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Universidade Aberta Isced (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Como Tornar As Aulas De Geografia Mais Significativas

Jamila Jose Samissone: 71220254

Quelimane, Maio 2023


Universidade Aberta Isced (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Como Tornar As Aulas De Geografia Mais Significativas

Trabalho de campo a ser submetido na


coordenação do curso de Licenciatura em
Ensino de Geografia da UnISCED
Tutor:

Jamila Jose Samissone: 71220254

Quelimane, Maio 2023


Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 4

Objectivos ........................................................................................................................................ 5

Objectivo geral: ............................................................................................................................ 5

Objectivos específicos:................................................................................................................. 5

Metodologias ................................................................................................................................... 5

Conceito da didáctica da geografia ................................................................................................. 6

Métodos da didáctica de estudo da geografia ................................................................................ 7

Conceito de planificação escolar ..................................................................................................... 7

Formas de como tornar as aulas mais significativas ....................................................................... 8

Conclusão....................................................................................................................................... 10

Referências bibliográficas .............................................................................................................. 11


Introdução
O presente trabalho da disciplina de metodologia de ensino aprendizagem em geografia I, que
tem como tema: Como Tornar As Aulas De Geografia Mais Significativas.

As inúmeras transformações ocorridas no âmbito educacional apontam para a necessidade de


aproximar teoria e prática. A articulação entre o saber académico e a Educação Escolar é
relevante para a concretização de práticas docentes capazes de promover uma aprendizagem
activa e significativa por parte do aluno. Neste contexto, a ciência geográfica se apresenta como
um importante campo do conhecimento para a formação de cidadãos críticos e participativos em
sociedade, auxiliando os discentes no despertar de um olhar crítico sobre a realidade ao qual
estão inseridos. Esta dinâmica exige a articulação entre Ensino de Geografia e tendências
pedagógicas contemporâneas, bem como aos meios (métodos e técnicas) utilizados para os fins
educativos.
Há cada vez mais a necessidade de professores bem preparados para exercer a docência em sala
de aula, porém, percebe-se também pouca ou quase nenhuma discussão sobre as perspectivas da
formação de professores de geografia para actuar no ensino básico e médio, ou seja, há pouca
discussão pedagógica para analisar a formação e actuação do professor de Geografia na Educação
Básica (CAVALCANTI,2012).

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Objectivos
Objectivo geral:
 Elaborar um trabalho pesquisa com o tema como tornar as aulas de Geografia mais
significativas.

Objectivos específicos:
 Conceitualizar a didáctica da geografia;
 Conhecer os métodos de didáctica da geografia;
 Conceitualizar a planificação escolar;
 Identificar as formas de tornar as aulas mais significativas.

Metodologias
Este trabalho se caracteriza por uma pesquisa teórica e pratica que aborda o tema relacionado
como tornar as aulas de Geografia mais significativas, também a pesquisa pode ser entendida
como uma pesquisa explicativa e exploratória por tratar de um estudo de cunho puramente
teórico e prático.

Para a pesquisa irá se procurar obter informações sobre trabalhos similares já realizados com o
tema, em consultas técnicas, e uso de manuais didácticos fornecidos pelo docente.

Para a realização deste trabalho só foi possível através dos métodos abaixo mencionados.
Método Hipotético Dedutivo
Foi através dos temas abordados na sala de aula e nas leituras feitas que tornaram possível a sua
compreensão na execução deste trabalho.
Método de Pesquisa Bibliográfica
É óbvio a realização de um trabalho científico sem o uso do método bibliográficos. É apartir
deste que tornou possível a realização deste trabalho, na qual baseou-se na consulta de obras
relacionados com o tema em estudo, cujo obras vem mencionados na referência bibliográfica
deste trabalho.

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Conceito da didáctica da geografia
A didáctica da geografia surge assim, interessando-se pelos métodos e processos de
aprendizagem relativos ao ensino da disciplina de geografia, situando-se deste modo, “na
interface entre a geografia, o público a quem se dedica o ensino e a pertinência social e política
dos conceitos e dos conteúdos transmitidos” (MÉRENNE-SCHOUMAKER, 1994).

Didáctica da Geografia é a arte ou técnica de ensinar a Geografia (NICOLAU, 1991; FREITAS


& PEREIRA, 2010; MÉRENNE-SCHOUMAKER, 1994) ou seja, esta disciplina define-se
melhor associando-o ao seu objecto de estudo.

A didáctica da geografia é a disciplina científica cujo objecto é a optimização das aprendizagens


numa situação de ensino ou de formação concreta e situa-se entre a pedagogia (ciência da
educação) e a metodologia (estudo dos métodos, técnicas e processos de ensino)
(SCHOUMAKER, 1994 & NICOLAU, 1991). Ela está mais orientada para a natureza dos
saberes escolares e seus modos de transmissão, o que a liga aos mais diversos ramos de ensino.

A aplicação dos conhecimentos didácticos por parte do professor de geografia, implica


interrogar-se paralelamente sobre a geografia, isto é, conceitos, linguagens, percursos,
especificidades, etc, e sobre a maneira de organizar a sua aprendizagem no ensino (MÉRENNE-
SCHOUMAKER, 1994). Trata-se, sim de privilegiar, no “Triângulo Didáctico” a relação
professor-saber, tendo também em conta a função cognitiva dos formandos, ou seja a relação
aluno-saber ou as investigações sobre as aprendizagens e as motivações, e as relações entre o
professor e os seus alunos (domínio de investigação por excelência da pedagogia). A figura 1,
mostra o Triângulo Didáctico e as inter-relações anteriormente descritas.

Figura 1: triângulo didáctico, MÉRENNE-SCHOUMAKER (1994).

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Métodos da didáctica de estudo da geografia
A metodologia de ensino-aprendizagem da geografia utiliza os métodos gerais de investigação
pedagógica aplicados aos casos e problemas particulares do seu campo de estudo.
Os métodos de observação e experimentação pedagógicas, a entrevista, inquérito, a análise de
conteúdo e de discurso, etc. Actualmente utilizam-se também os métodos de programação e
matrizes matemáticas, isto é, a aplicação de métodos cibernéticos. Também se utilizam métodos
de carácter teórico como são: a análise e generalização teórico-prática da experiência do
professor.
O destaque vai para o processo de investigação científica que segue uma série de etapas que
necessariamente estão adaptados ao próprio objecto de estudo da disciplina de geografia com um
carácter didáctico metodológico. Essas etapas são:

 Observação de um problema didáctico-metodológico (definição concreta do problema);


 Estudo teórico do problema (consulta bibliográfica e a especialistas);
 Planeamento do problema e delimitação do seu alcance;
 Formulação de uma hipótese;
 Criação de um modelo ou desenho para comprovar a validez da hipótese (inclui a
metodologia a aplicar, os instrumentos a elaborar, a população e a amostra para levar a
cabo o experimento pedagógico);
 Execução dos trabalhos de investigação;
 Obtenção de dados e seu processamento qualitativo e quantitativo;
 Elaboração de conclusões e recomendações.

Conceito de planificação escolar


Há várias percepções relativas à planificação escolar. No entanto, nas diferentes literaturas
educacionais, planificar significa tornar clara a actividade educativa, e planificação constitui um
processo de prever o percurso de uma acção de acordo com as metas previamente traçadas
(ALVARENGA, 2011).
Assim, a planificação do professor constitui uma actividade que consiste em definir e sequenciar
os objectivos do ensino e da aprendizagem dos alunos, determinar processos para avaliar se eles

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foram alcançados, prever algumas estratégias de ensino-aprendizagem e seleccionar recursos-
materiais auxiliares para a sua optimização.
Para Libâneo (1994) a planificação escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das
actividades didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. É assim um meio
para se programar as acções docentes, constituindo também um momento de pesquisa e reflexão
intimamente ligado à avaliação.
Com a planificação, o professor saberá determinar o que deve ser ensinado, como deve ser
ensinado e o tempo que se deve dedicar a cada conteúdo e prever estratégias metodológicas para
melhor conduzir as aprendizagens dos alunos, sempre tendo em conta a situação concreta e
realística dos alunos. Como refere Haydt (2003) que, planejar é analisar uma dada realidade,
reflectindo sobre as condições existentes e prever as formas alternativas de acção para superar as
dificuldades ou alcançar os objectivos desejados. O planejamento é, assim, um processo mental
que envolve análise, reflexão e previsão, além de que trata-se de uma actividade meramente
humana presente nas mais diversificadas actividades quotidianas.

Desse modo torna-se necessário compreender as modalidades de planificação educacional ou


simplesmente tipos de planos, que se articulam entre si, bem como as respectivas características:
 O plano da escola;
 O plano de ensino;
 O plano de aulas.

Formas de como tornar as aulas mais significativas


Iniciar a aula fazendo uma introdução do assunto a ser abordado e dos objectivos a serem
alcançados. Relembrar o assunto da aula passada para que haja uma ligação entre os conteúdos. A
utilização de transparências, vídeos, jornais, revistas e músicas são importantes instrumentos para
a fixação de conteúdos.

Primeiramente, é preciso que os professores comecem a se questionar sobre esse possível


desinteresse dos alunos. É claro que se você abordar uma pessoa e perguntar para ela se ela gosta
de Geografia, sem explicar do que ela se trata, a resposta (seja ela positiva ou negativa) será
precipitada ou equivocada

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Mas por que isso acontece? Será que a Geografia é realmente uma matéria “chata”, como alguns
alunos dizem? Ou será que ela não é considerada importante porque ela é “fácil”, como aponta
outros?

É claro que a Geografia não tem nada de chata ou legal, fácil ou difícil, pois esses termos são
adjectivos e referem-se apenas à opinião de algumas pessoas, e não a um fato consumado e
incontestável.

Então, de onde surgem tantas reclamações de alunos sobre essa disciplina e por que eles
demonstram pouco interesse por ela?

É uma prática que costuma dar certo porque estimula a curiosidade dos alunos. Ninguém se
interessa por um tema muito geral, do qual não se sabe a funcionalidade, mesmo que lhe digam
mil vezes que é importante. A sugestão é que o professor evite falar utilizando termos muito
abrangentes para tematizar a aula, como “aula de Geografia” ou “texto de Cartografia”.

A ideia, como muitos teóricos da educação sugerem, é partir da vivência do aluno, o que não é
difícil para a Geografia, por ser a ciência que estuda o espaço geográfico. Quando isso não for
possível, o professor pode tentar aguçar a curiosidade dos alunos a partir de questões específicas,
por exemplo: em uma aula sobre placas tectônicas, ele pode começar com perguntas do tipo:
“como surgem os terremotos?”, “de onde vieram as montanhas?”, “Porque o Everest é o ponto
mais alto do mundo?.

Por fim, há de se ressaltar que o professor de Geografia, ao abordar temas e conceitos


originalmente vinculados a outras áreas do conhecimento, precisa ter muito cuidado. Em primeiro
lugar, há uma necessidade de se aplicar um esforço em compreender a lógica de funcionamento
dos demais saberes a fim de não abordá-los em sala de aula de maneira errôgea ou muito
simplista. Outra preocupação é a de preservar, em termos éticos, o respeito e a conduta das
demais disciplinas, sob pena de violar política e conceitualmente as aulas dos demais professores.

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Conclusão
A maioria dos alunos não demonstra interesse em aprender Geografia, em muitos casos os
mesmos se preocupam com o português devido às maiores dificuldades. Além disso, é visto por
parte dos educandos como uma aula chata, nessa perspectiva se faz necessário que o professor de
Geografia busque alternativas pedagógicas que ofereçam atractivos.

Nos paradigmas atuais da educação, em que o estudante deixa de ser um mero receptor de
conhecimento e passa a ser um ser activo no processo de ensino-aprendizagem, as variadas
abordagens englobam, muitas vezes, uma visão de mundo por parte do estudante que vai muito
além dos limites colocados em uma determinada área do conhecimento ou disciplina escolar.
Surge, nesse ínterim, o imperativo de se estabelecer uma educação de carácter interdisciplinar, o
que corrobora a construção de um grande desafio pelo professor durante as suas aulas.

No caso da Geografia, há uma grande abertura para a aplicação de um ensino interdisciplinar para
que se trabalhe os conteúdos curriculares, haja vista que muitos deles possuem relações directas
ou indirectas, com as mais diversas áreas do saber, desde a Química até a Filosofia e outras.
Nesse sentido, é preciso, pois, abandonar a ideia de “conhecimento parcelar”, em que cada
disciplina apoia-se em conteúdos que lhe são exclusivos, não podendo ser abordados por
nenhuma outra área do saber.

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Referências bibliográficas

 CAVALCANTI, Lana de Souza. Ensino de Geografia e diversidade: construção de


conhecimentos geográficos escolares e atribuições de significados pelos diversos sujeitos
do processo de ensino. In: CASTELLAR, Sonia (Org.). Educação geográfica: teorias e
práticas docentes. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2006. p. 66-96.
 Libâneo, J. C. (1990).Didáctica. São Paulo, Côrtez.
 Manual didáctico de metodologia de ensino e aprendizagem de geografia ( Unisced-
2020).

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