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A HISTÓRIA E SEUS DESAFIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM

NA ESCOLA DO CAMPO
Autor: Djavan de Lima Ferreira1
Tutor externo: Vinicius Rajão da Fonseca2
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Licenciatura em História (FF03454) – Estágio Curricular Obrigatório III
10/06/2023

RESUMO
Este Paper do estágio III fundamenta em um trabalho de pesquisa numa metodologia
qualitativa, preparação de cada metodologia com embasamento teórico apropriado,
verificando os desafios do professor de Historia em sala de aula, visando despertar maior
interesse dos educandos pela disciplina História e diminuir a distância entre o
conhecimento e produzir e o que tem sido praticado no cotidiano na sala de aula. Buscou-
se, portanto, a interação entre pesquisa e ensino visando o diálogo e interação entre as
escolas, num compromisso com a formação inicial e continuada. Os principais objetivos
propostos foi fazer uma reflexão no ensino e aprendizagem de História, explorando novas
fontes de estudo com as novas tecnologias e proporcionar aulas de História mais
prazerosas e significativas, desenvolver habilidades para a docência e domínio das
diferentes linguagens possibilitando e articulação entre teoria e prática na melhoria da
qualidade de ensino. Despertando nos alunos maior interesse pelos conteúdos e conceitos
históricos, contribuindo para a superação das dificuldades para se expressarem melhor na
convivência social. O aprendizado dos alunos pode ser avaliado pelo desempenho das
atividades voltadas para a docência e pela conscientização de que ensino e pesquisa são
indissociáveis.

Palavras-chave: Historia. Aprendizagem. Reflexão.

1 INTRODUÇÃO
A proposta do Paper do estagio de História da Uniasselvi tem por finalidade a
obtenção de nota parcial da disciplina de estágio III, que se insere no contexto da
necessidade de diálogo e cooperação para a educação básica, visando a formação inicial e
continuada de profissionais de História.
Votado para a realidade do ensino da disciplina de História que de modo geral,
não tem usufruído dos avanços constatados no que se refere às concepções teóricas sobre
ensino e aprendizagem, que propõem novas posturas pedagógicas, tanto do professor
quanto do educando.

1
Djavan de Lima Ferreira do Curso de Licenciatura em Historia; E-mail: 3319647@uniasselvi.com.br
2
Vinicius Rajão da Fonseca do Curso de Licenciatura em Historia – Polo Manacapuru; E-mail:
100102871@tutor.uniasselvi.com.br
Vale ressaltar que no meio do processo de ensino a fase de desenvolvimento é
sempre um dos maiores desafios para o trabalho dos professores. Cada segmento de ensino
possui um conjunto de especificidades que direciona o fazer docente e suas concepções
sobre a própria profissão e o ensino.
Os dados da pesquisa foram produzidos a partir da observação do cotidiano de
uma escola de ensino médio, especificamente sobre professores no exercício diário de sua
docência na sala de aula.
O objetivo geral é compreender as especificidades do trabalho dos professores
desse nível de ensino em suas competências e habilidades, características, funções e ações
enquanto profissional responsável na formação de jovens diferentes, heterogêneos e
diversos em um mundo plural e complexo.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA


Portanto para alcançar resultados a partir desta proposta, os principais objetivos
estão relacionados ao desenvolvimento de habilidades para a docência, tanto para os
licenciandos em formação inicial quanto por meio da vivência no cotidiano escolar da rede
pública de educação quanto para os professores regente da escola pública, no domínio das
diferentes linguagens na prática docente, possibilitando a articulação entre teoria e prática,
necessária a uma boa atuação docente.
Em conformidade com as mudanças que vêm se processando na produção do
conhecimento histórico, que seja necessário repensar as práticas do ensino de História na
sala de aula, pois como já constado acima, o ensino da disciplina História na educação
básica não tem acompanhado satisfatoriamente essas transformações.
De acordo com Leandro Karnal “(...) sendo o ‘fazer histórico’ mutável no tempo,
seu exercício pedagógico também o é” (KARNAL, 2003, p. 8). Por esta maneira é viável
estar atento para as mudanças teórico metodológicas e para a necessidade de renovação das
práticas pedagógicas voltadas para uma aprendizagem mais significativa no ensino de
História.
Neste sentido podemos destacar as mudanças nos curriculos dos cursos de
licenciaturas em História, no sentido de formar professores pesquisadores, buscando acabar
com a dicotomia licenciatura versus bacharelado e sala de aula versus pesquisa.
Nas últimas décadas a preocupação com um ensino de História mais dinâmico e
prazeroso tem produzido bons resultados, sendo que o número de publicações tem
apresentado crescimento significativo.
As metodologias de ensino se configuram em proposição de eixos temáticos, na
pesquisa em diversas fontes e no condicionamento de uma reflexão mais concreta entre
passado e presente. A autora exemplifica tal abordagem:
Durante as aulas, é impossível apresentar todas as maneiras de ver a história, mas
é fundamental mostrar que ela não é constituída de uma única vertente (e que, até
mesmo dentro de uma delas, pode haver várias interpretações). O professor deve
favorecer o acesso a documentos oficiais, reportagens de jornais e revistas e a
outras fontes. O contato com essa diversidade leva o estudante a ter uma visão
ampla e integrada da história. (MARTINS, 2008, p.76, grifo nosso).
Na construão do aprendizado os desafios inerentes ao ensino de História sempre
vão existir, mais entendemos que toda ação requer estudo e embasamento teórico para
confirmar o que escrito na pesquisa. Nessa linha de pensamento, o educador Bernard
Charlot (2002, p. 91) afirma que,
...a pesquisa não deve servir para dizer ao profissional o que ele deve fazer, mas
deve sim servir como instrumento para melhor entender o que acontece em seu
cotidiano, na sua prática, para dar um direcionamento e facilitar o entendimento
de suas ações na busca da melhoria da qualidade do processo de construção do
conhecimento. Bernard Charlot (2002, p. 91).
Mesmo nos dias atuais, com os acelerados avanços tecnológicos, torna-se
imprescindível que o professor se atualize e se mantenha conectado aos meios de
comunicação, os quais a maioria dos estudantes não tem acesso.
Então a necessidade da pesquisa constante por parte dos professores para assim
estarem em condições de transformar informações em conhecimento e para orientar os
alunos neste mesmo processo ensino e aprendizagem.
Seguindo o desenvolvimento e aplicação deste paper a pesquisa tem sido uma
constante, pois acreditamos que o trabalho docente deve ser uma atividade consciente e
sistemática. Obviamente tem-se que alcançar certo êxito em nossa proposta, além do
planejamento que deve ser um elemento essencial, pois para propormos atividades a serem
desenvolvidas na escola percebemos que seria necessário considerar as condições da escola
do campo, as necessidades do público alvo e a disponibilidade e comprometimento do
educador na escola.
Por isso, compreende que o trabalho pedagógico seja eficaz em um segmento de
ensino que apresenta muitos desafios é marcado historicamente pela falta de identidade.
Portanto, distanciando-se de uma visão performática do trabalho, presente em
pesquisas sobre desempenho docente. Destaca-se que o uso do termo bom professor se
evidenciou como uma categoria nativa, trazida pelos alunos investigados ao indicarem os
docentes que faziam a diferença a partir das suas representações.
Em frente de um conjunto de dados levantados (MESQUITA e LELIS, 2015) que
evidenciam uma realidade de baixos resultados no processo de aprendizagem deste
segmento de ensino em confronto com as atuais propostas de reformas do ensino médio no
país (BRASIL, 2016, 2017), este texto apresenta evidências e alternativas para se refletir
sobre o papel central de professores na efetividade do ensino médio de formação integral,
como propõe a LDB 9394/1996 (BRASIL, 1996).
Não temos visto nenhuma das propostas identificadas nas práticas bem sucedidas
dos professores pesquisados passa pela mera simplificação dos conteúdos, pela redução de
carga horária ou pela constatação de obsolescência de disciplinas.
Portanto o professor continua ainda sendo visto como o detentor do saber, ou seja,
aquele que detém a verdade absoluta. Não mostram para seus alunos que os assuntos
postos nos livros didáticos e tratados na aula, são apenas um olhar de um historiador
lançado sobre um tema em uma determinada época e que, assim sendo, essa visão pode ser
desconstruída por outro historiador.
Devido a dificuldade de ensinar história, por diversos fatores, muitos professores
atribuem a culpa aos alunos sob a justificativa de que eles não sabem ler, não se
interessam, não querem nada. Diante desse fator os professores não param para analisar
onde está o problema e de que forma pode ser solucionado.
Acredita-se que as dificuldades de aprendizagem dos alunos devam ser analisadas
por um ângulos em que concilia a relação à realidade externa e interna do aluno, de forma
que venha a compreender o que tem ocasionado essa dificuldade.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Dando ênfase na vivência do estágio, no que diz respeito à dimensão relacional do
aprendizado, legitimam a importância dos professores como dinamizadores de sua
aprendizagem, ressaltam também outras características importantes ao bom desempenho
dos docentes ligadas a uma dimensão motivacional. Nas análises das ações docentes, um
conjunto de fatores se evidenciou associado à importância do papel motivador dos
professores em relação à aprendizagem dos alunos do campo.
Entretanto, nesses dilemas da aprendizaem sempre foi possível constatar que as
aulas de história precisam de mudanças, talvez seja a hora dos profissionais de educação se
perguntarem o que os alunos precisam aprender e não o que eles precisam saber, buscar
meios nos quais a história se torne interessante para os alunos, transformando-os em
sujeitos desalienados e cidadãos consciente.
Todos os alunos de forma homogênea é como se contribuíssemos para sua
exclusão, haja visto que nos deparamos com um cenário altamente diversificado, classe
social, sexo e idade, ou seja, cada aluno tem uma singularidade, formas de vidas diferentes
e ritmos de aprendizagem diferentes. Portanto, deve-se buscar entendê-los de forma
individualizada, ainda com Dayrell:
Trata-se de compreendê-lo na sua diferença, enquanto indivíduo que possui uma
historicidade, com visões de mundo, escalas de valores, sentimentos, emoções,
desejos, projetos, com lógicas de comportamentos e hábitos que lhes são
próprios. O que cada um deles é ao chegar a escola é fruto de um conjunto de
experiências sociais vivenciadas nos mais diferentes espaços sociais.
(DAIRELL, 1996:140).
Portanto, a maneira com que o professor tem vivenciado na escola ele encontra-se
estruturado o que lhe permiti perceber que ele é um dos fatores que possivelmente
contribuem para o sucesso na educação, principalmente nas aulas de história.
Dessa forma, o processo da aprendizagem no campo tem seus desafios em dar
conta dos conteúdos propostos, assim os professores reproduzem o que os especialistas
produzem, não se atentando em como os alunos estão aprendendo, ou melhor, se estão
aprendendo e quais as dificuldades que esses alunos apresentam.
Fazendo referencia ao conceito de ensino e aprendizagem, trata-se de uma
atividade consciente e intencional por parte do sujeito que a aplica e sobre como ele
executa os procedimentos apropriados para realizar determinada atividade.
Trata-se de um meio para os objetivos de aprendizagem proporcionam ao
estudante o monitoramento de seus esquemas, com o proposito de que possa melhor
assimilar, armazenar, recuperar e usar as informacoes adquiridas, sendo contempladas
como instrumentos auxiliares da aprendizagem.
De modo geral, a aprendizagem abrange inumeras aptidoes usadas pelos alunos ao
aprender um novo assunto ou elaborar certas habilidades.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)


Este paper faz relação entre o universo acadêmico e a prática docente no Ensino
Médio e sendo assim foi a maior das pretensões desta pesquisa. Isso porque incorporou o
viés do ensino de história com novas práticas, no saber histórico escolar, permitindo aos
educandos uma aproximação do próprio processo de investigação, de pesquisa e de
produção do conhecimento histórico.
Ao solicitar a leitura de um determinado assunto em história, o professor deve ser
o mediador para que essa leitura aconteça, auxiliando nas dificuldades apresentadas pelos
alunos. É viável também que o professor oriente para que essa leitura venha ser feita de
forma crítica, buscando revelar os estigmas e estereótipos criados em torno da história e da
sua escrita.
Exercitando também a capacidade de relacionar fatos e de confrontar pontos de
vista, propondo uma ação de ensino interdisciplinar e com o uso de todos os recursos,
como vídeo, mapas, filmes, etc. e não somente o livro didático, embora este último não
deva ser nunca descartado, e sim complementado.
Portanto, é necessária a conscientização de que a leitura e a escrita não é tarefa a
ser trabalhada apenas pelo professor de português, mas que ambas devem ser planejadas
como atividades diárias, presentes em todas as áreas do conhecimento, inclusive nas aulas
de história.
Ministrar a disciplina de História na atualidade requer do professor uma abertura
para estabelecer pontes entre os conteúdos escolares ensinados e a realidade vivenciada
pelo aluno em sua vida cotidiana. Para se trabalhar com a História na escola do campo há
uma necessidade de se compreender os alunos como sujeitos ativos e participativos que
possuem capacidade de desenvolver habilidades propícias a pesquisa histórica.
A partir dos problemas postos e das dificuldades dos professores em lidar com
eles, o desafio se volta agora para nós, estudantes do curso de Licenciatura em História, ou
seja, futuros docentes. Assim, propõe-se buscar novos conhecimentos a fim de contribuir
para a resolução de tais problemas.
E assim, defender o ensino da História no processo da aprendizagem que não se
trata de substituir o ensino da História geral em detrimento da História Local, mas sim
buscar e inserir temáticas que permitam ao aluno reconhecer que ele e o seu local de
origem também possuem uma história e que essa história também é relevante em vários
aspectos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base nacional comum curricular, Proposta preliminar, segunda versão revista.
Brasília, 2016. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/documentos/bncc-
2versao.revista.pdf. Acesso em: fevereiro de 2017.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n° 9394, de 20 de


dezembro de 1996.

CHARLOT, Bernard. Formação de professores: a pesquisa e a política educacional. In:


PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um
conceito. São Paulo: Cortez, 2002.

DAYREL, Juarez. A escola como espaço sócio-cultural. In____.Múltiplos olhares sobre a


educação e cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1996.p. 136-161.

KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São
Paulo: Contexto, 2003.

MARTINS, R. F. R. Os desafios do ensino-aprendizagem de história nos anos finais do


ensino fundamental da rede pública: limitações de formação dos professores e deficiências
de leitura e escrita dos alunos. Aedos: Revista do Corpo Discente do Programa de Pós-
Graduação em História da UFRGS (Online), v. 4, p. 766-782, 2012.

MESQUITA, Silvana S. A. & LELIS, Isabel A. O. M. Cenários do Ensino Médio no Brasil.


Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.23, n. 89, p. 821-842, out./dez. 2015.

ANEXO I PRODUTO VIRTUAL


ANEXO II

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