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Edson Lúcio Estévão Mussoma

PLANIFICAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Licenciatura em ensino de inglês

Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Trabalho a ser submetido no Departamento de


Letras e Ciências Sociais, em cumprimento
parcial da cadeira: Didáctica Geral.

Docente:

Universidade Rovuma
Nampula iii
2022

ÍNDICE
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Introdução...................................................................................................................................4

1. PLANIFICAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM................................5

1.2. Plano de ensino....................................................................................................................6

1.3. Tipos de planificação...........................................................................................................7

1.3.1. O plano da escola..............................................................................................................7

1.3.2. O plano de ensino ou de unidade......................................................................................8

1.3.3. O plano de aula.................................................................................................................9

1.4. A importância da planificação do PEA..............................................................................11

1.5. Características de um bom plano.......................................................................................12

Conclusão..................................................................................................................................13

Referencias................................................................................................................................14
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Introdução

Dos vários temas que serão abordados durante o semestre corrente, planificação do processo
de ensino e aprendizagem é um dos temas, e naturalmente havendo a necessidade de trazer a
noção intuitiva deste tem foi nos propostos a este tema que tem como objectivo, conhecer a
essência sobre a planificação e a avaliação, descrever os tipos de avaliação. A estrutura do
mesmo começa desde o conceito de planificação e Avaliação, tipos de avaliação, funções e
instrumentos de avaliação.
Vale ressaltar que a tarefa de planejar não é fácil, porém é a partir dele que encontramos uma
saída para alcançar mudanças significativas, que, no contexto escolar, facilitam a ação do
professor em todos os níveis e modalidades de ensino.

O planejamento é de extrema importância, desde que, na sua elaboração, os principais autores


saibam relacionar os conteúdos com a realidade educacional. O plano não deve estar
desvinculado das relações que há entre a escola e a realidade do aluno, no sentido de buscar
novos caminhos, cujo objetivo é transformar a realidade existente.
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1. PLANIFICAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Segundo Bento (2003:16) “a planificação é o elo de ligação entre as pretensões, imanentes ao


sistema de ensino e aos programas das respectivas disciplinas, e a sua realização prática”. É
uma actividade prospectiva, diretamente situada e empenhada na realização do ensino que se
consuma na sequência: “Elaboração do plano → realização do plano → controlo do plano →
confirmação ou alteração do plano, etc.”

Este autor refere ainda que a planificação, “é também ligar a própria qualificação e formação
permanente do professor ao processo de ensino, a procura de melhores resultados no ensino
como resultante do confronto diário com problemas teóricos e práticos” (BENTO 2003, p.16)

“Neste sentido o professor é então considerado um agente de ensino que, além de outros
papéis, tem a responsabilidade de desenvolver o currículo ao nível micro, adequando a sua
acção ao Currículo Nacional e aos programas das disciplinas (elaborados a nível macro), às
características do meio social da escola e dos alunos e ao Projecto Curricular da escola. Desta
forma mostra que no processo de planificação o professor estará sempre confrontado com: o
programa de ensino, a população a lecionar tendo em conta as suas características sociais e
culturais, a satisfação das expectativas dos alunos bem como os recursos disponíveis na escola
e as orientações definidas no projecto curricular de Escola”. (BENTO, 2003, p. 16).

Seguindo esse raciocínio a planificação serve como linha orientadora para o professor. O
mesmo autor acrescenta ainda que “na planificação são determinados e concretizados os
objectivos mais importantes da formação e educação da personalidade, são apresentadas as
estruturas coordenadoras de objectivos e matéria, são prescritas as linhas estratégicas para a
organização do processo pedagógico.

Os objectivos constituem o elemento determinante no âmbito da relação coordenada entre


objectivo, conteúdo e método. Isto devido a uma exigência implícita no processo educativo:
procurar e perseguir sempre activa, enérgica e pertinazmente o objectivo.” (Bento, 2003, p.
15).

Isto tudo quer dizer que planificar é sobretudo reflectir, debater e tomar decisões
fundamentadas sobre o que se pretende ensinar. Um professor quando explicita as razoes
pelas quais planifica está implicitamente a responder esta pergunta. Em suma, planifica-se
para:
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Os alunos - para que eles próprios possam saber o que estão a fazer e porquê, ou seja, para
perceberem melhor o “caminho” que estão a trilhar; o professor, pois é uma forma de
organização seu trabalho, reflectir sobre os conteúdos, métodos materiais, espectativas e
competências a desenvolver nos alunos.

A escola - pois torna possível um trabalho consciente e de todos os docentes e permite a


coordenação interdisciplinar;
Os pais - para perceberem melhor porque é que os filhos aprendem determinados conteúdos e
desta forma poderem acompanha-los melhor e participar mais conscientemente na vida
escolar;
A sociedade - porque hoje em dia, cada vez se fala mais em autonomia das escolas e em
participação activada comunidade, ou seja, da sociedade local.
1.2. Plano de ensino
De acordo com Gandin (1994:89), “o plano é um tipo de planejamento que busca a previsão
mais global para as atividades de uma determinada disciplina durante o período do curso
(período letivo ou semestral)”. Para sua elaboração, os professores precisam considerar o
conhecimento do mundo, o perfil dos alunos, para então tratar de seus elementos que
constituem o plano de ensino que são: os objetivos gerais e específicos, os conteúdos, os
procedimentos (as estratégias metodológicas, as técnicas), como também os recursos didáticos
e a avaliação.

O plano é um guia de orientação, pois nele são estabelecidos as diretrizes e os meios de


realização do trabalho docente. Sua função é orientar a prática partindo da exigência da
própria prática. O plano deve ter uma ordem sequencial, progressiva. O plano deve ter
flexibilidade no decorrer do ano letivo, o professor está sempre organizando e reorganizando
o seu trabalho. Como já dissemos o plano é um guia e não uma decisão inflexível, (LIBANEO
2006).

LIBANEO (2006:221), afirma que “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui
tanto a previsão das actividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em
face dos objectivos propostos, quanto à sua revisão e adequação no decorrer do processo de
ensino”. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um
momento de pesquisa e reflexão ligado à avaliação.
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Porém, Parra (1972), afirma que “o plano de ensino ou programa da disciplina deve conter os
dados de identificação da disciplina, ementa, objetivos, conteúdo programático, metodologia,
avaliação e bibliografia básica e complementar da disciplina”.
“Nos dados de identificação da disciplina deve conter o nome e código da disciplina, menção
da disciplina que é pré-requisito para a mesma (caso haja), nome e contato do professor, carga
horária, dias, horários e local da aula, período da disciplina dentro do currículo, número de
créditos que corresponde a disciplina em relação ao currículo do curso. A ementa deve ser
composta por um parágrafo que declare quais os tópicos que farão parte do conteúdo da
disciplina limitando sua abrangência dentro da carga horária ministrada”, (Vasconcellos,
1995).

Os objetivos englobam o que os alunos deverão conhecer, compreender, analisar e avaliar ao


longo da disciplina. Por isso devem ser construídos em forma de frases que iniciam com
verbos indicando a ação. Podem ser divididos em objetivo geral e específicos.
O conteúdo programático deve ser a descrição dos conteúdos elencados na ementa. É
importante esclarecer que o conteúdo programático difere do eixo temático pois o conteúdo
programático cobre a totalidade da disciplina e o eixo temático se aplica a uma parte ou
capítulo do conteúdo.

1.3. Tipos de planificação

1.3.1. O plano da escola


De acordo com Libâneo (2006:226), “o plano da escola é um documento mais global;
expressa orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações da escola com o sistema
escolar mais amplo e, de outro, as ligações do projeto pedagógico da escola com os planos de
ensino propriamente ditos”.
O plano de escola é o plano pedagógico e administrativo da unidade escolar, onde se explicita
a concepção pedagógica do corpo docente, as bases teóricas- metodológicas da organização
didática, a contextualização social, económica, política e cultural da escola, a caracterização
da clientela escolar, os objectivos educacionais gerais, a estrutura curricular, diretrizes
metodológicas gerais, o sistema de avaliação de plano, a estrutura organizacional e
administrativa.
O plano da escola, enquanto orientação geral do trabalho docente deve ser consensual entre o
corpo docente. Pode ser elaborado por um ou mais membros do corpo docente, e, em seguida
discutido. O documento final deve ser um produto do trabalho coletivo, expressando os
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posicionamentos, e a prática dos professores. Com efeito, o plano da escola deve expressar os
propósitos dos educadores empenhados numa tarefa comum. (Libaneo, 2006:227).
1.3.2. O plano de ensino ou de unidade
Segundo Gandin, (1994) o plano de ensino (ou plano de unidade) é a previsão dos objetivos e
tarefas do trabalho docente para o ano ou semestre; é um documento mais elaborado, dividido
por unidades sequenciais, no qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e
desenvolvimento metodológicos. O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do
conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um caráter específico.
De acordo com Libaneo (2006:232), o plano de ensino é um roteiro organizado das unidades
didáticas para um ano ou semestre. É denominado também plano de curso ou plano de
unidades didáticas e contem os seguintes componentes: justificativa da disciplina em relação
aos objectivos da escola; objectivos gerais, objectivos específicos, conteúdo (com a divisão
temática de cada unidade); tempo provável e desenvolvimento metodológico (actividades do
professor e dos alunos).
a) Justificativa da disciplina
A justificativa da disciplina responderá a três questões básicas do processo didáctico: o que,
para que e como. Este primeiro passo facilitará enormemente nos passos seguintes da
elaboração do plano. A justificativa pode ser iniciada com considerações sobre as funções
sociais e pedagógicas da educação escolar na nossa sociedade, tendo em conta explicitar os
objectivos que desejamos alcançar no trabalho docente com os alunos.
b) Delimitação dos conteúdos
Unidades didácticas são o conjunto de temas inter-relacionados que compõem o plano de
ensino para um nível. Cada unidade contém um tema central do programa, detalhado em
tópicos. Uma unidade didáctica tem como características: formar um todo homogéneo de
conteúdos em torno de uma ideia central; ter uma relação significativa entre os tópicos a fim
de facilitar o estudo dos alunos; ter um caracter de relevância social, no sentido de que os
conteúdos se tornem vivos na experiência social concreta dos alunos.
Em resumo, pode se afirmar que, o conteúdo da disciplina é selecionado e organizado em
unidades didácticas, estas subdivididas em tópicos. A principal virtude de uma unidade
didáctica é que os seus objectivos não simplesmente, mas conteúdos problematizados em
função dos objectivos e do desenvolvimento metodológico.
c) Os objectivos específicos
Partindo dos conteúdos, fixará os objectivos específicos. Ou seja, os resultados a obter do
processo da transmissão – assimilação ativa de acontecimentos, conceitos e habilidades. Os
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resultados são conhecimentos (conceitos, factos, princípios, teorias, interpretações, ideias


organizadas, etc.) e habilidades (o que se deve aprender para desenvolver suas capacidades
intelectuais).
Na redação dos objectivos específicos, o professor pode indicar também as atitudes e
convicções em relação à matéria, ao estudo, ao relacionamento humano, à realidade social.
Formular objectivos é uma tarefa que consiste, basicamente em desenvolver os
conhecimentos a serem assimilados, as habilidades, hábitos e atitudes a serem desenvolvidos,
ao término do estudo de certos conteúdos de ensino.
Contudo, os objectivos refletem, pois, a estrutura do conteúdo da matéria. Devem ser
redigidos com clareza, expressando o que o aluno deve aprender, devem ser realistas, isto, é,
expressar resultados de aprendizagem realmente possíveis de serem alcançados no tempo que
se dispõe e nas condições em que se realiza o ensino.
d) Desenvolvimento metodológico
O desenvolvimento metodológico é a componente de plano de ensino que dará vida aos
objectivos e conteúdos. A função do desenvolvimento metodológico é articular objectivos e
conteúdos com métodos e procedimentos de ensino que provoquem a atividade mental e
pratica dos alunos (resolução dos problemas, trabalhos de elaboração mental, discussões,
resolução de exercícios, aplicação de conhecimentos e habilidades em situações distintas das
trabalhadas em classe).
1.3.3. O plano de aula
Segundo Libâneo (2006:241), “o plano de aula é um detalhamento do plano de ensino. As
unidades e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas
e sistematizadas para uma situação didáctica real. A preparação de uma aula é uma tarefa
indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar num documento escrito que
servirá não só para orientar as ações do professor como também para possibilitar constantes
revisões e aprimoramentos de ano para ano”.
Na elaboração de plano de aula, deve-se levar em consideração, em primeiro lugar, que a aula
é um período de tempo variável. Na preparação de aulas, o professor deve reler os objectivos
gerais da matéria e a sequência de conteúdos do plano de ensino. Não pode esquecer que cada
tópico é uma continuidade do anterior. Em relação a cada tópico, o professor redigirá um ou
mais objectivos específicos, tendo em conta os resultados esperados da assimilação de
conhecimentos e habilidades.
Porém, Vasconcellos (1995), apresenta diferentes tipos de planos. Para o autor, “o
planejamento escolar inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua
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organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação
no decorrer do processo de ensino”.
1) Plano Educacional
“O planejamento de um Sistema Educacional consiste na tomada de decisões sobre a
educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de
planejamento requer a proposição de objetivos em longo prazo que definam uma política da
educação”. Através daí é que conseguimos estabelecer formas de atuação e calcular os custos
necessários à realização dos objetivos a fim de aperfeiçoá-lo ao sistema educacional.
2) Plano Curricular
O problema central do planejamento curricular é formular objetivos educacionais a partir
daqueles expressos nos guias curriculares oficiais. Nesse sentido, a escola não deve
simplesmente executar o que é prescrito pelos órgãos oficiais. Embora o currículo seja mais
ou menos determinado em linhas gerais, cabe à escola interpretar e realizar estes currículos.
A escola deve procurar adaptar os conteúdos às situações concretas, selecionando aquelas
experiências que mais poderão contribuir para alcançar os objetivos dos alunos, das suas
famílias e da comunidade.
3) Plano de Ensino
O planejamento de ensino configura-se como um roteiro organizado de unidades didáticas
para um ano ou semestre composto dos seguintes elementos: justificativa da disciplina;
conteúdos; objetivos gerais e específicos; metodologia e avaliação, todos ligados à concepção
que a escola e os professores têm como princípio básico a função da educação, da escola, das
especificidades das disciplinas e sobre seus objetivos sociais e pedagógicos.
Tais elementos visam a assegurar a racionalização, a organização e a coordenação do trabalho
docente, de modo que a previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização de
um ensino de qualidade e evite a improvisação e a rotina. Sobre esses elementos
materializam-se os referenciais político-pedagógicos da prática pedagógica dos professores.
4) Plano de Curso
O planejamento de curso é necessariamente uma breve amostra do que será desenvolvido e
das atividades que serão realizadas em uma classe, por certo período de tempo, normalmente
durante o ano ou semestre lectivo.
O plano de curso tem por objetivo levantar dados sobre as condições dos alunos, fazendo uma
sondagem inicial; propor objetivos gerais e definir os objetivos específicos a serem atingidos
durante o período letivo estipulado; indicar os conteúdos a serem desenvolvidos durante o
período; estabelecer as atividades e procedimentos de ensino e aprendizagem adequados aos
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objetivos e conteúdos propostos; selecionar e indicar os recursos a serem utilizados; escolher


e determinar as formas de avaliação mais coerentes com os objetivos definidos e os conteúdos
a serem desenvolvidos.
5) Plano de Unidade
O plano de unidade refere-se aos assuntos da disciplina que forma um todo completo e que
são desenvolvidos no espaço correspondente a uma ou algumas aulas. Importante notar que a
elaboração de planos de unidade não impede que o professor proceda também ao
planejamento de cada aula.

1.4. A importância da planificação do PEA

O planejamento, é uma atividade de reflexão a cerca das nossas opções e ações; se não
pensarmos didaticamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos
entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes da sociedade (Libaneo,
(2006:222).
O planejamento tem assim as seguintes funções:
a) Explicar os princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente que as segurem
a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto social e do processo
de participação democrática.
b) Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e
profissional e as ações efetivas que o professor irá realizar na sala de aula, através de
objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas de ensino.
c) Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo
que a previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização de um ensino
de qualidade e evite a improvisação e a rotina.
d) Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir de consideração das exigências postas
pela realidade social, do nível de preparo e das condições sócio-culturais e individuais
dos alunos.
e) Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez que torna possível
inter-relacionar, num plano, os elementos que compõem o processo de ensino: os
objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos e suas
possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e avaliação que
intimamente relacionada aos demais.
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f) Atualizar os conteúdos do plano sempre que for preciso, aperfeiçoando-o em relação


aos progressos feitos no campo dos conhecimentos, adequando-os às condições de
aprendizagens dos alunos, aos métodos, técnicas e recursos de ensino que vão sendo
incorporados nas experiências do cotidiano.
g) Facilitar a preparação das aulas: selecionar o material didático em tempo hábil, saber
que tarefas professor e alunos devem executar. Replanear o trabalho frente a novas
situações que aparecem no decorrer das aulas. Para que os planos sejam efetivamente
instrumentos para a ação, devem ser como guia de orientação e devem apresentar
ordem sequencial, objetividade, coerência, flexibilidade.
Segundo LIBANEO, (2006:222), existem pelo menos três níveis de planos: o plano da escola,
o plano de ensino, o plano de aula.
1.5. Características de um bom plano

Piletti (1990), o planejamento deve ser elaborado em função das necessidades e da realidade
apresentada pelos alunos; ser claro e preciso, isto é, os anunciados devem apresentar
indicadores bem exatos e sugestões bem concretas para o trabalho a ser realizado; ser
elaborado em interna correlação com os objetivos visados; ser elaborado tendo em vista as
condições reais e imediatas do local, tempo e recursos disponíveis. E a coerência deve
assegurar perfeita coesão entre as partes do planejamento, de maneira que não tomem
direções diferentes; a sequência deve possuir uma linha ininterrupta, no qual as atividades
propostas não fiquem jogadas ao acaso, mas aconteça de forma ordenada da primeira à última;
a precisão dos objetivos significa que os enunciados devem aparecer de maneira clara e
objetiva, não dando margem à dupla interpretação.
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Conclusão

Podemos então situar a planificação como uma das decisões pré interactivas do professor, e
surge com a necessidade dos docentes adequarem os programas escolares às características do
meio social, da escola e dos alunos. Pela análise dos resultados de estudos realizados, é de
referir que a realização de uma planificação adequada permite mais oportunidades educativas
aos alunos, permite uma classe organizada e também um maior número de actividades durante
a aula, melhorando assim a qualidade do processo ensino/aprendizagem e o desempenho do
seu agente activo (o professor). As decisões tomadas no acto de planificação podem ser de
curto, médio e longo prazo.

O plano é que garante ao professor um progressivo aperfeiçoamento, abrindo novos


horizontes e perspectivas quanto ao conteúdo e métodos de ensino, tornando os ensinos mais
metódicos, construtivos e eficazes, reajustáveis às necessidades reais dos alunos em sua vida
social. O planejamento se torna importante, na medida em que, além de significar a
racionalização dos meios para a escola garantir a reprodução, a manutenção e a produção do
sistema, pode significar também, uma maneira de compreender criticamente a adequação do
homem ao modelo progressivo de educação, desenvolvido pela sociedade.
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Referencias
Bento, J. O. Planeamento e avaliação em educação física. Lisboa, 2003.
GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. 2ª Ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
LIBÂNEO, J. C. Didática. Cortez Editora, São Paulo – Brasil, 2006.
DALMAS, Ângelo. Planejamento participativo na escola. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora
Vozes, 2003.
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo.
São Paulo: Libertad, 1995.
PILETTI, Claudino. Didática geral. São Paulo: Ática, 1990.

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