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Primeira pessoa

Breve biografia

John Locke nasceu em Wrington, Somerset, Inglaterra, era filho de um pequeno proprietário de
terras. Locke estudou Filosofia, Medicina e Ciência Naturais na Universidade de Oxford, onde
veio a lecionar mais tarde.

Em 1683, Locke muda-se para a Holanda, e só retorna à Inglaterra após o restabelecimento do


protestantismo.

Em 1695, foi nomeado membro do Parlamento, permanecendo no cargo até 1700. John Locke
faleceu em Harlow, Inglaterra, em 1704.

Seu trabalho influenciou o pensamento de muitos outros filósofos e políticos, incluindo os Pais
Fundadores dos Estados Unidos, que incorporaram várias de suas ideias na Constituição dos
Estados Unidos. Locke é amplamente considerado como um dos pioneiros do liberalismo
clássico e um defensor fundamental dos direitos individuais e da limitação do poder
governamental.

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O pensamento político para Locke

A instabilidade política na segunda metade do século XVII na Inglaterra, especialmente com a


sucessão do rei Carlos II, foram os eventos que marcaram a escrita de Dois tratados sobre o
governo civil. Publicado anonimamente após o retorno de John Locke da Holanda, essa obra
deve ser estudada em sua totalidade, e não como dois escritos separados. Enquanto o primeiro
tratado consiste em uma recusa ao absolutismo, em uma crítica direta à proposta do direito
divino de Robert Filmer, o segundo inicia uma argumentação a favor do governo civil nos
moldes das teorias do contrato social. É válido observar que a questão da liberdade pode ser
observada nesses dois tratados.

Os defensores do absolutismo, em geral, alegaram que o poder dos monarcas era concedido
por Deus. Essa teoria retomava concepções medievais e concedia aos reis um poder
inquestionável por forças terrenas. John Locke dedicou-se a retomar os argumentos expostos
em Patriarcha, escrito em meados da década de 30 no século XVII e publicado em 1680, vindo
não apenas a refutá-los por meio da razão, mas a indicar também que não possuíam o suporte
bíblico que seu autor defendia.

Segunda pessoa

Segundo tratado

É no segundo tratado que é apresentada a descrição do estado de natureza como uma situação
na qual as pessoas estivessem em iguais condições de liberdade e igualdade. Essa descrição,
que contrasta em grande parte com a interpretação proposta por Thomas Hobbes, é
esclarecida pelo papel da lei de natureza. Essa seria como uma instância moral da conduta
humana, já que instituía a proibição de prejudicar seu semelhante. Como criações divinas,
todos os seres humanos seriam igualmente racionais, pois todos foram providos
uniformemente com as mesmas faculdades, e não seria razoável supor que houvesse
subordinação de um ser humano a outro ou molestamentos entre as pessoas, uma vez que
todos seriam livres e independentes.

O Segundo Tratado sobre o Governo Civil de John Locke é um dos textos fundadores da
tradição liberal na política. Como muitos comentadores já observaram, o conceito de lei
natural é central na argumentação desta obra. É a partir deste conceito que Locke desenvolve a
idéia de direitos naturais, tais como o direito à liberdade, à vida e à propriedade. A finalidade
do governo civil, segundo Locke, é a garantia e a preservação destes direitos naturais. Por outro
lado, a liberdade de consciência (um dos direitos naturais do omem), pode ser a causa principal
da desordem civil, na medida em que questiona a autoridade do governo instituído por
consenso e faz de cada homem juiz de suas próprias ações. Esta dissertação procura mostrar
como o filósofo inglês procurou equacionar este problema. Veremos que a tolerância
defendida por Locke em seus escritos finais estabelece, dentre outras coisas, os direitos da
liberdade de consciência. Trata-se de analisar como a noção de liberdade de consciência se
desenvolve no pensamento lockeano e indicar o papel da lei natural em sua filosofia política.

Terceira pessoa

Contribuições de locke para a política

Uma das contribuições mais importantes de Locke para a teoria política foi sua defesa da ideia
de direitos naturais e do contrato social. Segundo Locke, todos os indivíduos nascem com
certos direitos inalienáveis, como a vida, a liberdade e a propriedade. Esses direitos são
anteriores ao governo e são garantidos pelo estado de natureza. No entanto, para proteger
esses direitos de forma mais eficaz, as pessoas estabelecem um contrato social ao formar um
governo. Esse contrato estabelece que o governo tem a obrigação de proteger os direitos dos
indivíduos, e os indivíduos têm o dever de obedecer às leis do governo.

Além disso Locke defendeu a separação dos poderes e a limitação do poder do governo. Ele
argumentou que o governo deveria ser dividido em poder legislativo, executivo e federativo, e
cada um desses poderes deveria ser mantido separado para evitar abusos de poder. Essa ideia
de separação dos poderes foi posteriormente construída nas constituições de muitos países e é
considerada uma característica central da democracia moderna.

Outra importante influência de Locke na teoria política moderna foi sua visão sobre a
propriedade privada. Ele argumentou que os indivíduos têm o direito natural de adquirir,
possuir e trocar propriedades, desde que o façam de forma justa e respeitem os direitos dos
outros. Essa ideia teve um impacto significativo no desenvolvimento do pensamento liberal e
no reconhecimento dos direitos de propriedade como fundamentais para a liberdade
individual.

Quarta pessoa

Pensamentos de locke

(já é minha, tirem o olho ~ sori)

Segundo Locke, a tolerância religiosa é essencial para a manutenção da paz e da estabilidade


em uma sociedade. Ele defendia a separação entre Igreja e Estado, afirmando que o governo
civil deve se limitar a questões seculares e não ter poder sobre a consciência dos indivíduos em
assuntos religiosos.

Para Locke, o Estado tem a responsabilidade de proteger os direitos naturais dos indivíduos,
incluindo a liberdade de consciência, a liberdade de expressão e a liberdade religiosa. Ele
argumentava que nenhum governo deveria ter o poder de impor uma religião oficial ou
perseguir aqueles que discordassem da religião dominante.

Locke também reconhecia limites para a tolerância política. Ele acreditava que a tolerância não
deveria ser estendida a grupos que ameaçassem a própria existência da sociedade, como os
ateus. Ele argumentava que aqueles que rejeitavam a existência de Deus e negavam a
obrigação moral não poderiam ser confiáveis para obedecer às leis civis.

Em resumo, John Locke defendia a tolerância política como um princípio fundamental para
uma sociedade justa e livre. Ele acreditava na separação entre religião e governo, afirmando
que o Estado não deve impor uma religião oficial e deve proteger os direitos individuais,
incluindo a liberdade de consciência e religião. No entanto, Locke também reconhecia que a
tolerância tem seus limites quando se trata de grupos que representam uma ameaça à própria
sociedade.

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