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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Licenciatura em ensino de Português, 1º ano

Trabalho de Campo da cadeira de Didáctica Geral

RELAÇÃO ENTRE A PEDAGOGIA E OS FUNDAMENTOS


HUMANOS DA DIDÁCTICA.

CUAMBA, JUNHODE 2023.

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RELAÇÃO ENTRE A PEDAGOGIA E OS FUNDAMENTOS
HUMANOS DA DIDÁCTICA.

Discente:
Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue ao
Admira Ernesto Agostinho. departamento de Instituto de Educação a Distância,
para fins de avaliação, leccionado pelo tutor: Eugénio
Alberto Bread.

CUAMBA, JUNHO DE 2023.

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ÍNDIC

E
CAPITULO I. INTRODUÇÃO.........................................................................................4

Objectivos..........................................................................................................................5

CAPITULO II. METODOLOGIA....................................................................................6

CAPITULO III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................7

Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica..........................................................7

Didácticas-suas relações com a Pedagogia e outras ciências............................................7

Processo de ensino-aprendizagem - origem e desenvolvimento histórico........................8

Características do processo de ensino-aprendizagem........................................................9

Estrutura de uma aula......................................................................................................10

Funções didácticas...........................................................................................................12

CAPITULO IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................14

4. Conclusão....................................................................................................................14

CAPITULO V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................15

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CAPITULO I. INTRODUÇÃO

Introdução

A pedagogia é uma disciplina que busca compreender e aprimorar os processos de ensino


e aprendizagem, tendo como base os fundamentos humanos da didáctica. Ao analisar a
relação entre educador e educando, a pedagogia se dedica a entender como as
características intrínsecas do ser humano influenciam o processo de ensino. Os
fundamentos humanos da didáctica reconhecem a importância de considerar as
singularidades de cada indivíduo no processo educativo. Afinal, cada pessoa traz consigo
experiências, habilidades, interesses e necessidades únicas, que devem ser levadas em
conta na prática pedagógica. A didáctica, nesse sentido, deve estar atenta às
particularidades de cada aluno, buscando promover uma educação inclusiva e
personalizada.

Além disso, os fundamentos humanos da didáctica destacam a relevância do


desenvolvimento integral do educando. A pedagogia reconhece que o processo de
aprendizagem não se limita apenas à assimilação de conteúdos, mas também envolve o
desenvolvimento de competências socioemocionais, a formação de valores e a construção
de uma visão crítica do mundo. Nesse contexto, o papel do educador é fundamental, pois
cabe a ele estimular o aluno a desenvolver seu potencial pleno, respeitando sua
individualidade e promovendo sua autonomia.

Portanto, a pedagogia, embasada nos fundamentos humanos da didáctica, busca criar


ambientes de aprendizagem que valorizem a diversidade, promovam a participação activa
do aluno e estimulem seu crescimento integral. A compreensão das necessidades e
características humanas no processo educativo é essencial para construir uma educação
significativa, capaz de formar cidadãos críticos, autónomos e comprometidos com o
desenvolvimento humano e social.

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Objectivos

Objectivo geral:

 Compreender a relação entre a pedagogia e os fundamentos humanos da


didáctica.

Objectivos específicos:

 Compreender a didácticas - suas relações com a Pedagogia e outras ciências;


 Abordar o processo de ensino-aprendizagem - origem e desenvolvimento
histórico;
 Descrever as características do processo de ensino-aprendizagem;
 Descrever a e estrutura da aula – funções didácticas.

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CAPITULO II. METODOLOGIA

Metodologia

No que diz respeito aos aspectos metodológicos, a pesquisa do presente trabalho


compreendeu, como método de abordagem, o método hipotético-dedutivo: onde na
documentacao indirecta, abrangeu a pesquisa bibliográfica (Lakatos & Marconi, 2001).

Como técnica de documentacao indireta, utilizou-se a revisão bibliográfica que é um


método de pesquisa desenvolvida a partir de materiais já elaborados e constituídos
principalmente nos livros de leitura corrente, livros de referência informativa, relatórios
(dicionários, enciclopédias) e artigos científicos entre outros artigos.

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CAPITULO III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica

A didáctica é uma área de estudo que se ocupa das estratégias, técnicas e métodos
utilizados no processo de ensino e aprendizagem. Ela aborda questões relacionadas à
organização do conteúdo, selecção de recursos educacionais, aplicação de estratégias
pedagógicas, avaliação do aprendizado dos alunos e acções do professor em sala de
aula.

Segundo Libâneo (1994), define a didáctica como "o estudo dos processos de ensino e
aprendizagem, buscando compreender e orientar as práticas educativas em sua relação
com a sociedade e com o conhecimento".

Para Vasconcellos (2005), conceitua a didáctica como "um campo do conhecimento


pedagógico que se volta para a busca de formas eficientes e eficazes de ensinar,
considerando a diversidade de situações de aprendizagem e os sujeitos envolvidos no
processo educativo".

Didácticas-suas relações com a Pedagogia e outras ciências

A relação entre a didáctica e a pedagogia, assim como com outras ciências, tem sido
discutida por diversos autores. Aqui estão algumas perspectivas de autores relevantes
sobre essa relação:

Didáctica e Pedagogia: A didáctica e a pedagogia são duas áreas intimamente


relacionadas no campo educacional. Enquanto a pedagogia abrange o estudo dos
princípios, métodos e teorias gerais da educação, a didáctica está mais preocupada com
a aplicação desses princípios na prática do ensino. Segundo Libâneo (2013), a didáctica
é um dos componentes fundamentais da formação pedagógica, juntamente com a
filosofia da educação e a psicologia educacional.

Didáctica e Sociologia da Educação: A didáctica também possui relações com a


sociologia da educação, pois considera as influências do contexto social e cultural no
processo de ensino e aprendizagem. Sacristán (2000) destaca que a didáctica deve

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analisar as relações sociais presentes no ambiente escolar e na sala de aula, a fim de
compreender como elas afectam o processo educativo.

Didáctica e Psicologia Cognitiva: No campo da psicologia, a didáctica se relaciona


com a psicologia cognitiva, que investiga os processos mentais envolvidos na
aprendizagem. Ausubel (2003) ressalta que a didáctica deve considerar os
conhecimentos prévios dos alunos e buscar estabelecer conexões significativas entre
esses conhecimentos e os novos conteúdos a serem aprendidos.

Processo de ensino-aprendizagem - origem e desenvolvimento histórico

O processo de ensino-aprendizagem é um tema central na área da educação e tem sido


objecto de estudo e reflexão ao longo da história. Diversos autores contribuíram para a
compreensão desse processo e trouxeram diferentes abordagens teóricas. Neste texto,
irei abordar brevemente a origem e o desenvolvimento histórico do processo de ensino-
aprendizagem, mencionando alguns autores relevantes nesse contexto.

A origem do processo de ensino-aprendizagem remonta aos primórdios da civilização,


quando os seres humanos começaram a transmitir conhecimentos uns aos outros. No
entanto, foi na Grécia Antiga que surgiram algumas das primeiras reflexões sobre o
ensino e a aprendizagem. Platão, em sua obra "A República", defendeu a importância da
educação como um processo sistemático e organizado, no qual os indivíduos aprendem
por meio do diálogo e da interacção com o ambiente.

Na Idade Média, a educação estava centrada nas instituições religiosas, como as escolas
monásticas. A ênfase era na transmissão de conhecimentos teológicos e na formação de
líderes religiosos. Um dos autores relevantes desse período é Santo Agostinho, que
destacou a importância do professor como mediador entre o conhecimento e o aluno.

Com o Renascimento e a Reforma Protestante, surgiram novas concepções sobre a


educação. Na obra "A educação do homem cristão", Martinho Lutero defendeu a
educação como um direito universal e destacou a importância da instrução religiosa e da
leitura da Bíblia. Com o Iluminismo, surgiram pensadores como Jean-Jacques
Rousseau, que enfatizou a importância do desenvolvimento natural da criança e propôs
uma abordagem mais individualizada no processo de ensino-aprendizagem.

No século XX, surgiram várias correntes teóricas que influenciaram a compreensão do


processo de ensino-aprendizagem. O behaviorismo, proposto por B.F. Skinner, destacou

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a importância do ambiente e dos estímulos externos no aprendizado. O construtivismo,
desenvolvido por Jean Piaget, enfatizou a construção activa do conhecimento pelo aluno
e a importância da interacção social no processo de aprendizagem. Já Lev Vygotsky
trouxe a teoria sociocultural, que enfatiza o papel da interacção social e da cultura no
desenvolvimento cognitivo.

Características do processo de ensino-aprendizagem

Segundo Jean Piaget (1977), Piaget é conhecido por sua teoria do desenvolvimento
cognitivo, que influencia o processo de ensino-aprendizagem. Ele enfatiza a construção
activa do conhecimento pelo aluno e destaca a importância da interacção social e da
resolução de problemas para a aprendizagem. Além disso, Piaget enfoca a necessidade
de adaptar o ensino às capacidades cognitivas do aluno em cada estágio de
desenvolvimento.

Segundo Lev Vygotsky (1978), Vygotsky propôs a teoria sociocultural do


desenvolvimento, que enfatiza a influência do ambiente social e cultural no processo de
ensino-aprendizagem. Ele destaca a importância da interacção com professores e
colegas mais experientes para a aquisição de novos conhecimentos. Vygotsky também
introduziu o conceito de zona de desenvolvimento próxima, que se refere ao espaço
entre o nível actual de desenvolvimento do aluno e o potencial de desenvolvimento com
a assistência de outros.

Segundo Benjamin Bloom (1956), Bloom propôs a taxonomia de objetivos


educacionais, que classifica as habilidades cognitivas em diferentes níveis de
complexidade. Sua taxonomia, conhecida como Taxonomia de Bloom, é
frequentemente usada para definir objetivos de aprendizagem claros e mensuráveis. Ela
abrange seis níveis, desde a memorização e compreensão até a análise, síntese e
avaliação.

Para David Ausubel (1968), Ausubel desenvolveu a teoria da aprendizagem


significativa, que enfatiza a importância da estruturação do conhecimento prévio na
aprendizagem. Segundo ele, a aprendizagem significativa ocorre quando novas
informações são relacionadas de maneira não arbitrária e substancial com conceitos já
existentes na estrutura cognitiva do aluno. Ausubel defende o uso de organizadores
prévios e a ancoragem do conteúdo em ideias centrais para promover a aprendizagem
significativa.

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Alem dessas características acima descritas têm também abaixo citados que destacam
essas características:

Participação activa: "Cada vez mais, pesquisadores estão descobrindo que o


envolvimento activo do aluno no processo de aprendizagem é crucial para a aquisição
efectiva do conhecimento" (Duncan & McKeachie, 2005, p. 4).

Construção do conhecimento: "A aprendizagem construtivista ocorre quando os


alunos constroem activamente seu próprio conhecimento, conectando novas
informações com seu conhecimento prévio" (Piaget, 1973, p. 46).

Relevância e aplicabilidade: "A aprendizagem é mais eficaz quando os alunos


percebem que o que estão aprendendo é relevante para suas vidas e pode ser aplicado
em situações reais" (Dewey, 1916, p. 34).

Aprendizagem significativa: "A aprendizagem significativa ocorre quando os alunos


relacionam novas informações com conceitos que já conhecem, criando assim uma
estrutura mental sólida" (Ausubel, 1963, p. 41).

Feedback e avaliação: "O feedback é uma parte essencial do processo de


aprendizagem, fornecendo informações específicas sobre o desempenho dos alunos e
orientando seu progresso" (Hattie & Timperley, 2007, p. 82).

Colaboração e interacção: "A aprendizagem é social e ocorre em interacções com os


outros. O compartilhamento de ideias e a colaboração entre os alunos promovem um
maior entendimento e construção colectiva do conhecimento" (Vygotsky, 1978, p. 57).

Contextualização e aplicação prática: "A aprendizagem autêntica ocorre quando os


alunos são desafiados a aplicar seu conhecimento em situações reais, permitindo a
transferência de habilidades e conhecimentos para além da sala de aula" (Wiggins,
1998, p. 23).

Estrutura de uma aula

Segundo Smith (2020), a estrutura de uma aula pode variar dependendo do contexto,
nível de ensino e disciplina específica. No entanto, geralmente segue uma estrutura
básica que inclui os seguintes elementos: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Neste exemplo, vou descrever a estrutura de uma aula universitária sobre psicologia do
desenvolvimento.

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I. Introdução

A. Saudações e apresentação;

B. Objectivos da aula;

C. Contextualização do tema e sua importância;

D. Revisão dos conceitos prévios relacionados ao tema;

E. Apresentação da estrutura da aula;

II. Desenvolvimento

A. Exploração do conteúdo principal, incluindo:

1. Explicação dos conceitos fundamentais;

2. Discussão de teorias relevantes;

3. Apresentação de pesquisas recentes e estudos de caso;

4. Exemplos e ilustrações para facilitar a compreensão.

B. Actividades interactivas, como:

1. Discussões em grupo;

2. Exercícios práticos;

3. Análise de materiais de estudo (livros, artigos, vídeos);

4. Demonstração de experimentos ou técnicas relacionadas ao tema.

C. Uso de recursos audiovisuais, como:

1. Slides de apresentação;

2. Vídeos ilustrativos;

3. Animações ou gráficos explicativos.

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III. Conclusão

A. Recapitulação dos principais pontos abordados;

B. Resumo das conclusões e insights obtidos;

C. Relacionamento do tema com conteúdos futuros;

D. Espaço para perguntas e respostas;

E. Indicação de leituras adicionais para aprofundamento do assunto.

Segundo Hunter (1982), Madeline Hunter propôs um modelo amplamente utilizado


chamado "Lição em Seis Etapas". A estrutura consiste em seis etapas sequenciais:

Antecipação, Apresentação, Verificação da Compreensão, Prática Guiada, Prática


Independente e Generalização.

Para Gagne (2004), Robert Gagne propôs uma estrutura de aula baseada em nove
eventos de instrução: Activar a Atenção, Informar os Objectivos, Estimular o
Conhecimento Prévio, Apresentar o Conteúdo, Fornecer Orientação, Elicitar o
Desempenho, Fornecer Feedback, Avaliar o Desempenho e Aprimorar a Retenção e
Transferência.

Segundo Freire (1970), Paulo Freire propôs uma abordagem pedagógica centrada no
aluno e na conscientização. Sua estrutura de aula enfatiza a interacção e o diálogo entre
o educador e os alunos, visando a conscientização crítica e a transformação social.

Gardner (1993), Howard Gardner propôs a teoria das Inteligências Múltiplas, que
sugere que os alunos têm diferentes formas de aprender e de se destacar em diferentes
áreas. Sua estrutura de aula enfatiza a diversidade de métodos de ensino e avaliação
para atender às necessidades individuais dos alunos.

Funções didácticas

As funções didácticas são abordagens ou maneiras pelas quais os professores podem


organizar e facilitar a aprendizagem dos alunos. Diferentes autores e teóricos da
educação têm proposto várias classificações e descrições das funções didácticas ao
longo dos anos. Vou apresentar algumas dessas funções de acordo com alguns autores
conhecidos. No entanto, é importante destacar que essas abordagens podem variar e
serem interpretadas de diferentes formas.
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Informação e transmissão de conhecimento: Essa função é central para muitos
modelos tradicionais de ensino. Autores como Jerome Bruner destacam a importância
do professor na transmissão de informações e conhecimentos aos alunos (Bruner, 1960).
Nessa abordagem, o professor actua como um especialista que fornece informações
relevantes e estruturadas aos alunos.

Mediação e facilitação: Nessa função, o professor age como um mediador ou


facilitador do processo de aprendizagem. Autores como Lev Vygotsky e seu conceito de
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) enfatizam o papel do professor em orientar
os alunos e fornecer suporte adequado para promover a aprendizagem (Vygotsky,
1978). O professor auxilia os alunos na resolução de problemas, estimula a participação
activa e incentiva o pensamento crítico.

Organização e estruturação: Essa função envolve a organização do conteúdo e das


atividades de aprendizagem. Autores como David Ausubel e sua teoria da aprendizagem
significativa destacam a importância de fornecer uma estrutura clara e organizada para
os alunos, relacionando novas informações ao conhecimento prévio (Ausubel, 1968). O
professor organiza o conteúdo de forma sequencial, estabelece metas e objetivos claros
e define atividades relevantes.

Motivação e engajamento: Essa função se concentra em motivar os alunos e promover


seu engajamento na aprendizagem. Autores como William Glasser enfatizam a
importância de criar um ambiente de sala de aula positivo e envolvente, onde os alunos
se sintam motivados intrinsecamente (Glasser, 1986). O professor busca despertar o
interesse dos alunos, utiliza estratégias variadas e promove a participação activa dos
estudantes.

Avaliação e feedback: Essa função envolve o processo de avaliação da aprendizagem


dos alunos e o fornecimento de feedback. Autores como Dylan Wiliam destacam a
importância da avaliação formativa, que é contínua e visa melhorar o aprendizado
(Wiliam, 2011). O professor utiliza diferentes estratégias de avaliação, fornece feedback
construtivo e auxilia os alunos a monitorarem seu próprio progresso.

É importante ressaltar que essas funções não são mutuamente exclusivas e podem se
entrelaçar no contexto de uma prática docente eficaz. Os professores geralmente
adoptam uma combinação de diferentes funções, dependendo do conteúdo, dos
objetivos de aprendizagem e das características dos alunos.

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CAPITULO IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclusão

A pedagogia desempenha um papel fundamental na compreensão dos fundamentos


humanos da didáctica. A didáctica, por sua vez, é uma disciplina que se relaciona tanto
com a pedagogia quanto com outras ciências, buscando compreender os processos de
ensino-aprendizagem em sua complexidade.

Ao abordar o processo de ensino-aprendizagem, é possível perceber que ele possui uma


origem e desenvolvimento histórico, influenciado por diversos contextos sociais,
culturais e políticos. A compreensão dessa trajectória histórica nos permite compreender
as diferentes abordagens pedagógicas e metodologias educacionais que surgiram ao
longo do tempo.

As características do processo de ensino-aprendizagem são múltiplas e variadas,


envolvendo elementos cognitivos, afectivos e sociais. É um processo dinâmico e
interactivo, no qual o educador desempenha um papel fundamental ao promover a
mediação entre os conteúdos e os alunos, estimulando a construção do conhecimento de
forma significativa.

A estrutura da aula também desempenha funções didácticas importantes, fornecendo um


espaço organizado e estruturado para o desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem. Essa estrutura envolve a definição de objetivos, selecção de conteúdos
relevantes, escolha de metodologias adequadas, uso de recursos e estratégias didácticas,
além da avaliação do aprendizado.

Em suma, a pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica estão intrinsecamente


ligados, pois a compreensão das relações entre ambas nos permite desenvolver práticas
educativas mais efectivas. O estudo da didáctica nos auxilia a compreender o processo
de ensino-aprendizagem em sua complexidade, considerando as características dos
alunos, os contextos educacionais e as metodologias adequadas. A estrutura da aula, por
sua vez, desempenha um papel fundamental ao proporcionar um ambiente propício para
o desenvolvimento do aprendizado. Assim, a interacção entre a pedagogia e a didáctica
contribui para uma educação mais significativa, que valoriza a formação integral dos
indivíduos e o desenvolvimento de suas potencialidades.

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CAPITULO V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Referências bibliográficas

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