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Segundo o autor, todo sistema cultural tem a sua própria lógica e não
passa de um ato primário de etnocentrismo tentar transferir a lógica de
um sistema para outro. Infelizmente, a tendência mais comum é de
considerar lógico apenas o próprio sistema e atribuir aos demais um alto
grau de irracionalismo.
Nesse sentido, a coerência de um hábito cultural somente pode ser
analisada a partir do sistema a que pertence. Consequentemente, as
explicações encontradas pelos membros das diversas sociedades
humanas, portanto, são lógicas e encontram a sua coerência dentro do
próprio sistema. Ex. 92.
Por conseguinte, conclui Laraia, entender a lógica de
um sistema cultural depende da compreensão das
categorias constituídas pelo mesmo. Como categorias
entendemos, como Mauss, "esses princípios de juízos
e raciocínios constantemente presentes na linguagem,
sem que estejam necessariamente explícitas, elas
existem ordinariamente, sobretudo sob a forma de
hábitos diretrizes da consciência, elas próprias
inconscientes”.
“Muito do que supomos ser uma ordem inerente da
natureza não passa, na verdade, de uma ordenação que
é fruto de um procedimento cultural, mas que nada
tem a ver com uma ordem objetiva.” (LARAIA, 2001,
Pág. 89).
A cultura é dinâmica
Para Laraia existem dois tipos de mudança cultural: uma
que é interna, resultante da dinâmica do próprio sistema
cultural, e uma segunda que é o resultado do contato de um
sistema cultural com um outro. Ex: p.98.