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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Pesquisa Académica

Luísa Hacina Teteni

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Licenciatura em Ensino de Geografia


Didáctica Geral
1º Ano, Io Semestre, Turma: S

Nampula, Maio, 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Pesquisa Académica

Licenciatura em Ensino de Geografia

Trabalho de carácter avaliativo apresentado na


cadeira de Didáctica Geral, 1º Ano, Io Semestre,
Turma: S, orientado pelo:

Docente: Lucas Mário Paulo

Nampula, Maio, 2023


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Índice
Introdução ............................................................................................................................................................3
1.1. Objectivos do artigo .............................................................................................................................3
1.2. Metodologia .........................................................................................................................................3
2. Abordagem dos tópicos orientados pelo docente de forma sequenciada .....................................................4
2.1. Categorias Pedagógica .........................................................................................................................4
2.2. Origem e desenvolvimento histórico do PEA ......................................................................................5
2.3. Estrutura da aula - funções Didáticas ...................................................................................................6
2.4. Avaliação do processo de ensino e aprendizagem ...............................................................................9
2.5. Métodos do processo de ensino e aprendizagem .............................................................................. 13
2.6. Planificação Do Processo De Ensino/Aprendizagem ....................................................................... 19
2.6.1. Objectivos do Processo de Ensino Aprendizagem .................................................................... 19
2.6.2. Classificação dos Objectivos de Ensino .................................................................................... 19
3. Plano de Aula: Anexo ................................................................... Erro! Marcador não definido.
Conclusão.......................................................................................................................................................... 23
Referências Bibliográficas ................................................................................................................................ 23
Anexo 1 ............................................................................................................................................................. 25
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Introdução

O presente trabalho pertence a cadeira de Didactica Geral, lecionado no curso de licenciatura em


Ensino de Geografia, na Universidade Católica de Moçambique. Neste artigo, abordar-se-ão tópicos
orientados pelo docente da cadeira.

LIBÂNEO (1994:25-26), a “Didáctica é o principal ramo de estudo da Pedagogia. Ela investiga os


fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do ensino”. A ela cabe converter
objectivos socio-políticos e pedagógicos em objectivos de ensino, seleccionar conteúdos e métodos
em função desses objectivos estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o
desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos.

A didática geral é um ramo da pedagogia que estuda os princípios gerais da prática em sala de aula,
tais como: processo de ensino e de aprendizagem, avaliação, métodos, prática de ensino, formulação
de objetivos e muito mais.

1.1.Objectivos do artigo
1.1.1. Objectivo geral
 Abordar cada tópico orientado pelo docente seguindo cada passo do guião orientador
1.1.2. Objectivos especificos
 Dar conceitos dos conteúdos em abordagem;
 Descrever cada tópico em abordagem neste artigo;

1.2.Metodologia

Na elaboração deste artigo, o autor teve como fonte de busca da informação a pesquisa bibliográfica,
onde consultei os livros, manuais encontrados na internet tais como: obras, encíclicas, revistas e
artigos científicos que versem sobre a problemática em estudo.
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2. Abordagem dos tópicos orientados pelo docente de forma sequenciada


2.1.Categorias Pedagógica
Das categorias da pedagogia podemos destacar:

I. Educação
Educação é um processo, actividade, prática, cuja essência é garantir que as crianças adolescentes e
jovens se apropriem de saberes acumulados pela humanidade numa determinada fase de
desenvolvimento sócio cultural, técnico, científico.

Existe três (3) tipos de educação a saber:

a) Educação formal é estruturada, organizada, planeada intencionalmente, e sistemática.


Ocorre no espaço da escola que, regido pelo sistema nacional da educação.
b) Educação não formal é aquela que ocorre fora do sistema formal do ensino, sendo
complementar a este, é um processo organizado, mas geralmente os resultados de
aprendizagem não são validos formalmente.
c) Educação informal é um processo continuo, através do qual cada pessoa adquire e acumula
conhecimentos, habilidades e percepções, a partir das experiencias quotidianas e da sua
exposição ao meio evolvente. Não é necessariamente organizada, podendo incluir os
processos educativos reduzidos de forma indiferenciada e subordinada a outros objectivos.

Auto-educação é uma tarefa que impõe o desenvolvimento intelectual que lhe permite usar a razão e
o dissentimento para distinguir o certo do erro.

A auto-educação é viver, sonhar, dialogar e relacionar-se. Não existe educação sem auto-educação,
ou seja, sem a educação de si próprio.

II. Instrução
Refere-se a formação intelectual, formação do desenvolvimento das capacidades cognitivas
mediante o domínio de certo nível de conhecimentos sistematizados. É através de instrução que
formam-se capacidades criativas e se desenvolvem as qualidades intelectuais, ela deve ser
considerada como uma das melhores formas de aperfeiçoar o processo educativo, ou seja, a instrução
permite que um individuo tenha o domínio dos seus conhecimentos.

Concluindo, a acção educativa desenvolve se em 3 áreas: cognitiva, afectiva e psicomotora, que se


resume em saber, saber fazer e saber estar e ser.
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A auto-instrução está intimamente a auto-educação, entende-se como um trabalho consciente


orientado a formação de certas quantidades.

Este tipo de procedimento pode ser utilizado para a crianças a ter maior controlo sobre actividades
que precisa realizar, assim como pode fornecer a si mesmo, auto-instrução no sentido de controlar o
seu comportamento agressivo.

III. Ensino
É o processo que auxilia professor -aluno na transmissão, na formação e desenvolvimento de
comportamentos intelectuais é o principal meio e fator da educação.

Também podemos definir ensino como forma sistemática de transmissão de conhecimento utilizados
pelos Homens, com objectivo de instruir e educar; geralmente ocorre em locais reconhecidos tais
como: Escola, creches.

2.2.Origem e desenvolvimento histórico do PEA


O PEA tem como sua origem a contradição entre o património sócio-cultural e técnico científico da
sociedade cada vez mais crescente e as possibilidades limitadas do homem de transmiti-lo
directamente, usando exclusivamente o próprio processo de vida e trabalho quotidianos.

O processo de ensino-aprendizagem é um tema muito importante e interessante. A aprendizagem


vem sendo estudada e sistematizada desde os povos da antiguidade oriental. Para o Egito,na China
ena Índia a finalidade era transmitir as tradições e os costumes.

Da Antiguidade até o início do século XIX, predomina na prática-escolar uma aprendizagem de tipo
passivo e receptivo. Aprender era quase exclusivamente memorizar. Neste tipo de aprendizagem, a
compreensão desempenhava um papel muito reduzido.

O processo de ensino-aprendizagem tem sido historicamente caracterizado de formas diferentes que


vão desde a ênfase no papel do professor como transmissor de conhecimento até as concepções
atuais que concebem o processo de ensino-aprendizagem com um todo integrado que destaca o papel
do educando.
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2.3.Estrutura da aula - funções Didáticas


Segundo Pilleti (2004) "as funções didácticas são orientações para o professor dirigir o processo
completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades" (p. 110).

Para Libâneo (1994) "funções didácticas são movimentos/ passos do PEA no decorrer de uma aula
ou unidade didáctica" (p. 175).

Para a nossa maneira de perceber, as funções didácticas correspondem a todas etapas que se sucedem
no Processo de Ensino e Aprendizagem que envolve uma ligação directa entre as actividades
do professor e do aluno no alcance dos objectivos almejados.

2.3.1. Classificação das Funções didácticas

As principais funções didácticas são: Introdução e Motivação, Mediação e Assimilação, Domínio e


Consolidação e Controle e Avaliação.

Introdução e Motivação

De acordo com Piletti (2004) "Motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e incentivos
que possam favorecer determinado tipo de conduta. Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e
incentivos apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz" (p. 233).

Libâneo (1994) define a Introdução como "a parte da entrada da aula que conduz ao aluno para
estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da questão chave, apresenta a
problemática de forma resumida" (p. 111).

Num contexto geral, introdução significa acto ou efeito de introduzir, prefácio, inicio de uma certa
actividade, obra ou prática e a motivação é o acto de motivar, acção dos factores que determinam a
conduta. Introdução e Motivação decorrem normalmente no princípio de uma aula. Esta
desempenha grande papel para o sucesso da aprendizagem dos alunos. Tem em vista preparar o
aluno para o inicio da aula e sua fase seguinte. Esta preparação tem 3 objectivos fundamentais:

 Criar disposições e ambiente favorável aos alunos, que possam assegurar decurso da
aprendizagem;
 Consolidar o nível inicial e orientar o aluno para o novo conteúdo;
 Motivar permanentemente com o fim de manter o interesse e a atenção dos alunos através de
avaliação de estímulos.
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Mediação / Desenvolvimento

Segundo Pillet (2004) Mediação é acção concreta do PEA em que o professor passa os conteúdos e
envolve diálogo e no fim faz a síntese (p. 111).

É, de facto, a fase da execução da aula, a parte central em que o professor se auxiliando de algumas
ferramentas didácticas tais como: princípios didácticos e material didáctico e outras, introduz e
desenvolve o tema interagindo, de forma envolvente e atendendo todos os aspectos que o processo o
impõe, por exemplo: Moral / Cívico, Higiénico, Didáctico e Científico.

O processo de mediação e assimilação exige uma dosagem, isto é, obedecer certos princípios. Os
princípios didácticos importantes na execução duma aula que pela sua natureza discreta passam
despercebidos.

Por exemplo, o princípio que defende que na transmissão de conhecimentos o professor, deve,
sempre que possível, partir:

 Do conhecido para o desconhecido;


 Do próximo para o afastado;
 Do fácil para o difícil;
 Do particular para o geral;
 Do simples para o complicado;
 Do pequeno para o grande;
 Do pouco para o muito;

Neste processo de mediação e assimilação, há que ter em conta o material didáctico ou


recursos didácticos

Segundo Gagné “Recursos didácticos são nada mais que componentes do ambiente que dão origem
à estimulação para o aluno. Esses componentes podem ser aprofundados ao professor, aos livros,
mapas, objetos físicos, fotografias, gravuras, fitas gravadas estudo dirigido, filmes entre outros.”
(GAGNÉ, 1971, p.27)

Chama-se material didáctico a todo conjunto de artifícios e tecnologias usadas para a concretização
do processo de ensino e aprendizagem.

os recursos didacticos tem extrema importância visto que:


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 Concretiza a aula;
 Facilita a compreensão;
 Facilita a fixação e
 Torna a aula activa

Consolidação / Controlo
Libâneo (1994) sustenta que" para o professor poder dirigir efectivamente o P.E.A. deve conhecer
permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da matéria. Este controle vai
consistir também em acompanhar o P.E.A. avaliando-se as actividades do professor e do aluno em
função dos objectivos definidos" (p. 186).

A avaliação, como parte integrante do PEA, é uma actividade contínua de pesquisa que visa verificar
até que ponto os objectivos definidos no programa estão sendo alcançados de modo a se decidir
sobre alternativas do trabalho do formador, do formando ou da escola como um todo.

Segundo Pilleti (2004), denomina-se de avaliação "ao conjunto de instrumentos com a finalidade de
medir o grau de alcance de objectivos na vertente do professor e do aluno" (p. 190). Desta maneira,
ela não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para verificar as mudanças de
comportamento. Ela permite identificar os alunos que necessitam de uma atenção especial e
reformular o trabalho com a adopção de procedimentos para ajustar tais deficiências. Por sua vez, o
aluno deve perceber que a avaliação é um meio e, para isso, o professor deve explicar-lhe os
objectivos da mesma e analisar com ele os resultados alcançados.

Esta é a última fase da aula, em que o professor, tomando como foco o objectivo traçado para a aula
em curso, procura, por meio de perguntas orais ou escritas, perceber até que ponto a matéria tratada
foi assimilada e tem assim, o feedback da aula.

Finalmente, trabalho para casa, (TPC), para mais exercitação e consolidação da matéria.

Controle e Avaliação
Esta função didáctica consiste em acompanhar todo o processo de ensino e aprendizagem, avaliando-
se as actividades do professor e dos alunos, em função dos objectivos definidos. Avalia-se, no
entanto, o nível atingido, identificam-se os problemas ou dificuldades que existem e propõe-se, no
fim, medidas para sua superação.
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Para isso, são empregados procedimentos e instrumentos de mensuração (observação provas, testes,
exercícios teóricos e práticos, tarefas) que proporcionam dados quantitativos e qualitativos.

2.4.Avaliação do processo de ensino e aprendizagem


De acordo com a complexidade do processo de ensino e aprendizagem, encontramos diversos
conceitos de Avaliação, variando de autor para autor.

Assim, para PILETTI (1991), “Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar
os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no
comportamento, propostas nos objectivos, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas
da planificação do trabalho do professor e da escola como um todo”. (p, 190)

Para LIBANEO (1994), a “Avaliação é um componente do processo de ensino que visa, através da
verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os
objectivos propostos e, dai, orientar a tomada de decisões em relação as actividades didácticas
seguintes”. (p, 196)

Na óptica de SALUBBI, 1971 apud TURRA et al (1975:177), “Avaliação educativa é um processo


complexo que começa com a formulação de objectivos e requere a elaboração de meios para obter
evidência de resultados, interpretação dos resultados para saber em que medida foram os objectivos
alcançados e formulação de um juízo de valor”.

A partir dos conceitos acima mencionados, podemos concluir que:

a) A avaliação não é um fim, mas um meio. Ela é um, meio que permite verificar até que ponto
os objectivos estão sendo alcançados, identificando os alunos que necessitam de atenção
individual e reformulando o trabalho com a adopção de procedimentos que possibilitem sanar
as deficiências identificadas.
b) O próprio aluno precisa perceber que a avaliação é apenas um meio. Nesse sentido o
professor deve informá-lo sobre os objectivos da avaliação e analisar com ele os resultados
alcançados.
c) A avaliação, sendo um processo contínuo, não é algo que termine num determinado
momento, embora possa ser estabelecido um tempo para realiza-la.
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2.4.1. Tipos e Funções de Avaliação

O acto avaliativo não se constitui como fim, mas como meio pelo qual se colhe informações
relativas ao processo ensino-aprendizagem. É através da sua prática que o professor desenvolve um
olhar mais diligente em relação ao desenvolvimento e ao aprendizado dos alunos, detectando as
dificuldades enfrentadas por cada um e desenvolvendo procedimentos de modo a sanar as
deficiências constatadas.

Conforme Haydt (2011):

A avaliação da aprendizagem do aluno está diretamente ligada à avaliação do próprio


trabalho docente. Ao avaliar o que o aluno conseguiu aprender, o professor está avaliando o
que ele próprio conseguiu ensinar. Assim, a avaliação dos avanços e dificuldades dos alunos
na aprendizagem fornece ao professor indicações de como deve encaminhar e reorientar a sua
prática pedagógica, visando aperfeiçoá-la. É por isso que se diz que a avaliação contribui para
a melhoria da qualidade da aprendizagem e do ensino. (HAYDT 2011, p. 216)

A avaliação assume um carácter duplo, pois, não somente fornece ao professor, informações
referentes à aprendizagem dos alunos, como também relacionadas ao seu trabalho. E ao avaliar o
nível de aprendizagem do aluno, o docente deve atribuir juízo de valor às suas práticas pedagógicas,
pois o conhecimento sobre os avanços e as dificuldades dos alunos torna-se uma ferramenta que
redireciona e reorienta o professor.

Diante as muitas alterações no cenário educacional os métodos avaliativos foram repensados e se


tornaram objeto de estudo, de modo a justificar a necessidade da prática avaliativa no sistema
educativo. Atualmente a avaliação é executada de forma conflituosa com a democratização
educacional, porque não garante a permanência do aluno no ambiente escolar. Desta forma, a
avaliação escolar que dá suporte ao docente organiza-se em três categorias, como cita Bloom.

Avaliação Somativa

A avaliação somativa é uma das modalidades avaliativas no processo de ensino. Tendo uma função
classificatória, isto é, de rotular o estudante em níveis de aproveitamento. Eventualmente atribuindo
ao aluno uma aprovação ou reprovação letiva. Nesse sentido Haydt (2011):
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Quando a avaliação é utilizada com o propósito de atribuir ao aluno uma nota ou conceito
final para fins de promoção, ela é denominada avaliação somativa. Este tipo de avaliação tem
função classificatória, pois consiste em classificar os resultados obtidos pelos alunos ao final
de um semestre, ano ou curso, tendo por base os níveis de aproveitamento preestabelecidos.
A avaliação somativa supõe uma comparação, porque o aluno é classificado de acordo com o
nível de aproveitamento e rendimento atingido, geralmente em comparação com os colegas,
isto é, com a classe. (HAYDT 2011, p. 221)

Podemos compreender que essa modalidade de avaliação tem a função de calcular em um


determinado período, a aprendizagem do aluno de acordo com os conteúdos que já foram pré-
estabelecido, reduzindo o conhecimento do aluno e as alternativas de avaliação do professor, apenas
a um número.

Podemos inferir que a avaliação somativa é executada muito mais como um instrumento de
mensuração, do que como um aparato de construção do conhecimento. Construindo um processo
segregativo dentro do espaço escolar e gerando assim uma exclusão, pois aqueles alunos que não
conseguem atingir os objetivos propostos são excluídos e ficam à margem do processo de ensino-
aprendizagem.

Sendo o objectivo principal da educação a inclusão e a democratização do ensino, é preciso que não
se detenha somente a modalidade de avaliação somativa como único meio de considerar o
desempenho do aluno.

É necessário considerar que cada indivíduo se desenvolve e aprende de forma diferente, para assim
repensar suas práticas avaliativas e não cometer injustiças. Logo, é importante que haja mobilização
e sensibilização dos professores; resultantes em dinâmicas mais ricas, atividades coletivas, etc. A
partir da utilização de métodos alternativos a escola e seus docentes tornam a avaliação
essencialmente equitativa para o aluno.

Avaliação Diagnóstica

Como uma segunda variedade avaliativa, conforme Luckesi (2005, p.81), para ser diagnóstica, “a
avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem
em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa
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avançar no seu processo de aprendizagem”. Assim, a Avaliação Diagnóstica consiste em uma


investigação realizada pelo docente em relação ao nível de aprendizagem do educando.

Entendemos assim, a avaliação diagnóstica não com a função de classificar o aluno, mas identificar
os níveis de desenvolvimento e aprendizagem em que ele se encontra, para que assim, possam ser
tomadas decisões satisfatórias quanto às ações didáticas, tendo em vista a construção da
aprendizagem.

Portanto, a avaliação diagnóstica contribui significativamente para a melhoria do processo de ensino,


pois, conhecer as dificuldades e deficiências do aluno. Constitui-se como etapa importante para o
aprimoramento deste processo. Sant’Anna (1995, p.33) salienta a importância da avaliação
diagnóstica para o processo de ensino-aprendizagem ao afirmar que esta “visa determinar a presença
ou ausência de habilidades, inclusive buscando detectar pré-requisitos para novas experiências de
aprendizagem”.

Vantagens e desafios da avaliação diagnóstica:


 Vantagens
- Determina as capacidades que o aluno possui para enfrentar certo tipo de aprendizagem (pré-
requisitos);
- Identifica as áreas de fácil e díficil compreensão e premite ao professor repertir partcial ou
totalmente a matéria ou iniciar a unidade seguinte.

 Desafios
- Este tipo de avaliação relança ao professor o desafio criatividade e planificação de modo a
encontrar os pontos fracos ou fortes acima referidos.

A consciência das limitações enfrentadas pelo aluno encaminha o professor à busca por estratégias e
métodos para saná-las, reorientando e redirecionando a sua própria prática pedagógica e conduzindo
ambos, professor e aluno, em direção a novas experiências de aprendizagem.

Avaliação Formativa
Durante o processo de ensino-aprendizagem é fundamental a autorreflexão do professor quanto sua
prática pedagógica, esta ação é chamada de Avaliação Formativa, que tem como intuito aperfeiçoar
as ações didáticas como o objetivo de buscar metodologias que se adéquem as necessidades de
aprendizagem dos alunos.
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[...] A avaliação formativa pode também ajudar a ação discente, porque oferece ao aluno
informações sobre seu progresso na aprendizagem, fazendo-o conhecer seus avanços, bem
como suas dificuldades, para poder superá-las. É através da modalidade formativa que a
avaliação assume sua dimensão orientadora, fornecendo dados para o replanejamento da
prática docente e orientando o estudo contínuo e sistemático do aluno, para que sua
aprendizagem possa avançar em direção aos objetivos estabelecidos [...](HAYDT 2011, p.
220)

Ainda conforme Sant’Anna (1995, p.34), ela é chamada de formativa “no sentido que indica como
os alunos estão se modificando em direção aos objetivos”. Por isso esse tipo de avaliação fornece
informações tanto ao aluno quanto ao professor, em relação aos resultados alcançados durante o
desenvolvimento das atividades.

A avaliação formativa conduz professor e aluno a um processo autoavaliativo. É um ato relevante no


processo de ensino-aprendizagem, pois, é através de sua prática que ambos têm consciência de seus
avanços e dificuldades. A autoavaliação induz o aluno à reflexão sobre o próprio aprendizado,
considerando seus avanços e suas dificuldades.

De modo similar, ocorre com o professor, pois imputa sobre ele a responsabilidade de refletir a sua
própria prática. Assim sendo, para Haydt (2011) "a autoavaliação conduz educador e educando à
consciência dos próprios avanços, limites e necessidades, os conduzindo ao aperfeiçoamento".
Portanto a avalicão não deve ser um recurso para marginalizar o professor ou o aluno. Ao contrário,
esta fermenta deve auxiliar o educador na escolha de suas dinâmicas de trabalho, contribuindo na sua
reflexão e na construção do conhecimento do aluno.

2.5.Métodos do processo de ensino e aprendizagem


Método, etimologicamente vem do latim “methodus”, quer dizer “caminho para se chegar a um fim”.
Representa a maneira de conduzir pensamento ou acções para se alcançar um objectivo.

No processo de ensino e aprendizagem, também deve-se agir com método se se pretende atingir os
objectivos de aprendizagem com mínimo de esforço e o máximo de rendimento.

Nérici (1989), método de ensino ou didáctico é “o conjunto de procedimentos lógicos e


psicologicamente organizados, de que-se vale o professor, para levar o educando a elaborar
conhecimentos, adquirir técnicas ou habilidades e incorporar atitudes e ideias”. (265)
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Para Libâneo (1994), “os métodos de ensino são as acções do professor pela quais se organizam as
actividades de ensino e dos alunos para atingir objectivos de trabalho docente em relação a um
conteúdo específico”. (152)

Os métodos de ensino regulam as formas de interacção entre ensino e aprendizagem, entre professor
e os alunos, cujo resultado é assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das
capacidades cognoscitivas e operativas dos alunos.

Os conceitos de método e de técnica de ensino ainda não estão devidamente esclarecidos, havendo,
mesmo, forte controvérsia a esse respeito.

Método é conceito mais amplo do que técnica. A técnica é mais restrita a formas de apresentação
imediata da matéria. Técnica de ensino significa certos recursos e a maneira de utilizá-los para a
efectivação da aprendizagem no educando. Método indica aspectos gerais de acção não especifica, e
Técnica indica o modo de agir, objectivamente, para se alcançar um objectivo.

Portanto, o método de ensino realiza-se através de técnicas (uma ou mais), mas todos os métodos de
ensino podem assumir papel de técnica, ao mesmo tempo que todas as técnicas de ensino podem
assumir papel de método. Sendo assim, tanto os métodos como as técnicas de ensino devem ajudar o
formando a apreender os conhecimentos, a desenvolver as habilidades e a assumir novas atitudes e
ideias.

Todo o método e técnica deve ter sequência e ser adaptado a estrutura mental, a maturidade e as
experiências anteriores dos alunos.

Critérios de Classificação dos Métodos de Ensino e Aprendizagem

Para a classificação dos métodos de ensino, são realçados aspectos como: as posições do professor,
aluno, disciplina e organização escolar, no processo educativo. Os aspectos que são levados em
conta são:

a) Métodos quanto a forma de raciocínio

 Método Dedutivo: quando o assunto estudado procede do geral para o particular. Este
método consiste na apresentação de conceitos ou princípios, definições ou afirmações,
dos quais vão sendo extraídas conclusões ou consequências. A dedução deve ser usada
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desde que permita ao aluno tirar conclusões ou criticar aspectos particulares em vista de
princípios gerais.

 Método Indutivo: aqui, os conteúdos são apresentados por meio de casos particulares,
sugerindo-se que se descubra o principio geral que rege os mesmos.

A indução de modo geral baseia-se na experiência, na observação, nos factos. O método indutivo,
permite convencer o aluno da constância dos fenómenos, que vai possibilitar a generalização ou a
conceituação de leis científicas.

 Método Analógico, Comparativo ou Transdutivo: quando os dados particulares


apresentados permitirem comparações que levam a concluir, por semelhança. Este método
convenientemente estudado, pode conduzir o aluno a analogias entre os conteúdos
anteriormente assimilados e os a serem assimilados.

b) Os Métodos quanto a coordenação do Conteúdo

 Método Lógico: quando os dados ou factos são apresentados em ordem de antecedente e


consequente, obedecendo a uma estruturação de factos que vai do menos ao mais complexo
ou da origem a actualidade, mas a principal ordenação é de causa e efeito em sequência
indutiva ou dedutiva. Esse procedimento tem maior aplicação a partir do segundo grau até às
universidades.

 Método Psicológico: a apresentação dos elementos não segue uma ordem lógica mas sim,
uma ordem mais afeita segundo os interesses, necessidades e experiências do educando.
Segue mais a motivação do momento do que, um esquema rígido previamente estabelecido.
Este segue o caminho do concreto para o abstracto, do próximo para o remoto, mesmo que
não sejam atendidas as razões de antecedente e consequente, na apresentação dos factos.

c) Métodos quanto a concretização do ensino

 Métodos Simbólicos ou verbalistico: neste método os trabalhos da aula são executados


através da palavra. A linguagem oral e a linguagem escrita assumem importância decisiva,
pois são imprescindíveis meios de realização da aula.

 Método Intuitivo: quando a aula é efectuada com auxilio constante de concretizações, a


vista das coisas tratadas ou de seus substitutivos e mediatos. Este método deve privilegiar o
contacto directo com a coisa estudada, experiências, trabalhos em oficinas, material
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didáctico, visitas e excursões, recursos audiovisuais, cartazes, modelos, esquemas, quadro,


projecções fixas ou móveis, confecção de álbuns, etc.

d) Métodos quanto a sistematização de conteúdos

 Método de sistematização: este método caracteriza-se por ser rígido ou semi-rigido. Rígido
quando o esquema da aula não permite flexibilidade alguma, através de seus itens
lógicamente entrosados, não dando oportunidade de espontaneidade alguma ao assunto da
aula. Semi-rigida quando o esquema da aula permite certa flexibilidade para melhor
adaptação às condições reais da turma e do meio social a que a escola serve.

 Método Ocasional: quando é aproveitada a motivação dom momento, bem como os


acontecimentos relevantes do meio. As sugestões dos alunos e as ocorrências do momento
presente é que orientam os assuntos da aula.

e) Métodos quanto as actividades dos alunos

 Método Passivo: quando se da ênfase á actividade do professor, ficando os alunos em atitude


passiva, recebendo os ensinamentos, o saber ministrado por aquele, através de: ditados, lições
marcadas no livro-texto que são depois reproduzidas de memória, perguntas e respostas com
obrigatoriedade de decorá-las, exposição dogmática.

 Método Activo: quando se tem em mira o desenvolvimento da aula com a paricipação do


educando. O método activo desenvolve-se a base da realização da aula por parte do aluno,
em que o professor se torna um orientador, um incentivador e não um transmissor de saber,
um ensinador.

Neste método existem técnicas que favorecem a actividade do educando tais como: Interrogatório;
Redescoberta; Arguição; Trabalhos em grupo; Estudo dirigido; Debates e discussões; Técnicas dos
problemas; Técnicas de projecto, etc.

f) Métodos quanto a globalização dos conhecimentos

 Método de Globalização: quando através de um centro de interesse, as aulas se


desenvolvem abrangendo um grupo de disciplinas, segundo as necessidades naturais,
surgidas no decorrer das actividades.
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 Método não globalizado ou de especialização: quando disciplinas e partes das mesmas


são tratados de modo isolado, sem articulação entre si, passando a ser cada uma delas
verdadeiro curso, pela autonomia e independência que alcança ao dirigir as suas
actividades.

 Método de Concentração: este método assume posição intermediária entre o


globalizado e o especializado. Recebe também o nome de método por época, pois
consiste em converter, por um período, uma disciplina em principal, funcionando as
outras como auxiliares.

g) Métodos quanto a relação do professor com aluno

 Método Individual: quando se define a educação de um só aluno. Um professor para cada


aluno. Seu uso é recomendável em caso de recuperação para alunos que, por qualquer motivo
se tenham atrasado em seus estudos. É usado, também, em casos de alunos excepcionais, que
requerem tratamento individualizado.

 Método Recíproco: quando o professor encaminha alunos a ensinar colegas.

 Método Colectivo: quando temos um professor para muitos alunos. No ensino colectivo não
pode ser esquecido o aluno como ser individual. Ele necessita ser atendido em suas
peculiaridades, mesmo dentro de uma turma. O ensino colectivo se torna mais eficiente a
medida que se vai individualizando.

 Método de Estudo em Grupo: quando o professor divide a turma em grupos e orienta o


ensino de maneira que cada grupo enfrente as tarefas de estudo, com base na dinâmica de
grupo, que os educandos de cada grupo participam activamente na tarefa a executar,
elaborando-a com base em acções inter-grupais.

 Método Socializado-Individualizante: é o método de ensino que da ênfase ao estudo em


grupo no estudo individualizado, por reconhecer que são duas formas de trabalhos exigidas
no presente.

 Método Individualizado: é a modalidade metodológica que orienta o educando a estudar


com base nas suas reais possibilidades e dentro do seu próprio ritmo de trabalho, sendo
concedido tempos diferentes para execussão de uma tarefa, para educandos diferentes em
seus ritmos de estudo.
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h) Métodos quanto ao trabalho do educando

 Método de Trabalho Individual: procura atender as diferenças individuais, o trabalho


escolar é ajustado ao educando por meio de tarefas diferenciais, estudo dirigido ou contracto
de estudo, ficando o professor mais a disposição para orientá-lo em suas dificuldades.

 Método de Estudo em Grupo: dá ênfase ao ensino em grupo, em que o plano de estudo é


repartido entre os componentes do mesmo, arcando cada um com parcela de
responsabilidade do todo. Da reunião do esforço dos alunos e da colaboração entre eles
resulta o trabalho total. Por exemplo na preparação de seminários.

 Método Misto de Trabalho: quando-se planifica, em seu desenvolvimento, actividades


socializadas e individuais.

i) Métodos quanto a aceitação do que é ensinado

 Método Dogmático: quando o aluno tende guardar o que o professor estiver


ensinando, na suposição de que aquilo é a verdade e compete ao aluno absorvê-la,
uma vez que a mesma está sendo oferecida pelo professor.

 Método Heurístico: consiste em o professor interessar o aluno em compreender antes


de fixar, implicando justificativas lógicas e teóricas que podem ser apresentadas pelo
professor ou pesquisadas pelo aluno, sendo-lhe permitido discordar ou exigir
justificativa para que o assunto seja aceite como verdadeiro.

j) Métodos quanto a abordagem do tema em estudo

 Método Analítico: este método implica a analise que significa decomposição, isto é,
separação de um todo em suas partes ou em seus elementos constitutivos. O método analítico
baseia-se na concepção de que, para compreender um fenómeno, é preciso conhecer-lhe as
partes que o constituem.

 Método Sintético: implica a síntese, que significa a reunião, isto é, união de elementos para
formar um todo. Aqui estudam-se os elementos constitutivos do fenómeno em marcha
progressiva ate chegar ao todo.
19

2.6.Planificação Do Processo De Ensino/Aprendizagem

2.6.1. Objectivos do Processo de Ensino Aprendizagem


A palavra objectivo vem do latim, objectus, que quer dizer “lançado adiante”,o que está a frente.

Para PILETTI (1991:65), objectivo é a descrição clara do que-se pretende alcançar como resultado
da nossa actividade. Os objectivos nascem da própria situação: da comunidade, da família, da escola,
da disciplina, do professor e principalmente do aluno. Os objectivos, portanto, são sempre do aluno e
para o aluno.

Os objectivos antecipam resultados e processos esperados do trabalho conjunto do professor e dos


alunos, expressando conhecimentos, habilidades e hábitos, conteúdos a serem assimilados de acordo
com as exigências metodológicas (nível de preparo prévio dos alunos, peculiaridade nas matérias de
ensino e características do processo de ensino e aprendizagem).

Também podemos afirmar que toda acção educativa de Ensino e Aprendizagem tem em vista
conduzir o educando a determinados pontos descritivos em objectivos educacionais e instrucionais.
Esses objectivos são classificados em níveis.

É fundamental definir os objectivos em qualquer processo de ensino aprendizagem porque os


mesmos têm por finalidade resolver ou responder as exigências e expectativas dos grupos e classes
sociais existentes na sociedade cujos propósitos são antagónicos em relação ao tipo de homem a
educar e as tarefas que este deve desempenhar nas diversas esferas da vida prática.

O carácter pedagógico da prática educativa está, precisamente, em explicitar fins e meios que
orientem para tarefas da escola e do professor em direcção as necessidades da sociedade e do
indivíduo. Em resumo, podemos dizer que não há prática educativa sem objectivos.

2.6.2. Classificação dos Objectivos de Ensino


Os objectivos são o ponto de partida, as premissas gerais do processo pedagógico. Representam as
exigências da sociedade em relação à escola, ao ensino, aos alunos e, ao mesmo tempo, reflectem as
opções políticas e pedagógicas dos agentes educativos em face das contradições sociais existentes na
sociedade.

Os objectivo de ensino podem ser classificados em:


20

a) Objectivos Educacionais (ou gerais)

Os objectivos gerais expressam propósitos mais amplos acerca do papel das escolas e do ensino
diante das exigências postas pela realidade social e diante do desenvolvimento da personalidade dos
alunos. Definem, em grandes linhas perspectivas da prática duma determinada sociedade, que serão
depois convertidos em objectivos específicos.

Estes objectivos, são da educação de uma escola específica, de um curso, das séries de um curso, das
planificações do ensino referentes a cursos e unidades de actividades, áreas ou disciplinas.

Os objectivos educacionais são, de modo geral, os que-se pretendem que o educando alcance ou
incorpore ao seu comportamento, após um período mais ou menos longo de ensino. Sendo assim,
existem verbos que permitem a definição de objectivos gerais tais como:

 Compreender  Julgar  Reflectir


 Saber  Conhecer  Conscientizar
 Entender  Adquirir  Inferir
 Desenvolver  Familiarizar-se  Sentir
 Aprender  Concluir  Determinar
 Melhorar  Concentrar  Pensar
 Aperfeiçoar  Gerar  Perceber
 Apreciar  Gostar  Descobrir

b) Objectivos Instrucionais ou Específicos

Os objectivos instrucionais ou específicos são proposições mais especificas referentes às mudanças


comportamentais esperadas para um determinado grupo. Eles representam expectativas de
comportamento com relação ao educando, o que ele devera fazer, em determinadas circunstâncias,
após um período de estudos ou de sequências do processo/aprendizagem.

Segundo WHEELER e WAYNE (s/d) apud NÉRICI (1991), afirmam que:

“objectivos instrucionais descrevem os resultados educacionais que são directamente


observáveis.O objectivo instruncional descreve o produto final do ensino em termos de
comportamento observável, estabelece as condições sob as quais o desempenho final poderá
ser observado e especifica o critério através do qual esse desempenho final poderá ser
julgado”. (p, :37)
21

Verbos que indicam objectivos específicos:

 Identificar  Desenhar  Explicar


 Cobrir  Numerar  Demonstrar
 Marcar  Rotular  Diferenciar
 Pressionar  Pôr  Aplicar
 Apontar  Nomear  Desenvolver
 Andar  Definir  Generalizar
 Colocar  Sublinhar  Relacionar
 Fazer  Repetir  Modificar
 Dizer  Recordar  Classificar
 Ler  Induzir  Resolver
 Sombrear  Ilustrar  Comparar
 Preencher  Preparar  Contrastar
 Remover  Representar  Justificar
 Seleccionar  Distinguir  Escolher
 Localizar  Realizar  Criticar
 Construir

A formulação dos objectivos específicos tem por finalidade classificar para o professor, em sua
própria mente ou comunicar a outros as mudanças desejadas no aluno. Outra função dos objectivos é
orientar o professor na escolha dos demais componentes de um sistema de organização de ensino.

Os objectivos específicos são definidos pelo professor. Para a definição adequada de objectivos
instrucionais é necessário que:

a) Os objectivos refiram-se aos comportamentos dos alunos e não aos do professor.


b) objectivos devem indicar claramente a intenção do professor e não podem dar margem a
muitas interpretações. Para que isso aconteça, é necessário utilizar verbos que indicam uma
acção observável.
c) Os objectivos devem especificar o que o aluno deve realizar.
d) Os objectivos podem estabelecer também as condições de (uso de instrumentos, livros e
outros recursos por exemplo) em que o aluno deverá demonstrar ser capaz de realizar no
final do curso, da unidade ou da aula o que está previsto no objectivo.
e) Para que fiquem ainda melhor enunciados, os objectivos podem especificar o grau de
perfeição que se espera do aluno.
22

Os objectivos educacionais e instrucionais, podem referir-se aos domínios cognitivos, afectivo e


psicomotor.

a) Domínio Cognitivo; este domínio inclui aqueles objectivos vinculados à memória ou


recognição e ao desenvolvimento de capacidades e habilidades intelectuais. Este domínio é
fundamental para a implementação da avaliação vigente. É o domínio em que tem ocorrido a
maioria dos trabalhos em desenvolvimento curricular e onde encontramos as mais claras
definições de objectivos expressas em termos de comportamento do aluno.

Exemplos de objectivos de domínio cognitivo: Informar-se, conhecer e adquirir conhecimentos.

O domínio cognitivo apresenta os seguintes níveis de definição dos objectivos: Conhecimento;


Compreensão; Aplicação; Análise; Síntese; e Avaliação.

b) Domínio Afectivo; inclui objectivos que descrevem mudanças de interesse, atitudes e valores e o
desenvolvimento de apreciações e ajustamento adequado. Os objectivos neste domínio não
apresentam uma formulação precisa, e, de facto, os professores parecem não estar muito esclarecidos
sobre as aprendizagens apropriadas a concepção dos mesmos. Não é fácil formular objectivos que
descrevam comportamentos nesta área, pois os sentimentos e as emoções interiores ou não
manifestos são tão significativos quanto os comportamentos manifestos ou abertos.

Exemplos: Cooperar; Valorizar; Interessar-se em e Acatar as medidas.

No domínio afectivo encontramos seguintes níveis: receptividade, reacção, valorização, organização


e caracterização em função de um valor ou de um conjunto de valores.

c) Domínio Psicomotor; refere-se á habilidades manipulativas (operativas) ou motoras, isto é, ás


habilidades para manipular, materiais, objectos, instrumentos ou máquinas. Exemplo: Desenhar;
Construir; Dirigir uma bicicleta; Moldar um boneco e Concertar um relógio.

Neste domínio também encontramos os níveis que permitem a definição dos objectivos tais como:
Percepção, Predisposição, Resposta orientada, Resposta mecânica e Resposta complexa evidente.

3. Plno de Aula: Anexo


23

Conclusão

Feito a pesquisa, conclui-se que, as principais categorias pedagógicas são: educação, auto-educação,
instrução, auto-instrução e ensino. A pedagogia é o campo de conhecimento que se ocupa do estudo
científico da educação.

As funções didáticas são as partes que compõem a aula e são chamadas de funções didáticas ou
momentos de uma aula. Elas são elementos ou partes que constituem a atividade principal do
processo de ensino-aprendizagem, o qual se manifesta na coordenação, subordinação, combinação e
relação destas, de modo a garantir que o PEA se realize de forma eficaz. As funções didáticas são
estudadas separadamente, mas são aplicadas de forma interrelacionada durante uma aula.

De acordo na abordagem deste artigo podemos afirmar que existem três tipos de avaliação e as
respectivas funções que são: Avaliação diagnóstica, Avaliação formativa e Avaliação sumativa.

Os objetivos de ensino são intenções e propósitos definidos quanto ao desenvolvimento das


qualidades humanas. Eles dizem respeito ao que os alunos devem desenvolver ao longo da
escolaridade (cognitiva, física, afetiva, estética e ética) e, especialmente, em cada aula.

As metodologias de ensino têm um papel fundamental no processo de incremento da autonomia do


aluno na aprendizagem. A planificação do ensino-aprendizagem assume carácter de obrigatoriedade
para o professor: o plano de ensino determina os objectivos a que se pretende chegar e o conteúdo a
mediar e, ademais, algumas características fundamentais da estruturação didáctico-metodológica e
organização do ensino.

Referências Bibliográficas

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Kenski, V. M. (2006). Repensando a avaliação da aprendizagem. In: VEIGA, I. P. (org).


Repensando a didática. 23. Ed. Campinas. São Paulo: Papirus.

Libâneo, J. C. (1997). Didáctica, Cortez, Ed, São Paulo, Brasil.


24

Libaneo, José Carlos. (2008). Didática velho e novos temas. São Paulo Brasil 1990.BEARD,
R. What is the role of the teacher today? Novembro, 2008. Disponível
em: http://www.eppgroup.eu/press/peve08docs/081113rogerbeard-lecture-en.pdf. Acesso em 09
maio 2023.

Luckesi, C. C. (1998). Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Brasil: Cortez.

Luckesi, C. C. (2005). Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 17. ed. São Paulo,
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Nerici, I. G. (1989). Introdução a Didáctica Geral. 2ed. Edições Atlas. São Paulo,Brasil.

Nerici, I. G. (2001). Didáctica Geral, 16ed. Edições Atlas. São Paulo, Brasil.

Piletti, Claudino. (2004). Didáctica. São Paulo, Brasil: Cortez.

Piletti, Claudino.(1991). Didáctica Geral. 12ed. Ed. Ática, São Paulo, Brasil.

Sant’anna, I. M. (1995). Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos. Petrópolis: Vozes.
Anexo 1
Plano de aula

Escola Secundaria de Namialo Data: 19 de Maio de 2023

Disciplina: Geografia Classe: 10ª Turmas: 1, 2, 3, 4, 5 e 6

Unidade Temática: Geografia Económica De Moçambique

Nome da Professora: Luísa Hacina Tetene Tipo de aula: Inicial Duração: 45’

Tema: Movimentos migratórios da população moçambicana

Objectivos Específicos:

No final desta aula, devera ser capaz de:

 Definir o conceito migração;


 Mencionar os tipos de movimentos migratórios;
 Descrever as principais consequências das migrações da população moçambicana.
Actividades
Tempo F.D.D Conteúdo Professor Aluno Meios de ensino Métodos
- Controle de - Faz o controlo das presenças e o -Responde a
7ʹ Introdução e Presença e estado da estado da sala; chamada e apresenta - Livro de turma; Elaboração
Motivação higiene da sala; - Apresenta o tema no quadro; a sala limpa; -Esferográfica Conjunta
- Apresentação do - Copia o tema para
tema no quadro o seu caderno;
20ʹ - Faz perguntas relacionadas com o - Responde as - Quadro de giz;
Movimentos tema; questões colocadas - Giz;
Mediação e migratórios da - Orienta um debate e esclarece a pelo professor; - Apagador. Elaboração
Assimilação população dúvidas; -Participa Conjunta
moçambicana - Explica a essência do conteúdo em activamente na aula
abordagem; e assimila a matéria .
Domínio e Escreve os - Quadro de giz;
10ʹ Consolidação Exercícios Dita ou passa os apontamentos apontamentos no - Giz; Trabalho
cadernos - Apagador; Independent
e
Controle e - Resumo da aula; - Dá o resumo da aula; - Passa o resumo da
8ʹ Avaliação - Marcação de T.P.C -Marca o T.P.C em anexo; aula; Quadro de giz; Trabalho
- Anota o T.P.C. - Giz; Independent
e
Movimentos migratórios da população moçambicana

As migrações são as deslocações das populações de uma zona a outra ou de um país ao outro, num período do tempo determinado. As
migrações podem ser internas e externas.

As migrações nacionais ou internas São migrações que ocorrem dentro das fronteiras de um País e podem ser:

a) Migrações inter-provinciais – realizam-se entre uma província e outra, motivadas pelas diferenças no desenvolvimento económico
e social. Ex: entre as províncias de Nampula e Niassa, Maputo e Gaza, Maputo e Inhambane, Maputo e Tete, etc.
b) Migrações inter-distritais- realizam-se geralmente entre distritos limítrofes, principalmente quando se verifica um nível de
desenvolvimento desequilibrado. Ex: as províncias de Nampula, Zambézia, Sofala, Manica, Cabo Delgado, Maputo e Gaza, registam
maiores fluxos migratórios porque os distritos destas províncias possuem unidades industriais e complexos agrários que necessitam
de mão-de-obra.
c) Migrações campo – cidade ou seja êxodo rural – é a principal migração internam do país. Os nossos centros urbanos, apesar do seu
ainda fraco desenvolvimento em infra estruturas sócio-económicas, têm constituído factor de atracção da população rural, devido:
 ao desequilíbrio no desenvolvimento económico entre a cidade e o campo;
 procura de melhores condições de vida nas cidades, nomeadamente emprego, escolas, hospitais e outros serviços;
 as calamidades naturais que afectam o campo;
 as guerras que foram intensas no campo.
d) Migrações sazonais - ocorrem durante uma determinada época do ano, principalmente durante a época das sementeiras até as
colheitas, isto é as pessoas saem das cidades para o campo onde realizam as actividades agrícolas. Ex: preparar a terra para a
sementeira, lançar a semente, controlar o ciclo vegetativo das plantas e colher os produtos.
e) Migrações Pendulares – são movimentos que se realizam diariamente. Ex. de casa para os vários serviços, escolas, hospitais,
mercado, etc. e vice-versa.
Principais consequências das migrações da população moçambicana

No lugar/região de saída ou da emigração regista-se:

 tendência da diminuição da população, sobretudo, a mais jovem;


 redução da taxa de natalidade;
 redução da mão-de-obra;
 fraca produção e produtividade.

No lugar/região de chegada ou da imigração regista-se:

 aumento acelerado da população;


 ocupação descontrolada e desordenada dos espaços físicos;
 mão-de-obra excedentária e barata;
 carência de vários serviços económicos, sociais, culturais, como consequência surge o desemprego, a fome, a miséria, a
marginalidade, a criminalidade, a prostituição, etc.
 sobrecarga das infra-estruturas, tais como: as escolas, os hospitais, etc., acelerando a sua deterioração e destruição;
 desequilíbrios ecológicos;
 abandono do país por parte dos melhores técnicos,
 surgem grupos de traficantes e de contrabando, etc.
T.P.C.
1. quais são os tipos de migração que conheces?
2. 2. Meciona 4 consequencias das migrações da população moçambicana.

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