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Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Docente:
Universidade Rovuma
Nampula iii
2022
ÍNDICE
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Introdução...................................................................................................................................4
Conclusão..................................................................................................................................13
Referencias................................................................................................................................14
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Introdução
Dos vários temas que serão abordados durante o semestre corrente, planificação do processo
de ensino e aprendizagem é um dos temas, e naturalmente havendo a necessidade de trazer a
noção intuitiva deste tem foi nos propostos a este tema que tem como objectivo, conhecer a
essência sobre a planificação e a avaliação, descrever os tipos de avaliação. A estrutura do
mesmo começa desde o conceito de planificação e Avaliação, tipos de avaliação, funções e
instrumentos de avaliação.
Vale ressaltar que a tarefa de planejar não é fácil, porém é a partir dele que encontramos uma
saída para alcançar mudanças significativas, que, no contexto escolar, facilitam a ação do
professor em todos os níveis e modalidades de ensino.
Este autor refere ainda que a planificação, “é também ligar a própria qualificação e formação
permanente do professor ao processo de ensino, a procura de melhores resultados no ensino
como resultante do confronto diário com problemas teóricos e práticos” (BENTO 2003, p.16)
“Neste sentido o professor é então considerado um agente de ensino que, além de outros
papéis, tem a responsabilidade de desenvolver o currículo ao nível micro, adequando a sua
acção ao Currículo Nacional e aos programas das disciplinas (elaborados a nível macro), às
características do meio social da escola e dos alunos e ao Projecto Curricular da escola. Desta
forma mostra que no processo de planificação o professor estará sempre confrontado com: o
programa de ensino, a população a lecionar tendo em conta as suas características sociais e
culturais, a satisfação das expectativas dos alunos bem como os recursos disponíveis na escola
e as orientações definidas no projecto curricular de Escola”. (BENTO, 2003, p. 16).
Seguindo esse raciocínio a planificação serve como linha orientadora para o professor. O
mesmo autor acrescenta ainda que “na planificação são determinados e concretizados os
objectivos mais importantes da formação e educação da personalidade, são apresentadas as
estruturas coordenadoras de objectivos e matéria, são prescritas as linhas estratégicas para a
organização do processo pedagógico.
Isto tudo quer dizer que planificar é sobretudo reflectir, debater e tomar decisões
fundamentadas sobre o que se pretende ensinar. Um professor quando explicita as razoes
pelas quais planifica está implicitamente a responder esta pergunta. Em suma, planifica-se
para:
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Os alunos - para que eles próprios possam saber o que estão a fazer e porquê, ou seja, para
perceberem melhor o “caminho” que estão a trilhar; o professor, pois é uma forma de
organização seu trabalho, reflectir sobre os conteúdos, métodos materiais, espectativas e
competências a desenvolver nos alunos.
LIBANEO (2006:221), afirma que “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui
tanto a previsão das actividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em
face dos objectivos propostos, quanto à sua revisão e adequação no decorrer do processo de
ensino”. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um
momento de pesquisa e reflexão ligado à avaliação.
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Porém, Parra (1972), afirma que “o plano de ensino ou programa da disciplina deve conter os
dados de identificação da disciplina, ementa, objetivos, conteúdo programático, metodologia,
avaliação e bibliografia básica e complementar da disciplina”.
“Nos dados de identificação da disciplina deve conter o nome e código da disciplina, menção
da disciplina que é pré-requisito para a mesma (caso haja), nome e contato do professor, carga
horária, dias, horários e local da aula, período da disciplina dentro do currículo, número de
créditos que corresponde a disciplina em relação ao currículo do curso. A ementa deve ser
composta por um parágrafo que declare quais os tópicos que farão parte do conteúdo da
disciplina limitando sua abrangência dentro da carga horária ministrada”, (Vasconcellos,
1995).
posicionamentos, e a prática dos professores. Com efeito, o plano da escola deve expressar os
propósitos dos educadores empenhados numa tarefa comum. (Libaneo, 2006:227).
1.3.2. O plano de ensino ou de unidade
Segundo Gandin, (1994) o plano de ensino (ou plano de unidade) é a previsão dos objetivos e
tarefas do trabalho docente para o ano ou semestre; é um documento mais elaborado, dividido
por unidades sequenciais, no qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e
desenvolvimento metodológicos. O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do
conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um caráter específico.
De acordo com Libaneo (2006:232), o plano de ensino é um roteiro organizado das unidades
didáticas para um ano ou semestre. É denominado também plano de curso ou plano de
unidades didáticas e contem os seguintes componentes: justificativa da disciplina em relação
aos objectivos da escola; objectivos gerais, objectivos específicos, conteúdo (com a divisão
temática de cada unidade); tempo provável e desenvolvimento metodológico (actividades do
professor e dos alunos).
a) Justificativa da disciplina
A justificativa da disciplina responderá a três questões básicas do processo didáctico: o que,
para que e como. Este primeiro passo facilitará enormemente nos passos seguintes da
elaboração do plano. A justificativa pode ser iniciada com considerações sobre as funções
sociais e pedagógicas da educação escolar na nossa sociedade, tendo em conta explicitar os
objectivos que desejamos alcançar no trabalho docente com os alunos.
b) Delimitação dos conteúdos
Unidades didácticas são o conjunto de temas inter-relacionados que compõem o plano de
ensino para um nível. Cada unidade contém um tema central do programa, detalhado em
tópicos. Uma unidade didáctica tem como características: formar um todo homogéneo de
conteúdos em torno de uma ideia central; ter uma relação significativa entre os tópicos a fim
de facilitar o estudo dos alunos; ter um caracter de relevância social, no sentido de que os
conteúdos se tornem vivos na experiência social concreta dos alunos.
Em resumo, pode se afirmar que, o conteúdo da disciplina é selecionado e organizado em
unidades didácticas, estas subdivididas em tópicos. A principal virtude de uma unidade
didáctica é que os seus objectivos não simplesmente, mas conteúdos problematizados em
função dos objectivos e do desenvolvimento metodológico.
c) Os objectivos específicos
Partindo dos conteúdos, fixará os objectivos específicos. Ou seja, os resultados a obter do
processo da transmissão – assimilação ativa de acontecimentos, conceitos e habilidades. Os
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organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação
no decorrer do processo de ensino”.
1) Plano Educacional
“O planejamento de um Sistema Educacional consiste na tomada de decisões sobre a
educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de
planejamento requer a proposição de objetivos em longo prazo que definam uma política da
educação”. Através daí é que conseguimos estabelecer formas de atuação e calcular os custos
necessários à realização dos objetivos a fim de aperfeiçoá-lo ao sistema educacional.
2) Plano Curricular
O problema central do planejamento curricular é formular objetivos educacionais a partir
daqueles expressos nos guias curriculares oficiais. Nesse sentido, a escola não deve
simplesmente executar o que é prescrito pelos órgãos oficiais. Embora o currículo seja mais
ou menos determinado em linhas gerais, cabe à escola interpretar e realizar estes currículos.
A escola deve procurar adaptar os conteúdos às situações concretas, selecionando aquelas
experiências que mais poderão contribuir para alcançar os objetivos dos alunos, das suas
famílias e da comunidade.
3) Plano de Ensino
O planejamento de ensino configura-se como um roteiro organizado de unidades didáticas
para um ano ou semestre composto dos seguintes elementos: justificativa da disciplina;
conteúdos; objetivos gerais e específicos; metodologia e avaliação, todos ligados à concepção
que a escola e os professores têm como princípio básico a função da educação, da escola, das
especificidades das disciplinas e sobre seus objetivos sociais e pedagógicos.
Tais elementos visam a assegurar a racionalização, a organização e a coordenação do trabalho
docente, de modo que a previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização de
um ensino de qualidade e evite a improvisação e a rotina. Sobre esses elementos
materializam-se os referenciais político-pedagógicos da prática pedagógica dos professores.
4) Plano de Curso
O planejamento de curso é necessariamente uma breve amostra do que será desenvolvido e
das atividades que serão realizadas em uma classe, por certo período de tempo, normalmente
durante o ano ou semestre lectivo.
O plano de curso tem por objetivo levantar dados sobre as condições dos alunos, fazendo uma
sondagem inicial; propor objetivos gerais e definir os objetivos específicos a serem atingidos
durante o período letivo estipulado; indicar os conteúdos a serem desenvolvidos durante o
período; estabelecer as atividades e procedimentos de ensino e aprendizagem adequados aos
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O planejamento, é uma atividade de reflexão a cerca das nossas opções e ações; se não
pensarmos didaticamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos
entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes da sociedade (Libaneo,
(2006:222).
O planejamento tem assim as seguintes funções:
a) Explicar os princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente que as segurem
a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto social e do processo
de participação democrática.
b) Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e
profissional e as ações efetivas que o professor irá realizar na sala de aula, através de
objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas de ensino.
c) Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo
que a previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização de um ensino
de qualidade e evite a improvisação e a rotina.
d) Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir de consideração das exigências postas
pela realidade social, do nível de preparo e das condições sócio-culturais e individuais
dos alunos.
e) Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez que torna possível
inter-relacionar, num plano, os elementos que compõem o processo de ensino: os
objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos e suas
possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e avaliação que
intimamente relacionada aos demais.
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Piletti (1990), o planejamento deve ser elaborado em função das necessidades e da realidade
apresentada pelos alunos; ser claro e preciso, isto é, os anunciados devem apresentar
indicadores bem exatos e sugestões bem concretas para o trabalho a ser realizado; ser
elaborado em interna correlação com os objetivos visados; ser elaborado tendo em vista as
condições reais e imediatas do local, tempo e recursos disponíveis. E a coerência deve
assegurar perfeita coesão entre as partes do planejamento, de maneira que não tomem
direções diferentes; a sequência deve possuir uma linha ininterrupta, no qual as atividades
propostas não fiquem jogadas ao acaso, mas aconteça de forma ordenada da primeira à última;
a precisão dos objetivos significa que os enunciados devem aparecer de maneira clara e
objetiva, não dando margem à dupla interpretação.
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Conclusão
Podemos então situar a planificação como uma das decisões pré interactivas do professor, e
surge com a necessidade dos docentes adequarem os programas escolares às características do
meio social, da escola e dos alunos. Pela análise dos resultados de estudos realizados, é de
referir que a realização de uma planificação adequada permite mais oportunidades educativas
aos alunos, permite uma classe organizada e também um maior número de actividades durante
a aula, melhorando assim a qualidade do processo ensino/aprendizagem e o desempenho do
seu agente activo (o professor). As decisões tomadas no acto de planificação podem ser de
curto, médio e longo prazo.
Referencias
Bento, J. O. Planeamento e avaliação em educação física. Lisboa, 2003.
GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. 2ª Ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
LIBÂNEO, J. C. Didática. Cortez Editora, São Paulo – Brasil, 2006.
DALMAS, Ângelo. Planejamento participativo na escola. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora
Vozes, 2003.
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo.
São Paulo: Libertad, 1995.
PILETTI, Claudino. Didática geral. São Paulo: Ática, 1990.