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Acreditam que Deus criou tudo e todos como dito pelos 27 versículos iniciais do
Gênesis da Bíblia.
Jean-Baptiste de Lamarck:
A tendência do aumento da complexidade e da perfeição em termos do processo
evolutivo e a trânsmissão
hereditária de características, introduziu a ideia de o organismo adaptar-se ao seu
meio, aperfeiçoando-se.
Ele mostrou, ainda, que o mundo era imperfeito, embora criado por Deus: algumas
espécies haviam deixado de
existir, tal como provavam os fósseis encontrados, ou seja, não havia nada que
provasse um modelo fixista
de criação do mundo.
Design inteligente:
O mundo teria sido criado por um princípio organizador e superior. A principal
defesa da proposta de design
inteligente argumentaria que era impossível a criação de seres tão complexos por
acaso, sem a interferência
de um planejador. Para os adeptos do design inteligente, não haveria evolução capaz
de dar conta de tamanha
diversidade; assim, a complexidade do mundo só poderia ser explicada caso fosse
aceita a ideia de interferência
e condução na criação do universo.
Eugenia:
A ideia por trás da eugenia era a obtenção de uma raça sem defeitos por meio da
higiene social e tal abordagem
disseminou-se com bastante rapidez por todo o mundo.
John Locke:
O homem nasce com a mente vázia e em branco e que com sua capacidade de aprender,
denominada endoculturação,
(ou seja, a interiorização, a assimilação e a aprendizagem de normas, valores e
comportamentos por meio do
contato social com a família, os amigos e outros grupos sociais).
Jean-Jacques Rousseau:
Ele em 1775, partiu das mesmas premissas do trabalho de Locke, em especial
salientando o papel da educação no
processo de construção de valores e aquisição de comportamentos.
Edward Tylor:
Ele propôs, pela primeira vez, um conceito de cultura que mesclava as ideias
vigentes no período e algumas que
as haviam antecedido. Para ele, o vocábulo inglês culture tomado em seu amplo
sentido etnográfico é este todo
complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer
outra capacidade ou hábitos
adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.
As ideias de Darwin inspiraram inúmeras concepções que não tinham qualquer relação
com a sua teoria. Por exemplo,
o darwinismo social de Herbert Spencer (1820-1903), seu principal pensador,
defendeu a ideia de que a aplicação da
teoria da seleção natural ao desenvolvimento da sociedade justificava a construção
de uma hierarquia entre sociedades
e etnias. Os mais aptos (supostamente mais inteligentes e fortes) estariam
determinados a sobreviver, enquanto outros
grupos mais frágeis desapareceriam.
A apropriação cultural ocorre quando uma cultura toma posse de um elemento de outra
cultura. Quando esse elemento
representa um símbolo de luta ou de identidade de outra cultura, há o risco de
descaracterizar o contexto do qual ele
foi extraído, alimentando preconceitos ou desvalorizando a construção identitária
desses grupos.
Durante muito tempo, o conhecimento a respeito do outro foi construído por meio de
duas abordagens: a exibicionista,
na qual os nativos eram apresentados como animais, e a que fazia uso do senso comum
para compreender uma outra cultura
com base em outras realidades.
O senso comum emerge do imaginário e dos hábitos de associação que fazemos entre
ideias ou entre fenômenos. A ciência
construída para investigar as origens das organizações sociais e as transformações
pelas quais o ser humano e a sociedade
passaram é a antropologia.
Enxergamos e julgamos o mundo que nos cerca a partir das lentes transmitidas de
geração em geração. Nos grupos sociais
nos quais nos inserimos (inicialmente, na família; em momento posterior, na
escola), aprendemos hábitos, modos e valores.
Aliás, esforçamo-nos a nos acomodar ao grupo, adquirindo o comportamento que ele
considera adequado, absorvendo a sua
cultura.
Cada cultura funciona de acordo com a sua própria lógica. É preciso, ainda, atentar
para o fato de que a cultura é
dinâmica, ou seja, ela se modifica ao longo do tempo, por fatores internos ou
externos.
Outra forma de proteção é a ação de setores da sociedade civil que trabalham para
que as vozes dos grupos excluídos possam se fazer ouvir. Nos ambientes
democráticos, tornou-se comum que grupos minoritários se auto-organizem com o
objetivo de eleger representantes que lutem por suas causas ou que possam colocar
suas pautas na arena de debates democráticos.
Para nos percebermos diferentes, precisamos ser cotejados com o outro, já que
ninguém é diferente per se. A diferença requer comparação, pois é relativa, e não
absoluta. Somos diferentes em relação ao outro. Assim, a globalização deve fornecer
os insumos necessários para que se criem outras formas de identificação coletiva,
respeitadas as diferenças entre os grupos.
A cultura, enquanto produto da ação humana em determinado espaço e tempo, pode vir
a ser instrumento de coesão ou de conflito. A coesão ocorre quando, por algum
motivo, a unidade da comunidade é de importância vital para a sua sobrevivência,
podendo essa unidade se dar às custas da cultura. Por outro lado, o conflito surge
quando a cultura do outro é vista como uma ameaça. Isso pode ocorrer dentro de uma
mesma cidade ou um mesmo país, ou pode ter lugar quando não há relações harmoniosas
entre diferentes grupos.
As formas culturais criadas nos ambientes das favelas são exemplos desse processo:
as manifestações musicais, as gírias, os hábitos, os costumes e as normas e padrões
de comportamento formam o que chamamos de cultura. Assim, a comunidade da favela
identifica seus membros em função das suas semelhanças e daquilo que os torna um
grupo. É a cultura que mantém o grupo coeso, unido. Por isso, há uma forte
convicção sobre as diferenças entre o “povo da favela” e o “povo da cidade”. A
cidade, lá embaixo, comporta-se a partir de regras distintas, funciona de outro
modo; assim, por necessidade de sentir-se membro do grupo e por precisar rejeitar o
medo em relação ao outro (aos da cidade), as comunidades pobres criam e estimulam
laços sociais e culturais fortes.
Claro está que o convívio entre diferentes culturas não se dá sempre de forma
harmoniosa. Aliás, por conta da intensificação dos movimentos migratórios no mundo,
ondas imensas de refugiados saíram de seus locais de origem e se dirigiram para
países mais desenvolvidos na Europa, na América do Norte ou na América do Sul.
Assim, é de fundamental importância que joguemos luz em algumas modalidades que
emergem de situações conflituosas do ponto de vista do choque entre culturas, quais
sejam, o multiculturalismo, provisoriedade, assimilação e exclusão.