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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED (UNISCED)

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE


GEOGRAFIA

A PERTINÊNCIA DO ESTUDO DA
PEDAGOGIA PARA A SUA FORMAÇÃO

Discente: Silva Armando Jorge, Codigo:71231882

Quelimane, Agosto de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED (UNISCED)

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

A PERTINÊNCIA DO ESTUDO DA PEDAGOGIA PARA A SUA


FORMAÇÃO

Trabalho de Carácter avaliativo Pedagogia Geral,


desenvolvido no Campo a ser submetido na
Coordenação do Curso de Licenciatura em Ensino
de Geografia da UnISCED.
Tutor: MSc. Laurinda Bia Guacha

Discente: Silva Armando Jorge, Codigo:71231882

Quelimane, Agosto de 2023

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Índice
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 4
1.1. Introdução........................................................................................................................ 4
1.2. Objectivos........................................................................................................................ 5
1.2.1. Objectivo Geral: ........................................................................................................... 5
1.2.2. Objectivos específicos: ................................................................................................. 5
1.3. Métodos e Técnicas de Pesquisa ..................................................................................... 5
II.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 6
2.1.Referencial teórico ........................................................................................................ 6
2.2. A pertinência do estudo da pedagogia para curso de Geografia.................................. 7
2.2.1.Elementos educacionais da pedagogia .................................................................... 10
2.2.2.Elementos de investigação da pedagogia no curso de geografia ............................. 10
2.2.3.Importância da formação de pedagogia no curso de geografia ............................... 11
III.CONCLUSÃO ............................................................................................................. 13
IV.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 14

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CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO

1.1. Introdução
O presente trabalho pretende-se abordar sobre a pertinência do estudo da pedagogia
para a sua formação, de saber que o ensino de Geografia, em sua trajectória histórica, vem a
constituir-se numa área de muitas inquietações e transformações. Por anos, o ensino dessa
disciplina foi marcado por metodologias de ensino baseadas na memorização, no ensino
enciclopedista e por uma abordagem que pouco questionava a realidade. Essas características
se fizeram presentes, principalmente, nos anos iniciais do ensino fundamental, cujos
professores são formados em cursos de Pedagogia, apresentando, em sua maioria, uma
formação genérica.

A formação do Pedagogo segue aos dispositivos legais para a formação de professores


para a educação básica, entre eles, as Directrizes Curriculares Nacionais para Formação de
Professores para a educação básica, estabelecem uma grande área de abrangência de actuação
e, consequentemente, demanda para a formação inicial. Estas Directrizes indicam que a
formação do Pedagogo deve compreender a dimensão da educação infantil, anos iniciais do
Ensino Fundamental, incluindo os componentes curriculares da educação básica, também as
competências em relação a organização do trabalho pedagógico, gestão escolar, modalidades
de educação de jovens e adultos, educação especial, indígena, quilombola, entre outras. Essas
exigências curriculares respondem a Lei de Directrizes e Bases da Educação Nacional, que
define a Pedagogia como formação preferencial para o exercício da docência na educação
infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, considerando a especificidade da fase do
desenvolvimento infantil, o processo de alfabetização, além de, a mesma lei, conservar a
formação do pedagogo como especialista de diferentes áreas, como orientação, supervisão e
administração escolar.

Para a clarificação dos objectivos que norteiam este trabalho, a sua estrutura geral
apresenta-se em capítulos: No capítulo I: fez-se o enquadramento teórico, partindo dos
objectivos, e recorrendo assim a metodologia utilizada. O capítulo II: é dedicado a
fundamentação teórica do trabalho, onde fez uma abordagem partindo dos conceitos básicos.
No capítulo III: são conclusões tiradas no exercício da realização do trabalho ou seja nas
leituras feitas após o termo do trabalho.

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1.2. Objectivos
Segundo Libâneo (2005), os objectivos antecipam os resultados e processos esperados
do trabalho, expressando conhecimentos, habilidades e hábitos (conteúdo) a serem
assimilados de acordo as exigências metodológicas.

1.2.1. Objectivo Geral:


Abordar sobre a pertinência do estudo da pedagogia para a sua formação;

1.2.2. Objectivos específicos:


Dar a Conhecer a pertinência do estudo da pedagogia para curso de Geografia;
Apresentar a importância do estudo da pedagogia no curso de geografia.

1.3. Métodos e Técnicas de Pesquisa


Segundo Lakatos & Marconi (1999), método é uma forma de pensar para chegar a
natureza dum determinado problema quer seja para estuda-lo quer seja para explica-lo. Para a
realização deste trabalha usar-se-á o seguinte método:

 Método Bibliográfico: Segundo Lakatos & Marconi (2010), “a pesquisa bibliográfica


é desenvolvida com base nos livros e artigos científicos (…), a principal vantagem
desta pesquisa reside no facto de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de
fenómenos muito amplos.”

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II.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1.Referencial teórico
O ensino de Geografia, em sua trajectória histórica, vem a constituir-se numa área de
muitas inquietações e transformações. Por anos, o ensino dessa disciplina foi marcado por
metodologias de ensino baseadas na memorização, no ensino enciclopedista e por uma
abordagem que pouco questionava a realidade. Essas características se fizeram presentes,
principalmente, nos anos iniciais do ensino fundamental, cujos professores são formados em
cursos de Pedagogia, apresentando, em sua maioria, uma formação genérica.

Com base os autores Schmied-Kowarzik (1983, p. 44), apontam que formação do


Pedagogo segue aos dispositivos legais para a formação de professores para a educação
básica, entre eles, as Directrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores para a
educação básica, estabelecem uma grande área de abrangência de actuação e,
consequentemente, demanda para a formação inicial. Estas Directrizes indicam que a
formação do Pedagogo deve compreender a dimensão da educação infantil, anos iniciais do
Ensino Fundamental, incluindo os componentes curriculares da educação básica, também as
competências em relação a organização do trabalho pedagógico, gestão escolar, modalidades
de educação de jovens e adultos, educação especial, indígena, quilombola, entre outras. Essas
exigências curriculares respondem a Lei de Directrizes e Bases da Educação Nacional, que
define a Pedagogia como formação preferencial para o exercício da docência na educação
infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, considerando a especificidade da fase do
desenvolvimento infantil, o processo de alfabetização, além de, a mesma lei, conservar a
formação do pedagogo como especialista de diferentes áreas, como orientação, supervisão e
administração escolar.

O pedagogo alemão, Schmied-Kowarzik (1983), denomina a pedagogia de ciência da


e para a educação, pois investiga teoricamente o fenómeno educativo, formula orientações
para a prática a partir da própria acção prática e propõe princípios e normas relacionados aos
fins e meios da educação. Ou seja, a pedagogia é uma reflexão sistemática sobre as práticas
educativas e para a acção educativa, teoria e prática da educação, tendo como objecto de
estudo a prática educativa, ou melhor, as práticas educativas. O uso da expressão “práticas
educativas” ao invés de “educação” traduz melhor a dimensão eminentemente prática da
educação. Ela facilita entender, por exemplo, que a educação não se refere apenas às práticas
escolares, mas a um imenso conjunto de outras práticas na família, no trabalho, na rua, na

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fábrica, nos meios de comunicação, na política, na escola. A educação é, então, em sua
natureza constitutiva, uma prática, entendida como a realização de uma actividade humana
que tem um sentido, uma finalidade e, enquanto tal, medeia a relação entre o sujeito da
actividade e os objectos da realidade, dando uma configuração humana a essa realidade.
Enquanto prática, a educação é a actuação sobre a formação e o desenvolvimento do ser
humano, em contextos sócio históricos e em condições materiais e sociais concretas. Em uma
formulação mais ampliada, a educação é uma prática social, materializada numa actuação
efectiva na formação e desenvolvimento de seres humanos, em contextos socioculturais e
institucionais concretos, mediante a apropriação experiência social e culturalmente
desenvolvida pela humanidade, implicando práticas e procedimentos peculiares, visando
mudanças qualitativas na aprendizagem e na personalidade dos educandos.

A educação compreende, assim, o conjunto dos processos, influências, estruturas,


acções, que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação
activa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e
classes sociais, visando a formação do ser humano. Escreve a esse respeito Schmied-
Kowarzik (1983, p. 44):

A educação é uma função parcial integrante da produção e


reprodução da vida social, que é determinada por meio da tarefa
natural, e ao mesmo tempo cunhada socialmente, da regeneração de
sujeitos humanos, sem os quais não existiria nenhuma práxis social. A
história do progresso social é simultaneamente também um
desenvolvimento dos indivíduos em suas capacidades espirituais e
corporais e em suas relações mútuas. A sociedade depende tanto da
formação e da evolução dos indivíduos que a constituem, quanto estes
não podem se desenvolver fora das relações sociais.

A efetivação desses processos formativos se dá pela comunicação e o intercâmbio da


experiência humana socialmente acumulada, isto é, dos saberes e modos de agir habilidades,
técnicas, atitudes, valores existentes no meio culturalmente organizado.

2.2. A pertinência do estudo da pedagogia para curso de Geografia


De acordo com Saviani (2005 pag. 45) a actuação prática, exige do professor o
domínio dos conhecimentos científicos convertidos em saberes escolares, e sua correlata
forma de ensino. Esse processo é indissociável e compreende a génese da acção do professor

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e pode-se inferir que a formação do professor poderia pautar-se pela dialética entre ensino e
aprendizagem. Assim, para que se ensine Geografia é necessário conhecer esse campo
científico e sua inter-relação com a sociedade, a tecnologia e a ciência de forma mais ampla,
a produção e selecção dos conteúdos escolares, a sua forma própria de transmissão e além de
considerar o estudante, suas etapas de aprendizagem e desenvolvimento.

Desta forma, a Geografia é um componente curricular do curso de Pedagogia, pois


este é o responsável por seu ensino nos anos inicias, A formação do pedagogo para o ensino
de Geografia é fundamental. Para isso, que se lança na tarefa de:

a) Compreender como o académico de Pedagogia avalia os conteúdos de


Geografia e sua importância, para sua prática nos anos iniciais do Ensino
Fundamental;

b) Investigar e analisar como a formação para o ensino de Geografia contribui


na formação do pedagogo para a docência interdisciplinar - na qual se inserem os
conteúdos de Geografia - nos anos iniciais do Ensino Fundamental;

c) Investigar como o pedagogo aprende a ensinar Geografia, por meio do


processo formativo desenvolvido no curso;

d) Evidenciar os conceitos fundamentais do campo disciplinar da Geografia


necessários para o ensino nos anos iniciais, de forma a articular conteúdo e forma.
Desta forma, pretende-se contribuir com a formação de professores para a educação
básica, de forma particular, para os anos iniciais do Ensino Fundamental;
adicionalmente, ao lançar luzes sobre essa especificidade, a formação do pedagogo
para o ensino de Geografia (Saviani 2005 pag. 45).

A Geografia nos anos iniciais tem um papel fundamental de possibilitar às crianças a


leitura de mundo, que pode ser feita a partir da leitura do espaço construído socialmente.
Assim a “Geografia pode servir para pensar o espaço. [...] É pensar a partir da dimensão
espacial, do espaço construído” (Callai, 2016, p. 10). Isso contribui para que a criança se
perceba sujeito em seu tempo e espaço determinados e que as suas condições, do seu lugar,
não tem determinações por ele mesmo. Reduzir o ensino de Geografia nos AIEF dificulta
esse processo para as crianças, aponta Callai (2016). Desta forma, pode depreender-se que ao
reduzir o espaço desse campo científico na formação das crianças, e consequentemente na
formação do professor, tem por objectivo não fornecer as ferramentas teóricas que permitem

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a construção de conceitos abstractos para a leitura do mundo objectivo. Essa ausência ou
simplificação da Geografia a elementos ilustrativos e mnemônicos, para Lacoste (2012)
ilustram o que se traduziu como a Geografia dos professores.

O processo de educação formal escolarizado tem a função de promover a


aprendizagem dos conceitos do tipo científico, e neste movimento, produzir no indivíduo
singular o resultado da humanização, e pela via da aquisição dos produtos culturais. Ao
apropriar-se deste legado, os sujeitos podem ascender a autonomia de pensamento e assim
guiar sua acção do mundo a partir de novos referenciais. Para que isso ocorra, a actividade de
ensino deve ser devidamente organizada e esse ensino é o papel da escola “porque a
humanidade produziu um conhecimento e a escola existe para isso, para fazer esse
conhecimento chegar até os alunos” (Callai, 2016, p. 17).

O espaço geográfico deve ser entendido como um espaço transformado pelos seres
humanos. Para apreendê-lo é necessária a superação da abordagem descritiva e a abertura
para o desenvolvimento do raciocínio espacial mais complexo. Para isso, ressaltamos a
importância da compreensão, por meio das referências teórico-conceituais, das decorrências e
determinações das localizações. Segundo Cavalcanti (2010), a localização é uma perspectiva
particular dessa disciplina.

Pode-se considerar que mais do que uma descrição física de um lugar, é importante
analisarmos outros aspectos ligados à organização social, à cultura, às relações de poder, ao
modo como os grupos sociais se relacionam com a natureza e ao uso que se faz dela. Nessa
perspectiva, trabalhar os conceitos geográficos ganha relevância para se construir o chamado
raciocínio espacial. De acordo com Cavalcanti (2010 pag. 231), na linha da didáctica
histórico-crítica, os conceitos devem ser construídos por meio do confronto entre conceitos
científicos e quotidianos, o que demanda considerar os conhecimentos prévios dos alunos, a
fim de torná-los sujeitos do processo de ensino e aprendizagem. As habilidades que carecem
de atenção ao se trabalhar com o espaço geográfico, como observação, mapeamento,
orientação, localização, representação cartográfica e a prática de leitura de diversas fontes e
registro, devem perpassar os diversos conteúdos da Geografia escolar.

Constata-se que não somente no ensino de Geografia, mas também na educação como
um todo, as práticas tradicionais ainda se fazem presentes. Trata-se muitas vezes, de acções
pedagógicas fragmentadas e descontextualizadas da realidade dos alunos. No caso específico
da Geografia nos anos iniciais, podemos destacar as práticas que ainda tratam de maneira

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linear as escalas geográficas. Segundo Callai (2016), o ensino de Geografia, partindo da
chamada “hierarquização fragmentada” (do mais próximo para o mais distante), desconsidera
a complexidade do mundo em que vivemos.

2.2.1.Elementos educacionais da pedagogia


Segundo Castillejo Brull (1994) cita que na teoria e prática da educação, a pedagogia,
mediante conhecimentos científicos, filosóficos e técnico-profissionais, investiga a realidade
educacional sempre em transformação, para explicitar objectivos e processos de intervenção
metodológica e organizativas referentes à transmissão assimilação de saberes e modos de
acção. Ela busca o entendimento, global e intencionalmente dirigido, dos problemas
educativos e, para isso, recorre aos aportes teóricos providos pelas demais ciências da
educação. Estas considerações em torno da natureza da educação e do campo teórico da
pedagogia resultam, do ponto de vista escolar, na projecção e materialização dos aspectos
educacionais e culturais da sociedade num currículo. Não cabe neste texto entrar nas questões
de organização curricular, apenas quer-se reafirmar o entendimento de que a pedagogia, antes
de desdobrar-se em docência, constitui-se num campo de estudos com identidade e
problemáticas próprias, englobando os elementos da acção educativa e sua contextualização,
tais como:

 O aluno enquanto sujeito do processo de socialização e aprendizagem; • os


agentes de formação (inclusive a escola e o professor);
 As situações concretas em que se dão os processos formativos (inclusive o
ensino);
 Os saberes como objecto de transmissão/assimilação;
 O contexto sócio-institucional das instituições (inclusive as escolas e salas de
aula).

2.2.2.Elementos de investigação da pedagogia no curso de geografia


A investigação pedagógica tem como referência a acção do educador em função da
aprendizagem dos educandos. Castillejo Brull (1994, p. 15) sugere seis elementos do
processo educativo que devem estar presentes nos projectos de investigação, a saber:

 A intencionalidade, decorrendo disso a importância de se definir objectivos da


educação, formulando expectativas sobre o tipo de ser humano a ser formado e

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dimensões da educação a serem atendidas (físicas, afectivas, intelectuais,
sociais, morais, estéticas);
 Conteúdos, uma selecção de elementos da cultura referentes ao que é
necessário aprender, obviamente coerentes com os objectivos;
 Uma acção ou intervenção educativa, directa ou indirecta, realizada por algum
agente educativo sobre um sujeito, para promover, orientar, possibilitar a
aprendizagem dos conteúdos e modos de agir;
 A aprendizagem do aluno, um processo de aprender que leve a resultados, isto
é, ao atendimento de objectivos propostos;
 O ensino, meio pelo qual se favorece a aprendizagem. Formas de organização
e gestão da escola e da sala de aula.

Estes elementos identificam a prática da educação (que precisa ser compreendida,


organizada e conduzida), a investigação pedagógica (formas de compreender e elucidar a
práxis para poder orientar a prática dos agentes) e a formação dos educadores (como encadear
prática e investigação como compreensão teórica da prática e condução prática à práxis
através da teoria). Em relação à actividade profissional do pedagogo, pouco tenho a
acrescentar em relação a posições que tenho assumido nos debates sobre o curso de
pedagogia e à formação de pedagogos. Como já apresentado, a pedagogia é a teoria e a
prática da educação (Castillejo Brull 1994, p. 16).

2.2.3.Importância da formação de pedagogia no curso de geografia


De acordo com Callai (2016, p. 231), considera que “a clareza teórico-metodológica é
fundamental para que o professor possa contextualizar os seus saberes, os dos seus alunos, e
os de todo mundos à sua volta”. Consideramos que o momento adequado para se reflectir e
para se buscar a melhor alternativa teórico metodológica, que trata com a clareza necessária
das concepções de educação e de Geografia, é quando se pensa na disciplina e, para além
disso, quando se pensa no Projecto Pedagógico. Nesse sentido, a interdisciplinaridade é
apontada por Callai (2016) como um caminho profícuo para a prática educativa nos anos
iniciais da educação básica, principalmente no processo de alfabetização, porque possibilita a
aprendizagem da leitura e da escrita em consonância com a leitura de mundo, considerando o
contexto histórico e geográfico do aluno.

a) A sociedade contemporânea tem sido assinalada por rápidas modificações de


desempenho, que se reflectem claramente na área educacional. Para

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acompanhar essas alterações, governos e educadores se empenham numa
fundamentada reconstrução sobre a concepção de educadores. Através desse
contorno contemporâneo dado à educação e às sucessivas mudanças em seu
conceito, deixa de ser reservada a actuação de ensino-aprendizagem somente
em espaços escolares formais, esse procedimento atravessa os muros da
escola, para diferentes e diversos sectores como: ONGs, família, trabalho,
lazer, igreja, sindicatos, clubes, etc. Faculta-se actualmente devido às
mudanças ocorridas um novo cenário para a educação, dando uma cartografia
significante à educação não formal.
b) O pedagogo, na sociedade em que vivemos passa a actuar como educador
social em empresas, hospitais, ONGs, associações, igrejas, eventos, emissoras
de transmissão (rádio e Tv), formando actualmente, um novo panorama de
acção deste profissional, que ao atravessar a divisória da escola, invalida
preconceitos e idéias de que o pedagogo está apto para exercer suas funções
apenas na sala de aula;
c) Nos dias atuam o lema é de que onde houver uma prática educativa, se instala
uma acção pedagógica. O processo de ensino-aprendizagem é vivenciado não
somente dentro da escola, mas é uma acção que acontece em todo e qualquer
sector da sociedade, que se caracteriza como a sociedade do conhecimento,
porque a educação formal e a não formal caminham paralelamente e tornam a
educação o principal instrumento contra a desigualdade social (Callai 2016, p.
231).

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III.CONCLUSÃO
Ao concluir o presente trabalho pode-se verificar que a formação do Pedagogo segue
aos dispositivos legais para a formação de professores para a educação básica, entre eles, as
Directrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores para a educação básica,
estabelecem uma grande área de abrangência de actuação e, consequentemente, demanda
para a formação inicial. Estas Directrizes indicam que a formação do Pedagogo deve
compreender a dimensão da educação infantil.

Também percebeu-se que a pedagogia na geografia trata sobre actuação prática, exige
do professor o domínio dos conhecimentos científicos convertidos em saberes escolares, e
sua correlata forma de ensino. Esse processo é indissociável e compreende a génese da acção
do professor e pode-se inferir que a formação do professor poderia pautar-se pela dialética
entre ensino e aprendizagem. Assim, para que se ensine Geografia é necessário conhecer esse
campo científico e sua inter-relação com a sociedade, a tecnologia e a ciência de forma mais
ampla, a produção e selecção dos conteúdos escolares, a sua forma própria de transmissão e
além de considerar o estudante, suas etapas de aprendizagem e desenvolvimento

Pode-se constatar como a importância, sociedade contemporânea tem sido assinalada


por rápidas modificações de desempenho, que se reflectem claramente na área educacional.
Para acompanhar essas alterações, governos e educadores se empenham numa fundamentada
reconstrução sobre a concepção de educadores e o pedagogo, na sociedade em que vivemos
passa a actuar como educador social em empresas, hospitais, ONGs, associações, igrejas,
eventos, emissoras de transmissão (rádio e Tv), formando actualmente, um novo panorama de
acção deste profissional, que ao atravessar a divisória da escola, invalida preconceitos e
idéias de que o pedagogo está apto para exercer suas funções apenas na sala de aula.

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IV.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALLAI, H. C. O Ensino E A Pesquisa Da Geografia Para Os Anos Iniciais Do
Ensino Fundamental. Revista Brasileira de Educação em Geografia, Campinas, v. 6, n. 11, p.
06-20, jan./jun., 2016.

CASTILLEJO BRULL, J. L. La Educación Como Fenómeno, Proceso Y Resultado.


In: CASTILLEJO BRULL, J. L. et al. Teoría de la educación. Madrid: Taurus Universitaria,
1994. p. 15-28.

CAVALCANTI, L. A Geografia E A Realidade Escolar Contemporânea: Avanços,


Caminhos, Alternativas. In: Anais do I Seminário Nacional: currículo em movimento –
Perspectivas Atuais. Belo Horizonte, nov. 2010.

ESTRELA, A. Pedagogia Ou Ciência Da Educação? Porto: Porto, 1992.

LACOSTE, Yves. A Geografia – Isso Serve, Em Primeiro Lugar, Para Fazer A


Guerra. 19ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2012

LIBÂNEO, José Carlos. Métodos De Estudos E Seus Objectivos. São Paulo. Cortez,
2005

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: Campinas, SP: Autores


Associados, 2012.

SCHMIED-KOWARZIK, W. Pedagogia Dialética: De Aristóteles A Paulo Freire.


São Paulo: Brasiliense, 1983.

ZEICHNER, K. Para Além Da Divisão Entre Professor-Pesquisador E Pesquisador


Acadêmico. In: GERALDI, FIORENTINI & PEREIRA. Cartografias do trabalho docente.
Campinas: Mercado das letras/ALB, 1998.

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