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Reflexão: Já parou para pensar de onde surgiu a palavra “sociedade”? Qual é a origem dela?
A etimologia?
Do latim “societas”, ou seja, socius (sócio) + tas (sufixo -dade, funcionando como agente de
qualidade). Na tradução literal, trata-se de uma “associação amistosa com outros”.
E quando podemos dizer que a sociedade passou a existir, a ser reconhecida como tal?
O surgimento da sociedade se deu a partir da construção das cidades, pois permitiu que as
pessoas vivessem em mais espaços em comum, necessitando de regras para que houvesse
o ordenamento e, consequentemente, o bem-estar social.
De maneira geral, há uma rede de relacionamentos entre as pessoas que configura a sociedade
como um todo. Há, no entanto, características que tornam a sociedade um conceito amplo,
complexo e profundo.
Ou seja, não basta dizer que é um conjunto de pessoas que moram em determinado
espaço.
Uma sociedade funciona como um tipo de pacto social, ou seja, um acordo para que alguns
benefícios possam ser obtidos. É necessário que o contrato seja cumprido pelos cidadãos
que convivem nessa sociedade. Há, portanto, um objetivo comum, precisamente o ponto que
restringe o conceito de sociedade.
Sociedade X Comunidade
• Simbólica porque, além de suprir nossas necessidades físicas, precisamos dar sentido
a elas, e isso requer o desenvolvimento de um arcabouço moral e cognitivo que defina
parâmetros de como fazer e por que fazer algo, o que passa pela definição de regras,
rituais e significados compartilhados com nossos semelhantes.
Assim, o comportamento humano não é fundado em instintos, mas em normas que orientam
suas ações e a organização social do seu grupo, as quais são acumuladas historicamente
e também podem ser modificadas no presente.
Como afirma Durkheim, as sociedades não são meramente a soma de indivíduos, mas um
sistema formado pela associação entre indivíduos. Dessa forma, há uma organização, com
instituições formais e informais, uma estrutura social que pode ser hierárquica ou não, e papéis
sociais designados aos seus componentes. Esse arranjo permite a previsibilidade necessária
para uma harmônica convivência entre as pessoas, permite também o planejamento e
persecução de interesses individuais ou comunitários. Estudar como essa organização social
é formada, operada e modificada é tarefa elementar da sociologia enquanto disciplina.
Entre as inúmeras formas pelas quais sociedades podem ser classificadas, estão:
• Outra possível forma de classificar uma sociedade é por sua organização com base em
um comando central político, jurídico e militar — Estado —, que, somado ao povo e ao
território, forma os países;
• O Estado como espinha dorsal de uma sociedade pode ser secular, como os
Estados modernos dos países ocidentais, ou teocrático, como o Vaticano, regido pela
Igreja Católica, e o Irã, país islâmico dirigido por aiatolás;
Os relacionamentos em seu seio são caracterizados por alto grau de coesão social e
engajamento moral, além de emotivos e também tradicionais. A espacialidade é um elemento
importante na definição de uma comunidade, seus contornos territoriais são nítidos, sendo seus
principais núcleos a família, a vizinhança e os núcleos municipais de sociabilidade.
A comunidade tem como pilares características comuns, sejam elas consanguíneas, culturais
(religião, linguagem) ou espaciais. A sociedade, por sua vez, reúne várias comunidades, aqui
os elementos comuns são mais restritos, a integração é marcada pela impessoalidade,
racionalidade, instrumentalidade, ao contrário da integração comunitária, que é afetiva, envolve
costumes, ideais e vontades comuns.
Chamamos organização social o fenômeno que permite diversos elementos distintos vivendo
em comunidade. Para além da estrutura social básica, há a organização de um todo
complexo (sociedade) dividido em partes distintas (indivíduos). A gestão dessas partes
individuais e subjetivamente diferentes é a organização social. A organização social implica
modelos políticos, econômicos e sociais que devem garantir o pleno funcionamento da
ordem dentro de uma sociedade.
O que é organização social
Pense, primeiramente, no mundo animal: entre os animais não há lei (exceto a lei da natureza),
ou seja, não há lei civil. Se não há lei civil, não há civilização. Não havendo civilização,
tampouco racionalidade humana, também não há moral entre os animais. Não havendo todos
esses elementos, não há sociedade e sim comunidade primitiva. Também não há economia,
noções de valores, distinção, trocas etc. Não havendo esse conjunto de elementos no mundo
animal, a comunidade primitiva na qual algumas espécies vivem é regida apenas pelos instintos
e pela lei de natureza. O ser humano é diferente.
A organização social é o modo como a sociedade constitui-se para manter as suas instituições
em funcionamento.
O ser humano desenvolveu a linguagem e o raciocínio. Com isso a vida em comunidade (as
comunidades primitivas eram as famílias e os clãs) permitiu a quebra de barreiras naturais com
o desenvolvimento de leis morais, de leis de convivência e da troca entre famílias.
Para antropólogo franco-belga Claude Lévi-Strauss, a troca mais antiga entre famílias que
permitiu a formação de sociedades com mais de uma delas foi o casamento, pois as mais
arcaicas sociedades já não consideravam o incesto como algo moralmente desejável.
Com base nessa formação mais complexa, os seres humanos começaram a desenvolver novas
formas de convívio, o que necessitou de uma gradativa organização para gerir a sociedade
na medida em que ela fosse crescendo.
Os valores morais são tradicionais (isto é, são transmitidos de geração a geração) e impostos
como uma obrigação aos indivíduos.
A ética, enquanto reflexão sobre a moral, pode contestar esses valores. Para o indivíduo
moralista, que se orienta cegamente pelas regras morais, contestar as regras morais é algo
impensável.
Numa sociedade democrática, a cultura deve enaltecer a democracia para que as novas
gerações aprendam a conviver em ambientes democráticos.
Como a moral, o idioma, a religião e outros elementos culturais compõem a estrutura cultural
de um determinado povo, esses mesmos elementos também são responsáveis por contribuir
com a organização social de uma sociedade.
Como a cultura não é algo fixo e rígido, modificando-se de acordo com o lugar e com o tempo,
ela pode ser alterada, o que resulta na alteração da organização social das sociedades.
ÉTICA X MORAL
DEFINIÇÃO DE ÉTICA
A palavra Ética é originada do grego ethos, que significa modo de ser, caráter. É conjunto
de padrões e valores morais de um grupo ou indivíduo.
Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo
contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade.
É a ciência que estuda os motivos que constroem e distorcem os padrões
de comportamento do ser humano, resultado da convivência em sociedade.
A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os outros relações
justas e aceitáveis. Via de regra está fundamentada nas ideias de bem e virtude, enquanto
valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e
feliz.
Sendo assim, a ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e
culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios
morais de uma sociedade e seus grupos.
Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamado de antiético,
assim como o ato praticado.
Enquanto profissionais, no mercado de trabalho, somos observados e precisamos estabelecer
condutas éticas, dentro de padrões exigidos pelo mercado de trabalho a fim de que possamos
estar elegíveis à concorrência de vagas, boa convivência no ambiente organizacional e
promoções a cargos de liderança.
Vivemos em uma época de constantes transformações, com uma liberdade de expressão
jamais vividos por outras gerações. Até mesmo no mundo coorporativo encontramos diversas
flexibilidades. Isto faz com que muitos candidatos não se preparem de forma satisfatória ou não
se adequem ao ambiente corporativo.
DEFINIÇÃO DE MORAL
Através do latim (ou no plural mores), que significa costumes, derivou-se a palavra moral.
Define-se Moral como um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores
que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social.
Moral e ética não devem ser confundidos: enquanto a moral é normativa, a ética é teórica e
busca explicar e justificar os costumes de uma determinada sociedade, bem como fornecer
subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Porém, deve-se deixar claro que
etimologicamente "ética" e "moral" são expressões sinônimas, sendo a primeira de origem
grega, enquanto a segunda é sua tradução para o latim.
MORAL E ÉTICA
O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar e
responder à seguinte pergunta:
“Como devo agir perante os outros?”.
Trata-se de uma pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, esta é a
questão central da Moral e da Ética. Enfim, a ética é julgamento do caráter moral de uma
determinada pessoa.
A moral pode então ser entendida como o conjunto das práticas cristalizadas pelos costumes
e convenções histórico-sociais. Cada sociedade tem sido caracterizada por seus conjuntos de
normas, valores e regras. São as prescrições e proibições do tipo "não matarás", "não
roubarás", de cumprimento obrigatório. Muitas vezes essas práticas são até mesmo
incompatíveis com os avanços e conhecimentos das ciências naturais e sociais.
Referências:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-organizacao-social.htm
https://www.significados.com.br/etica-
https://www.significados.com.br/etica-profissional
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/sociedade.htm#:~:text=Sociedade%20%C3%A9%20um
a%20associa%C3%A7%C3%A3o%20entre,as%20mesmas%20regras%20de%20conviv%C3%AAncia.