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Escola Secundária Geral 25 de Setembro

Trabalho

De

Filosofia

Tema: John Locke (Do Estado Natural ao Contrato Social)

Discente: Docente:

Quelimane, Maio de 2023


Índice
Introdução..........................................................................................................................3

John Locke (Do Estado Natural ao Contrato Social)........................................................4

Pensamento Político..........................................................................................................4

O estado da natureza..........................................................................................................5

Pacto Social.......................................................................................................................6

Conclusão..........................................................................................................................8

Referência Bibliográfica....................................................................................................9
Introdução

O contrato social é uma metáfora usada pelos filósofos contratualistas para explicar a
relação entre os seres humanos e o Estado. Esta figura de linguagem foi utilizada
especialmente por Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau. E no presente
trabalho irei falar sobre John Locke, o seu pensamento político, o Estado de natureza e
por fim o pacto Social.

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John Locke (Do Estado Natural ao Contrato Social)

Nasceu em Wrington, na Inglaterra de uma família puritana, modesta e profundamente


religiosa. Essa religiosidade ditou a primeira formação de Locke em teologia, como
candidato à vida eclesiástica e celibatária como padre, no Church College.

O Seminário era na época a única saída para todos os jovens que desejassem formar-se
intelectualmente. Mas o que lhe conferiu o título de Master of Arts foi a formação em
filosofia conseguida em 1658, pela universidade de Oxford e onde viria, depois, a
ensinar Grego e Retórica e Crítico da Filosofia Moral.

Nos anos de 1689 a 1693 publicou várias obras, distribuídas pelas três áreas que
preocuparam o seu pensamento: a área gnosiológia, representa pela sua obra-prima O
Ensaio sobre o intelecto humano de 1690, preparada durante vinte anos e concebida
contra o inatismo cartesiano.

A segunda área foi a ético-política cujas expressões foram a sua militância política junto
do Lorde e de Guilherme d’Orange pelo parlamentarismo e, sobretudo, os inscritos
políticos como Dois Tratados Sobre O Governo do mesmo ano e dois opúsculos –
Constituição Legal da Velha Inglaterra, e, como Salvar o Estado.

A terceira área é a religiosa, desenvolvida nos últimos anos da sua vida, com a obra A
Epístola sobre a tolerância, A Racionalidade do Cristianismo, e de publicação póstuma
As paráfrases e notas das epístolas de São Paulo aos Gálatas, aos Coríntios, aos
Romanos e aos Efésios; o Ensaio para a compreensão das epístolas de São Paulo.

Pensamento Político

O seu pensamento político está explanado na obra Dois Tratados sobre o governo de
que falamos. Como Thomas Hobbes, Locke vai buscar o seu conceito de estado e direito
da natureza directamente das ideias difundidas na Inglaterra por Cronwell da escola do
direito da natureza directamente das ideias difundidas na Inglaterra por Cronwell da
escola do direito natural e das gentes e que retomam a grotius. Como Hobbes, Locke
assenta todo o seu edifício Político no esquema hipotético da distinção entre estado
natural e o contrato social, entretanto, conduz estas categorias teóricas a um porto
totalmente avesso ao de Hobbes.

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Tal é a razão por que o pensamento político será exposto tomando como referencia o do
autor de leviathan. Hobbes considerava que a liberdade individual, por ser a razão do
estado de guerra generalizada que caracteriza o estado natural, é eliminada na totalidade
no contrato social a favor do poder absoluto do estado como condição para a instauração
da paz e segurança de todos. Locke, pelo contrário, procura salvar e dar continuidade à
liberdade individual de que dispõe o homem no estado natural no contrato social.

O estado da natureza

Locke define o estado da natureza como uma situação dos seres e das coisas em que:

 Os Homens são livres, iguais e, além da luz da razão para distinguir a lei natural
e para adaptar-lhes o seu comportamento, possuem cada um o direito à
propriedade.
 Não existe sociedade civil (ou poder político) nem sequer a sua forma
rudimentar, embora exista a família com o poder parental (o que não confunde
com o poder político).

Contrariamente a Hobbes, para quem o estado de natureza é “Guerra de todos contra


todos”, Locke entende e descreve o estado de natureza como sendo estado de paz, de
boa vontade, de assistência mútua e de conservação, pois principio de cada um é
conservação pessoal e o principio de todos, a conservação do género humano.

Isto se reverte em quatro direitos do Homem no estado da natureza:

 1o à vida;
 2o à liberdade;
 3o à propriedade,
 4o à protecção e defesa desses direitos contra a violação alheia quer por paixão
quer por interesse.

O ultimo direito constitui o que Locke chama de justiça privada, no estado natural: o de
cada um fazer justiça por suas próprias mãos ante a violação e o perigo dos seus direitos
já que não há um juiz constituído nem leis positivas ou por outra fixadas por escrito. A
lei natural é uma lei não escrita que só pode encontrar-se no espírito dos Homens.

Locke é da opinião que a economia liberal, ao criar e utilizar o dinheiro, permitiu maior
acumulação de bens e riquezas, em bens monetários do que a antiga acumulação em

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bens físicos perecíveis. Esta nova forma de acumulação, por sua vez, agravou a pequena
desigualdade que existia entre os Homens, atiçando a cobiça entre eles a ponto de
instaurar a insegurança e aniquilar a paz do estado de natureza, uma vez que os bens
encontram-se já desprotegidos.

A razão que leva os homens a abandonar o estado da natureza a favor do pacto social,
para Locke, é o facto de as violações do direito natural serem ai sancionadas de maneira
anárquica, por iniciativa das vítimas ou dos seus parentes e amigos. “Nunca os homens
abandonariam (…)a liberdade do estado de natureza (…) se não tivessesem de proteger
as suas vidas, a sua liberdade e os seus bens e de assegurar, através de leis relativas ao
direito e à propriedade, a sua paz e tranquilidade”.

Pacto Social

Locke considerava que os Homens decidem (daí, o termo pacto e não contrato) fundar a
sociedade política para escapar ao risco de insegurança e para serem ao mesmo tempo
livres e profunda os seus bens através de leis fixas por escrito que dêem a conhecer a
cada um a extensão da sua propriedade. Adverte Locke, o homem não entra parra o
estado com todo o seu ser, senão com apenas uma parte dele.

Contrariamente a Hobbes que defendia uma renúncia total dos direitos individuais a
favor do príncipe (absolutismo monárquico) ou Rosseau a favor da vontade geral
(absolutismo democrático), Locke defende uma renúncia parcial dos direitos individuais
do estado de natureza: cada um renuncia apenas ao último daqueles quatro direitos do
estado de natureza, o direito de zelar pela sua conservação e a punir as infracções por
sua conta, a favor de um poder de coacção, independentemente e superior reconhecido
por todos encarregados de reprimir as violações da lei.

Em vez de contrato, Locke designa esse acordo com termos como agreement e
sobretudo trust donde deriva o political trusteeship, traduzindo como confiança
reciproca. Essa confiança, segundo Locke, nunca é dada para sempre, mas de modo
condicional e dependente do comportamento dos governantes nas mãos de quem os
governados não renunciam o poder.

Contrariamente a Hobbes que defendia uma renúncia total dos direitos individuais a
favor do príncipe (absolutismo monárquico) ou a Rousseau a favor da vontade geral
(absolutismo democrático), Locke defende uma renúncia parcial dos direitos individuais

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do estado de natureza: Cada um renúncia apenas ao último daqueles quatro direitos do
estado de natureza, o direito de zelar pela sua conservação e a punir as infracções por
sua conta, a favor de um poder de coacção, independente e superior.

E enquanto o pacto de confiança recíproca permanecer nos limites da sua missão e


cumprir as suas obrigações, esse pacto mantém-se, mas logo que o poder ou
governantes agirem contra o “bem comum”, os governantes tomar-lhe-ão o poder que
lhes tinha confiado.

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Conclusão

John Locke foi um dos filósofos mais influentes da Modernidade e propôs uma teoria de
conhecimento que defendia o empirismo. Suas investigações sobre como a mente
adquire conhecimento resultaram no estabelecimento de limites para o papel da razão e
estiveram relacionadas com teorias científicas da época. Embora seja descrito como
uma pessoa de personalidade calma, teve envolvimento na oposição ao absolutismo
inglês e seus argumentos voltaram-se para a defesa da liberdade individual. Sua
principal contribuição, como pensador político, está expressa na relação entre
governantes e governados: a obediência só é devida mediante a protecção dos direitos
naturais.

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Referência Bibliográfica

BORGES, José Ferreira. PAIVA, Marta. TAVARES, Orlanda. Introdução à Filosofia –


12.a Classe. Plural Editores Moçambique.

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