nestes termos, partindo da análise do capitalismo, mas estendendo suas
reflexões sobre outras épocas, devemos considerar que, como propõe Karl Marx, é
sempre a relação entre os proprietários dos meios de produção e os produtores directos
que revela o fundamento da realidade social. Portanto, a estratificação está expressa na
estrutura de uma sociedade dividida em classes. Estas não podem ser definidas
isoladamente, pois estabelecem entre si uma relação de complemento e contradição. De
um lado estão os proprietários, detentores dos meios de produção e do capital, e, do
outro, os expropriados, aqueles que só têm a força de seu trabalho para vender. A
exploração e controle dos primeiros sobre os segundos, respeitando os devidos
contextos históricos, vêm sendo uma constante na história das sociedades humanas

Sabemos que o termo liberalismo diz respeito a um conjunto de ideias que –


defendidas por diferentes autores como John Locke (1632-1704), Adam Smith (1723-
1790), David Ricardo (1772-1823) – propõem a organização da sociedade a partir de
certos princípios filosóficos, morais, políticos, económicos, dentre os quais podemos
destacar: a crença na racionalidade do homem; a defesa da propriedade privada como
um direito natural decorrente do trabalho; a liberdade de acção dos indivíduos e o seu
progresso pelo mérito; a igualdade jurídica entre os homens e a eterna vigilância sobre o
poder do Estado; a livre concorrência no mercado como mecanismo eficiente para a
satisfação das necessidades humanas; a protecção às liberdades civis; entre outras.
Assim, se o professor opta por fazer uma clivagem da estratificação a partir da
perspectiva liberal, é provável que adopte a visão atomista (individualista) da realidade
contrapondo-a à totalidade da vida colectiva, defendendo a ideia de que as classes
sociais são um resultado das diferenças decorrentes da divisão do trabalho (produzida
pelas trocas entre os homens), dos atributos naturais e das disposições apreendidas pelos
indivíduos ao longo de sua formação.

2.5. Status
É possível que em nossas práticas profissionais, sob a influência da perspectiva
funcionalista normativa, o conceito de status apareça definido como o lugar que
ocupamos dentro das estruturas sociais a partir de um sistema de valores
compartilhados. Esta consciência colectiva é considerada a responsável pela coesão da
sociedade, tendo em vista que, como propunha Durkheim (1999), a divisão social do
trabalho se apresenta como o factor fundamental para a compreensão da solidariedade
orgânica do mundo moderno. Neste sentido, quando observada a hierarquia de posições
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nas estruturas sociais deve-se considerá-la como resultado de uma determinação inata
de todos os sistemas sociais em busca do equilíbrio. Note que este olhar tende a
naturalizar as desigualdades e a sublimar o conflito, pois parte do princípio que a cada
indivíduo cabe uma função específica para a integração social. Assim, no topo, onde se
encontram as profissões mais valorizadas, devem estar os mais qualificados para isso, e
assim sucessivamente.

2.6. Instituições sociais e socialização


Aprendemos desde cedo que, ao nascer, o homem encontra um mundo repleto de
valores, normas, regras e costumes, ao qual, independente de sua vontade, ele tem que
se adaptar. Essa adaptação vai se construindo enquanto processo de socialização que
atravessa diferentes fases, iniciando na família, passando pela escola, pela igreja, pela
recreação, pelo Estado, pelos meios de comunicação, enfim, pelas instituições sociais
em geral. De toda forma, em nossa realidade, para onde quer que o indivíduo vá ou
pense em ir, estará sempre lidando com instituições. Do momento em que nasce ao
momento em que morre, o homem é cercado por uma série de procedimentos por parte
daqueles com quem possui vínculos. E, por que não dizer, também depois da morte,
tendo em vista que permanecerá na memória dos seus entes queridos e poderá ser
evocado a partir de rituais específicos das lembranças sociais do seu grupo de
pertencimento. Como bem disse o poeta Vinícius de Moraes (1960), “para isso fomos
feitos: para lembrar e ser lembrados/ para chorar e fazer chorar/ para enterrar os nossos
mortos – por isso temos braços longos para os adeuses/ mãos para colher o que foi
dado/ dedos para cavar a terra”.

Contudo, ainda que as ideias do parágrafo anterior sejam pertinentes, não nos
esqueçamos da concepção de liberdade do filósofo Merleau-Ponty (1999). Não se trata
apenas de nascer no mundo – de se adaptar a um mundo já pronto e simplesmente
naturalizá-lo – mas também de nascer para o mundo, de explorar as suas infi nitas
possibilidades e recriá-lo constantemente. Lembre-se de que em nossa primeira aula
chamamos a atenção para o fato de que os homens não só reproduzem como (re)criam a
sociedade a partir da suas redes de interacções. Nestes termos, as instituições sociais de
que fazemos parte expressam as tensões constitutivas da vida colectiva, marcada por
mudanças e pelas chamadas “prisões de longa duração”

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2.6.1. Casamento como Instituições Sociais
Casamento ou matrimónio é um vínculo estabelecido entre duas pessoas, mediante o
reconhecimento governamental, religioso ou social e que pressupõe uma relação
interpessoal de intimidade, cuja representação arquetípica é a coabitação, embora possa
ser visto por muitos como um contrato. Há uma grande variedade, dependendo de factores
culturais, nas regras sociais que regem a selecção de um parceiro para o casamento. Há
uma variação no quanto a selecção de parceiros é uma decisão individual pelos próprios
parceiros ou de uma decisão colectiva por parte de seus parentes, existindo uma variedade
das regras que regulam quais parceiros são opções válidas. Em muitas sociedades, a
escolha do parceiro é limitada às pessoas de grupos sociais específicos. Em algumas
sociedades, a regra é que um parceiro é seleccionado do próprio grupo de um indivíduo
social (endogamia). Este é o caso de muitas sociedades baseadas em classes e castas. No
entanto, em outras sociedades um parceiro deve ser escolhido de um grupo diferente do
que o dele (exogamia).

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3. Conclusão
Chegando a essa fase do trabalho deu a concluir a família passa a ter deveres,
responsabilidades com os seus membros: protecção, cuidados, educação, socialização,
(re)produção e consumo de bens materiais, entre outros elementos supracitados em
linhas anteriores deste texto. Ao mesmo tempo, a família também tem direitos: como o
direito da posse e da guarda das crianças e dos adolescentes, além do direito à herança,
entre outros.

O conceito de estratificação é utilizado para se referir à desigualdade decorrente


de uma distribuição diferenciada de riquezas, poder, honras e privilégios dentro de uma
sociedade, a partir de uma combinação variada de elementos diferenciadores, ainda que
haja a predominância de um ou alguns deles. Dependendo da forma como a sociedade
se ordena/organiza ao longo da História, podemos perceber os tipos de discriminações
produzidas e em que justificativas estão baseadas. Ao apanhar, como exemplo, a
estrutura social do Brasil escravista colonial, verifica-se que vários elementos
diferenciadores combinados entre si concorriam para produzir as desigualdades, tais
como: o acesso à terra e ao mercado; as prerrogativas de ser homem ou mulher; o fato
de ser branco, negro ou mestiço; as condições de livre ou de escravo; a assimilação ou
não do credo cristão; entre outros.

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4. Referências bibliográficas
Acosta. Vitale (2005). Família, redes, laços e políticas públicas. São Paulo: Cortez.

Campos, M.S. Mioto, R.C.T. (2003). Política de Assistência Social e a posição da


família na política social brasileira. In: Ser Social. Brasília-DF. n.12, (p.165-190).

Durkheim, E. (1999). Da divisão do trabalho social. Trad. Eduardo Brandão. São


Paulo: Martins Fontes.

Mioto, R.C.T. (2004). Trabalho com Famílias: um desafio para o assistente social. In.
Rev. Vistual Textos & Contextos. n. 03. ano III. Dez.

Mioto, R. C. T.; Silva, M. J.; Silva, S. M. M. M. (2007). A relevância da família no


actual contexto das políticas públicas brasileiras: a política de assistência social e a
política antidrogas. Revista de Políticas Públicas, Teresina, MA, v. 11, n. 2, p. 197-220,
jul, 2007.

Becker, H. (2008). Outsiders – estudos de sociologia do desvio. Trad. Maria Luiza X.


de Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

Ollivier, M (2009). Status em sociedades pós-moderna a renovação de um conceito.


Lua Nova. n. 77. São Paulo, 2009.

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