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RESENHA CRÍTICA

UPE – Universidade de Pernambuco (Campus Mata Norte)


Didática Geral – Licenciatura em História (4º Período)
Prof. Carlos Bittencourt Leite Marques
Discente: Maria Poliana Paula Pereira de Freitas
08/02/2024
PLANEJAMENTO DIDÁTICO EM HISTÓRIA:
UMA PROPOSTA DE PLANO DE AULA

Em primeiro plano, será apresentada uma abordagem mais ampla sobre a obra trabalhada em
debate pedagógico, posteriormente a relação entre a teoria e a prática e como trazer isso para a
sala de aula como material complementar das aulas da disciplina de História também será
pautada. A priori, a obra " Planejamento Didático em História: Uma Proposta de Plano de
Aula" de Carollina Carvalho é um texto que examina as raízes do planejamento histórico da
sala de aula. Assim, é trazida para o debate em sala, a obra de Carvalho a argumentação de
que planejar é uma atividade essencial para os professores. Como objetivo, as aulas de
História têm o potencial de serem espaços de aprendizagem significativa e construção do
conhecimento histórico. Para isso, é fundamental que haja um planejamento didático criativo,
coerente e estratégico. Esse planejamento deve começar com a definição das aprendizagens
históricas a serem alcançadas, seguida da previsão de atividades desafiadoras para os alunos e
da pesquisa e seleção cuidadosa de materiais, especialmente fontes históricas, pelo professor.
A estrutura de um planejamento didático reflete as visões sobre a disciplina escolar (ou
componente curricular) e as concepções sobre as formas de aprendizagem.

Ademais, o texto trabalhado em debate, no qual explora a dinâmica dos objetivos da ação
educativa, os conteúdos a serem abordados e as aprendizagens esperadas. A autora examina as
bases teórico-metodológicas que fundamentam a elaboração do planejamento. E em seguida,
apresenta mais detalhadamente cada componente da grade, concebida como um Plano de
Aula.

Em primeiro plano, o tópico intitulado de Construtivismo e educação histórica em linhas


gerais traz a constatação que o planejamento é umas tarefas essenciais para o ensino, e, por

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isso, existem diversos modelos de planejamento didático; no entanto, nem sempre essas
propostas levam em consideração as exigências da disciplina de História. A perspectiva
construtivista do processo de ensino e aprendizagem enfatiza que o conhecimento é
construído de forma contínua e dinâmica, permeando o cotidiano e os diversos contextos
vivenciais. Ela parte do pressuposto de que os indivíduos constroem seu entendimento a partir
de suas ideias prévias, ou seja, das representações iniciais que possuem sobre determinado
assunto ou conteúdo de aprendizagem. Nesse sentido, o aprendizado é visto como um
processo ativo e interativo, no qual as experiências prévias e as interações com o meio
desempenham um papel fundamental na construção do conhecimento. No entanto, ela
apresenta uma visão simplificada do construtivismo no processo de ensino e aprendizagem,
limitando-se a destacar apenas uma dimensão do construtivismo, que é a ideia de que o
conhecimento é construído a partir das ideias prévias dos alunos. Embora essa seja uma parte
importante do construtivismo, a abordagem é muito mais ampla e complexa do que apenas
isso.

Embora seja importante reconhecer a importância do desenvolvimento da literacia histórica,


o texto parece sugerir que a única maneira de a alcançar é por meio do manejo de categorias,
fontes e informações de maneira científica. Isso pode ser interpretado como uma abordagem
muito técnica e prescritiva para o ensino da história. A literacia histórica também envolve
uma compreensão crítica e reflexiva do passado, que vai além da simples aplicação de
métodos científicos. Além disso, o texto parece subestimar a diversidade de habilidades e
abordagens que podem ser usadas para desenvolver a literacia histórica. Por exemplo, a
análise de narrativas históricas, o questionamento de pontos de vista e a compreensão das
mudanças ao longo do tempo são elementos igualmente importantes para a formação de uma
compreensão sólida da história.

No contexto da proliferação do ciberespaço e da emergência da cibercultura, o conceito de


letramento digital surge como uma resposta às demandas da comunicação contemporânea,
que cada vez mais requer habilidades específicas de pesquisa, leitura, interpretação e
produção de informações, ideias e conhecimento por meio de meios digitais. Nesse ambiente,
é imprescindível estar atento aos "riscos digitais" inerentes às atividades propostas e aos
recursos utilizados, que podem gerar consequências indesejadas. Além disso, é crucial
enfatizar a importância da autoria, da qualidade do conteúdo consumido e da capacidade de
discernir e confrontar diferentes versões e perspectivas. Isso não apenas promove uma maior

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responsabilidade social por parte das instituições educacionais, mas também fortalece a
capacidade dos alunos de navegar criticamente no vasto oceano de informações digitais
disponíveis. Assim como é fundamental integrar esses aspectos em um planejamento didático
que seja não apenas criativo e coerente, mas também estratégico, visando preparar os
estudantes para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades proporcionadas pelo
ambiente digital em constante evolução.

A grelha de planejamento didático educacional é uma ferramenta que organiza e estrutura os


elementos essenciais de uma atividade ou aula, como objetivos de aprendizagem, conteúdo a
serem abordadas, metodologias a serem empregados, recursos necessários e avaliação do
processo de ensino-aprendizagem. Ela permite ao professor planejar suas aulas de forma mais
detalhada e sistemática, garantindo que todos os aspectos importantes sejam considerados. O
primeiro passo é identificar claramente os objetivos que se deseja alcançar com a aula. Esses
objetivos devem ser específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais (SMART),
e devem estar alinhados com os conteúdos curriculares e as necessidades dos alunos. Com
base nos objetivos de aprendizagem estabelecidos, é necessário selecionar os conteúdos que
serão abordados durante a aula. Os conteúdos devem ser relevantes, adequados ao nível de
conhecimento dos alunos e relacionados aos objetivos propostos. Uma vez definidos os
objetivos e os conteúdos, é preciso escolher as metodologias de ensino mais adequadas para
alcançar os objetivos propostos e engajar os alunos no processo de aprendizagem. As
metodologias podem incluir aulas expositivas, atividades práticas, discussões em grupo, uso
de tecnologias educacionais, entre outras. É importante identificar os recursos necessários
para a realização das atividades planejadas. Isso inclui materiais didáticos, recursos
audiovisuais, tecnologias educacionais, laboratórios, entre outros.

Ademais, para verificar se os objetivos de aprendizagem foram alcançados, é necessário


definir estratégias de avaliação que permitam verificar o desempenho dos alunos. As
avaliações podem incluir provas, trabalhos individuais ou em grupo, apresentações, projetos,
entre outros. A sequência didática deve ser organizada de forma lógica e progressiva, levando
em consideração a sequência dos conteúdos e das atividades propostas. É importante distribuir
o tempo de forma equilibrada e garantir que haja coesão entre os diferentes elementos da aula.
Após a elaboração da grelha de planejamento didático, é fundamental revisar e fazer ajustes
conforme necessário. Isso inclui verificar se os objetivos estão claros, se os conteúdos são
adequados, se as atividades são relevantes e se as estratégias de avaliação são válidas e justas.

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Primeiramente, ao docente é essencial compreender a importância de estabelecer objetivos de
aprendizagem claros e alinhados com as necessidades e capacidades dos alunos. Objetivos
bem definidos guiam todo o processo de planejamento, permitindo que as atividades e
estratégias sejam direcionadas para alcançar esses objetivos de maneira eficaz. Além disso, é
crucial manter uma abordagem flexível durante o processo de planejamento. Nem sempre as
aulas seguem exatamente o que foi planejado, e estar aberto a ajustes e adaptações é
fundamental para lidar com imprevistos e garantir que a experiência de aprendizagem seja
positiva e significativa para os alunos. Explorar uma variedade de metodologias de ensino
também é essencial. Métodos ativos que promovem a participação dos alunos, como
discussões em grupo, atividades práticas e o uso de tecnologias educacionais, podem ajudar a
manter os alunos engajados e motivados durante a aula. Por fim, reservar tempo para a
reflexão e o aprimoramento contínuo é fundamental. Refletir sobre as práticas de ensino,
identificar pontos fortes e áreas de melhoria e buscar constantemente o aprimoramento
profissional são aspectos essenciais para garantir a eficácia do planejamento didático e
proporcionar experiências de aprendizagem significativas e enriquecedoras para os alunos.

Em suma, ao promover a observação, inferência, problematização, comparação e análise, o


professor desafia progressivamente os alunos cognitivamente, estimulando o pensamento
crítico e analítico. Essas atividades investigativas não apenas envolvem os alunos no processo
de aprendizagem, mas também os incentivam a explorar e compreender os conceitos
históricos de maneira mais profunda e reflexiva. É crucial destacar que essas atividades
devem estar enraizadas nas experiências e saberes prévios dos alunos. Ao fazer conexões com
suas vivências cotidianas e conhecimentos anteriores, os alunos conseguem relacionar os
conceitos históricos com o mundo ao seu redor, tornando o aprendizado mais relevante e
significativo. Portanto, a reconstrução do conhecimento histórico em sala de aula não se limita
à transmissão passiva de informações, mas sim a um processo dinâmico e interativo que
envolve a participação ativa dos alunos. É por meio desse engajamento ativo e da conexão
com suas próprias experiências que os alunos desenvolvem uma compreensão mais profunda
e crítica do mundo que os cerca, preparando-se assim para se tornarem cidadãos conscientes e
participativos em nossa sociedade.

REFERÊNCIAS

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Link: https://periodicos2.uesb.br/index.php/politeia/article/view/11018/7445 acessado em
07/02/2024

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