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LICENCIATURA EM DIREITO
FORMAÇÃO DA SOCIEDADE
Indice
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INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 4
DESENVOLVIMENTO........................................................................................................................ 5
A SOCIOLOGIA.................................................................................................................................5
TEORIA DO JUSNATURALISMO........................................................................................................ 7
POLÍTICA....................................................................................................................................... 10
A VONTADE DIVINA.......................................................................................................................11
CONTRATUALISMO JURÍDICO........................................................................................................ 11
1- JOHN LOCKE.............................................................................................................................. 12
2- THOMAS HOBBES...................................................................................................................... 12
3- JEAN ROUSSEAU-JACQUES.........................................................................................................12
CONCLUSÃO.................................................................................................................................. 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................................... 15
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Introdução
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Desenvolvimento
A sociologia é uma disciplina que surgiu com o objetivo de sistematizar o estudo dos
fenômenos sociais, identificando suas causas e apontando formas de solucioná-los quando se
constituíssem em problemas para a sociedade.
Desse modo, foi sendo construído, ao longo dos anos, um modo de pensar que estabelece
naturalmente a ligação entre os diferentes indivíduos que formam as sociedades humanas,
visualizando, assim, as estruturas sociais em que vivem.
A sociologia
A sociologia consolidou-se ao longo do tempo como um dos ramos das ciências humanas,
pois surgiram inúmeras ciências para estudar cada dimensão do social, aprofundando o
conhecimento específico de determinadas relações sociais. No entanto, a sociologia
permanece como a única que tem como tema central de estudo as interações sociais
propriamente ditas.
A vida dos seres humanos apresenta, assim, várias dimensões:
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● Econômica
● jurídica
● Política
● Moral
● Religiosa etc.
que ocorrem e se desenvolvem durante a existência social do homem, ou seja, quando os seres
humanos estão interagindo uns com os outros. São essas interações, independentemente do
aspecto que possam assumir, que são o objeto central de estudo da sociologia.
Logo, a sociologia estuda a dimensão social da conduta humana, as relações sociais que a ela
estão associadas.
Tendo os seus elementos a destacar: os grupos sociais, a estrutura social, a família, as classes
sociais, e o papel que cada indivíduo desempenha e ocupa dentro de uma sociedade.
Para preservar a sobrevivência da coletividade, surgiu a sociedade, caracterizada por uma
agremiação de pessoas.
O ser humano é um ser social e vive em sociedade, que é onde aprende as habilidades e
adquire os conhecimentos que o identificam com um determinado modo de vida. As
sociedades podem ser pequenas comunidades rurais ou uma grande cidade, uma região ou
uma nação.
A sociedade alcança o papel de protetora e organizadora da vida humana. Há nelas ainda uma
organização social feita por instituições, como a escola, a família, as instituições, o governo.
A Formação da mesma é baseada em vários temas:
● Política
● Jusnaturalismo
● Vontade Divina
● Contratualismo Jurídico
● Leviatã, o Homem é um Ser Gregário
Teoria do Jusnaturalismo
De acordo com o Jusnaturalismo, o direito é algo natural e anterior ao ser humano, devendo
seguir sempre aquilo que condiz aos valores da humanidade, direito à vida, à liberdade, à
dignidade, e ao ideal de justiça.
Desta forma, as leis que compõem o Jusnaturalismo são tidas como imutáveis, universais,
atemporais e invioláveis, pois estão presentes na natureza do ser humano.
A corrente do jusnaturalismo defende que o direito natural é imutável e universalmente
válido, valendo, portanto, para todos os tempos e para todos os homens é identificável através
da razão.
É independente da vontade humana, ele existe antes mesmo do homem e acima das leis do
homem, para os jusnaturalistas o direito é algo natural e tem como pressupostos os valores do
ser humano, e busca sempre um ideal de justiça. O direito natural é universal, imutável e
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inviolável, é a lei imposta pela natureza a todos aqueles que se encontram em um estado de
natureza.
A seguinte frase de Aristóteles representa o ponto principal do Jusnaturalismo; “assim como
fogo que queima em todas as partes, o homem é natural como a natureza e por isso todos tem
direito à defesa”.
Dentre alguns dos defensores do Direito Natural podemos citar Platão, Aristóteles, Heráclito,
Tomás de Aquino, Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseau…
Na sua principal obra, Leviatã sendo um dos livros políticos mais importantes do Ocidente
publicada a 1651, Hobbes “desmembra” o Homem para mostrar as limitações cognitivas e as
suas fragilidades, chamando a isto o seu método resolutivo compositivo, onde faz uma análise
introspectiva e divide o Homem pela imaginação, sensação, linguagem. Para Hobbes o
Homem nasce sem razão, esta é apenas adquirida durante o seu crescimento.
Neste sentido, Hobbes aponta as três principais causas da discórdia: a competição, a descrença
e a glória. Vale ressaltar que para Hobbes a razão é adquirida, não nascendo com o indivíduo.
Para o autor, esses seriam os principais motivos que levariam o homem ao conflito, caso não
houvesse um poder capaz de mantê-los em harmonia, já que o homem é um ser tão crente e
fanático que é capaz de se destruir com suas próprias paixões.
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2- John Locke-( Liberdade)
Se Hobbes é considerado o precursor do positivismo jurídico, Locke, por sua vez, é o pai do
Estado Liberal.
Ao contrário de Hobbes, para além de ser liberal é também um jusnaturalista tradicional pois
acredita que existem certos direitos naturais anteriores ao Estado Civil. A sua crença nas leis
naturais visa que ocorram retaliações com intuito de proteger os direitos naturais quando estes
são danificados/violados. Para ele o Homem é um ser igualitário e racional livre diante dos
seus associados podendo aperfeiçoar-se através do empirismo, ao contrário de Hobbes, que
afirma que os homens são falíveis e que se deixam influenciar pelos seus medos e pelas
paixões vividas.
Quando se trata de insatisfação social, Locke diz que se pode destruir o governo retirando-lhe
o poder que lhe pertencia e devolver ao povo e da mesma forma existiriam liberdades
individuais. Por outro lado, tudo isto é inconcebível perante o Estado de Hobbes.
E por isso, quando os direitos naturais coletivos são ameaçados pelo poder político, os
tributários possuem a função de os dissolver, fazendo assim com que o poder retorne à posse
do povo que por fim acaba por ser o único e verdadeiro titular do poder supremo.
A situação criou desigualdades, desafetos e hedonismos. Já dizia Rousseau: “O povo, por ele
próprio, quer sempre o bem, mas, por ele próprio, nem sempre o conhece.”. Isto é, para ele o
Homem primitivo não conhecendo a sociedade não teria vínculos com outros Homens e assim
cada um viveria individualmente e isolados.
O Homem não detinha em si a razão, mas sim o amor de si, algo que era naturalmente
positivo e intolerante à sua alteração para algo mau, a não ser claro, que fosse a sociedade a
responsável pela sua alteração, a sua deturpação. Mais uma vez, é uma lógica que não
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coincide com a lógica de Hobbes, pois para ele o Homem é garantidamente falível, viva
isoladamente ou não, e detém dentro de si por natureza uma determinada maldade.
Com isso, Rousseau criticava as teorias de Hobbes e Locke, relativamente às desigualdades
existentes e mantidas mesmo depois do pacto social. Ou seja, Rousseau afirmava que mesmo
assim o contrato social mostrava-se inócuo visto que ainda se mantêm presentes o poder
político e o capital e que os direitos naturais devem garantir igualdade e a sua aplicação em
todos os indivíduos, não sendo então violados.
Dentro da lógica de Rousseau existia ainda a sua soberania, onde era aplicado o exercício da
vontade geral e coletiva, ou seja, onde existisse uma vontade coletiva essa seria logo ouvida e
realizada. Acompanhada desta lógica o filósofo afirmava ainda que é possível existir uma
aristocracia, uma democracia ou até mesmo uma monarquia sendo apenas destruída pelo
povo, se este assim o pretender.
Política
O filósofo grego Aristóteles definiu o ser humano como um animal político, ou seja, um ser
que inconscientemente busca a vida em comunidade, porque suas necessidades materiais e
emocionais só podem ser satisfeitas pela convivência com outras pessoas.
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Além disso, o animal político se diferencia dos outros bichos pela sua capacidade de se
comunicar em nível complexo, diferentemente de outras espécies. Por meio da linguagem, o
humano pode trocar ideias, imaginar o futuro e criar regras para compartilhar o mesmo
espaço.
A Vontade Divina
Comecemos por demonstrar isto, com referência às verdades que são acessíveis à nossa
razão natural. Com isto daremos uma resposta aqueles que consideram útil a transmissão de
tais verdades como objetos de fé por via de inspiração sobrenatural, de vez que tais
verdades nos são conhecidas através do nosso próprio conhecimento natural.
Contratualismo Jurídico
O contratualismo estuda a forma como se relaciona o homem em sociedade, uma vez que em
não sendo possível viver em um estado de natureza, sem a existência de instituições
governamentais, nasce o Estado Civil como forma de organizar e manter a ordem. Os
indivíduos têm que abdicar de certas vantagens/direitos para poderem assim ter um governo
organizador. E de acordo com a teoria contratualista, o medo, as falhas, a instabilidade da
natureza humana contribuíram para que fossem dados a determinadas pessoas determinados
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poderes, esses responsáveis por colocar ordem nos seres de forma a garantir assim a
estabilidade e a segurança da ordem social.
Importantes filósofos que contribuíram para o desenvolvimento do contratualismo
foram:
■ John Locke;
■ Thomas Hobbes;
■ Jean-Jacques-Rousseau;
Cada um desses filósofos apresenta conceitos diferentes sobre o que seria o estado de natureza
e a necessidade de interferência do poder estatal. Vejamos a seguir o que era pregado por eles.
1- John Locke
2- Thomas Hobbes
3- Jean Rousseau-Jacques
Segundo Jean-Jacques-Rousseau, “o homem nasce bom, e a sociedade o corrompe”. Assim,
ao contrário de Hobbes, Rousseau acredita na existência desse homem bom, que somente é
corrompido pela sociedade, frente ao surgimento da propriedade privada.
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A propriedade privada introduz a desigualdade entre os homens, a diferença entre o rico e o
pobre, o poderoso e o fraco, o senhor e o escravo, até a predominância do mais forte. O
homem é corrompido pelo poder e esmagado pela violência.
Para o filósofo, a função do Estado é garantir a igualdade entre o povo, de modo que todos
possam ter direito à propriedade privada e que os poderes não restem concentrados nas mãos
de poucos, possibilitando que a tomada de decisão seja com base na vontade geral (vontade
do povo).
Desta forma, o contratualismo estuda o surgimento do contrato social, em que o homem abre
mão do estado de natureza e aceita a intervenção do Estado e seu papel de organizar a
sociedade.
Para Hobbes, antes do homens viverem em sociedade, eles viveram em uma situação
(hipotética), denominada ‘estado de natureza’, em que o homem era sozinho e apenas se
preocupava em satisfazer suas necessidades e desejos, além de defender seus direitos naturais,
que são a vida e a liberdade. Afirma ainda que a natureza humana é egoísta, ou seja, quer
satisfazer seus desejos, mesmo que aquilo que queira pertença a outro homem.
É nessa situação em que compreendemos a famosa frase que em latim é traduzida como
“homini lupus homini” (o homem é o lobo do homem), justamente por que, pelo fato de
sermos egoístas e entrarmos em conflito uns com os outros, somos uma ameaça constante uns
aos outros, o homem é capaz de grandes atrocidades e barbaridades contra elementos da sua
própria espécie. Dessa forma, inevitavelmente, a guerra se torna geral. Todos são ameaças a
todos o tempo todo. A chamada "guerra de todos contra todos" (bellum omnia omnes).
Apesar de egoísta, o homem, movido pelo “medo da morte violenta” e pela racionalidade
(afinal o homem é racional, pensar), chega à conclusão que o bem maior e mais importante, a
vida, está em risco. E para defendê-la, só há um caminho possível: abrir mão da liberdade
total e fazer um pacto, um contrato, o “Contrato social”, pelo qual os homens saem da vida
solitária do ‘estado de natureza’ e vão viver juntos, sob um poder soberano, no ‘estado civil’,
ou seja, em sociedade.
No entanto, a única forma deste contrato dar certo, ou seja, que os homens respeitem o que
prometeram uns aos outros e que preservem a sua vida, é se houver um poder absoluto que os
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obrigue a respeitar o contrato. Lembre-se: o homem é mau por natureza (egoísta) e viver em
sociedade não significa que essa natureza modificou. Se não houver um poder maior que, pelo
medo, imponha o cumprimento do pacto, o homem não respeitará o prometido. Justamente a
partir daqui é que podemos compreender a obra mais importante do filósofo, o "Leviatã".
O poder do Estado Leviatã, a que Hobbes chama de “deus mortal”, deveria ser exercido por
um rei com poderes absolutos que, pelo medo, governaria a vida de todos. Seria o soberano e
os homens os súditos. Estaria acima das leis, sem limites para suas ações, desde que agisse no
cumprimento de sua parte no contrato: garantir a vida, a prosperidade e a paz. Os homens
abdicam de sua liberdade, pois sabem que, se não houver este poder soberano, a vida estaria
constantemente ameaçada, pois onde não há lei, não há limites.
Outra questão: será mesmo que o homem é mau por natureza ou somos resultado de nossa
cultura e condições materiais de vida? Se a maldade consistisse em uma característica natural,
isso significaria que todos, sem exceção, seriam mais, uma vez que é característica natural
inexorável. Portanto, a bondade, a caridade, a solidariedade, a alteridade dentre outras
virtudes, seriam impossíveis.
Sobre essa discussão, que diz diretamente respeito ao modo como encaramos a vida,
preferimos acreditar que o homem é resultado de sua história, que inclui todas as condições
materiais e humanas que fizeram parte de seu desenvolvimento como o acesso à informação;
formação de valores aprendidos em família; educação formal (escolar) de qualidade, que leve
à autonomia e à responsabilidade; respeito aos seus direitos fundamentais, como a dignidade,
que se expressa em uma vida material favorável, com saúde, alimentação, lazer, práticas
esportivas que desenvolvam um corpo e mente saudáveis dentre outros.
Se assim for, podemos ter fé no futuro pois, melhorando a realidade material e social dos
homens, o próprio homem melhorará!
Conclusão
Tendo em vista o exposto pude perceber diferentes vertentes relacionadas com o surgimento
da ordem social na qual estamos inseridos desde os nossos primeiros anos. A formação da
Sociedade parte da totalidade da vida social de todos nós partiu de diversas teorias,
contradições, estudos, por parte de importantes figuras filosóficas daquela época.
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O homem é um animal gregário por natureza necessitando de conviver com o seu semelhante
desde os tempos primórdios.
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Referências Bibliográficas
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