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br/didmetensgeo-
gs0035-ago-2022-grad-ead-np/)
1. Introdução
Boas-vindas!
A maneira como você vai ensinar, organizar a sua aula e interagir com os alu-
nos e com o conhecimento, bem como a concepção que tem ou terá com rela-
ção ao signi�cado social de sua pro�ssão como professor devem ser objetos
permanentes de re�exão durante esta disciplina.
[...] a relação entre conteúdo e forma de tratá-lo não é senão a consequência de dois
raciocínios. É difícil em termos gerais admitir a independência dos processos de
aprendizagem e de pensamento quanto aos conteúdos, pois, em cada área cultural,
manejam-se processos de pensamento diferenciados em alguma medida.
Enquanto os conteúdos variam, existem processos diferenciados de raciocinar, de
descrever, de indagar, de buscar evidência, de justi�cá-lo.
Vamos em frente?
2. Informações da Disciplina
Ementa
A Didática e Metodologia do Ensino de Geogra�a visa, no contexto do curso,
ser espaço teórico-prático para contribuir na formação do futuro professor no
que diz respeito à compreensão e complexidade do cotidiano docente, na re�e-
xão e como subsídio de sua prática, a partir da visão histórica da Didática, sua
conceituação contemporânea e objeto de estudo. O processo de ensino-
aprendizagem nas diferentes tendências/abordagens pedagógicas. Propostas
curriculares o�ciais de Geogra�a para o Ensino Fundamental e Médio, consi-
derando teorias da ciência de referência e do campo da Educação.
Planejamento escolar: conceituação, importância, tipos de planejamento, pla-
nos de ensino de aula (ou sequência didática). Aula. Objetivos, conteúdos e es-
tratégias de ensino. Avaliação escolar: conceituação, importância, avaliação
da aprendizagem, tipos e instrumentos avaliativos. O Currículo O�cial de
Geogra�a e suas relações com a prática docente; in�uências e interferências
do Currículo O�cial no cotidiano escolar. Base Nacional Comum Curricular de
Geogra�a. Formação de Professores: identidade e contextos de trabalho.
Objetivo Geral
Compreender a Didática, as tendências pedagógicas, o processo de ensino e
aprendizagem, bem como as metodologias e o currículo de Geogra�a para for-
mação e atuação pro�ssional.
Objetivos Especí�cos
• Reconhecer o papel da Didática nos processos de ensino e aprendizagem
e as principais características das diferentes tendências pedagógicas.
• Entender o planejamento, as estratégias de ensino e a avaliação como
parte integrante e articulada de todo o processo de ensino e aprendiza-
gem, reconhecendo-as como elementos essenciais para a prática docen-
te.
• Reconhecer as propostas curriculares para o Ensino de Geogra�a e as
concepções que as embasam.
• Conhecer os conteúdos de Geogra�a de�nidos na Base Nacional Comum
Curricular e re�etir sobre o papel da Geogra�a na sociedade contemporâ-
nea.
• Entender e analisar a ação e postura do professor-re�exivo-investigador,
numa perspectiva humanista, com sólida formação na área, seus funda-
mentos e concepções didático-pedagógicas, capaz de se adaptar à diver-
sidade e à práxis pedagógica de forma crítica, criativa e autônoma.
(https://md.claretiano.edu.br/didmetensgeo-
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Objetivos
• Reconhecer o papel da Didática nos processos de ensino e aprendiza-
gem e as principais características das diferentes tendências pedagógi-
cas.
Conteúdos
• História da Didática, conceituação contemporânea e objeto de estudo.
• Processo de ensino-aprendizagem nas diferentes tendências/aborda-
gens pedagógicas.
Problematização
O que é Didática? Qual o objeto de estudo da Didática? Como a Didática pode
contribuir para o trabalho pedagógico na Educação Básica? Como a Didática
foi sendo entendida e estudada nas experiências históricas da educação e da
escolarização? Como a Didática foi/é concebida no contexto das diferentes
tendências pedagógicas? O que são as tendências pedagógicas?
Bons estudos!
1. Introdução
Neste primeiro ciclo, vamos realizar o estudo da Didática e das principais ten-
dências pedagógicas, ou seja, estudaremos o desenvolvimento da Didática no
contexto das tendências pedagógicas.
Vamos lá!
[...] a educação escolar percorreu um longo caminho do ponto de vista de sua teoria
e de sua prática. Vivenciada através de uma prática social especí�ca - a pedagógi-
ca - esta educação organizou o processo de ensinar - aprender através da relação
professor-aluno e sistematizou um conteúdo e uma forma de ensinar (transmitir-
assimilar) o saber erudito produzido pela humanidade. Este conteúdo e esta forma
geraram diferentes teorias e diferentes práticas pedagógicas que, ao enfatizarem
ora quem ensina, ora quem aprende, ora os meios, e os recursos utilizados, sinteti-
zaram diferentes momentos da produção da sobrevivência humana. Esta variedade
de teorias e práticas pedagógicas não foi criada por acaso. Do ponto de vista da pro-
dução e da sobrevivência humana, é através das instituições sociais que determi-
nada relação social de produção é concretizada.
Pedagogia 1) Para esta tendên- A partir das dé- 1) O objeto de estudo é
Crítico- cia, o que importa é cadas de 1970 e o processo de ensino
Social dos que os conhecimen- 1980. nas suas relações com
Conteúdos tos sistematizados a aprendizagem.
sejam confrontados 2) A didática tem co-
com as experiências mo objetivo a direção
socioculturais e a vi- do processo de ensinar,
da concreta dos alu- tendo em vista �nali-
nos, como meio de dades sociopolíticas e
aprendizagem e me- pedagógicas e as con-
lhor solidez na assi- dições e meios forma-
milação dos conteú- tivos.
dos. 3) É uma didática que
2) O ensino signi�ca re�ete e busca alterna-
a tarefa de proporci- tivas para as di�culda-
onar aos alunos o de- des educacionais.
senvolvimento de
suas capacidades e
habilidades intelec-
tuais, mediante a
transmissão e assi-
milação ativa dos
conhecimentos.
Será que você assimilou todo o conteúdo abordado neste ciclo? Sugerimos,
agora, que você re�ita sobre sua aprendizagem, realizando a questão proposta.
3. Considerações
Neste primeiro ciclo de aprendizagem, você teve a oportunidade de aprender
sobre a Didática e as principais tendências pedagógicas. Para que �que claro, é
importante ressaltar que os processos de ensino-aprendizagem têm sido estu-
dados sob diferentes enfoques. Nesse sentido, de acordo com Santos (2005, p.
19-20),
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Objetivos
• Entender o planejamento, as estratégias de ensino e a avaliação como
parte integrante e articulada de todo o processo de ensino e aprendiza-
gem, reconhecendo-os como elementos essenciais para a prática docen-
te.
Conteúdos
• Planejamento escolar.
• Estratégias de ensino-aprendizagem.
• Avaliação escolar.
Problematização
O que é planejamento de ensino? Como articular Projeto Político-Pedagógico,
Planejamento, Plano de Ensino e Plano de Aula? Como organizar a prática
pedagógica, tendo em vista diferentes objetivos? Como selecionar e organizar
os conteúdos como meio para o desenvolvimento dos alunos? Quais as for-
mas e a importância da avaliação no processo de ensino e aprendizagem?
1. Introdução
Agora que você já conheceu as de�nições de Didática e as principais tendênci-
as pedagógicas, vamos estudar o planejamento, as estratégias de ensino e
avaliação, com ações pedagógicas integradas do processo de ensino.
2. Planejamento escolar
Para iniciar este tópico, vejamos duas de�nições de planejamento:
3. Estratégias de ensino
Outro aspecto fundamental do processo pedagógico são as estratégias de ensi-
no, que remetem à questão: como ensinar? Todavia, se o ensino deve partir da
realidade do aluno e busca alcançar competências e habilidades diversas, não
é possível apresentar modelos prontos, mas pensar em métodos, já aplicados,
que podem ser adaptados em diferentes contextos, visando atingir objetivos
especí�cos.
4. Avaliação escolar
Após planejar e executar, é fundamental avaliar os resultados. A avaliação es-
colar desempenha um papel essencial no processo de ensino e aprendizagem
e possui signi�cados distintos para as diferentes tendências pedagógicas. A
seguir, vamos apresentar os conceitos de avaliação, suas formas e os instru-
mentos avaliativos.
Souza (1995) relata que nas duas primeiras décadas do século 20, a ênfase da-
da à avaliação da aprendizagem era no sentido de mensuração (medida) de
capacidades e características do ser humano, feita por meio de testes padroni-
zados, tendo como representante Robert Thorndike nos Estados Unidos.
Nesse contexto, a escola passou a ser analisada não somente como um apare-
lho do estado, que servia à dominação, mas também como um espaço de
construção da democracia.
Foi nessa época, ou seja, na segunda metade da década de 80, que se desenvol-
veram, em grande escala, pesquisas que expressavam movimentos de renova-
ção teórica na área de avaliação. Essas pesquisas discordavam totalmente da
visão tecnicista de avaliação e mostravam o surgimento de novas concepções
de avaliação escolar, para que houvesse a possibilidade de se construir uma
sociedade mais justa e igualitária.
Informação:
É importante destacar que, nos últimos anos, têm sido produzidos, na literatura
nacional e internacional, estudos que se voltam para a denúncia de que a avalia-
ção escolar, apoiada na lógica de uma sociedade de classes, tem servido para a
discriminação e a seleção social, à luz da declaração do pressuposto de igualdade
de oportunidades educacionais (LUCKESI, 1995; SOUZA, 1995; LÜDKE, 1992;
ABRECHT, 1994; HOFFMANN, 1995; 1996; 1996; 2000; BASSEDAS, 1999; SILVA, 1993).
Conceituação e importância da avaliação
Para entender melhor o processo de avaliação, seus conceitos e importância, é
fundamental conhecermos as ideias de alguns autores que desenvolveram e
que ainda desenvolvem trabalhos nessa área.
Como um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de
decisão. Essas três variáveis devem sempre permanecer juntas para que o ato de
avaliar cumpra seu papel. Mas o que signi�ca cada uma dessas variáveis?
JUÍZO DE QUALIDADE: juízos são a�rmações ou negações sobre alguma coisa.
Essas a�rmações ou negações poderão incidir sobre o aspecto substantivo ou adje-
tivo da realidade.
O juízo que se faz sobre o aspecto substantivo da realidade recebe a denominação
de “juízo de existência” na medida em que a sua expressão pode ser justi�cada pe-
los dados empíricos da realidade.
O juízo, porém, que expressa a qualidade do objeto que está ajuizado, recebe o nome
de “juízo de qualidade” , desde que incida sobre uma realidade atribuída ao objeto.
O juízo de existência, pretende dizer o que o objeto é; o juízo de qualidade, tem por
objetivo expressar uma qualidade que se atribui a um objeto.
Enquanto o juízo de existência é produzido numa relação direta do sujeito com o
objeto, o juízo de qualidade é produzido por um processo comparativo entre o objeto
que está sendo ajuizado e um determinado “padrão ideal de julgamento (LUCKESI,
1995, p. 69).
Léa Depresbiteres (1995, p. 51) faz uma pequena e clara explicação sobre o que
Luckesi fala a respeito dos dados relevantes da realidade:
Porém, não existe um padrão ideal sempre �xo. Ele modi�ca-se conforme as
necessidades dos seres humanos situados no espaço e no tempo. O padrão de-
ve, pois, ser consciente e explícito.
Baseado no estudo desses autores, é possível concluir que a avaliação deve ser
contínua, estando presente desde o início até o �nal do trabalho que se desen-
volve com o aluno, atendendo, em cada fase deste processo, diferentes fun-
ções.
Tipos de avaliação
Segundo Luckesi (1995), a atual prática da avaliação escolar parece estar mais interessada
em julgar o aluno e rotulá-lo, como sendo uma nota ou um conceito, di�cultando dessa for-
ma seu crescimento e “excluindo” do professor o ato de repensar uma nova prática.
Avaliação classi�catória
Romeiro a�rma:
[...] em uma visão mecanicista da educação, o professor, com toda sua autoridade, é
o único dono do saber na sala de aula. Os alunos passivamente acatam suas verda-
des, bem como a dos livros didáticos adotados e das apostilas utilizadas, que de-
vem ser reproduzidas nas questões de provas, testes e, às vezes, até de algum traba-
lho, normalmente de menor peso. Enquanto um ensina, o outro aprende ou não, po-
dendo os motivos ser os mais variados.
Curiosamente, apesar de ser a escola o lugar onde se aprende, a valorização recai
sobre os acertos, sendo estimulada a competição - o importante é que os alunos
procurem obter sempre graus mais altos, sem a existência de uma re�exão sobre os
procedimentos que identi�quem se houve aprendizagem. Como conseqüência da
preocupação constante com a nota, o aluno estuda apenas para obter resultados
convenientes, para passar de ano, o que pode torná-lo cada vez mais heterônomo,
mais dependente do professor, deixando de dar tudo de si. Nesse caso, utiliza-se a
avaliação classi�catória, comparada por GANDIN (1987) àquela feita pelo agricultor
que separa, ao �nal da colheita, as laranjas boas das ruins, referindo-se apenas ao
passado, sem a possibilidade de um diagnóstico para melhorá-las (ROMEIRO, 2000,
p. 72-73).
Levando-se em conta que tanto educandos como educadores são seres pen-
santes, com suas histórias de vida e com direito de errar e de procurar acertar,
por que não adotamos na escola uma avaliação re�exiva e dialógica? A�nal
de contas, não diz o ditado popular que errar é humano?
Avaliação diagnóstica
• compreendê-la;
• realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica.
A avaliação diagnóstica não se propõe e nem existe como uma forma solta e
isolada. É condição de sua existência a articulação com uma concepção peda-
gógica progressista.
Avaliação participativa
Avaliação formativa
Em situações como essas, não se avalia somente o que o aluno sabe fazer sozi-
nho, mas também o que sabe fazer com a ajuda ou a interação de outras pes-
soas. Valoriza-se, como disse Vygotsky apud Oliveira (1995, p. 58-60), a “zona
de desenvolvimento proximal” e o potencial de aprendizagem dos alunos
quando interagem com os outros ou recebem um pouco mais de ajuda.
Normalmente, quando nos referimos ao desenvolvimento de uma criança, o que
buscamos compreender é até onde a criança já chegou, em termos de um percurso,
que supomos, será percorrido por ela. Assim, observamos seu desempenho em di-
ferentes tarefas e atividades, como, por exemplo: ela já sabe andar? Já sabe amar-
rar sapatos? Já sabe construir uma torre com cubos de diversos tamanhos?
Quando dizemos que a criança já sabe realizar determinada tarefa, referimo-nos à
sua capacidade de realizá-la sozinha. Por exemplo, se observamos que a criança já
sabe amarrar sapatos, está implícita a ideia de que ela sabe amarrar sapatos sozi-
nha, sem necessitar da ajuda de outras pessoas.
Esse modo de avaliar o desenvolvimento de um indivíduo está presente nas situa-
ções da vida diária, quando observamos as crianças que nos rodeiam, e também
corresponde à maneira mais comumente utilizada em pesquisas sobre desenvolvi-
mento infantil.
Vygotsky denomina essa capacidade de realizar tarefas de forma independente de
nível de desenvolvimento real. Para ele, o nível de desenvolvimento real da criança
caracteriza o desenvolvimento de forma retrospectiva, ou seja, refere-se a etapas já
alcançadas, já conquistadas pela criança. As funções psicológicas que fazem parte
do nível de desenvolvimento real da criança em determinado momento de sua vida
são aquelas já bem estabelecidas naquele momento. São resultado de processos de
desenvolvimento já completados, já consolidados.
Vygotsky chama a atenção para o fato de que para compreender adequadamente o
desenvolvimento devemos considerar não apenas o nível de desenvolvimento real
da criança, mas também seu nível de desenvolvimento potencial, isto é, sua capaci-
dade de desempenhar tarefas com a ajuda de adultos ou de companheiros mais ca-
pazes.
Há tarefas que uma criança não é capaz de realizar sozinha, mas que se torna ca-
paz de realizar se alguém lhe der instruções, fazer uma demonstração. Essa possi-
bilidade de alteração no desempenho de uma pessoa pela interferência de outra é
fundamental na teoria de Vygotsky.
Em primeiro lugar porque representa, de fato, um momento do desenvolvimento:
não é qualquer indivíduo que pode, a partir da ajuda de outro, realizar qualquer ta-
refa. Isto é, a capacidade de se bene�ciar de uma colaboração de outras pessoas vai
ocorrer num certo nível de desenvolvimento, mas não antes.
Em segundo lugar, essa ideia é fundamental na teoria de Vygotsky porque ele atri-
bui importância extrema à interação social no processo de construção das funções
psicológicas humanas. O desenvolvimento individual se dá num ambiente social
determinado e a relação com o outro, nas diversas esferas e níveis da atividade hu-
mana, é essencial para o processo de construção do ser psicológico individual.
É a partir da postulação da existência desses dois níveis de desenvolvimento - real
e potencial - que Vygotsky de�ne a zona de desenvolvimento proximal como, “a
distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar atra-
vés da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em
colaboração com companheiros mais capazes (VYGOTSKY, 1984, p. 97). A zona de
desenvolvimento proximal refere-se, assim, ao caminho que o indivíduo vai percor-
rer para desenvolver funções que estão no processo de amadurecimento e que se
tornarão funções consolidadas, estabelecidas no seu desenvolvimento real
(OLIVEIRA, 1995, p. 58-60).
Segundo Scriven (1967), em sua função formativa, a avaliação é usada para de-
senvolver e melhorar uma atividade em andamento, ou seja, um programa,
uma unidade de ensino, um projeto educacional ainda em elaboração. Este ti-
po de avaliação busca fornecer informações que serão utilizadas na melhoria
de um programa, em suas partes ou em seu todo.
O maior mérito da avaliação formativa está na ajuda que ela pode dar ao aluno
em relação à aprendizagem da matéria e dos comportamentos, em cada uni-
dade de aprendizagem. Para atingir seu objetivo de recuperação, visando levar
o aluno ao domínio daquilo que ainda não foi aprendido, a avaliação formativa
deverá vir acompanhada de uma grande variedade de materiais e procedi-
mentos de ensino que o aluno pudesse utilizar a �m de recuperar as lacunas
especí�cas de sua aprendizagem em determinada unidade.
Outro autor, mais recente, que também discute e valoriza o papel da avaliação
formativa no processo de ensino é Abrecht (1994). Para ele, a avaliação forma-
tiva não é apenas:
[...] a avaliação no sentido de fazer o ponto de uma situação, mas também no senti-
do de relançar a aprendizagem: ela fornece elementos de orientação das aprendiza-
gens anteriores. A avaliação formativa pode, ao mesmo tempo, motivar a aprendi-
zagem, dinamizá-la - dando ao aluno a possibilidade de se situar, de assinalar o
progresso realizado - fornecendo pontos de referência, rumos a seguir e possíveis
saídas (ABRECHT, 1994, p. 127).
Avaliação somativa
Possui função reguladora, pois serve para replanejar o processo de ensino que
foi realizado. Pode, dessa maneira, servir para modi�car a unidade didática
que se havia planejado, quando se avalia que não foram atingidos os objetivos
previstos; ou pode alertar sobre a necessidade de retomar, em momentos pos-
teriores, determinados conteúdos trabalhados.
Instrumentos de avaliação
Você percebeu a importância da avaliação nos processos de ensino e
de aprendizagem.
Prova
De acordo com Libâneo (1994) e Gil (1997), as provas podem ser de diferentes
tipos, vejamos alguns:
Re�ita sobre os questionamentos a seguir: Recompensar o esforço dos “bons alunos” com
notas altas? Punir “os maus alunos” com notas baixas? Acompanhar os alunos e veri�car
como estão aprendendo e desenvolvendo em relação aos objetivos propostos, a �m de suprir
suas di�culdades, retomar a aprendizagem e fazer adequações na prática pedagógica diá-
ria?
Observação e registro
São várias as maneiras pelas quais a observação pode ser registrada pelos
professores, dentre elas destacamos:
Outras formas de registro também podem ser consideradas, como, por exem-
plo:
Entrevistas
[...] é uma técnica simples e direta de conhecer e ajudar o aluno no desempenho es-
colar. Tem como objetivo ampliar os dados que o professor já tem, tratar de um pro-
blema especí�co detectado nas observações, esclarecer dúvidas quanto a determi-
nadas atitudes e hábitos do mesmo (LIBÂNEO, 1994, p. 215-216).
Diários
Portfólio
Portfólio é de�nido como “uma coleção de itens que revela, conforme o tempo
passa, os diferentes aspectos do crescimento e do desenvolvimento de cada
aluno” (SHORES; GRACE, 2001, p. 43).
Esse instrumento permite que seja registrado pelo menos uma atividade reali-
zada em um dia de aula, mostrando as impressões, opiniões, emoções e ques-
tionamentos manifestados pelo assunto do dia.
Bem, já que você teve uma noção inicial do signi�cado de Portfólio, que tal al-
gumas sugestões de como introduzi-lo na vida acadêmica de nossos alunos?
Auto-avaliação
5. Considerações
Finalizamos este ciclo de aprendizagem, no qual discutimos o planejamento,
as estratégias de ensino e a avaliação como partes integrantes e articuladas
do processo de ensino e aprendizagem. Os conteúdos estudados tiveram como
propósito fortalecer intelectualmente seus horizontes de conhecimento a res-
peito da prática pedagógica no contexto da Educação Básica.
gs0035-ago-2022-grad-ead-np/)
Objetivos
• Reconhecer as propostas curriculares para o ensino de Geogra�a e as
concepções que as embasam.
Conteúdos
• Teorias do currículo e o ensino de Geogra�a.
• A institucionalização do ensino de Geogra�a.
Problematização
Quando ocorreu a inserção da Geogra�a no currículo escolar? Quais são as
principais tendências teóricas que in�uenciaram o ensino de Geogra�a ao
longo da História? Como se estrutura o currículo de Geogra�a aplicado nas
escolas brasileiras?
1. Introdução
Neste ciclo de aprendizagem, estudaremos as teorias do currículo e as corren-
tes de pensamento no ensino de Geogra�a, bem como entenderemos a sua in-
serção no currículo escolar brasileiro.
Bons estudos!
Esses conteúdos, muitas vezes adaptados pelo professor, e esses saberes de-
senvolvidos no dia a dia escolar compõem o que chamamos de Currículo
Oculto.
De acordo com o que vimos, devemos re�etir sobre as situações cotidianas que
ocorrem na sala de aula e na escola, e sobre como esses acontecimentos in�u-
enciam o ensino. Além disso, torna-se necessário re�etirmos também sobre o
papel do professor no ensino, considerando que “aquilo que realmente ocorre
na sala de aula” está ligado à aprendizagem dos conteúdos propostos.
Além disso, quando um conteúdo é abordado e outro não, ou quando uma con-
cepção é abordada e outra não, signi�ca que os conteúdos e as concepções fo-
ram selecionados, escolhidos. Dessa forma, um currículo é fruto de seleções e
de escolhas elaboradas por uma equipe de especialistas, re�etindo as suas
ideias e seus pontos de vista.
Fica, então, evidente que tais seleções que compõem os currículos estão dire-
tamente relacionadas aos períodos históricos em que estes são estruturados,
re�etindo as mudanças e as intencionalidades desses períodos.
De acordo com Silva (2007), o estudo do currículo iniciou-se nos EUA, nas pri-
meiras décadas do século 20, associado à institucionalização de uma educa-
ção de massas.
Além disso, as ideias educacionais dessa época, em especial nos EUA, esta-
vam embasadas no modelo econômico. Segundo Bobbit, um dos mais interes-
sados nos temas sobre o currículo, a escola deveria funcionar como uma in-
dústria.
Essas novas ideias acerca do currículo e da escola fazem parte das Teorias
Críticas que fundamentam o currículo. Essas teorias propõem questionar o
modo como o currículo é organizado, bem como a própria organização escolar:
[...] a teoria pós-crítica deve se combinar com a teoria crítica para nos ajudar a
compreender os processos pelos quais, através de relações de poder e controle, nos
tornamos aquilo que somos. Ambas nos ensinam que o currículo é uma questão de
saber, identidade e poder. Depois das teorias criticas e pós-criticas do currículo
torna-se impossível pensar o currículo simplesmente através de conceitos técnicos
como os de ensino e e�ciência ou de categorias psicológicas como as de aprendiza-
gem e desenvolvimento ou ainda de imagens estáticas como as de grade curricular
e lista de conteúdos [...].
Com base nessa ideia, é importante que o professor saiba, ao planejar suas
aulas para o ano letivo, que há o Currículo O�cial, o qual fornece parâmetros
ao seu trabalho, caminhos a serem percorridos; todavia, sua existência não
garante o sucesso da aprendizagem. O Currículo O�cial não deve ser
concebido como uma receita para a garantia de qualidade do ensino;
adaptações devem ser feitas pelo professor, de acordo com a realidade escolar
e com os conhecimentos trazidos pelos alunos de cada turma.
Para saber mais sobre o ensino de Geogra�a, assista ao debate indicado a se-
guir: O raciocínio geográ�co como método para o ensino de Geogra�a na
Educação Básica. Este foi um evento organizado pela Associação dos
Geógrafos Brasileiros (AGB) de Campinas e contou com duas referências im-
portantes no tema: a Profa. Dra. Sonia Castellar e o Prof. Dr. Rafael Straforini.
No próximo tópico, veremos como se deu o processo de institucionalização do
ensino de geogra�a.
Por meio do discurso de que a Geogra�a deveria ter utilidade e relevância para
os alunos, associado às estratégias da Associação Geográ�ca, as universida-
des passaram a ser pressionadas a realizar o treinamento de especialistas em
Geogra�a (GOODSON, 1990).
[...] a história desenvolve-se em ordem inversa e pode ser vista como um esforço
por parte de grupos de baixo status situados no nível da escola para progressiva-
mente se apoderar de áreas no interior do setor universitário – ganhando assim o
direito para que os acadêmicos no novo campo possam de�nir o conhecimento que
pode ser visto como uma disciplina. O processo de evolução das Matérias escolares
pode ser visto não como um padrão de disciplinas “traduzidas” para baixo ou de
“dominação” para baixo, mas muito mais como um processo de “aspiração” para ci-
ma (GOODSON, 1990, p. 249).
[...] Além dos problemas nas escolas, os acadêmicos nas universidades que contro-
lavam as de�nições da matéria estavam preocupados em avançar para a linha de
frente das disciplinas acadêmicas universitárias. [...] A nova geogra�a ajudaria sem
dúvida a alcançar esse objetivo. A aliança entre o status universitário e o status es-
colar assegurou que ao �m a Associação Geográ�ca adotasse a “nova geogra�a”.
Goodson (1990) ainda tece algumas considerações sobre as causas que in�u-
enciaram o desenvolvimento da Geogra�a. Para ele, havia uma estreita rela-
ção entre o status acadêmico e o controle de recursos e de dinheiro, especial-
mente no que se referia ao sistema de exames e certi�cações:
Basicamente, uma vez que mais recursos são dados à Matéria acadêmica que é ob-
jeto de exame, ensinada aos estudantes capazes, o con�ito com respeito ao status
do conhecimento examinável é, acima de tudo, uma batalha em torno dos recursos
materiais e das perspectivas de carreira de cada professor da Matéria ou da comu-
nidade da Matéria (GOODSON, 1990, p. 251).
Vale salientar que o alto status garante aos professores da matéria acadêmica
mais recursos e salários mais altos.
Por essa razão, os conhecimentos geográ�cos ensinados nas escolas até a dé-
cada de 1930 estavam muito relacionados aos conteúdos que possibilitavam a
observação da paisagem, dos acidentes geográ�cos, entre outros.
Dessa forma, podemos a�rmar que a Geogra�a ensinada nas salas de aula re-
presentava a transposição dos conceitos e dos temas tratados nos cursos de
Graduação. No Brasil, o ensino de Geogra�a, nessa época e durante muito tem-
po, era objeto de estudo da Pedagogia, e não da própria Geogra�a.
4. As transformações curriculares e a
Geogra�a
A seguir, estudaremos as diferenças existentes entre o Currículo O�cial, elabo-
rado por meio de legislação federal, municipal e/ou estadual, também conce-
bido como Currículo Prescrito, e o conteúdo de Geogra�a que, de fato, é trans-
mitido em salas de aula.
Esses livros ainda são elaborados com a intenção de levar à escola o conheci-
mento geográ�co acadêmico ou o conhecimento geográ�co entendido como
“verdadeiro”. De acordo com Almeida, no período entre 1942 e 1962:
Os livros didáticos de maior repercussão foram os do Prof. Aroldo de Azevedo.
Apresentavam uma renovação nos padrões grá�cos de apresentação dos conteú-
dos, seguindo a linha de Delgado de Carvalho. Os trabalhos de Aroldo de Azevedo
tratavam os conteúdos mais como conhecimentos da ciência geográ�ca do que
com �ns pedagógicos. Isso contribuiu para que o ensino de geogra�a se tornasse
mais textual do que prático. A ausência de sugestões de trabalho e atividades que
propusessem pesquisa geográ�ca, e o fechamento em relação às demais discipli-
nas da escola média limitaram a in�uência da geogra�a na formação dos jovens
(ALMEIDA, 2007, p. 7).
Essa tendência �ca mais evidente na década de 1970, com a implantação dos
Estudos Sociais no Brasil por meio da Lei nº. 5.692/71. Nessa época de vigên-
cia do regime militar, a educação era mais voltada para o trabalho. O Brasil vi-
venciou grandes modi�cações, especialmente no que se refere à industrializa-
ção e à urbanização desenvolvidas, em grande parte, em razão do capital es-
trangeiro e das multinacionais.
A introdução dos Estudos Sociais na Lei 5.692 trouxe outras apreensões e tensões.
Um motivo de apreensão foi a inclusão dos conteúdos de Organização Social e
Política do Brasil na área de estudos sociais, o que se con�gurou como redundân-
cia, pois esses conteúdos emergem da própria História ou da Geogra�a. Isso permi-
te inferir que tal disciplina seria instrumento de promoção das realizações admi-
nistrativas do governo (ALMEIDA, 2007, p. 8).
Com base nesse trabalho, muitos outros foram elaborados, tendo como campo
de pesquisa a sala de aula e as aulas de Geogra�a. As questões espaciais fo-
ram inseridas e as propostas começaram a ser feitas com base no “como fa-
zer”, para que os alunos aprendessem determinados conceitos.
Até a década de 1970, muitos trabalhos sobre educação, embora não veiculas-
sem a concepção de que o saber acadêmico deveria ser transposto exatamente
para a sala de aula, tinham como foco o ensino-aprendizagem, ou seja, “como”
os alunos aprendiam alguns conceitos.
Uma abordagem diferente sobre o papel dos professores, por exemplo, somen-
te seria contemplada nas pesquisas sob a in�uência da Sociologia, por meio
da Pesquisa Colaborativa.
De acordo com o que estudamos anteriormente, os Currículos O�ciais de
Geogra�a tiveram que se adaptar e desenvolver conteúdos que se aproximas-
sem mais dos alunos e da sala de aula.
Entretanto, essa adaptação somente foi feita na década de 1980, com o des-
membramento dos Estudos Sociais e o “ressurgimento” da Geogra�a, agora se-
parada da História. Essa nova modi�cação obrigou os Governos Estaduais a
elaborar novos programas curriculares para essas disciplinas. Embora as pes-
quisas sobre o ensino de Geogra�a colocassem em evidência a Geogra�a da
sala de aula, os currículos elaborados pouco privilegiaram a potencialidade da
sala de aula.
Na década de 1990, surgiu uma nova diretriz para a educação no Brasil, com
um documento elaborado pelo Ministério da Educação: os Parâmetros
Curriculares Nacionais, disponíveis para todas as disciplinas do Currículo
O�cial.
De modo geral, podemos dizer que a Geogra�a da sala de aula foi in�uenciada
pelas políticas vigentes e, consequentemente, pelos Currículos O�ciais elabo-
rados pelos governos. Contudo, embora os professores tenham que seguir as
diretrizes estipuladas por esses currículos, o ensino que de fato é transmitido
na sala de aula difere do proposto nos documentos o�ciais.
Isso ocorre porque há uma diferença entre o conhecimento que se tem como
verdadeiro, isto é, o conhecimento desenvolvido e trabalhado no âmbito aca-
dêmico, e o conhecimento que se constrói na sala de aula.
Vamos em frente?
(https://md.claretiano.edu.br/didmetensgeo-
gs0035-ago-2022-grad-ead-np/)
Objetivos
• Conhecer os conteúdos de Geogra�a de�nidos na Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) e re�etir sobre o papel da Geogra�a na sociedade con-
temporânea.
Conteúdos
• Ensino de Geogra�a.
• Base Nacional Comum Curricular de Geogra�a.
• Práticas de ensino em Geogra�a.
Problematização
De que maneira o Currículo O�cial interfere e in�uencia a Geogra�a ensina-
da nas escolas? Quais ideias sobre Geogra�a permeiam a estruturação do
Currículo de Geogra�a aplicado nas escolas brasileiras? Quais as propostas
do Ensino de Geogra�a para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio na
atualidade? Quais os objetivos para o ensino de Geogra�a na Base Nacional
Comum Curricular?
2. Ensino de Geogra�a
Como estudamos anteriormente, o ensino de Geogra�a passou por diversas
transformações desde a sua institucionalização. No atual período da globali-
zação, torna-se cada vez mais importante defender a Geogra�a nos currículos
escolares.
Vamos lá!
Leitura obrigatória.
Leitura obrigatória.
gs0035-ago-2022-grad-ead-np/)
Objetivos
• Entender e analisar a ação e postura do professor-re�exivo-investigador,
em uma perspectiva humanista, com sólida formação na área, seus fun-
damentos e concepções didático-pedagógicas, capaz de se adaptar à di-
versidade e à práxis pedagógica de forma crítica, criativa e autônoma.
Conteúdos
• Formação de professores: identidade e contextos de trabalho.
Problematização
O que signi�ca a formação de professores? Como se constitui a identidade do
professor? São necessários saberes para ser professor? Quais os saberes ne-
cessários para a atuação comprometida, ética e re�exiva do professor? Quais
os contextos do trabalho docente? Historicamente, por que há falta de inte-
resse pela formação pedagógica? Como articular a formação especí�ca do
professor à formação pedagógica? Como a formação especí�ca e a formação
pedagógica do professor interferem na aprendizagem do aluno? O que é ser
professor? Qual a relação da didática com a formação de um professor re�e-
xivo?
1. Introdução
Neste ciclo, vamos re�etir acerca da formação de professores, pontuando sua
identidade e contextos de trabalho.
Boa leitura!
Azzi e Caldeira (apud PIMENTA; ANASTASIOU, 2005, p. 73) a�rmam que a “dis-
ciplina didática tem um caráter bastante singular, qual seja o de propiciar ao
professor que com ela trabalha a oportunidade de exercer a docência, ao mes-
mo tempo em que re�ete sobre ela”.
Recuperar perdas registradas nas das últimas décadas e lutar por uma nova
identidade pro�ssional não têm sido tarefas fáceis nas universidades, pois
elas requerem mudanças na organização institucional, na organização curri-
cular, na estrutura dos conteúdos, no per�l da docência e no redimensiona-
mento de todo o projeto formativo. Além disso, requerem uma nova concepção
dos cursos de Licenciatura, na qual a relação da universidade com a escola bá-
sica se constitua em eixo basilar, com abertura de caminhos para uma verda-
deira pro�ssionalidade, pautada por níveis de excelência e perpassada por
uma dimensão ética. Responder a essas demandas exige, por parte das uni-
versidades, uma tomada de posição.
No que se refere aos debates sobre identidade, no âmbito teórico, eles afetam
as Ciências Sociais e Humanas, repercutindo, direta ou indiretamente, tanto
nas discussões sobre a educação quanto nas práticas pedagógicas. A identida-
de, por sua vez, transforma-se em objeto de preocupação dos educadores. No
caso especí�co da identidade nacional, o tema é tratado nos processos de sele-
ção e organização dos saberes.
[...] a identidade humana não é dada, ela é construída e deve ser reconstruída no
decorrer da vida. Entre os acontecimentos mais importantes para a identidade
social, a saída do sistema escolar e a confrontação com o mundo trabalho
constituem um momento essencial na construção dessa identidade.
Do ponto de vista de Lasky (2005 apud GARCIA, 2009, p. 112), a identidade pro-
�ssional é a “forma como os professores de�nem a si mesmos e aos outros. É
uma construção do ‘si mesmo’ pro�ssional que evolui ao longo da carreira do-
cente” e que pode ser in�uenciada pela instituição escolar e pelas políticas pú-
blicas na área da Educação. Além disso, inclui uma série de competências, sa-
beres e habilidades que vão desde o compromisso pessoal com os valores, as
crenças e o conhecimento sobre sua área de atuação, bem como sobre o ensi-
no e suas experiências pro�ssionais.
a) conjuntos das diversas áreas do saber e do ensino, ou seja, das ciências humanas
e naturais, da cultura e das artes; b) conteúdos didático-pedagógicos, diretamente
relacionados ao campo da prática pro�ssional; c) conteúdos relacionados a saberes
pedagógicos mais amplos do campo teórico da prática educacional; d) conteúdos
ligados à explicitação do sentido da existência humana individual, com sensibili-
dade pessoal e social. E identidade que é pro�ssional, ou seja, a docência constitui
um campo especí�co de intervenção pro�ssional na prática social (PIMENTA;
LIBÂNEO, 1999, p. 260).
Currículo prescrito
Em todo sistema educativo, como consequência das regulações inexoráveis às
quais está submetido, levando em conta sua signi�cação social, existe algum tipo
de prescrição ou orientação do que deve ser seu conteúdo, principalmente no que se
refere à educação básica. São aspectos que atuam como referência na ordenação do
sistema curricular e servem de ponto de partida para a elaboração de materiais,
controle do sistema, etc. (GIMENO SÁCRISTAN, 2000, p. 105).
Como exemplos de currículo prescrito, pode-se destacar os Parâmetros
Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares Nacionais, core curriculum etc.
Currículo em ação
É na prática real, guiada pelos esquemas teóricos e práticos do professor, que se
concretiza nas tarefas acadêmicas, as quais, como elementos básicos, sustentam o
que é a ação pedagógica, que podemos notar o signi�cado real do que são as pro-
postas curriculares. A prática ultrapassa os propósitos do currículo, devido ao com-
plexo trá�co de in�uências às interações, etc., que se produzem na mesma
(GIMENO; SACRISTÁN, 2000, p. 106, grifo nosso).
Muitos dos resultados não são visíveis a curto e médio prazos, o que contribui
para o desestímulo dos professores. As consequências do currículo re�etem-
se na aprendizagem dos estudantes, mas também afetam os professores, na
forma da socialização pro�ssional, e se projetam em sua vida familiar e social.
Currículo avaliado
Pressões exteriores de tipo diverso nos professores – como podem ser os controles
para liberar validações e títulos, cultura, ideologias e teorias pedagógicas – levam a
ressaltar na avaliação aspectos do currículo, muitas vezes coerentes e incongruen-
tes com os propósitos manifestos de quem prescreveu o currículo, de quem o elabo-
rou, ou com os objetivos do próprio professor [...] Através do currículo avaliado se
reforça um signi�cado de�nido na prática do que é realmente o processo de avalia-
ção curricular (GIMENO SACRISTÁN, 2000, p. 106).
3. Considerações
Este último ciclo de aprendizagem teve como objetivo geral apresentar um
quadro conceitual acerca da formação de professores, ressaltando sua identi-
dade e contextos de trabalho.
4. Considerações �nais
No decorrer do estudo desta disciplina, você teve a oportunidade de re�etir so-
bre temas relacionados à didática e à metodologia do ensino de Geogra�a, os
quais serão de muita valia para a sua vida pro�ssional.
Desejamos que os estudos realizados tenham contribuído para que você, futu-
ro docente, aproveite todas as potencialidades de seus alunos, respeitando,
também, as suas necessidades, fazendo com que eles olhem para o mundo em
todas as suas dimensões, sintam-se valorizados e enxerguem a autonomia de
"como se aprende".