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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica.

Nome do Estudante: Luisa Nita Caetano António


Código de Estudante: 708233618

Curso: Licenciatura em Ensino de língua Portuguesa


Disciplina: Didáctica Geral
Ano de frequência: 1º Ano

Docente:

Nhamatanda, Maio de 2023

Índice
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1. Introdução........................................................................................................................3
2. OBJECTIVO........................................................................................................................4
2.1. Objectivo geral..................................................................................................................4
2.2. Objectivos científicos........................................................................................................4
3. METODOLOGIA................................................................................................................4
4. DIDÁCTICAS - SUAS RELAÇÕES COM A PEDAGOGIA E OUTRAS CIÊNCIAS;. 4
4.1. Conceito de Didáctica...................................................................................................4
4.2. Relação da Didáctica Geral com Pedagogia.................................................................5
4.3. Relação da Didáctica Geral com as Didácticas Especiais.............................................6
4.4. Relação da Didáctica Geral com as Didácticas Especiais.............................................6
5. RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM OUTRAS DISCIPLINAS........................6
5.1. Relação da Didáctica Geral com Psicologia.................................................................6
5.1.1. Relação da Didáctica Geral com Sociologia.............................................................7
5.1.2. Relação da Didáctica Geral com Biologia................................................................7
5.1.3. Relação da Didáctica Geral com Filosofia......................................................................7
6. PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM - ORIGEM E DESENVOLVIMENTO
HISTÓRICO............................................................................................................................8
6.1. Processo de ensino-aprendizagem.....................................................................................8
7. origem e desenvolvimento histórico.................................................................................8
8. CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM....................9
9. ESTRUTURA DA AULA – FUNÇÕES DIDÁCTICAS...............................................10
9.1. Principais funções didácticas.....................................................................................10
9.2. Introdução e Motivação..............................................................................................10
9.3. Mediação e Assimilação.............................................................................................11
9.4. Domínio e Consolidação............................................................................................12
9.5. Controle e Avaliação..................................................................................................13
10. CONCLUSÃO...........................................................................................................14
11. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................15

1. Introdução
3

A Didáctica, como outras disciplinas, não caminha isolada no campo dos


conhecimentos científicos. Este trabalho traz uma abordagem que evidencia o tema: a
relação da Didáctica com as outras ciências. Apresentamos este texto de forma a
esclarecer em que área é possível encontrar a presença da Didáctica. Portanto o texto
expõe a que se propõe a didáctica principalmente quando seu objecto de estudo é o
ensino. A leitura deste trabalho proporciona também o esclarecimento da intrínseca
relação que há entre a Didáctica e as ciências. O trabalho tem como objectivo geral
explicar a contribuição das outras ciências (pedagogia, psicologia, biologia, sociologia,
filosofia) para a actividade didáctica do professor. Para o alcance do objectivo traçado,
apresentamos o conceito da didáctica e mostramos as influências das outras ciências na
didáctica e esta nessas outras ciências. O trabalho resulta de uma consulta de obras e
artigos que versam sobre o tema e, todas as obras estão devidamente mencionadas na
última página deste trabalho. No que tange a organização, é de salientar que o trabalho
está estruturado em três partes essenciais, a saber: esta introdução, desenvolvimento e
conclusão.
4

2. OBJECTIVO

3 . Compreender a
didáctica enquanto espaço
de reflexão sistemática
sobre a prátic .

4 . Compreender a
didáctica enquanto espaço
de reflexão sistemática
sobre a prática
2.1. Objectivo geral
 Compreender a didáctica enquanto espaço de reflexão sistemática sobre a prática
educativa

2.2. Objectivos científicos


 Explicar a contribuição das outras ciências (pedagogia, psicologia, biologia,
sociologia, filosofia) para a actividade didáctica do professor;
 Redefinir o campo específico de investigação da didáctica, tendo em conta as
especificidades de objecto de estudo das outras ciências com as quais tem
relação;
 Diferenciar o objecto de estudo da Didáctica Geral das Didácticas específicas.
 Abordar o processo de ensino-aprendizagem sob diferentes concepções
 Explicar o papel das funções didácticas;
 Identificar as principais funções didácticas.

3. METODOLOGIA
Para a materialização do presente trabalho cingiu-se também ao método de consulta
bibliográfica que consistiu na leitura e interpretação de diferentes obras que abordam
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sobre a temática ligada a Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica, conciliou-


se ainda em método documental que consistiu na análise e interpretação de diferentes
documentos oficias ligados a temática em estudo.

4. DIDÁCTICAS - SUAS RELAÇÕES COM A PEDAGOGIA E OUTRAS


CIÊNCIAS;
4.1. Conceito de Didáctica

A Didáctica é o principal ramo de estudos da Pedagogia. CANDAU (1996: 27) salienta


que “ela investiga os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do
ensino”. A ela cabe converter objectivos sociopolíticos e pedagógicos em objectivos de
ensino, seleccionar conteúdos e métodos em função desses objectivos, estabelecer os
vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das
capacidades mentais dos alunos.

Assim, a “Didáctica Geral busca em outras ciências os conhecimentos teóricos e


práticos que concorrem para o esclarecimento do seu objecto, o fenómeno educativo”,
(Cfr. PILETTI, 2007: 103). São elas a Filosofia da Educação, Sociologia da Educação,
Psicologia da Educação, Biologia da Educação, e outras, como veremos a seguir.

4.2. Relação da Didáctica Geral com Pedagogia


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Segundo GOLIAS (1999: 119) “a dependência da didáctica em relação a pedagogia se


verifica na impossibilidade de se especificar objectivos da instrução, das matérias e dos
métodos, fora de uma concepção do mundo de uma opção metodológica geral e uma
concepção de praxis pedagógica, uma vez que essas tarefas pertencem ao campo
pedagógico”. É verdade que a finalidade imediata do processo didáctico é o ensino de
determinadas matérias e de habilidades cognitivas conexas; todavia por se tratar de
materiais ou temas de ensino, implicando, portanto dimensão formativa, a eles se
sobrepõe objectivos e tarefas mais amplas determinadas social e pedagogicamente. Dai
considera-se a didáctica como disciplina de intersecção entre a teoria educacional e as
metodologias específicas das matérias que se esclarecem e se particularizam sob
características comuns, básica, da actividade pedagógica e, em particular, do processo
de ensino aprendizagem.

Em outras palavras a didáctica opera a interligação entre a teoria e a prática. Ela engloba
um conjunto de conhecimentos que entrelaçavam contribuições de diferentes esferas
científicas (teoria de educação, teoria do conhecimento, psicologia, sociologia, etc.),
junto com requisitos de operacionalização. Noutros termos, a pedagogia investiga a
natureza das finalidades da educação como processo social, no seio de uma determinada
sociedade, bem como as metodologias apropriadas para a formação dos indivíduos,
tendo em vista o seu desenvolvimento humano para tarefas na vida em sociedade.
Quando falamos das finalidades da educação no seio de uma determinada sociedade,
queremos dizer que o entendimento dos objectivos, conteúdos e métodos da educação se
modifica conforme as concepções de homem em sociedade que, em cada contexto
económico e social de um momento da história humana, caracterizam o modo de
pensar, de agir e os interesses das classes e grupos sociais.

A didáctica é, pois uma das disciplinas da pedagogia que estuda o processo de ensino
através dos seus componentes, os conteúdos escolares, o ensino e a aprendizagem para,
com o ambasamento numa teoria da educação, formular directrizes orientadoras da
actividade profissional dos professores.

4.3. Relação da Didáctica Geral com as Didácticas Especiais

A Didáctica Geral estabelece relação com as Didácticas especiais ou seja, Metodologias


de Ensino de Disciplinas específica (ex: Matemática, línguas, etc.). De facto, as
metodologias das diferentes disciplinas analisam as questões de ensino de uma
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determinada disciplina, enquanto a Didáctica Geral tem um objecto de natureza geral:


Se abstrai das particularidades das distintas disciplinas e generaliza as manifestações e
leis especiais do ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas e formas de ensino.
Assim, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base importante para a
Didáctica Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino
das disciplinas específicas.

5. RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM OUTRAS DISCIPLINAS


5.1. Relação da Didáctica Geral com Psicologia

A Psicologia indica a Didáctica as oportunidades que melhor favorecem a


expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor
garantem a efectivação da aprendizagem.

5.1.1. Relação da Didáctica Geral com Sociologia

A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a


liderança, a responsabilidade no contexto de intenções sociais, pois a aprendizagem
acontece no contexto socialmente construído o que implica reconhecer o papel dessas
relações na educação dos alunos.

5.1.2. Relação da Didáctica Geral com Biologia

A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos, a


nutrição e a herança também tem o seu peso na aprendizagem dos alunos.

5.1.3. Relação da Didáctica Geral com Filosofia


A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base a Didáctica,
coordenando – as numa visão que tem por fim explicar o educando como um ser
completo que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se
possam efectuar os propósitos de educação.

A complexidade do trabalho do professor está na sua capacidade de poder planificar,


realizar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem, com garantia de que os seus
alunos aprendam, desenvolvam saber, saber fazer e saber ser/estar. Igualmente vemos
que esta complexidade se refere em parte, ao facto de que o professor deve ensinar a
partir de uma concepção da direcção do processo educativo subordinada a uma
concepção político-social, agindo, portanto, como pedagogo; e o a mesmo tempo o
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professor deve: Respeitar a individualidade dos seus alunos e as condições que melhor
favorecem a expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que
melhor garantem a efectivação da aprendizagem. Orientar-se sobre o desenvolvimento
físico e os índices de fadiga dos alunos e, a partir disso, por exemplo, conceder aos
alunos intervalos depois de um período significativo de trabalho para permitir o repouso
dos estudantes, programar actividades em função das capacidades de resistência física
dos alunos, etc. Criar formas de trabalho na sala de aulas e na escola que permitem
desenvolver a solidariedade, a liderança, a responsabilidade nos alunos, tendo em conta
o carácter social da sua actividade e da natureza dos alunos e dele mesmo. Visionar o
educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado,
personalizado, de forma que se possam efectivar os propósitos da educação.

6. PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM - ORIGEM E


DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO

6.1. Processo de ensino-aprendizagem


COELHO, José (1999), define como aprendizagem como resultado de estimulação do
ambiente sobre o indivíduo já maduro, que se expressa, diante de uma situação, sob a
forma de uma mudança de comportamento em função de experiencia.
SANTOS (2001), o ensino consiste na proposta planeada as exigências naturais do
processo de aprendizagem. Dai que mais importante é o professor acompanhar
aprendizagem do aluno do que concentrar demasiadamente no assunto a ser ensinado. O
ensino é visto como resultante de uma relação pessoal do professor e aluno.
As instituições de ensino precisam formar seu corpo docente com professores que tem
uma autêntica vocação para ensinar e dar-lhe todo o apoio e incentivo para que o façam
com liberdade e tranquilidade.

7. Origem e desenvolvimento histórico


Na sociedade primitiva (de caçadores e reflectores) todos os adultos educavam todas as
crianças directamente no processo mesmo da vida e do trabalho e do trabalho junto com
os adultos. Mas a medida que o trabalho se desenvolvia, começa a haver excedentes de
produção e, assim, aparece a divisão de trabalho e, consequentemente, a especialização
do trabalho: por exemplo, o ferreiro faz a enxada para o agricultor e recebia parte da sua
produção.
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Na sequência disso, aumenta o património sócio cultural e técnico-científico da


humanidade e torna-se cada vez mais complicado todos os adultos «ensinarem tudo a
todas as crianças». Assim, surgem pessoas especializadas em educação das crianças e
criam-se situações específicas de educação; e, neste sentido, surge o processo de ensino-
aprendizagem como processo organizado e intencional para a educação das crianças.

Na sociedade primitiva Na sociedade de divisão de trabalho


A educação / formação do homem A educação era organizada, a razão pela
depende dos seguintes factores: qual toma o carácter de processo de
A simples imitação aos adultos (por isso ensino aprendizagem, o que implica.
era espontânea) Carácter intencional no PEA colocação
A transmissão oral prévia dos objectivos e tarefas de ensino
A influência de meu Elaboração de conteúdos e métodos de
Os exercícios no próprio processo de ensine/ educação
trabalho Designação de homens especiais (alunos e
professores/educadores com
características próprias)
Estabelecimento de duração e de locais e
de locais especiais para a realização do
PEA

Com o aumento progressivo do património sociocultural e técnico-científico já não mais


permitia que «todos ensinassem há todos», razão pela qual concluímos que o PEA tem
como sua origem a contradição entre o património sociocultural e técnico científico da
sociedade cada vez mais crescente e as possibilidades limitadas do homem de transmiti-
lo directamente, usando exclusivamente o próprio processo de vida e trabalho
quotidianos.
Assim, a problemática fundamental da didáctica é a tentativa permanente de resolver
esta contradição, isto é «transformar o processo histórico de desenvolvimento de
experiências sociais, culturais e científicas em processos individuais de educação,
instrução e formação». Deste modo, o aluno/educando individualmente recapitula à sua
maneira o processo histórico de assimilação das experiências da sociedade, o que
pressupõe a aprendizagem efectiva graças ao PEA.
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8. CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Segundo LIBÂNEO (2008, p. 77) o ensino é um processo que se caracteriza por


desenvolvimento de capacidades intelectuais com vista a obedecer uma direcção de
acordo com os objectivos definidos, mas com um carácter intencional e sistemático,
onde a actividade do professor deve ser planificada de acordo com as exigências de
ensino e aprendizagem. O processo de ensino visa alcançar resultados em todos os
domínios que ajudam a desenvolver capacidades cognitivas dos alunos. A actual prática
escolar tem criado uma separação nos conteúdos do ensino, desenvolvimento de
capacidades, habilidades e aspectos materiais e aspectos formais do ensino.

A actividade de ensinar é vista como transmissão de matéria aos alunos, escutarem,


responderem perguntas do professor, resolverem exercícios, fazerem o TPC e
resolverem as provas de avaliação. Esta prática não consegue verificar o nível de
conhecimentos já adquiridos pelo aluno, para enfrentar nova matéria, nem de detectar as
lacunas individuais durante a assimilação da matéria, razão o aluno vai progredindo
com problemas sérios de aprendizagem. O certo deviam criar mecanismos de ligar o
conhecimento novo com o que se aprendeu antes, por isso é essencial a avaliação
permanente para descobrir as dificuldades dos alunos. O professor restringe-se apenas
dentro da sala de aulas, não se preocupa com o que acontece fora da escola, esquecendo
que forma o homem para se inserir na sociedade. A parte integrante do professor e do
aluno é a realidade social, politica, económica e cultural. Porque o processo de ensino é
o conjunto de actividades para o professor/aluno com o objectivo de dominar e
desenvolver as capacidades cognitivas. A relação professor, aluno e matéria é dinâmica
razão que dita neste processo de ensino uma estruturação das etapas de desenvolvimento
de uma aula. Abordaremos esta matéria com profundidade no capítulo.

9. ESTRUTURA DA AULA – FUNÇÕES DIDÁCTICAS


9.1. Principais funções didácticas
As principais funções didácticas são: Introdução e Motivação, Mediação e Assimilação,
Domínio e Consolidação e Controle e Avaliação.
As funções didácticas têm uma ligação entre si e se realizam isoladamente, sobrepondo-
se umas das outras durante as diferentes etapas do PEA e que geralmente uma função
didáctica abre o caminho para efectivação da outra e que o sucesso de uma possibilita o
sucesso da outra, assumindo-se como uma unidade, no sentido de totalidade e não de
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soma e tal totalidade reflecte as relações específicas de cada função didáctica com a
outra de maneira recíproca. A figura abaixo, demonstra tal reciprocidade entre as
funções.
9.2. Introdução e Motivação
Num contexto geral, introdução significa acto ou efeito de introduzir, prefácio, inicio de
uma certa actividade, obra ou prática e a motivação é o acto de motivar, acção dos
factores que determinam a conduta.
Introdução e Motivação decorrem normalmente no princípio de uma aula. Esta
desempenha grande papel para o sucesso da aprendizagem dos alunos. Tem em vista
preparar o aluno para o inicio da aula e sua fase seguinte. Esta preparação tem 3
objectivos  fundamentais:
 Criar disposição e ambiente favoráveis aos alunos, que possam assegurar o bom
discurso da aprendizagem;
 Consolidar o nível inicial e orientar o aluno para novo conteúdo;
 Motivar permanentemente com o fim de manter o interesse e a atenção dos alunos
através de avaliação de estímulos.
Segundo Lebaneo (1994) Introdução, e a parte da entrada da aula que conduz ao aluno
para estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da
questão chave, apresenta a problemática de forma resumida.
No contexto de sala de aula, usa-se a introdução de enquadramento em que o problema
enquadra-se a propósito do título, de clara a sua importância e actualidade, apresenta-se
síntese do trabalho antecipando a tese que será desenvolvida, tem frases genéricas e
pouco coerentes adequados a todos.
 A Motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e incentivos que lhe favoreça
determinado tipo de conduta. Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos
apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz (PILETTI, 2007:233).
.
Numa aula sempre é aconselhável que haja a motivação. Nisso, a introdução de uma
aula é antecedida ou ocorre com a motivação.
9.3. Mediação e Assimilação
Nesta etapa ou Função Didáctica, se realiza a percepção dos objectos e fenómenos
ligados ao tem, a formação de conceitos, imaginação e de raciocínio dos alunos.  No
contexto didáctico, mediação é um processo pelo qual o professor dirige o processo de
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ensino aprendizagem em que são necessários elementos como: o professor, aluno,


conteúdo, material didáctico, métodos e fins a atingir.
Segundo Pillet (1991)  Mediação é acção concreta do PEA em que o professor passa os
conteúdos e envolve diálogo e no fim faz a síntese.
A função do professor consiste em o processo de construção de conhecimentos e na
mediação, prevalecem as formas de estruturação e organização didáctica dos conteúdos.
Neste processo a figura do professor como transmissor de conhecimentos desaparece,
para dar lugar a figura de mediador, facilitador ou orientador e tal mediação actualmente
deve ser diferente, expondo cada vez mais alunos antes de objectos e receptores
passivos, concebendo-os como sujeitos da sua própria aprendizagem para além de ter
conhecimentos para ter conhecimentos da própria aula.
Depois de uma sucinta atenção e actividade mental dos alunos na etapa anterior,
(Introdução e Motivação) chega o momento dos alunos se familiarizarem com o
conhecimento que irão desenvolver e um dos procedimentos práticos tem sido a
apresentação do conteúdo como problema a ser resolvido, embora nem todos os
conteúdos se prestam a isso.
Para Nerice (1999)  “assimilação é o processo psicológico da mente, assimilar o mundo
exterior”.
 Quando o indivíduo se defronta com uma situação nova e, por meio de seus esquemas
de acção compreende-a ou na mesma actua eficazmente, é por que houve assimilação,
porque parte do mundo exterior até então desconhecida, incorporou-se a sua vida
mental.  Na assimilação, importam os processos de cognição mediante à assimilação
activa e interiorização de conhecimento, atitudes e convicções.
Assim, a mediação e a assimilação constitui a etapa onde a aula onde se realiza a
percepção dos fenómeno de conceitos, o desenvolvimento de capacidades cognitivas de
observação, imaginação e raciocínio dos alunos. Pode ser bem percebido como
momento da aula na qual o mediador deve dar explicações necessárias, organizar
actividades dos alunos que os possam conduzir a assimilação activa dos conhecimentos
para desenvolver atitudes, convicções, habilidades, hábitos, etc.
9.4. Domínio e Consolidação
Enquanto o domínio constitui a formação e desenvolvimento de habilidades, por sua vez
a consolidação consiste em recordar a matéria sobre habilidades e conhecimentos.
O domínio e consolidação é o momento da aula em que se realizam acções com a
finalidade de sistematizar, reflectir e aplicar (Pillet:1991).
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Nesta etapa, pretende-se conseguir o aprimoramento do já (não) novo saber nos alunos,
para isso o professor deve criar condições de retenção e compreensão das matérias
através de exercícios e actividades práticas para solidificar a compreensão. Ainda neste
aspecto é preciso que os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na
mente dos alunos afim de que sejam disponíveis para orienta-los nas situações concretas
de estudo de vida, do mesmo modo em paralelo com os conhecimentos e através deles é
preciso aprimorar a formação de habilidades e hábitos para a utilização independente e
criadora dos conhecimentos.
Não vale a pena adiantar com a matéria, sob a pena de que os alunos tenham apenas
pequenas recordações do que viram, sem poder por em prática e muito menos
aproveitar-se do conteúdo aprendido para as aprendizagens posteriores através de
repetição, sistematização e aplicação, que constituem o suporte metodológico através
das quais se torna realidade o domínio e consolidação da matéria.
Através da repetição, o professor deve:
·         Reafirmar os conhecimentos e capacidades fundamentais
·         Controlar o nível de situação inicial dos alunos e
·         Obter uma base para avaliar a cada aluno ou todo o grupo.
A aplicação constitui o centro do PEA e é a etapa superior do aumento e
desenvolvimento de capacidades através da resolução de problemas e tarefas em
situações análogas e novas. Este método é a ponte para a prática profissional visto que
se desenvolvem as capacidades que devem possibilitar aos alunos  o poder de aproveitar
a teoria e posteriormente colocar os seus conhecimentos no trabalho produtivo.
9.5. Controle e Avaliação
O controlo e avaliação, acompanham todo o P.E.A. e forma ao mesmo tempo conclusão
das unidades do ensino.
Segundo Libâneo (1994) para o professor poder dirigir efectivamente o P.E.A. deve
conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da
matéria. Este controle vai consistir também em acompanhar o P.E.A. avaliando-se as
actividades do professor e do aluno em função dos objectivos definidos.
A avaliação, como parte integrante do PEA, é uma actividade contínua de pesquisa que
visa verificar até que ponto os objectivos definidos no programa estão sendo alcançados
de modo a se decidir sobre alternativas do trabalho do formador, do formando ou da
escola como um todo.
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Segundo Pilleti (1991),  denomina-se de avaliação ao conjunto de instrumentos com a


finalidade de medir o grau de alcance de objectivos na vertente do professor e do
aluno.
Sendo assim, ela não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para
verificar as mudanças de comportamento. Ela permite identificar os alunos que
necessitam de atenção especial e reformular o trabalho com a adopção de procedimentos
para sanar tais deficiências. O próprio aluno deve perceber que a avaliação é um meio e,
para isso, o professor deve explicar-lhe os objectivos da mesma e analisar com ele os
resultados alcançados.

10. CONCLUSÃO

Ao fazer este trabalho notamos que a didáctica é, pois uma das disciplinas da pedagogia
que estuda o processo de ensino através dos seus componentes, os conteúdos escolares,
o ensino e a aprendizagem para, com o ambasamento numa teoria da educação,
formular directrizes orientadoras da actividade profissional dos professores. As
Didácticas ou Metodologias especificas são uma base importante para a Didáctica
Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino das
disciplinas específicas. Para terminar, a actuação do professor com o propósito de
ensinar, exige deste um agir tendo em conta não somente habilidades didácticas, mas
também pedagógicas e um certo sentido psicológico, sociológico, biológico, filosófico
etc., devendo, neste sentido, o professor se municiar de conhecimentos destas
disciplinas: o agir didáctico é ao mesmo tempo pedagógico, biológico, sociológico,
filosófico, etc.
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11. BIBLIOGRAFIA

CANDAU, Vera Maria. A Didáctica em questão. Petrópolis: Vozes. 1996.

CANDAU, Vera Maria. Rumo a uma nova Didáctica. Petrópolis: Vozes. 1988.

CAPRA, Fritjof – A teia da vida. São Paulo: Cultrix, 1996

CUNHA, Maria Isabel de. O professor e sua prática. 20ª Edição. Campinas: Papirus.
1989.

D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP:


Papirus, 1999

GIL, A. C. Metodologia do Ensino Superior. 3ª Edição. São Paulo: Atlas. 1997.


GOLIAS, Manuel. Educação Básica: Temáticas e conceitos, Maputo. 1999.

LIBÂNEO, J. Didáctica. Cortez editora. São Paulo. 1992. __________. Pedagogia e


Pedagogos para quê? Cortez Editora. 8ª Edição. São Paulo. 2005.

PILETTI, Claudino. Didáctica. Cortez editora. São Paulo. 2007.

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