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INTRODUÇÃO

Nossa convivência em meio a outros indivíduos é tão complexa a ponto de existir


uma área do conhecimento dedicada a estudá-la e a entendê-la: as ciências sociais. Um
dos “objetos” mais complicados sobre a qual a sociologia se debruça é a sociedade, que
se define pela sua diversidade e dinâmica das relações dos sujeitos que a constituem. Ao
falarmos que uma sociedade se define por sua diversidade e dinâmica estabelecemos que
os indivíduos que a constituem, você e a maioria dos que habitam a sua rede de
convivência direta e indireta, compartilhando um conjunto de regras normativas e de
valores específicos que servem para mediar o processo de relação entre esses sujeitos e os
possíveis conflitos que invariavelmente surgirão, estabelecemos que uma sociedade é
constituída de forma impessoal entre os que a integram e que, salvo exceções,
privilegiarão suas vontades individuais.

Entretanto, não seria correto afirmarmos que uma sociedade se constitui apenas
por indivíduos sem qualquer tipo de ligação pessoal, seja por afinidade ou por
necessidade.

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OBJECTIVOS

 Objectivo Geral: Conhecer a Evolução Histórica dos Conceitos, Homem,


sociedade e comunidade.

 Especifico: Definir os termos chaves: Sociedade, Comunidade

 Identificar: As etapas da evolução humana.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Atualmente, os cientistas acreditam que esses antropoides e a espécie humana
tiveram um ancestral comum, cerca de 8 a 5 milhões de anos atrás. A evidência desse
fato é a grande semelhança entre os humanos e os macacos antropoides, como o
chimpanzé. A evolução da espécie humana foi iniciada há pelo menos 6 milhões de
anos. Nesse período, uma população de primatas do noroeste da África se dividiu em
duas linhagens que passaram a evoluir independentemente.

O primeiro grupo permaneceu no ambiente da floresta tropical e originou os


chimpanzés. O segundo grupo se adaptou a ambientes mais abertos, como as savanas
africanas, dando origem ao Homo sapiens. Por isso, o continente africano é chamado de
berço da humanidade.

SOCIEDADE

Segundo Émile Durkheim foi um psicólogo e sociólogo francês: A etimologia


da palavra sociedade remete ao latim, societas, que significa associação “amistosa com
outros. Sociedade é uma palavra polissêmica, isto é, pode ter variados significados
conforme o enfoque, a corrente teórica e mesmo a disciplina. O agrupamento humano
sob regras e costumes comuns existe desde os primórdios da humanidade.

Como aponta o renomado antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, “a sociedade


é uma condição universal da vida humana. Trata-se de uma necessidade biológica e
simbólica. Biológica porque somos predispostos geneticamente à vida em sociedade e
ao desenvolvimento de habilidades indispensáveis à nossa sobrevivência e que
envolvem simultaneamente o físico e o intelecto, como a linguagem e a técnica em
qualquer tipo de trabalho.

Essas normas são aglutinadas em instituições que parametrizam e ordenam as


relações humanas. As instituições modificam-se no tempo e no espaço, mas a existência
de regras na socialização humana é invariável, é, em última instância, o que nos
caracteriza como humanidade, animais sociais, cuja satisfação biológica passa

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inevitavelmente pelo desenvolvimento de capacidades sociais, isto é, que requerem
trocas cognitivas e morais na interação com os iguais.

Uma sociedade é um agrupamento humano, em determinado recorte espacial e


temporal, regido por normas comuns, culturais e/ou escritas, e unido pela consciência de
pertencimento. Sua organização abrange todas as dimensões da vida humana: um
sistema econômico que viabilize a produção e distribuição de riqueza entre seus
membros; um sistema político e jurídico que medeie as relações, solucione conflitos,
proteja a integridade da vida, concilie as diferentes demandas e interesses, determine e
delegue as punições a quem infringir as regras; um sistema educacional que abarque
família, escola, instituições religiosas e culturais, que oriente o processo de socialização,
inculcando o conteúdo ético e cultural característico desse povo e preparando as
gerações mais novas para seu ingresso no sistema econômico.

Como afirma Durkheim, as sociedades não são meramente a soma de indivíduos,


mas um sistema formado pela associação entre indivíduos. Dessa forma, há uma
organização, com instituições formais e informais, uma estrutura social que pode ser
hierárquica ou não, e papéis sociais designados aos seus componentes. Esse arranjo
permite a previsibilidade necessária para uma harmônica convivência entre as pessoas,
permite também o planejamento e persecução de interesses individuais ou comunitários.
Estudar como essa organização social é formada, operada e modificada é tarefa
elementar da sociologia enquanto disciplina.

É uma necessidade simbólica porque, além de suprir nossas necessidades físicas,


precisamos dar sentido a elas, e isso requer o desenvolvimento de um arcabouço moral e
cognitivo que defina parâmetros de como fazer e por que fazer algo, o que passa pela
definição de regras, rituais e significados compartilhados com nossos semelhantes.
Assim, o comportamento humano não é fundado em instintos, mas em normas que
orientam suas ações e a organização social do seu grupo, as quais são acumuladas
historicamente e também podem ser modificadas no presente.

Sociedade é uma associação entre indivíduos que compartilham valores culturais


e éticos e que estão sob um mesmo regime político e econômico, em um mesmo
território e sob as mesmas regras de convivência.

A sociedade não é um amontoado de indivíduos, mas um sistema organizado


deles e ordenado em uma estrutura social, com um arcabouço normativo e com

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instituições formais e informais (Estado, família, Igreja, escola etc.) que ensinam esse
repertório de prescrições, fomentam a unidade cultural, punem a transgressão das
regras, socializam os indivíduos, definem uma gama de papéis que eles podem
desempenhar e mantêm a coesão social, econômica e política.

COMUNIDADE
Segundo Alfred Russel Wallace: O conceito de comunidade por muito tempo
ficou restrito à ideia de um grupo de pessoas que reside em uma mesma área geográfica,
compartilhando um modo de vida e uma cultura em geral vizinhos e familiares.

Na contemporaneidade, quando a virtualidade entrou em cena, as mudanças


espaciais se tornaram mais rápidas e diferentes culturas passaram a conviver em um
mesmo espaço, esta concepção passou a ser questionada, ganhando caráter mais amplo.

Uma comunidade é um conjunto de pessoas que se organizam sob o mesmo


conjunto de normas, geralmente vivem no mesmo local, sob o mesmo governo ou
compartilham do mesmo legado cultural e histórico.

Os estudantes que vivem no mesmo dormitório formam uma comunidade, assim


como as pessoas que vivem no mesmo bairro, aldeia ou cidade. Fichter, 1967 em suas
Definições para uso didático ressalta que é uma palavra que é rodeada de significados
múltiplos e requer uma cuidadosa definição técnica, ao que propõe: comunidade é um
grupo territorial de indivíduos com relações recíprocas, que se servem de meios comuns
para lograr fins comuns.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Segundo Charles Lyell: Os primeiros filósofos, os pré- socráticos ,foram
chamados de fisiólogos por se preocuparem mais com o um mundo físico. Mas nem por
isso deixaram de ter sua contribuição com o tema do homem.

A cultura grega antiga foi um marco na fundação do pensamento ocidental. Foi


com os antigos gregos que surgiram estudos sistemáticos relativos a estrutura e
funcionamento do corpo e da mente. Existem muitos conceitos que encontram suas
origens nas investigações elaboradas pelos pré-socráticos, como o mecanismo da
atividade cognitiva, a fonte dos pensamentos, entre outros, vindo a deixar sua

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contribuição na filosofia, psicologia e mesmo medicina. Não se pode falar em homem
sem falar em alma. Na história da Grécia antiga predomina a realidade da alma nos
termos de que cada filósofo utiliza para definir a realidade. Assim temos que para
Anaxímenes a alma é ar; para Heráclito é o fogo; para Demócrito é o átomo e assim
sucessivamente. O tema da alma permite interpretar toda a realidade como um
fenômeno vital. Heráclito, apesar de possuir uma doutrina tão escassamente conhecida
sentiu necessidade de formular esta indagação: “Me he buscado a mi mismo”.
(Fragmento 101 de la obra de Diels, Die Fragmente der Vorsokratiker,). Com estas
palavras Heráclito caracterizou toda sua filosofia.

Este último corresponde a nossa espécie e teria surgido no planeta há cerca de


150 mil anos atrás. De acordo com os estudos sobre esse último estágio da escala
evolutiva, o Homo sapiens moderno teve a incrível capacidade de se espalhar em outras
regiões do mundo em um relativo curto espaço de tempo. Aproveitando das conquistas
consolidadas por seus ancestrais, teve a capacidade de desenvolver a linguagem,
dominar o fogo e construir instrumentos diversos.

Com a interrupção desse processo, dava-se início a outros processos que


empreenderiam a formação de manifestações e organizações sociais mais completas.
Depois disso, ocorreriam as transformações que encerrariam o extenso Período
Paleolítico, que termina em 8000 a.C. Logo em seguida, ocorreria o desenvolvimento do
Período Neolítico (8000 a.C. – 5000 a.C.) e a Idade dos Metais, que vai de 5000 a.C. até
o surgimento da escrita, que encerra a Pré-história.

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A EVOLUÇÃO DO HOMEM
De acordo com diversas pesquisas cientificas, o aparecimento dos primeiros
ancestrais do homem surgiu a cerca de 3,5 – 4 milhões de anos atrás. Os primeiros
hominídeos pertenciam ao gênero Australopithecus e se diferenciavam dos demais
primatas por conta de sua postura ereta, locomoção bípede e uma arcada mais próxima
da atual espécie humana. Apesar de ser considerado o primeiro ancestral humano, não
existe um estudo conclusivo sobre a escala evolutiva.

Segundo alguns estudos, os sucessores do Australopithecus foram os Homo


habilis (2,4 milhões de anos) e o Homo erectus, o qual haveria surgido há
aproximadamente 1,8 milhões de anos atrás. O seu maxilar apresentaria uma
consistência maior e seus dentes seriam mais largos. Além disso, tinha uma caixa
craniana de maior porte e uma postura mais ereta. Segundo consta, este teria habitado
regiões diversas da África e da Ásia como o Java, China, Etiópia e Tanzânia.

A partir do processo evolutivo sofrido por esse último espécime, haveria surgido
o chamado Homo sapiens, uma espécie da qual descenderia o Homo neanderthalensis.
Este integrante do processo evolutivo humano teria vivido entre 230 e 30 mil anos atrás.
De acordo com os estudos a seu respeito, o neanderthalensis produzia armas e utensílios
com maior sofisticação e realizavam rituais funerários simples. Durante algum tempo,
teria vivido juntamente como o Homo sapiens moderno.

A opinião dominante entre os cientistas sobre a origem dos humanos


anatomicamente modernos é a hipótese da origem única, que argumenta que o Homo
sapiens surgiu na África e migrou para fora do continente em torno de há 50 000 a 100
000 anos, substituindo as populações de Homo erectus na Ásia e de Homo
neanderthalensis na Europa. Já os cientistas que apoiam a Hipótese multirregional"
argumentam que o Homo sapiens evoluiu em regiões geograficamente separadas.

Atualmente, argumenta-se que uma abordagem científica da evolução humana


não deve ser entendida apenas como uma sucessão de processos e efeitos biológicos,
favorecendo uma abordagem interdisciplinar que leva em conta aspectos culturais como
determinantes fundamentais para a compreensão desse processo. Nesse sentido, a
evolução humana é considerada como uma evolução biocultural.

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A história da evolução humana teve início há cerca de 7 milhões de anos, os primeiros
hominídeos registrados foram os chamados pré-australopitecos. Desde então, o processo
evolutivo deu origem a diversas espécies até chegar à espécie humana atual - o Homo
sapiens sapiens.

COMUNIDADE E SOCIEDADE
Segundo Dalmo de Abreu Dallari: Sociedade, em sociologia, uma sociedade (do
termo em latim societăs, que significa associação é um grupo de indivíduos se
relacionando, a fim de conseguir e preservar seus objetivos comuns. Os objetivos
comuns, compartilhados pelos membros da sociedade, são os próprios objetivos da
sociedade, ou seja, o bem comum.

Sem a vida em sociedade, as pessoas não conseguirem sobreviver, pois o ser


humano, durante muito tempo, necessita do outros para conseguir alimentação e abrigo. E
no mundo moderno, com a grande maioria das pessoas morando nas cidades, com hábitos
que tornam necessários muitos bens produzidos pela indústria, não há quem necessite dos
outros muitas vezes por dia. Mas as necessidades dos seres humanos não são apensas de
ordem material, como alimentos, a roupa, a moradia, os meios de transportes e os
cuidados da saúde. Elas são também de ordem espiritual e psicológica. Toda pessoa
humana necessita de afeto, preciso amar e sentir-se amada, quer sempre que alguém lhe
dê atenção e que todos a respeitem. Além disso, todo ser humano tem suas crenças, tem
sua fé em alguma coisa, que é base de suas esperanças.

Não é um grupo qualquer, mas é um grupo soberano de indivíduos, não


dependendo de forças externas, onde existe uma rede sistema total e abrangente de
relacionamentos, na qual todos os seus indivíduos e comunidades membros estão
interligados. Uma sociedade é composta por membros que compartilham um princípio
fundamental, geral, vinculando todos, dentro do grupo, a uma mesma finalidade o bem
comum.

Há quem considere que não existam sociedades nem classes sociais, como
Margaret Thatcher a "Dama de Ferro", política britânica que ascendeu ao lugar de
Primeiro-Ministro, e chegou a afirmar que ela mesma a sociedade não existe. Conforme
disse, só existem os indivíduos e suas comunidades familiares.

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Sociedade é objeto de estudo comum das ciências humanas, especialmente a
sociologia, a história, a antropologia, a geografia e o direito.

Em uma sociedade os indivíduos se aglutinam de forma impessoal, enquanto que


em uma comunidade os integrantes possuem relações mais conectadas e próximas.

Segundo Zygmund Bauman: Comunidade Do ponto de vista da ecologia,


comunidade - também chamada biocenose - é a totalidade dos organismos vivos que
fazem parte do mesmo ecossistema e interagem entre si. Corresponde não apenas à
reunião de indivíduos (população) ou sua organização social (sociedade) e sim ao nível
mais elevado de complexidade de um ecossistema. Uma comunidade pode ter seus
limites definidos de acordo com características que signifiquem algo para nós,
investigadores humanos. Mas ela também pode ser definida a partir da perspectiva de um
determinado organismo da comunidade. Por exemplo, as comunidades possuem estrutura
trófica, fluxo de energia, diversidade de espécies, processos de sucessão, entre outros
componentes e propriedades. Uma comunidade é um conjunto de pessoas que se
organizam sob o mesmo conjunto de normas, geralmente vivem no mesmo local, sob o
mesmo governo ou compartilham do mesmo legado cultural e histórico. Os estudantes
que vivem no mesmo dormitório formam uma comunidade, assim como as pessoas que
vivem no mesmo bairro, aldeia ou cidade.

Segundo Fichter: 1967 em suas Definições para uso didático ressalta que é uma
palavra que é rodeada de significados múltiplos e requer uma cuidadosa definição
técnica, ao que propõe: comunidade é um grupo territorial de indivíduos com relações
recíprocas, que se servem de meios comuns para lograr fins comuns.

Segundo tönnies: a comunidade é baseada em características comuns entre os


indivíduos, como parentesco, língua, religião e território. A sociedade, por sua vez, é
baseada em critérios e constituições que podem ser comuns a várias comunidades.

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CONCLUSÃO
Portanto, de acordo com as pesquisas feitas sobre a Evolução histórica dos
conceitos Homem, Sociedade e Comunidade.

Conhecer a Evolução Histórica dos Conceitos, Homem, sociedade e comunidade.

Definir os termos chaves: Sociedade, Comunidade

Identificamos As etapas da evolução humana.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Norma Constitucional e seus efeitos, 4ª ed., Ed. Saraiva, São Paulo, 1998, p.62.

Texto que pode ser acessado na íntegra através do endereço:


FERNANDES, Cláudio. "Origem do Homem"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/origem-homem.htm. Acesso em 23 de março de
2023.
CASTRO, Eduardo Viveiros. O conceito de sociedade em antropologia: um sobrevôo.

MORIN, Edgar. O método 5: a humanidade da humanidade. 3. ed. Porto Alegre: Sulina,


2005. p. 51-52.

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