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John Locke

Biografia de John Locke

John Locke nasceu em Wrington, Somerset, Inglaterra, no dia 29 de agosto de 1632. Era
filho de um pequeno proprietário de terras, que serviu como capitão de cavalaria.

Estudou Filosofia, Medicina e Ciência Naturais na Universidade de Oxford, onde depois


lecionou filosofia, retórica e grego. Estudou as obras de Francis Bacon e René Descartes.

Em 1683, Locke muda-se para a Holanda, e só retorna à Inglaterra em 1688, após o


restabelecimento do protestantismo e a subida ao trono de Guilherme, Príncipe de Orange.

Em 1695, foi nomeado membro do Parlamento, permanecendo no cargo até 1700. John
Locke faleceu em Harlow, Inglaterra, no dia 28 de outubro de 1704.

A Filosofia de John Locke

Um dos maiores empiristas britânicos, Locke afirmava que o conhecimento era proveniente
da experiência, tanto de origem externa, nas sensações, quanto nas internas, através das
reflexões.

Explicava que antes de percebermos qualquer coisa, a mente é como uma folha de papel
em branco mas, depois que começamos a perceber tudo em volta, surgem as "ideias
sensoriais simples".

Essas sensações são trabalhadas pelo pensamento, pelo conhecimento, pela crença e pela
dúvida, resultando no que Locke chamou de "reflexão". A mente não é um mero receptor
passivo. Ela classifica e processa todas as sensações à medida que vai formando nossos
conhecimentos e nossa personalidade.

A Política segundo John Locke

Locke defendia a liberdade intelectual e a tolerância. Foi precursor de muitas ideias liberais,
que só floresceram durante o iluminismo francês no século XVII. Locke criticou a teoria de
direito divino dos reis, formulada pelo filósofo Thomas Hobbes.

Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Afirmava que, para
assegurar um Estado de direito, os representantes do povo deveriam promulgar as leis e o
rei ou o governo executá-las.

Assim, apresentou uma teoria de divisão de poderes, que propunha o equilíbrio entre o rei e
o parlamento.

Obras de John Locke

● Cartas sobre a tolerância (1689)


● Dois tratados sobre o governo (1689)
● Ensino acerca do entendimento humano (1690)
● Pensamentos sobre a educação (1693)

John Locke e Seu Direito Natural

John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês, considerado o "pai do liberalismo". Isso se
deve fundamentalmente por sua concepção da propriedade como um direito natural dos
seres humanos.

Diferente do pensamento hobbesiano, Locke afirma que os seres humanos em estado de


natureza não vivem em guerra, tendem a uma vida pacífica por sua condição de liberdade e
igualdade.

Para ele, os indivíduos ao nascer receberiam da natureza, o direito à vida, à liberdade e aos
bens que tornam possíveis os dois primeiros. Isto é, o direito à propriedade privada.

Entretanto, o indivíduo em estado de natureza, por seus desejos e por sua liberdade,
acabaria entrando em litígio (disputa) com outros indivíduos. Como cada uma das partes
defenderia seu próprio interesse, tornou-se necessária a criação de um poder mediador ao
qual todos se submetessem.

Sendo assim, o indivíduo abandona o estado de natureza, celebrando o contrato social.


Com isso, o Estado deve desempenhar o papel de árbitro nos conflitos, evitando injustiças
e, consequentemente, a vingança daquele que se sentiu injustiçado. Tendo em vista
sempre, a garantia do direito natural à propriedade.

"Ser livre é ter a liberdade de ditar suas ações e dispor de seus bens, e de todas as suas
propriedades, de acordo com as leis regentes. Dessa forma, não ser sujeito à vontade
arbitrária de outros, podendo seguir livremente a sua própria vontade."

Locke afirma que a função do estado é interferir o mínimo possível na vida dos indivíduos,
atuando apenas na mediação de conflitos e na defesa do direito à propriedade.

"Onde não há lei, não há liberdade"

John Locke e o Liberalismo

John Locke
As bases do liberalismo político foram lançadas pelo filósofo inglês, representante do
Iluminismo, John Locke (1632-1704), em sua obra “Segundo Tratado do Governo Civil”.

Nela, ele negava a origem divina do poder e defendia que os cidadãos tinham o direito
natural à liberdade, à propriedade privada e à resistência contra governos tiranos.

Segundo Locke, o poder provinha dos cidadãos e não de Deus. Por isso, propunha a
substituição do absolutismo por uma relação “contratual” entre governadores, devendo as
bases desse relacionamento serem estabelecidas por um conjunto de leis escritas, a
Constituição.

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