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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância


Centro de Recursos de Nampula

Pedagogia e os Fundamentos Humanos da Didáctica.

Nome do Estudante: Sefo Muzé Código: 708235341

Tutor: Eugénio Alberto Bread

Curso: Português
Disciplina: Didáctica Geral
Ano de Frequência: 1o
Turma: AB

Nampula, Junho de 2023


Índice

Introdução...................................................................................................................................4

Pedagogia e os Fundamentos Humanos da Didáctica.................................................................5

Didácticas-suas Relações com a Pedagogia e outras Ciências...................................................6

Processo de Ensino-Aprendizagem, Origem e Desenvolvimento Histórico..............................9

Características do processo de ensino-aprendizagem...............................................................10

Estrutura da Aula – Funções Didácticas...................................................................................12

Conclusão..................................................................................................................................21

Referências bibliográficas.........................................................................................................22

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Introdução.
Este trabalho de pesquisa é de carácter avaliativo, e tem como tema: Pedagogia e os
Fundamentos Humanos da Didáctica. A Didáctica Geral sendo uma disciplina, ligada à
formação do professor, que se concentra na análise de métodos e técnicas de ensino. Seu
objecto de estudo são todos elementos que fazem parte do processo de ensino-aprendizagem.
Pode se dizer que a Didáctica Geral é um ramo da pedagogia que busca e desenvolve
procedimentos adequados para optimizar a qualidade de ensino. Este trabalho justifica-se pela
relevância da construção de conhecimentos sobre a Didáctica Geral, no contexto educacional
e até mesmo no social, abordando conteúdos tais como: Didácticas-suas relações com a
Pedagogia e outras ciências; Processo de ensino-aprendizagem, origem e desenvolvimento
histórico; Características do processo de ensino-aprendizagem e Estrutura da aula – funções
didácticas. Ensino sendo o primeiro contacto formal com o universo da ciência, e o conceito
de alfabetização científica, tem sido alvo de atenção por parte de muitos educadores e
pesquisadores, ao considerar que a educação tem como papel fundamental na formação do
Homem. Portanto, este trabalho tem objectivo geral e objectivos específicos.
Objectivo geral:

 Analisar a Pedagogia e os Fundamentos Humanos da Didáctica.

Objectivos específicos:

 Explicar a relação da didáctica com a Pedagogia e outras ciências;


 Explicar a origem e desenvolvimento histórico do processo de ensino-aprendizagem; e
 Caracterizar o processo de ensino-aprendizagem;
 Descrever as funções didácticas de aula.

Para realização deste trabalho baseou-se na metodologia teórica, isto é, leitura de obras e
consulta de algumas referências bibliográficas. E para melhor compreensão do trabalho em
pesquisa, está estruturado da seguinte forma: introdução, desenvolvimento do trabalho,
conclusão e referências bibliográficas.

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Pedagogia e os Fundamentos Humanos da Didáctica.

Para Piletti (1990, p.156) afirma que “a Didáctica Geral é uma das disciplinas que, nos
sistemas de formação de professores, se coloca ao centro de formação pedagógica do
professor contribuíndo significativamente para desenvolver a compreensão práctica de
realização do processo de ensino e aprendizagem que favoreça um ensino activo e, ainda,
desenvolver a capacidade de reflexão do professor sobre o processo de ensino e aprendizagem
e sobre a sua práctica, de modo a poder melhorá-los.”

De acordo Araújo (2014, p.21) sustenta que a “Didáctica Geral sendo uma disciplina, ligada à
formação do professor, que se concentra na análise de métodos e técnicas de ensino. Seu
objecto de estudo são todos elementos que fazem parte do processo de ensino-aprendizagem.
Pode se dizer que a Didáctica Geral é um ramo da pedagogia que busca e desenvolve
procedimentos adequados para optimizar a qualidade de ensino”.

Segundo Marafon (2001, p.167) diz que “A educação é um processo histórico, colectivo e
dinâmico que visa a humanização do homem. Humanização entendida como processo de
construção do homem e da sociedade numa constante busca de superação de condições
opressoras e desumanizante”.

Segundo Libâneo (1992), diz que:

“A didáctica enquanto for encarrada como disciplina técnica da Pedagogia


pode permanecer nesse reducionismo, a ideia de uma ciência que ensina
como ensinar, deve começar a desaparecer “a ideia de uma didáctica como
conjunto de técnicas e saberes metodológicos indispensáveis a arte de ensinar
algo a alguém (…), [exige se] um novo olhar, implicando a necessidade de
alargamento do horizonte que orienta o processo de ensinar-aprender e de
percepção da presença de um conjunto mais amplo de interesses e
interessados na educação” (Santos, 2003: 138), na reveindicação do
reducionismo didactico, refere que cabe a Didáctica converter os objectivos
sociopolíticos e pedagógicos em objectivos de ensino, dai que se diz que o
trabalho docente na sala de aula é reflexo da sociedade, sendo assim, ao
investigar questões atinentes à formação humana e prática educativa,
correspondente a Pedagogia começa por perguntar que interesses que estão
por detrás das propostas educacionais. O processo educativo se viabiliza,
portanto, como prática social precisamente por ser dirigido
pedagogicamente.” (p.34).

Segundo Schmitz(1993) diz que reconhecer a complexidade didáctica leva nos a repensar a
ideia do educador e do educando, como seres sociais que são resultados dessa complexa
realidade humana, dai que o trabalho didáctico exige um novo paradigma (nova visão) para o
processo de ensino-aprendizagem: Promoção da humanidade de cada ser humano,no fundo

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dessas interacções é importante reconhecer a qualidade das comunicações, a
“educomunicação”(p.179).

Didácticas-suas Relações com a Pedagogia e outras Ciências.

Para Araújo (2014), diz que:

“a dependência da didáctica em relação a pedagogia se verifica na


impossibilidade de se especificar objectivos da instrução, das matérias e dos
métodos, fora de uma concepção do mundo de uma opção metodológica geral
e uma concepção de práxis pedagógica, uma vez que essas tarefas pertencem
ao campo pedagógico. É verdade que a finalidade imediata do processo
didáctico é o ensino de determinadas matérias e de habilidades cognitivas
conexas; todavia por se tratar de materiais ou temas de ensino, implicando,
portanto dimensão formativa, a eles se sobrepõe objectivos e tarefas mais
amplas determinadas social e pedagogicamente. Dai considera-se a didáctica
como disciplina de intersecção entre a teoria educacional e as metodologias
específicas das matérias que se esclarecem e se particularizam sob
caracteristicas comuns, básica, da actividade pedagógica e, em particular, do
processo de ensino aprendizagem”.(p.23).

Em outras palavras a didáctica opera a interligação entre a teoria e a práctica. Ela engloba um
conjunto de conhecimentos que entrelanaçam contribuições de diferentes esferas científicas
(teoria de educação, teoria do conhecmento, psicologia, sociologia, etc), junto com requisitos
de operacionalização.

Para Araujo (2014), sustenta que:

“Noutros termos, a pedagogia investiga a natureza das finalidades da


educação como processo social, no seio de uma determinada sociedade, bem
como as metodologias apropriadas para a formação dos individuos, tendo em
vista o seu desenvolvimento humano para tarefas na vida em sociedade.
Quando falamos das finalidades da educação no seio de uma determinada
sociedade, queremos dizer que o entendimento dos objectivos, conteúdos e
métodos da educação se modifica conforme as concepções de homem em
sociedade que, em cada contexto económico e social de um momento da
história humana, caracterizam o modo de pensar, de agir e os interesses das
classes e grupos sociais. Portanto, a pedagogia é sempre uma concepção da
direcção do processo educativo subordinado a uma concepção politico-
social”. (p.23).

Chegado a este ponto, o autordo trabalho está certo que foi fácil relembrar a tarefa e o objecto
específicos da didáctica. A didáctica é, pois uma das disciplinas da pedagogia que estuda o
processo de ensino através dos seus componentes, os conteúdos escolares, o ensino e a
aprendizagem para, com o ambasamento numa teoria da educação, formular diretrizes
orientadoras da actividade profissional dos professores.

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De acordo Piaget (1998, p.198) sustenta que a Didáctica Geral estabelece relação com as
Didácticas especiais ou seja, Metodologias de Ensino de Disciplinas específica (ex:
Matemática, linguas, etc). De facto, as metodologias das diferentes disciplinas analisam as
questões de ensino de uma determinada disciplina, enquanto a Didáctica Geral tem um
objecto de natureza geral: Se abstrai das particularidades das distintas disciplinas e generaliza
as manifestações e leis especiais do ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas e formas
de ensino.

Para Marafon (2001, p.187) assim, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base
importante para a Didáctica Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo
sobre o ensino das disciplinas específicas.

De acordo Araújo (2014, p.24) concorda que finalmente, no que diz respeito as outras
disciplinas, constatámos que a relação da Didáctica Geral com estas disciplinas se explica da
segunte maneira:

 A Psicologia indica a Didactica as oportunidades que melhor favorecem a


expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor garantem
a efectivação da aprendizagem.
 A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a
liderança, a responsabilidade no contexto de interções sociais, pois a aprendizagem
acontece no contexto socialmente construído o que implica reconhecer o papel dessas
relações na educação dos alunos.
 A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos, a
nutrição e a herança também tem o seu peso na aprendizagem dos alunos.
 A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base a Didáctica,
coordenando – as numa visão que tem por fim explicar o educando como um ser completo
que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se possam efectuar
os propósitos de educação.

Segundo Araújo (2014, p.25) salienta que a complexidade do trabalho do professor está na
sua capacidade de poder planificar, realizar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem, com
garantia de que os seus alunos aprendam, desenvolvam saber, saber fazer e saber ser/estar.
Igualmente vemos que esta complexidade se refere em parte, ao facto de que o professor deve
ensinar a partir de uma concepção da direcção do processo educativo subordinada a uma

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concepção politico-social, agindo, portanto, como pedagogo; e oa mesmo tempo o professor
deve:

 Respeitar a individualidade dos seus alunos e as condições que melhor favorecem a


expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor garantem
a afectivação da aprendizagem.
 Orientar-se sobre o desenvolimento físico e os índices de fádiga dos alunos e, a partir
disso, por exemplo, conceder aos alunos intervalos depois de um período significativo de
trabalho para permitir o repouso dos estudantes, programar actividades em função das
capacidades de resistência física dos alunos, etc.
 Criar formas de trabalho na sala de aulas e na escola que permitem desenvolver a
solidariedade, a liderança, a responsabilidade nos alunos, tendo em conta o carácter social
da sua actividade e da natureza dos alunos e dele mesmo.
 Visionar o educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado,
personalizado, de forma que se possam efectivar os propósitos da educação.

Processo de Ensino-Aprendizagem, Origem e Desenvolvimento Histórico.

O processo de ensino-aprendizagem, surge como resultado do desenvolvimento da sociedade,


uma constatação que está se fazer desde o ponto em que discutiu-se sobre a origem e
desenvolvmento histórico do processo de ensino-aprendizagem, ao concluir-se que o
desenvolvimento constante e progressivo do património socio-cultural e técnico-cientifico é
que terá na origem do processo de ensino-aprendizagem.

Na sociedade primitiva (de caçadores e recolectores) todos os adultos educam todas as


crianças directamente no processo mesmo da vida e do trabalho junto com os adultos. Mais, a
medida que o trabalho se desenvolvia, começa a haver excedentes de produçãoes, assim,
aparece a divisão de trabalho e, consequentimente, a especialização do trabalho.

Na sequência disso, aumenta o património socio-cultural e técnico científico da humanidade e


torna-se cada vez mais complicado todos os adultos “ ensinarem a todas as crianças”. Assim,
surgem pessoas especializadas em educação das crianças e criam-se situações específicas de
educação; e, neste sentido, surge o processo de ensino-aprendizagem com processo
organizado e intencional para a educação das crianças.

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Para Araújo (2014, p.28) diz que exacto, na sociedade primitiva a educação tinha um carácter
informal, todos ensinavam a todas as crianças, enquanto com as especialização do trabalho,
surgem pessoas e situações específicas em que se realiza a educação, o que cracteriza o
processo de ensino e aprendizagem.

Desde que o homem vive na sociedade foi acumulando saberes sociais, culturais, técicos e
cientificos que serviam de base a educação das novas gerações, no sentido de assegurar a sua
continuidade e generalização ao longo do tempo e das gerações. Trata-se de um processo que,
no princípio era realizado de forma espontânea e envolvendo a todos, graças a pouca
diferenciação dos agentes “educadores”, dai a celebre idéia de que “todos ensinavam a todos”.

Com o aumento desse património socio-cultural e técnico-cientifico, nem todos são capazes
de ensinar “tudo” e começa a haver diferenciação dos homens, em parte, pelo tipo de saber
desenvolvido. Isso ocasiona a especialização e já nem todos podem ensinar tudo, ao mesmo
tempo que surgem individuos cuja função específica é de educar “ensinar “, fazendo com que
o ensino seja uma actividade intencional, contrariamente ao momento em que “ todos
ensinavam tudo “ onde a educação tinha um carácter espontâneo.

Características do processo de ensino-aprendizagem.

De acordo Araújo (2014, p.30-31) salientou que o processo de ensino-aprendizagem é uma


actividade particular que se distingue pelas suas características próprias. Assim, dentre outras
características, podemos dizer que o processo de nsino-aprendizagem apresenta as seguintes
características:

 Carácter social;
 Carácter educativo;
 O Processo de Ensino-Aprendizagem desenvolve a personalidade;
 O Perocesso de Ensino-Aprendizagem é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto
é, dialético;
 O Processo de Ensino-Aprendizagem tem carácter sistemático e planificado; e
 O Processo de Ensino-Aprendizagem é regido por leis que se exprimem em regularidades

O carácter social do processo de ensino-aprendizage, se reflecte, por conseguinte, nos


objectivos, meios de ensino que são socialmente determinados. E ao fazer-se esta constatação,
surge a idéia de que o processo de ensino-aprendizagem em toda sua planificação, realização
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e avaliação deve referir-se a um contexto social preciso, reflectindo-se nele e agindo para
transformá-lo e desenvolver: esta é a razão social do processo de ensino-aprendizagem.

A acção educativa de que se preocupa a didáctica é uma acção humana por natureza, o
homem vive na família, na escola, na igreja, o estado, a comunidade, essas todas instâncias
são vivenciadas pelo homem e o campo escolar é social daí as influencias que este homem
sofre. Mas a vida humana é mais do que uma simples recepção de influências e informações.

Segundo Schmitz (1993), o processo de ensino-aprendizagem “caracteriza-se pela


participação, pelo relacionamento e pela convivência entre pessoas; por isso há necessidade
de criação de um ambiente em que se dê o encontro humano em todas suas dimensões
(p.134).

Dialéctica.

A dialética não é mais do que a ciência das leis gerais do movimento e da evolução da
natureza, da sociedade e do pensamento. A dialéctica no processo de ensino-aprendizagem
expressa-se nas interações entre os sujeitos sociais, a educação na ideia de Dewey, é uma
contínua estruturação e reorganização da experiência, o que pressupõe que ao interagir com a
situação, o sujeito muda a sua visão, assim como a visão que tem da situação. Daí que
reconhecemos que o processo de ensino-aprendizagem, espaço de concretização da educação
tem essas características.

Para Araújo (2014, p.31) confirma que a explicacao das caracteristicas do processo de ensino-
aprendizagem. Debruçando-se sobre cada uma das caracteristicas, espera-se que tenha sido
possivel aodetalhe do Carácter Social do processo de ensino-aprendizagem, por compreender
que se atribui esta caracteristica ao processo de ensino-aprendizagem porque este processo:

 Apareceu / surgiu com o desenvolvimento/aumento constante do património socio-cultural


e técnico-cientifico da sociedade;
 É a sociedade que organiza, determina os objectivos, motivos, conteúdos, meios e
métodos do processo de ensino-aprendizagem; e
 Os actores principais (professores e alunos) interagem como seres sociais.

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Segundo (2014, p.31) sustenta que a partir desta característica, devemos enfatizar a idéia de
que quando falamos do PEA é muito importante reflectirmos sobre o sentido da actividade
docente, quer dizer:

 Os aspectos didácticos devem estar subordinados a definições de propósitos educativos


válidos (socialmente) para orientar nosso trabalho;
 Os objectivos que nos propômos alcançar junto aos alunos são o elemento fundamental
em nosso trabalho lectivo e quando realmente nos propômos ser educadores; e
 Diferentes nações tem concepções diferentes das coisas (Brandão, 2007), sendo assim, a
idéia da educação não é a mesma e, consequentemente, os propósitos da educação e do
processo de ensino-aprendizagem também não são os mesmos, havendo, inclusive,
possibilidade de adaptações no interior da mesma noção em função das caracteristicas dos
alunos (sobretudo no que diz respeito ao nível de progresso e dificuldades de
aprendizagem), do contexto social e regional onde se localiza a escola. O PEA, é um
processo contextualizado cuja finalidade é conseguir a partir do nível de partida dos
alunos, chegar a uma verdadeira aprendizagem destes com o apoio do trabalho didáctico
do professor.

Estrutura da Aula – Funções Didácticas.

Segundo Araújo (2014, p.43) mecionou e descveu as seguintes funções didácticas:

 Função Didáctica de Introdução a Motivação;


 Função Didáctica Mediação e Assimilação;
 Função Didáctica de Dominio e Consolidação; e
 Função Didáctica de Controlo e Avalição.

As funções didácticas como já referidas, são etapas ou fases do processo e ensino-


aprendizagem que, na sua essência realizam-se não rigidamente de forma sequenciadas, mas
sim interligada.

De certeza para quem já deu ou assistiu aulas deve ter ficado com a impressão de que a
indicação das etapas ou funções didacticas não significa que todas devem seguir um esquema
rígido. A opção pela qual etapa é mais adequada iniciar a aula ou conjugação de vários passos
numa mesma aula ou conjunto de aulas depende dos objectos da matéria, das caracteristicas

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dos alunos, dos recursos didácticos disponiveis, das informações obtidas na avaliação
diagnostica etc.

Por isso, a estrutura da aula por parte do professor é um processo que implica criatividade e
flexibilidade, isto é perspicacia de saber o que fazer perante a situações didacticas especificas,
cujo rumo nem sempre é previsivel.

Como pode-se imaginar, a função didáctica Introdução e Motivação teoricamente é a primeira


função didactica, aquela que faz iniciar a aula, mas que, como vimos anteriormente, pode
estar associada a outras funções didacticas. Para este caso, o importantente é o professor
reconhecer a importância da motivação no PEA e, de seguida, procurar encontrar as formas
práticas para conseguir a motivação dos alunos nesse processo de ensino-aprendizagem.

No inicio da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo: mobilização da
atenção para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente, suiscitamento
do interesse e ligação da matéria nova em relação a anterior.

Os alunos motivados ficam conscientes do que estudam e isso estimula a actividade cognitiva
deles e faz com que eleve o seu papel educativo e formativo.

Introdução e Motivação.

Antes de ver as tarefas do professor para assegurar a motivação doa alunos, você
compreendeu que na FD I + M (função didáctica Introdução e Motivação) o objectivo
principal consiste em conseguir a mobilização psíquica e física dos alunos para a
aprendizagem do (não) novo conteúdo. Para o efeito devem, por exemplo, serem realizadas as
seguintes tarefas:

a) Averiguar, através de perguntas, se os conhecimentos anteriores estão efectivamente


disponíveis e prontos para o conhecimento novo. Aqui o empenho do professor está em
estimular o raciocínio dos alunos, instigá-los a emitir opiniões próprias sobre o que
aprenderam, fazê-los ligar os conteúdos a cousas ou eventos do cotidiano. A correcção dos
trabalhos de casa trona-se importante factor de reforço e consolidação. As vezes haverá
necessidade de uma breve revisão (recapacitação) da matéria, ou a rectificação de
conceitos ou habilidades insuficientimente assimilados.
b) Estabelecer a ligação entre noções que oa alunos ja possuem com a matéria nova, bem coo
estabelecer vinculos entre a prática cotidiana e o assunto. Para isso, o melhor
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procedimento é apresentar a matéria como um problema a ser resolvido, embora nem
todos os assuntos se prestem a isso. Mediante perguntas e troca de experiências, colocação
de possíveis soluções, estabelecimento de relação causa-efeito, os problemas atinentes ao
tema vão-se encaminhando para se tronarem também problemas para os alunos em suas
vidas práticas.

Criar ou obter uma atmosfera propícia para a aprendizagem. Para isso é necessário:
 Dar informações sobre o conteúdo da aula;
 Orientar para os objectvos em vista;
 Procurar curiosidade;
 Assegurar ordem e disciplina no sentido positivo, ou seja, sem recursos ao medo, ao
castigo, mas sim com base na persuação e envolvimento dos alunos na aula que (vai)
iniciar (iniciou).
Conseguir o interesse e a atenção dos alunos: se os alunos não estiverem interessados, não
estiverem atentos, então, não há aprendizagem.
Portanto, para uma efectiva motivação dos alunos no processo de ensino-aprendizagem, é
fundamental:

 A orientação para objectivos concretos atingiveis pelos alunos, que se encontrem na zona
de desenvolvimento próximo.
 A conexão dos motivos da sociedade (representados pelo professor), da turma e de cada

Motivação Contínua e Final.

Antes de a aula iniciar a motivação inicial põe os alunos em condições de poderem querer
aprender, ou seja, dispostos para realizarem as actividades requeridas nesse PEA e ao mesmo
tempo, gradualmente o professor trabalha para manter essa motivação ao longo de todo PEA,
daí a pertinência da motivação contínua. Mas os alunos devem também serem/estarem
preparados, motivados, para as tarefas ou actividades seguintes parecidas ou semelhantes a
estas.

A motivação permanente ou contínua tem como sua estratégia atingir o bjectivo de uma
tarefa, de uma aula: atingir o objectivo de uma tarefa/actividade tem uma função motivadora.
Por isso, dada a sua importância dos objectivos na actividade do professor e dos alunos, eles
devem ser recordados e verificados em todas as etapas do ensino.Esse cuidado auxilia a

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avaliação permanente do processo ensino-aprendizagem, assim como evita a dispersão,
impedindo que aspectos secundários tomem conta do essencial no desenvolviemrnto, etc.

Os alunos precisam de ser activados logo desde o princípio da aula; igualmente devem
permanecer activos, motivados ao discurso da aula em causa para garantir a manutenção do
nível optimal por muito mais tempo, fazendo permanecer a capacidade de recepção,
assimilação do conteúdo, ao mesmo tempo que fará com que os alunos se inventam nas
actividades em virtude de estarem “despertados “, com alto nível de actividade
neurofisiologiaca “. É uma questão de princípio didáctivo, mas também de garantia de que o
professor não estará a agir para com individuos ” amorfos “, “inactivos “ e “ incenssiveis “ as
actividades que estão sendo desenvovidas na aula.

Mediação e Assimilação.

Lembrar mais uma vez, as etapas ou funções didácticas, estão estritamente relacionadas, de
modo que, neste caso, podemos dizer que o tratamento da matéria nova começa inclusive na
função didáctica Introdução e Motivação. Mas na função didáctica mediação e assimilação há
o propósito de maior sistematização, envolvendo a transmissão-mediação/assimilação activa
dos conhecimentos. Nesta etapa se realiza a percepção dos objectivos e fenómenos ligados ao
tema, a formação de conceitos, o desenvolvimento de capacidades cognitivas de observação,
imaginação e raciocinio dos alunos. Neste sentido o professor nesta etapa coloca os alunos em
contacto com a “matéria nova”.

Quer dizer, depois de preparação dos alunos para a aprendizagem, isto é criado a atmosfera
propícia para a aprendizagem, conseguido o interesse e atenção é feita a reactivação do nível
inicial dos alunos, o professor passa para a etapa na qual se realiza uma parte fundamental da
aprendizagem propriamente dita, ou seja, para a etapa em que o profesor medeia um novo
conteúdo e, na sequência disso, os alunos assimilam novos conceitos, teorias, princípios, etc,
contribuindo para o desenvolvimento de um novo saber, novo saber fazer e novo saber ser e
estar.

Importa clarificar que, pela sua designação, a função didáctica Mediação e Assimilação
compreende, de um lado a actividade do professor (mediação do novo conteúdo) e do aluno
(assimilação do novo conteúdo).

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Relembrando o que discutiu-se na FD I+M, sobre tudo em termos de reactivação do nível
inicial, podemos entender o processo de mediação/assimilação como um caminho que vai do
“não saber” para o saber, admitindo-se que o ensino consiste no domínio do “saber absoluto”,
pois os alunos são protadores de conhecimentos e experiências, seja da sua prática quotidiana,
seja aquelas obtidas no processo de aprendizagem escolar ou não. Portanto, para a realização
desta FD, o professor deve ter em conta algumas considerações:

 Qual é o nível (de pré-requisitos) dos alunos (depois da reactivação)?


 Quais são os objectivos a atingir?
 Quais são os conteúdos através dos quais os objectivos devem ser atingidos?
 Quais os métodos através dos quais os conteúdos devem ser mediados e os objectivos
atingidos?
 Que meios de ensino serão mais adequados aos alunos, aos objectivos definidos, ao
conteúdo, aos métodos escolhidos e as características do professor, de maneira a atingir
uma assimilação activa por parte dos alunos?

Através destas questões pretende-se chamar particular atenção ao facto de que na FD M +A o


professor não deve concentrar a sua atenção exclusivamente para o conteúdo que está a ser
mediado, mas também sobre todas as outras categorias didacticas numa relação dialéctica
(aluno, professor, métodos e meios de ensino-aprendizagem, objectivos), de modo a tornar
efectiva a aprendizagem dos alunos; e, analizando a interligação entre as categorias, na FD
M+A, o professor determinará se os métodos de ensino adoptadas/ou a adoptar estão mais
variados para:

 A assimilação de novos conhecimentos (saber)


 O desenvolvimento de habilidades, métodos, habitos e técnicas de trabalho (saber fazer)
 O desenvolvimento de entidades, convicções e comportamentos (saber se e estar)
 Ou a interligação, conexão entre esses processos parciais.

Ora, vista a questão nos termos que se está a dizer, conclui-se que uma das considerações
básicas para o professor decidir os métodos de ensino e aprendizagem a empregar é “quais são
as actividades dos alunos necessários para atingir a assimilação de um determinado conteúdo
nas suas potencialidades cognitivas, instrutivas e educativas “.

E porque o processo de ensino-aprendizagem é uma sequência lógico-didáctica de actividades


planificadas e sistematizadas dos professores e dos alunos, podemos e devemos fazer essa
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pergunta, também, da seguinte maneira: “quais as actividades do professor necessárias para
desencadear as devidas actividades dos alunos em relação aos objectos e conteúdos?”; e como
resultado desta questão, vê-se que a qualidade das actividades do professor determina em
larga medida a qualidade das actividades dos alunos.

Dominio e Consolidação.

Para Santos (2003), afirma que:

Se olharmos para o PEA, como tendo o objectivo de conseguir que os alunos,


efectivamente aprendam, vemos que o trabalho com a nova matéria não se
deve reduzir a simples exposição e explicação dessa matéria e colocá-la a
disposição dos alunos. Mas deve, ao mesmo tempo, ir tratando de conseguir
apuramento desse (ja não) novo saber nos alunos, visto que o trabalho
docente consiste em provar as condições de assimilação e compreensão da
matéria, incluindo já exercícios e actividades prácticas para solidificar a
compreensão. Entretanto, o processo de ensino não pára por aí. É preciso que
os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos
alunos, a fim de que estejam disponíveis para orienta-los nas situações
concretas de estudo de vida. Do mesmo modo, e em consonância com os
conhecimentos, é preciso aprimorar a formação de habilidades e hábitos para
a utilização independente e criadora dos conhecimentos. (p.148)

Trata-se, assim, do que justifica a necessidade de se ter no processo de ensino-aprendizagem


uma etapa, uma função didáctica didactica essencialmente destinada ao domínio,
consolidação e fixação da matéria. Os conteúdos só são realmente dominados, assimilados,
apropriados, quando se atingiu a capacidade de operar com elas nas várias tarefas de aplicação
teóricas e práctica; e para tal, são necessários na continuidade do trabalho com os conteúdos
novos, etapas, fases ou componentes do proceso e ensino-aprendizagem que tem por objectivo
directo a consolidação e o domínio dos conteúdos: no processo ensino-aprendizagem é
preciso proceder-se a uma constante consolidação dos resultados da aprendizagem.

Segundo De acordo Lemos (1990) diz que:

Esta constante consolidação dos resultados requer que o professor veja o


processo de ensino-aprendizagem como unidade de todas as funções
didácticas. Muitos professores são habilidosos na” Introdução e Motivação”,
outros podem expor o novo conteúdo de modo impressionante e astimular os
alunos para a autoactividade criadora. Mas nem todos estes professores têm
habilidades para terminar o processo de ensino-aprendizagem: não só é
interessante a motivação, a exposição do prblema e do conteúdo que desperta
o entusiasmo e a viva conversação na sala de aulas, integram também no
processo de ensino-aprendizagem a repetição e sistematização planificadas, a
prática intensiva e a aplicação variada dos conhecimentos e habilidades. A
consolidação, neste sentido, pode dar-se em qualquer etapa do processo
didáctico: antes de iniciar matéria nova, recorda-se, são realizados exercícios
em relação a matéria anterior; no estudo do novo conteúdo, ocorre
paralelamente as actividades de assimilação e compreensão. Mas constitui

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também, um momento determinado do processo didáctico, quando é posterior
a assimilação inicial e compreensão da matéria. (p.236).

A consolidação pode ser reprodutiva, de generalização e criativa. Estes três tipos,


diferenciam-se no seguinte:

Consolidação reprodutiva.

Nesta consolidação, o aluno reproduz o que o professor disse, sem muito espaço para a
criatividade, notam-se esses estudantes pela capacidade de recordar os exemplos que o
professor usou na explicação da matéria.

Consolidação criativa.

Aqui recide a compreensão verdadeira, quando o aluno não se limita nos exemplos do
professor, mas procura exemplos da vida quotidiana, das suas experiências, ligadas a matéria
estudada. Não usam necessariamente as expressões utilisadas pelo professor, mas sim suas
próprias palavras.

Consolidação generalizadora:

 Inclui a aplicação de conhecimentos para situações novas, após a sua sistematização;


 Implica a integração de conhecimento de forma que os alunos estabeleçam a relação entre
os conceitos, analisem os factos e fnómenos variados sob varios pontos de vista, façam a
ligação dos conhecimentos com novas situações e factos da prática social.

Controlo e Avaliação.

Controle e avaliação acompanha todo o prcesso de ensino aprendizagem e forma, ao mesmo


tempo, a conclusão das unidades de ensino (ou unidades temáticas). No geral, podemos
distinguir:

 Controle e avaliação directos, isto é, especificamete nas fases de FD C+A


 Controle e avaliação contínuos ou imanentes, isto é, em todas as outras funções didácticas.

Nesta primeira aula sobre a FD “C+A”, vamos nos ocupar sobre o conceito, objecto e
caracteristicas básicas da avaliação; e, nas aulas seguintes trataremos de outros aspectos, tais
como os tipos e funções da avaliação, os instrumentos de avaliação e a utilização dos
resultados de avaliação.

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Conceito de Avaliação.

Definir a avaliação, não é uma tarefa fácil, se tivesse consultado bibliografia da área
pedagógica de certeza teria visto que na literatura pedagógica existem muitos conceitos sobre
avaliação dos alunos; mas de modo geral ela pressupõe classificar os alunos, determinar em
que medida cada um dos objectivos foi atingido e as qualidades dos métodos e os meios de
ensino e dos próprios professores, selecionar os alunos, etc. Para INDE/MINED (2008), a
avaliação “e um instrumento que permite visualizar o andamento do processo de ensino-
aprendizagem, permitindo adequar, ou melhorar estratégias de ensino face aos objectivos
propostos, sendo assim deve ser concebida no sentido dinâmico, contínua e sistemática.

A principal missão é permitir uma imagem possível do desempenho dos alunos e a


retroalimentação do PEA (processo de ensino-aprendizagem). De acordo com o mesmo autor,
cumpre a avaliação:

Aos alunos

 Consciencializa-los sobre os pontos fortes e fracos da sua aprendizagem;


 Estimular o gosto pela aprendizaem de modo a superar as dificuldades encontradas no
PEA;
 Desenvolver atitude crítica e activa no PEA.

Aos professores

 Identificar o nível de desempenho dos alunos;


 Adequar os métodos e os meios de ensino-aprendizagem;
 Informar regularmente os pais sobre o progresso.

Aos pais e encarregados de educação

Sugerir junto dos pais e professores formas de melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

De acordo Lemos (1990) diz que:

“A valiação é uma tarefa didáctica necessária e permanente do trabalho


docente, que deve acompanhar passo a passo o PEA. Através dela os
resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto dos
professores e dos alunos são comparados com os objectivos propostos, a fim
de constatar progressos, dificuldades e reorientar o trabalho para as
correcções necessárias. Deste modo, podemos afirmar que a valiação é uma
reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor,
dos pais e encarregados de educação, como dos alunos”. (p.178).
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Portanto, avaliar é:

 Aperceber-se do rendimento aproveitamento escolar dos alunos e traduzi-lo em dados


qualitativos e quantitativos.
 A perceber se da incorrecção ou correcção do trabalho desenvolvido pelo professor para
ver se é ou não necessário uma revisão do PEA.

Para Santos (2003, p.148) sustenta que como pode-se ver, graças a valiação é possivel saber
se a aprendizagem está a efectuar se conforme o previsto ou não. E em caso negativo, a
realimentação pela avaliação permitirá saber se de facto deve-se:

 A inadequação dos objectivos.


 A deficiências individuais que possam ou não ser superadas.
 As deficiências individuais relacionadas com pré-requisitos de aprendizagem.
 A inadequação da orientação do PEA por parte do professor devido aos métodso e meios
de ensino ou outros factores.
Objecto da Avaliação.

Ao falarmos do objecto da avaliação pretendemos saber o que se avalia. E, nesse caso, é


evidente que a avaliação dirige-se essencialmente ao progresso nos resultados de
aprendizagem demonstrando ao longo e ao fim do ano lectivo.

Características Básicas do Controle e Avaliação.

De acordo Cortesão (1990, p.262) salienta que o controlo e avaliação da aprendizagem dos
alunos caracteriza-se por ser simultaneamente meio didáctico e meio pedagógico. E o que
significa? Você concordará connosco ao afirmar que a avaliação é um meio didáctico e
pedagógico por causa das suas finalidades. Assim, a avaliação é:

1. Meio didáctico, isto é, de condução do PEA pelo professor para:

 Comparar o decorrer e os resultados da parendizagem com os objectivos pretendidos.


 Avaliar o nível de aprendizagem atingido.
 Analisar problemas e possibilidades de desenvolvimento.
 Descobrir sobre a continuação do processo.

2. Meio Pedagógico, isto é, de educação dos alunos para:

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 Consolidar saber, saber fazer e saber ser/estar
 Desenvolver as capacidades de expressão linguistica
 Desenvolver a capacidade de auto-avaliação
 Desenvolver a auto-confiança
 Influenciar a auto-avaliação

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Conclusão.
Baseando-se dos objectivos deste trabalho e o respectivo tema o autor do trabalho concluiu
que a didáctica enquanto for encarrada como disciplina técnica da Pedagogia pode
permanecer nesse reducionismo, a ideia de uma ciência que ensina como ensinar, deve
começar a desaparecer “a ideia de uma didáctica como conjunto de técnicas e saberes
metodológicos indispensáveis a arte de ensinar algo a alguém exige um novo olhar,
implicando a necessidade de alargamento do horizonte que orienta o processo de ensinar-
aprender e de percepção da presença de um conjunto mais amplo de interesses e interessados
na educação” na reveindicação do reducionismo didactico, refere que cabe a Didáctica
converter os objectivos sociopolíticos e pedagógicos em objectivos de ensino, dai que se diz
que o trabalho docente na sala de aula é reflexo da sociedade, sendo assim, ao investigar
questões atinentes à formação humana e prática educativa, correspondente a Pedagogia
começa por perguntar que interesses que estão por detrás das propostas educacionais. O
processo educativo se viabiliza, portanto, como prática social precisamente por ser dirigido
pedagogicamente. A valiação é uma tarefa didáctica necessária e permanente do trabalho
docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino-aprendizagem. Através
dela os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto dos professores e
dos alunos são comparados com os objectivos propostos, a fim de constatar progressos,
dificuldades e reorientar o trabalho para as correcções necessárias. Deste modo, podemos
afirmar que a valiação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do
professor, dos pais e encarregados de educação, como dos alunos. As funções didacticas como
já referidas, são etapas ou fases do processo ensino-aprendizagem que, na sua essência
realizam-se não rigidamente de forma sequenciadas, mas sim interligada. De certeza para
quem já deu ou assistiu aulas deve ter ficado com a impressão de que a indicação das etapas
ou funções didacticas não significa que todas devem seguir um esquema rígido. A opção pela
qual etapa é mais adequada iniciar a aula ou conjugação de vários passos numa mesma aula
ou conjunto de aulas depende dos objectos da matéria, das caracteristicas dos alunos, dos
recursos didácticos disponiveis, das informações obtidas na avaliação diagnostica etc. Por
isso, a estrutura da aula por parte do professor é um processo que implica criatividade e
flexibilidade, isto é perspicacia de saber o que fazer perante a situações didacticas especificas,
cujo rumo nem sempre é previsível.

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Referências bibliográficas.

Araujo,A. L. E. (2014),”Manual de Tronco comum”, Didactica Geral. Beira-Moçambique.

Cortesão, T. (1990). Avaliação Pedagógica II-Mudança na Escola, Mudança na Avaliação.


(7ª ed.). Porto

Lemos, V. (1990). O Critério do Sucesso-Técnicas de Avaliação da Aprendizagem; (4ª


ed.).Portugal.

Libâneo, J. (1992). Didáctica; (4ª ed.). São Paulo

Marafon, M. R. C.(2001). Pedagogia crítica: uma metodologia na construção do


conhecimento. (8ª ed.). Brasil.

Piaget, J. (1998). Pedagogia. Horizontes Pedagógicos. (11ª ed.). Lisboa.

Piletti, C. (1990). Didáctica. (8ª ed.). São Paulo.

Santos, V. P. (2003). O que fazer na sala de aula: didáctica, metodologia ou nada disso?
Dialogia. (2ª ed.). São Paulo.

Schmitz, E.F.(1993). Fundamentos da Didáctica, (9ª ed.). São Leopold.

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