Você está na página 1de 18

Índice

I. Introdução......................................................................................................................2

1.1.Objectivos....................................................................................................................2

1.1.1.Gerais........................................................................................................................2

1.1.2.Específicos................................................................................................................2

1.2.Metodologia do Trabalho............................................................................................2

II.papel da Didática nas tendências Pedagógicas..............................................................3

2.1.Pedagogia Liberal........................................................................................................3

2.2.Tendência Tradicional.................................................................................................4

2.3.Tendência Renovadora Progressista............................................................................5

2.4.Tendência Pedagógica Tecnicista................................................................................5

2.5.Pedagogia progressista................................................................................................6

2.6.Tendência Progressista Libertadora............................................................................6

2.7.Tendência Progressista Libertária...............................................................................6

2.8.Tendência progressista “crítico-social dos conteúdos”...............................................7

III.Conceito........................................................................................................................8

3.1.Historial.......................................................................................................................8

3.2.Importancia da didatica para o processo de ensino e aprendizagem.........................10

3.3.Como acontece a aprendizagem................................................................................10

3.4.O processo de ensino.................................................................................................12

3.5.Concebendo os métodos e técnicas de ensino...........................................................13

3.6.Relação didática com outras ciências........................................................................14

Conclusão........................................................................................................................17

Referências bibliográficas...............................................................................................18

1
I. Introdução

É de extrema importância abordagem do que faz parte do presente trabalho da cadeira


de Didáctica Geral que tem como foco o papel da Didática nas tendências Pedagógicas,
Relação Didática com outras Ciências , o contributo para formação de professores de
português e as estratégias de ensino no textos narrativo e poético e entre outos aspectos
que serão desenvolvidos no decorrer do trabalho. A didáctica Geral é um elemento
exclusivo da Pedagogia e se refere ao conteúdo do ensino e aos processos próprios para
a construção do conhecimento. A Pedagogia é conceituada como a ciência e a arte da
educação, enquanto a Didática é definida como a ciência e a arte do ensino.

1.1.Objectivos

1.1.1.Gerais

 Compreender o papel da Didática nas tendências Pedagógicas

1.1.2.Específicos

 Explicar a breve historial;


 Caracterizar a Importancia da Didatica para o Processo de ensino e
Aprendizagem;
 Descrever sobre a Relação Didática com outras Ciências.

1.2.Metodologia do Trabalho

Na elaboração do presente trabalho usou-se as consultas bibliográficas de módulo da


disciplina, livros, artigos, manuais entre outros que falam do tema a ser pesquisado que
auxiliaram para compreensão e interpretação dos factos obtidos durante a elaboração do
trabalho. E está organizado da seguinte maneira:

 Introdução;
 Desenvolvimento;
 Conclusão; e
 Referências Bibliográficas.

2
II.papel da Didática nas tendências Pedagógicas

O papel da Didatica nas tendências pedagógicas é de compreender limite e


possibilidades da atuação docente no cotidiano do trabalho do professor e na formação
da sua identidade profissional; Avaliar, propor e se posicionar criticamente em relação
ao sistema de ensino em sua relação prática com as práticas organizativas, pedagógicas
e curriculares da escola.

Vamos analisar as diferenças existentes entre as tendências pedagógicas conforme, a


proposta de classificação de Libâneo (1986), que sustentam os pressupostos de
aprendizagem na educação do Brasil: a Pedagogia Liberal (Tendência Tradicional,
Tendência Renovadora Progressista, Tendência Renovadora não-diretiva Tendência
Pedagogia Tecnicista), Pedagogia Progressista (Tendência Progressista Libertadora,
Tendência Progressista Libertária, Tendência Progressista “crítico-social dos
conteúdos”).

A prática escolar está vinculada a condicionamentos de natureza social e Política, que


obrigam a uma consta nte reflexão sobre a diferente natureza do papel da escola e da
aprendizagem, com reflexos explícitos e implícitos na forma como os professores
realizam o seu tra balho na escola. Por intermédio do conhecimento das tendências
pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o docente terá a oportunidade de
avaliar os fundamentos teóricos utilizados em suas práticas na sala de aula. A educaçã o,
o professor e o educando apresenta m-se com diferentes papéis, em cada uma das
tendências pedagógicas. A didática tem desempenhado diversificados papéis associados
às inúmeras tendências pedagógicas.

2.1.Pedagogia Liberal

A Pedagogia Liberal defende a proposta de que a escola tem por função preparar os
educandos para o desempenho de papéis sociais, atendendo às suas aptidões individuais.
Para que isto ocorra, os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos valores e às
normas que normatizam a sociedade de classes, através do desenvolvimento da cultura
individual. (LIBÂNEO, 1986).

Historicamente, a concepção de educação liberal teve início com a consolidação da


pedagogia tradicional e, por razões de recomposição da hegemonia da classe burguesa,
evoluiu para a pedagogia renovada (também denominada escola nova ou ativa), o que

3
não significou a substituição de uma pela outra, pois ambas conviveram e convivem na
prática escolar.

2.2.Tendência Tradicional

Na Pedagogia Tradicional a função social da escola centra-se na transmissão de


conhecimentos disciplinares visando à formação integral dos sujeitos e a sua inserção
futura na sociedade. Ess a formação apresenta características bivalentes, pois é um tipo
de educação onde a escola é apresentada a o povo e à classe dominante.

O professor é a fig ura central do processo educativo. Ele se apresenta como o detentor
da autoridade, exigindo dos es tudantes uma atitude receptiva, passiva, controlando
opressivamente os processos de comunicação na sala de aula. As acções do ensino estão
centradas em aulas expositivas e transmissão ora l dos conteúdos pelo docente, a
tendendo a uma sequência predefinida e a um rigoroso e inflexível controlo do tempo.
(LUCKESI, 1994).

Atribui-se particular cuidado à repetição de exercícios enquanto maneira de garantir a


memorização dos conteúdos. Os procedimentos didáticos não levam em conta o
contexto escolar, nem os problemas reais vivenciados na realidade social dos
estudantes.

A educação tradicional incide em particular atenção, narrar uma verdade a ser absorvida
e esva ziada na vivência dos discentes, apresentado o ensino como a lgo imóvel,
estático, compartimentado e obediente. (LIBÂNEO, 1994). Os conteúdos do ensino
correspondem aos conhecimentos e valores sociais a cumulados pelas gerações
anteriores, considerados enquanto verdades acabadas e, apesar de a escola procurar
oportunizar uma preparação para a vida, não oferece as condições para estabelecer
relações entre os conteúdos e o nível de interesse dos estudantes entre os problemas
reais que afligem a sociedade.

A educaçã o assume uma postura “bancária” em que os estudantes recebem dos


professores os conhecimentos, o “depósito”, arquivando informações. Ela se constitui
numa manifestação instrumental da ideologia da opres são e promotora da alienação em
que os homens se apresentam como espectadores e não recriadores do mundo.
(FREIRE, 2002).

4
2.3.Tendência Renovadora Progressista

A pedagogia renovada progressista inclui várias correntes que assumem como eixo
central a valorização da educação, enquanto espaço de fomento no indivíduo das
condições para a resolução por si próprio dos seus problemas do cotidiano, não se
limitando a uma postura simplesmente contemplativa.

Tendo como ponto de referência a pedagogia tradicional, o foco da atividade escolar


deixa de ser o ensino pelo professor e os conteúdos disciplinares, para passar a ser o
processo de aprender a aprender do estudante, enquanto ser ativo e curioso (LUCKESI,
1994).

O processo de ensino procura oferecer condições favoráveis ao auto-desenvolvimento


do estudante e estímulo a sua curiosidade (SAVIANI, 1985). O professor deve
organizar e coordenar as situações de aprendizagem, procurando adaptar
permanentemente as suas ações às características individuais dos discentes.

Dessa forma, abre caminho para que o processo de demanda pelo conhecimento parta de
forma livre e espontânea, dos próprios estudantes e promova o desenvolvimento das
suas capacidades e habilidades intelectuais.

2.4.Tendência Pedagógica Tecnicista

A pedagogia tecnicista enfatiza a rigorosa programação dos passos para se adquirir o


conhecimento, bem como a rigorosa programação das técnicas e dos procedimentos
pedagógicos. Ela privilegia o planejamento, a organização, a condução e o controle.
Intensifica a burocratização e a divisão do trabalho que termina submetendo o plano
pedagógico ao administrativo: os técnicos são responsáveis pelo planejamento e
controle; o diretor da escola é o intermediário entre eles e os professores são reduzidos a
meros executores.

A pedagogia tecnicista teve como fonte de inspiração as teorias behavioristas da


aprendizagem, desenvolvidas por diversos autores dentre eles destaca Skinner.
Trabalhando com uma eficiente articulação entre estímulos e recompensas, essa
pedagogia tentava condicionar o estudante a emitir as respostas esperadas pelo
professor. A prática pedagógica revela-se extremamente controlada e dirigida pelo
professor, com atividades mecânicas no âmbito de uma proposta educacional rígida e
passível de ser programada em detalhes pormenorizados. Os conteúdos de ensino

5
seguem uma sequência lógica e psicológica definida por especialistas. Elimina-se
qualquer princípio de subjetividade, sendo privilegiado o conhecimento observável e
mensurável. Na pedagogia por condicionamento compete à escola organizar o processo
de aquisição de competências (habilidade, atitudes e conhecimentos específicos), úteis e
necessários para que os indivíduos sejam integrados na ordem social vigente. A
educação escolar funciona como modeladora do comportamento, oportunizando ao
mercado de trabalho, indivíduos tecnicamente competentes (LUCKESI, 1994).

2.5.Pedagogia progressista

O termo “progressista” é usado para designar as tendências que, partindo de uma análise
crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da
educação.

2.6.Tendência Progressista Libertadora

Paulo Freire surge como o inspirador e mentor da tendência progressista libertadora.


Para ela, a educação se relaciona dialeticamente com a sociedade, questionando
concretamente a realidade das relações do homem com a natureza e com os outros
homens, constituindo-se em um importante instrumento no processo de transformação
da mesma. Nessa concepção, o homem é considerado um ser localizado num mundo
material, concreto, econômico, social e ideologicamente determinado. Assim, a escola
deve ser valorizada como instrumento de luta das camadas populares, oportunizando o
acesso ao saber historicamente acumulado pela humanidade, filtrado pela realidade
social na qual o estudante está inserido. Sua principal determinante é elevar o nível de
consciência do estudante a respeito da realidade que a cerca, para que se torne capaz
para atuar no sentido de buscar a sua emancipação econômica, política, social e cultural.

2.7.Tendência Progressista Libertária

A Tendência Progressista Libertária procura se apresentar enquanto uma maneira de


resistência à burocracia dominadora do Estado, que como característica controlar, por
exemplo: professores, programas e provas, etc., retira a autonomia à escola, valoriza a
experiência de autogestão, autonomia e não-diretividade que em conjunto, de acordo
com as suas propostas, devem resumir que o objetivo pedagógico e o objetivo político
da educação. Nessa tendência, a ideia de conhecimento, surge associada à descoberta de

6
respostas que possam atender às exigências da vida social. Rejeita assim a investigação
cognitiva do real, para dele procurar revelar um sistema de representações mentais.

A Tendência Progressista Libertária recusa qualquer forma de poder ou autoridade. Por


isso procura conduzir a relação professor-estudante no sentido da não-diretividade,
considerando a ineficácia e a nocividade dos métodos que transformam o estudante em
objeto. A escola instituirá, com base na participação grupal, mecanismos institucionais
de mudança (assembleias, conselhos, eleições, reuniões, associações etc.), visando
exercer uma transformação na personalidade dos estudantes que atuando nessas
instituições a partir dos níveis subalternos, vão posteriormente influenciar todo o
sistema.

2.8.Tendência progressista “crítico-social dos conteúdos”

A Tendência progressista “crítico-social dos conteúdos” afirma que a escola para


eliminar a seletividade social e se tornar democrática, deve ser valorizada enquanto
instrumento de apropriação do saber. Sendo a escola constituinte inseparável do todo
social, promovendo transformações, resultando obrigatoriamente em agir no rumo da
transformação da sociedade. Entendida nesse sentido, a educação é uma atividade
mediadora no âmbito da prática social global, o mesmo é afirmar, uma das mediações
pela qual o discente, pela intervenção do docente e por sua própria participação ativa,
passa de uma experiência primeiramente confusa e fragmentada, a uma visão mais
organizada e unificada. O estudante, por intermédio de sua experiência imediata num
contexto cultural, participa na busca da verdade, ao confrontá-la com os conteúdos e
modelos apresentados pelo professor.

A Tendência progressista “crítico-social dos conteúdos” apresenta uma preocupação


com a importância do domínio dos conteúdos científicos (por parte dos professores e
estudantes), enquanto condição para uma participação efetiva nas lutas sociais. Esses
conteúdos não deverão ser abstratos, mas concretos e indissociavelmente legados à
realidade social. Os conteúdos ensinados devem estar ligados de forma indissociável, à
sua significação humana e social. Para que tal fato ocorra, constitui tarefa do professor
selecionar os conteúdos mais significativos para o estudante, os quais passam a
contribuir na sua formação profissional.

7
III.Conceito

A Didática é um elemento exclusivo da Pedagogia e se refere ao conteúdo do ensino e


aos processos próprios para a construção do conhecimento. A Pedagogia é conceituada
como a ciência e a arte da educação, enquanto a Didática é definida como a ciência e a
arte do ensino.

Para iniciarmos nossos estudos sobre Didática Geral e as várias etapas que a compõem,
necessitamos primeiramente conceituar o que é “Didática”. O termo didática é derivado
do grego didaktiké, que significa, em outras palavras, “arte de ensinar”. Atualmente,
diversas são as definições para didática, mas quase a totalidade delas refere-se como
técnica, ciência ou arte de ensinar.

Segundo Hoauiss (2001, p. 22), didática pode ser definida como “parte da Pedagogia
que trata dos princípios científicos que direcionam a atividade educativa, com o objetivo
de torná-la mais eficiente”. Deste modo, a Pedagogia é vista como a ciência e a arte da
educação, enquanto que a Didática pode ser definida como a arte e a ciência do ensino.

A Didática, até o final do século XIX, baseou-se quase que de forma exclusiva na
Filosofia, com ênfase para os trabalhos de Rousseau (1712-1778), Pestalozzi (1746-
1827), Herbart (1777-1841), entre outros pedagogos desta época, mostrando-se bastante
avançada em relação às concepções psicológicas daquele tempo.

3.1.Historial

Iniciamos o estudo sobre a Didática, afirmando que ela sempre existiu na história da
humanidade porque o homem sempre ensinou e aprendeu, mas ela começou a ser
incisiva e tomar corpo na educação a partir das escolas. No entanto, a escola como uma
instituição para todos e sendo a principal forma de transmitir o legado cultural da
humanidade, no Brasil foi instituída socialmente somente há pouco mais de duzentos
anos.

De acordo com Haidt (2006), a didáctica enquanto um campo específico da Pedagogia,


a Didáctica remonta no final do Séc. XIX, antes vinculada a Filosofia, a preocupação no
princípio era com a memorização e pouco com a compreensão, o método mais
dominante na época era o catequético, que consistia na repetição taxactiva das ideias do
professor. Vejamos a contribuição de cada pensador para o surgimento desta jovem
ciência.
8
[…] Segundo Joao Amos Coménio diz que Os artesãos não prendem
os seus aprendizes com teorias, põem-nos imediatamente em acção,
para que eles aprendam a forjar forjando, a esculpir, esculpindo, a pintar
pintando, a cozer, cozendo. Assim que se ensine na escola a escrever
escrevendo, a falar falando, a cantar cantando, a raciocinar
raciocinando, etc. (Coménius, 1943 apud Piaget, 1998, p.192) […]

Influenciado pelo movimento empirista, Coménius é mais conhecido pela sua obra
famosa, Didáctica Magna. É grande defensor da educação baseada na natureza e na
experiência, como foi possível observar na nota de entrada, para Coménius, a verdade e
a certeza do conhecimento só dependem do testemunho dos sentidos, isto é, quando
mais provém dos sentidos o conhecimento mais perfeito se torna, por isso melhor para
ele era ensinar tudo a todos (Idem). A sua obra Didáctica Magna, publicada em 1632,
influenciou bastante o campo educacional, para ele o professor ao ensinar devia cumprir
os seguintes passos:

1- “Apresentar o objecto ou a ideia directamente, fazendo demosntrações, pois o aluno


aprende com os sentidos, vendo e tocando;

2- Mostrar a utilidade especícifica do conhecimento transmitido e a sua aplicação na


vida diária;

3- Fazer refencia a natureza e origem dos fenómenos estudados, isto, é as suas causas;

4- Esplicar primeiramente os princípios gerais e só depois os detalhes;

5- Passar para o tópico ou assunto a seguir somente depois de certificar que o aluno
compreendeu o anterior.” (Haidt, 2006:17).

Heinrich Pestalozzi

Influenciado pelos naturalistas como Rousseau, elaborou o método que deveria respeitar
a natureza da criança, seu método foi denominado Método pestalozziano que cumpria as
seguintes etapas:
 Presentar o conhecimento começando dos elementos concretos e simples;
 Recomendava a observação, intuição;
 Realização de exercícios graduados.

9
John Frederick Herbat

Herbat, seus trabalhos na área educacional são mais conhecidos na formulação precisa
dos objectivos educacionais numa perspectiva de desenvolvimento curricular.
Especificamente na Didáctica, defendendo a teoria do interesse, o professor devia ao
seleccionar os materiais, basear-se nos interesses infantis e assim devem ser organizados
de acordo com essa natureza. Seu método instrucional consistia em cinco etapas:

 Preparação;
 Apresentação;
 Associação;
 Sistematização; e
 Aplicação.
John Dewey
Para Dewey, a “acção precede o conhecimento e o pensamento” Haidt (2006:21), assim
sugere a fórmula: Vida humana= vida social= cooperação. Defensor dos métodos
activos, assim defende o ensino pela acção. Para tal é importante o desenvolvimento da
atenção e o pensamento reflexivo; a capacidade de estabelecer conexões entre factos e
objectos; a capacidade de diferenciar o essencial do acessório; remontar a causas e
estabelecer os efeitos. Em suma a Pedagogia de Dewey resume-se no seu pragmatismo=
a acção, pois ele acredita que não se educa para vida senão se aprende na vida, daí a
educação é vida.

3.2.Importancia da didatica para o processo de ensino e aprendizagem

A didática tem grande relevância no processo educativo de ensino e aprendizagem, pois


ela auxilia o docente a desenvolver métodos que favoreça o desenvolvimento de
habilidades cognoscitivas tornando mais fácil o processo de aprendizagem dos
indivíduos.

3.3.Como acontece a aprendizagem

Aprender é o processo de assimilação de qualquer forma de conhecimento, desde o mais


Simples onde a criança aprende a manipular os brinquedos, aprende a fazer contas, lidar
com as coisas, nadar, andar de bicicleta etc., até processos mais complexos onde uma
pessoa aprende a escolher uma profissão, lidar com as outras. Dessa forma as pessoas
estão sempre aprendendo (LIBÂNEO, 1994). Para que se possa haver aprendizagem é

10
necessário que haja todo um processo de assimilação onde o aluno com a orientação do
professor passa a compreender, refletir e aplicar os conhecimentos que foram obtidos,
assim à aprendizagem é observada com a colocação em prática por parte do aluno dos
conhecimentos que foram transmitidos durante uma aula ou atividade.
Para que se possa haver a aprendizagem é preciso um processo de assimilação ativa que
para ser efetivo necessita de atividades práticas em várias modalidades e exercícios, nos
quais se pode verificar a consolidação e aplicação prática de conhecimentos e
habilidades (LIBÂNEO, 1994). É de conhecimento, entretanto, que tal prática não anula
as outras, mas que o processo de assimilação ativo é composto de diversos componentes
como os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas.
Outro fator de suma importância é a motivação que pode acontecer de duas formas
distintas, intrínseca e extrínseca, ela é um fator muito importante para que aconteça a
aprendizagem.
[…] A motivação é intrínseca quando se trata de objetivos internos, como a satisfação
de necessidades orgânicas ou sociais, a curiosidade, a aspiração pelo conhecimento;
[…] é extrínseca, quando a ação da criança é estimulada de fora, como as exigências da
escola, a expectativa de benefícios sociais que o estudo pode trazer, a estimulação da
família, do professor ou dos demais colegas. (LIBÂNEO, 1994, p. 88) […]
Para que a aprendizagem seja efetivada é preciso que o professor organize o conteúdo
de uma maneira a atender as necessidades do aluno para que o aluno descubra suas
possibilidades.
Aprender de forma alguma pode ser comparado ou relacionado com a decoração de
conteúdos que em nada acrescenta nos pensamentos e habilidades do estudante. A
aprendizagem é algo que modifica o pensamento, não se trata de uma estagnação onde
os conteúdos em nada influenciam na forma do individuo agir.
Para que se possa haver a aprendizagem o aluno necessita ser estimulado com
conteúdos de seu alcance, textos que tratem de sua realidade. Somente quando o aluno
demonstra através de ações alguma forma de mudança crítica podemos dizer que
realmente existiu a aprendizagem.

11
3.4.O processo de ensino

Ensinar é a atividade que tem por finalidade que o outro obtenha o conhecimento. Para
que se tenha um ensino de forma que realmente agregue valor é preciso que o professor
como sendo um transmissor de conhecimentos se utilize de métodos e técnicas
adequadas que tenham base não apenas no contexto geral como o local, assim a
necessidade básica do aluno será encarada como uma ponte para o ensino e não como
um obstáculo.

Segundo Libâneo (1994, p. 90) “a relação entre ensino e aprendizagem não é


mecânica, não é uma simples transmissão do professor que ensina para um aluno que
aprende.” Ele mesmo concluiu que é algo bem diferente disso “é uma relação recíproca
na qual se destacam o papel dirigente do professor e a atividade dos alunos.” Dessa
forma podemos perceber que “O ensino visa estimular, dirigir, incentivar, impulsionar o
processo de aprendizagem dos alunos.

Ensinar envolve toda uma estrutura que tem por finalidade alcançar a aprendizagem do
aluno através de conteúdo. A relação de ensino e aprendizagem não deve ter como base
a memorização, por outro lado os alunos também não devem ser deixados de lado
sozinhos procurando uma forma de aprender o assunto, o professor nesse caso sendo
apenas um facilitador (LIBÂNEO, 1994). Segundo Libâneo (1994, p. 91) “O processo
de ensino, ao contrario, deve estabelecer exigências e expectativas que os alunos
possam cumprir e, com isso, mobilizem suas energias. Tem, pois o papel de impulsionar
a aprendizagem e, muitas vezes, a precede.”

Para que os alunos possuam um ponto de vista que fuja do empírico e do senso comum
é preciso conteúdos com caráter científico e sistemático, dentre os diversos pontos que o
autor cita, vale destacar que o aluno precisa ter assimilado o conteúdo anterior antes que
um novo seja transmitido. E o professor anos após anos necessita de um aprimoramento
e atualização da matéria que leciona (LIBÂNEO, 1994).

Outro fator problema na relação ensino-aprendizagem é a falta de conhecimento por


parte dos alunos com relação ao que está lhe sendo exigido naquela matéria, por isso é
de fundamental importância que o professor deixe claro o que pretende que os alunos
absorvam com o conteúdo que está sendo passado. Somente assim o estudante poderá
ser estimulado ao conteúdo. O ensino tornase efetivado quando existe a assimilação de

12
conhecimento, por isso Libâneo (1994, p. 159) deixa claro com relação à assimilação de
conhecimento, “a assimilação de conhecimentos não é conseguida se os alunos não
demonstram resultados sólidos e estáveis por um período mais ou menos longo.”
Portanto o ensino é uma relação onde o professor põe em prática o tripé objetivo,
conteúdo e método e dessa forma obtém a aprendizagem do aluno como resultado.

3.5.Concebendo os métodos e técnicas de ensino

Quando se está em sala de aula o professor tem por objetivo que os alunos que ali estão
presentes saiam com o conteúdo assimilado, este, portanto é seu objetivo, para que este
objetivo seja alcançado o professor irá se utilizar de um método, que de forma simples é
o caminho realizado para se atingir um objetivo, ou seja, os métodos são os meios para
realizar objetivos (LIBÂNEO, 1994).

Os métodos que serão empregados vão depender do local, idade, nacionalidade,


realidade social e diversos outros fatores que influenciam a forma de aprender do aluno.
Assim, para algumas turmas o método expositivo será de maior aceitação e com uma
melhor aprendizagem, já em outra turma pode acontecer que seja necessário a
elaboração conjunta ou outros métodos. De qualquer maneira a forma que a aula irá ser
ministrada depende da turma e da forma que o professor encara seu local de trabalho.

Em sua tese Barroso (2015), trás a importância da escolha do método na realização de


uma aula, é colocado como exemplo o ensino de jovens adultos, fica clara a necessidade
de se adequar as aulas para uma classe que possui uma rotina diferente de alunos que
cursam em horários como matutino e vespertino. Por isso o professor que se encontra
com uma turma como essa tem que ter noção de que a forma que eles irão aprender é
diferente da forma tradicional.

Não apenas no ensino de jovens adultos, como a educação para moradores de povoados,
ou seja a educação do campo, ensino para presidiários, ensino para pessoas com
deficiência, todas devem ser vistas de forma especial, e por esse motivo o professor
deve está preparado para uma nova forma de ensino que vise a aprendizagem dos
alunos.

Dito de forma resumida, os métodos que serão aplicados devem possuir em mente as
necessidades dos alunos, só assim a aprendizagem será obtida de forma efetiva, pois o
professor irá relacionar os conteúdos com base no contexto social de cada ambiente

13
onde ele está inserido. De nada adianta querer transmitir conteúdos muito complexo
para alunos que nem mesmo possuem o domínio da leitura ou não sabem realizar contas
simples. Por isso o método é tão importante, o professor através da observação vai ser
capaz de descobrir quais os pontos fortes e fracos da turma e qual a melhor maneira
deles aprenderem.

Cada método possui uma função seja a de estimular o aluno ao debate ou de ajudá-lo a
compreender algum conteúdo no âmbito de sua realidade local. Não existe o melhor
método, o que existe são melhores momentos para se aplicar uma técnica de ensino.

Para a construção de uma aula o professor se utiliza de materiais como o livro didático,
o quadro, filmes, slides, ou simplesmente a linguagem oral, Libâneo (1994) faz uma
exortação quanto o domínio desses métodos, deve também ter consciência de que cada
método ou técnica se adéqua a um conteúdo sendo necessário que o professor entenda
que o mesmo método pode não funcionar com outro assunto.

Segundo Libâneo (1994),

[…] Os professores precisam dominar, com segurança, esses meios auxiliares


de ensino, conhecendo-os e aprendendo a utilizá-los. O momento didático mais
adequado de utilizá-los vai depender do trabalho docente prático, no qual se
adquira o efeito traquejo na manipulação do material didático. […] (LIBÂNEO,
1994, p. 173) Para que ocorra uma correta aplicação dos métodos é preciso que
o professor faça um bom planejamento de suas aulas e se aperceba das reações
que estão surgindo em cada uma delas [...]

3.6.Relação didática com outras ciências

De que forma a didáctica se relaciona com a pedagogia e outras ciências ou mesmo qual
é o objecto específico da didáctica dentro da investigação pedagógica e a diferença entre
a didáctica Geral das Didácticas Especificas?
Respondendo a questao, com certeza que deve ter pensado que a dependência da
didáctica em relação a pedagogia se verifica na impossibilidade de se especificar
objectivos da instrução, das matérias e dos métodos, fora de uma concepção do mundo
de uma opção metodológica geral e uma concepção de práxis pedagógica, uma vez que
essas tarefas pertencem ao campo pedagógico.
É verdade que a finalidade imediata do processo didáctico é o ensino de determinadas
matérias e de habilidades cognitivas conexas; todavia por se tratar de materiais ou temas
14
de ensino, implicando, portanto dimensão formativa, a eles se sobrepõe objectivos e
tarefas mais amplas determinadas social e pedagogicamente. Dai considera-se a
didáctica como disciplina de intersecção entre a teoria educacional e as metodologias
específicas das matérias que se esclarecem e se particularizam sob caracteristicas
comuns, básica, da actividade pedagógica e, em particular, do processo de ensino
aprendizagem.
Em outras palavras a didáctica opera a interligação entre a teoria e a práctica. Ela
engloba um conjunto de conhecimentos que entrelanaçam contribuições de diferentes
esferas científicas (teoria de educação, teoria do conhecmento, psicologia, sociologia,
junto com requisitos de operacionalização.
Noutros termos, a pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como
processo social, no seio de uma determinada sociedade, bem como as metodologias
apropriadas para a formação dos individuos, tendo em vista o seu desenvolvimento
humano para tarefas na vida em sociedade. Quando falamos das finalidades da educação
no seio de uma determinada sociedade, queremos dizer que o entendimento dos
objectivos, conteúdos e métodos da educação se modifica conforme as concepções de
homem em sociedade que, em cada contexto económico e social de um momento da
história humana, caracterizam o modo de pensar, de agir e os interesses das classes e
grupos sociais. Portanto, a pedagogia é sempre uma concepção da direcção do processo
educativo subordinado a uma concepção politico-social.
Chegados a este ponto, estamos certos que foi fácil relembrar a tarefa e o objecto
específicos da didáctica. A didáctica é, pois uma das disciplinas da pedagogia que
estuda o processo de ensino através dos seus componentes, os conteúdos escolares, o
ensino e a aprendizagem para, com o ambasamento numa teoria da educação, formular
diretrizes orientadoras da actividade profissional dos professores.
A Didáctica Geral estabelece relação com as Didácticas especiais ou seja, Metodologias
de Ensino de Disciplinas específica (ex: Matemática, linguas, etc). De facto, as
metodologias das diferentes disciplinas analisam as questões de ensino de uma
determinada disciplina, enquanto a Didáctica Geral tem um objecto de natureza geral:
Se abstrai das particularidades das distintas disciplinas e generaliza as manifestações e
leis especiais do ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas e formas de ensino.
Assim, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base importante para a
Didáctica Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino
das disciplinas específicas.

15
Finalmente, no que diz respeito as outras disciplinas, constatámos que a relação da
Didáctica Geral com estas disciplinas se explica da segunte maneira:
A Psicologia indica a Didactica as oportunidades que melhor favorecem a
expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor
garantem a efectivação da aprendizagem.
A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a
liderança, a responsabilidade no contexto de interções sociais, pois a aprendizagem
acontece no contexto socialmente construído o que implica reconhecer o papel dessas
relações na educação dos alunos.
A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos, a
nutrição e a herança também tem o seu peso na aprendizagem dos alunos.
A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base a Didáctica,
coordenando – as numa visão que tem por fim explicar o educando como um ser
completo que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se
possam efectuar os propósitos de educação.
A complexidade do trabalho do professor está na sua capacidade de poder planificar,
realizar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem, com garantia de que os seus
alunos aprendam, desenvolvam saber, saber fazer e saber ser/estar. Igualmente vemos
que esta complexidade se refere em parte, ao facto de que o professor deve ensinar a
partir de uma concepção da direcção do processo educativo subordinada a uma
concepção politico-social, agindo, portanto, como pedagogo; e oa mesmo tempo o
professor deve:
Respeitar a individualidade dos seus alunos e as condições que melhor favorecem a
expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor
garantem a afectivação da aprendizagem.
Orientar-se sobre o desenvolimento físico e os índices de fádiga dos alunos e, a partir
disso, por exemplo, conceder aos alunos intervalos depois de um período significativo
de trabalho para permitir o repouso dos estudantes, programar actividades em função
das capacidades de resistência física dos alunos. Criar formas de trabalho na sala de
aulas e na escola que permitem desenvolver a solidariedade, a liderança, a
responsabilidade nos alunos, tendo em conta o carácter social da sua actividade e da
natureza dos alunos e dele mesmo.
Visionar o educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado,
personalizado, de forma que se possam efectivar os propósitos da educação.

16
Conclusão
Pode se concluir que a planificação do processo ensino-aprendizagem, à semelhança do
que acontece com muitas actividades inerentes à profissão de educador, pode ser
concebida de forma diversificada. Porém qualquer que seja o caminho seguido na sua
elaboração, há sempre um certo número de factores que à partida é necessário tomar em
linha de conta, factores esses que determinam as propostas que o plano irá conter. Com
efeito, um plano tem de, por um lado, traduzir uma íntima relação com o programa e,
portanto, com o currículo, e por outro lado traduzir o conhecimento da realidade
(características, condições e problemas do contexto em que vai acontecer).

Chegados a este ponto, estamos certos que foi fácil relembrar a tarefa e o objecto
específicos da didáctica. A didáctica é, pois uma das disciplinas da pedagogia que
estuda o processo de ensino através dos seus componentes, os conteúdos escolares, o
ensino e a aprendizagem para, com o ambasamento numa teoria da educação, formular
diretrizes orientadoras da actividade profissional dos professores.
A Didáctica Geral estabelece relação com as Didácticas especiais ou seja, Metodologias
de Ensino de Disciplinas específica (ex: Matemática, linguas, etc). De facto, as
metodologias das diferentes disciplinas analisam as questões de ensino de uma
determinada disciplina, enquanto a Didáctica Geral tem um objecto de natureza geral:
Se abstrai das particularidades das distintas disciplinas e generaliza as manifestações e
leis especiais do ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas e formas de ensino.
Assim, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base importante para a
Didáctica Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino
das disciplinas específicas.

17
Referências bibliográficas

Aranha, M. L. A. (2006). História da Educação e da Pedagogia. Geral e Brasil. (3ª ed)


São Paulo: Moderna. P. 163-165; 195; 198; 353- 363.
BRASIL. Os saberes dos professores: ponto de partida para a formação contínua.
Ministério da educação. TV Escola - Salto para o Futuro. Brasília: sd.
Cambi, F. (1999). História da Pedagogia. São Paulo: Fundação Editora da UNESP
(FEU). P.141; 155; 171; 195; 377).
Comenius, I. A. (2001). Didáctica Magna. Versão para eBooks Brasil, São Paulo. p. 55-
71.

Freire, P. (1992) Pedagogia da Esperança: Um reencontro com a Pedagogia do


Oprimido. Rio de Janeiro
HAIDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. 8ª Edição, ática, São Paulo, 2006.

Haydt, R. C. (2011). Curso de Didáctica Geral, editora ética, São Paulo, Brasil. p.89.

Libáneo, J. C. (1986) Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos


conteúdos. São Paulo.
Libáneo, J. C. Didáctica. (2006). Cortez Editora, São Paulo. p.262.

PILLETI, C. (2004). Didáctica Geral. Editora Ática, 23ª edição. São Paulo.

18

Você também pode gostar