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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Pesquisa Académica

Verónica Monteiro Pedro

708205368

Licenciatura em Ensino de Educação Física e Desporto


Voleibol 2
3º Ano, Io Semestre, Turma: A

Nampula, Abril, 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Pesquisa Académica

Licenciatura em Ensino de Educação Física e Desporto

Trabalho de carácter avaliativo apresentado na


cadeira de Voleibol 2, 3º Ano, Io Semestre,
Turma: A, orientado pelo:

Docente: Adolfo Manuel Eduardo Munacucha

Nampula, Abril, 2022


ii

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 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
iii

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 5
Conceito, historial, regras e número de jogadores no Voleibol.................................................. 6
1. História do voleibol no Mundo........................................................................................ 6
2. Caracterização de voleibol............................................................................................... 7
2.1. Número de jogadores no voleibol ............................................................................ 7
2.2. Posições do voleibol ................................................................................................. 7
2.3. Faltas no voleibol ..................................................................................................... 8
2.4. Árbitros de voleibol .................................................................................................. 8
3. Técnicas do voleibol sem e com a bola ......................................................................... 11
3.1. Técnica de saque no voleibol ................................................................................. 11
3.2. Cinco (5) elementos descritivos da técnica de toque de voleibol duma aula............. 13
3.2.1. Técnica de levantamento no voleibol ................................................................. 13
3.2.2. Técnica de ataque ou cortada no voleibol .......................................................... 14
3.2.3. Técnica de largada ou largadinha no voleibol .................................................... 14
3.2.4. Técnica de bloqueio no voleibol......................................................................... 14
3.2.5. Técnicas de defesa no voleibol ........................................................................... 15
4. Metodologia do ensino do voleibol ............................................................................... 16
4.1. Passos metodológicos para o ensino e aprendizagem de serviços ou saque .......... 16
Conclusão ................................................................................................................................. 18
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 19
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Introdução

O presente trabalho é da cadeira de Voleibol 2, seccionada no curso de licenciatura em ensino


de Educação Física e Desportos, na Universidade Católica de Moçambique (UCM/IED).

O voleibol é um desporto que cresceu no quesito popularidade nos últimos anos, não só no
Brasil, mas, no mundo todo. Talvez a mídia tenha sido a causadora dessa influência no gosto
popular, por meio de maior televisionamento de jogos, fazendo o desporto mais procurado,
praticado e entendido. Em Moçambique, pode-se considerar como o terceiro desporto mais
praticado. Todos esses fatores refletem positivamente na Escola, fazendo com que o desporto
seja bem aceito e apreciado pelos alunos. Outro fator que possibilita o seu desenvolvimento
na escola é que, Segundo Bojikian (1999), o Voleibol pode ser entendido como um jogo
facilmente adaptado a novas situações, portanto não há impedimentos para sua prática escolar.

Enfim, entende-se hoje, que o voleibol é um desporto indispensável na Educação Física


Escolar, pois a prática dele faz com que crianças e adolescentes tenham uma melhor qualidade
de vida e que, propiciam ao individuo, ainda quando criança, a oportunidade de adquirir as
habilidades motoras consideradas fundamentais para a aquisição de conhecimentos, relações
sociais e afetivas com o mundo que o rodeia. (Oliveira, 1988).

Ressaltando assim, a importância do desenvolvimento do voleibol nas aulas de Educação


Física e levando em consideração que não se observa fatores que impeçam o seu
desenvolvimento, frente a tal quadro, questiono: Como recriar o voleibol, adaptando as regras
para que todos participem de forma inclusiva e significativa.

O objetivo artigo é abordar Voleibol partindo da historia do seu surgimento, suas


características, regras usadas na pratica desta modalidade desportiva, métodos usados para o
seu ensino e assim como as técnicas de toque durante uma aula.

Apotencializacao das reflexões e orientações didático-pedagógicas visando oportunizar aos


alunos um aprendizado significativo e prazeroso referente ao real sentido do voleibol,
alcançando uma formação mais crítica e criativa do ser.

Para concretização deste trabalho, foi usada uma Pesquisa Bibliográfica que consiste
desenvolver o trabalho a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e
artigos científicos.
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Conceito, historial, regras e número de jogadores no Voleibol

O voleibol ou vólei é um desporto praticado entre duas equipas numa quadra retangular. Ela é
dividida por uma rede colocada verticalmente sobre a linha central.

O voleibol é jogado com uma bola e inclui diversos passes com as mãos. O objetivo principal
é lançar a bola por cima da rede e fazê-la tocar no chão do adversário.

1. História do voleibol no Mundo

O voleibol surgiu nos Estados Unidos em 1895. Seu criador foi o estadunidense William
George Morgan (1870-1942). Na época, Morgan era chefe de Educação Física da
“Associação Cristã de Moços” (ACM) em Massachusetts.

Sua ideia era criar um desporto que tivesse pouco impacto e contato físico entre os
adversários, com o intuito de evitar lesões.

Primeiramente, o desporto foi chamado de “mintonette” e, pouco depois, de “volley ball”.


Cinco anos após sua criação, o jogo foi levado para o Canadá e, mais tarde, conquistou outros
países do mundo.

Na década de 40, o voleibol já era reconhecido mundialmente. Sendo assim, em 1947, em


Paris, na França, foi fundada a Fédération Internationale de Volleyball (FIVB) - Federação
Internacional de Voleibol, em português. Esse órgão é até hoje responsável por coordenar e
organizar as atividades relacionadas com esse desporto.

Em 1949, aconteceu o primeiro campeonato mundial de voleibol para homens na


Checoslováquia, no qual a Rússia saiu campeã. Três anos mais tarde, esse campeonato já
incluiu o voleibol para mulheres, com vitória para o Japão.

A partir de 1964, o voleibol se tornou um desporto olímpico, o qual permanece até os dias
atuais. Hoje ele possui muitas equipes e adeptos pelo mundo.

Voleibol em Moçambique

A Federação Moçambicana de Voleibol (FMV) é uma organização fundada em 1978 que


governa a prática de voleibol em Moçambique, sendo membro da Federação Internacional de
Voleibol e da Confederação Africana de Voleibol, a entidade é responsável por organizar os
campeonatos nacionais de voleibol masculino e feminino no país. Foi esta que receba pela
primeira vez esta modalidade, posteriormente, faz a sua expansão em todo o país.
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2. Caracterização de voleibol
As principais regras do vólei são:

 Cada equipe possui um técnico;

 Uma partida é constituída de 5 sets;

 Não existe tempo pré-determinado para cada set;

 Cada set tem um máximo de 25 pontos com uma diferença mínima de 2 pontos;

 Em caso de empate no set no final (24 x 24), a partida continua até que a diferença de
dois pontos seja atingida (26 x 24, 27 x 25, etc.);

 Após o saque, a equipe só pode tocar três vezes na bola;

 Ganha a equipe que vencer três sets;

 Se houver empate nos sets (2x2) o 5º set será decisivo.

2.1.Número de jogadores no voleibol

O voleibol de quadra é formado por duas equipas com 6 jogadores em cada. No total, são 12
jogadores. Existem ainda 6 jogadores reserva.

Além do voleibol de quadra, há também o voleibol de praia. Diferente da quadra, o de praia é


jogado na areia e contém somente quatro jogadores, sendo dois de cada equipe.

2.2.Posições do voleibol

Cada jogador tem uma posição dentro da quadra, a qual apresenta uma ordem de rotação:

 3 jogadores posicionam-se perto da rede;

 3 jogadores posicionam-se na linha de trás.

Posição e a rotação dos jogadores.


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2.3.Faltas no voleibol

As regras do voleibol incluem diversas faltas no saque, ataque, passe de bola, toques, posição,
rotação de jogadores, dentre outros. Alguns exemplos de falta são:

 Dois Toques: quando um jogador toca a bola duas vezes consecutivas ou a bola bate
em várias partes de seu corpo.

 Quatro Toques: quando a equipe toca na bola quatro vezes antes de enviá-la aos
adversários.

 Toque apoiado: quando um jogador se apoia em outro da sua equipe. Também é


considerado falta se ele se apoia em alguma estrutura ou objeto dentro da área de jogo
para golpear a bola.

 Rotação: se a rotação entre os jogadores não acontecer de maneira correta na hora do


saque, a equipe comete falta.

 Rede: se jogar a bola entre o espaço das duas antenas próximas da rede, o jogador
cometerá falta.

2.4.Árbitros de voleibol
Para conferir de perto todos os lances da partida, garantir que todas as regras sejam cumpridas
e marcar eventuais faltas, os jogos de voleibol possuem uma ampla equipa de arbitragem,
formada por:

 Primeiro árbitro;

 Segundo árbitro;

 Apontador;

 Juízes de linha.
A quantidade de juízes de linha pode variar de acordo com a organização de cada
campeonato. Normalmente, há apenas dois, mas em competições da FIVB, por exemplo, há
quatro juízes de linha.

O Voleibol ao contrário da maioria dos Jogos Desportivos Colectivos, caracteriza-se pela


ausência de invasão do terreno de jogo adversário, não havendo como tal contacto físico entre
os intervenientes – participação alternada das equipas no jogo – a bola (Dias, 2004), e de não
ter qualquer condicionamento de tempo para jogar (Mesquita, 1996).
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Em Jogos Desportivos Colectivos como o Futebol, Andebol, Basquetebol, Hóquei em Patins,


entre outros, tem como grande objectivo a introdução da bola dentro de uma baliza, ou cesto
(caso do basquetebol), com medidas relativamente pequenas tendo em conta as dimensões dos
respectivos terrenos de jogo, ao contrário do Voleibol, em que o alvo a atingir é todo o terreno
de jogo adversário, o que obriga a equipa a defender cada centímetro do seu terreno de jogo.

O Voleibol apresenta diversas condicionantes, que faz aumentar o grau de complexidade do


jogo, tais como o limite de três toques por equipa e de dois consecutivos pelo mesmo jogador
em cada jogada, a rotação obrigatória dos jogadores passarem por todas as posições (à
excepção do jogador libero, especialista nas acções de recepção), a impossibilidade de agarrar
a bola, aglutinando as acções de receber e enviar numa só (Moutinho, 2000), reforçado ainda
com a elevada velocidade e variabilidade do jogo.

A impossibilidade de agarrar a bola, obriga a uma análise correcta e atempada das trajectórias
da bola, sendo a orientação do corpo e seu deslocamento cruciais na qualidade gestual
aquando do contacto com a bola (Mesquita, 1995; Moutinho, 1995). De facto a qualidade
gestual dos movimentos ganha grande importância no Voleibol, uma vez que, ao contrário de
outras modalidades, as irregularidades técnicas no contacto com a bola são punidas do ponto
de vista regulamentar e com perda imediata do ponto disputado, o que exige grande controlo e
perfeição na execução das habilidades técnicas (Moutinho, 2000).

No Voleibol é possível dividir a acção do jogo em duas fases tácticas fundamentais: o ataque
e a defesa: na fase atacante (ou fase ofensiva), a equipa tem a posse de bola, e desenvolve as
suas acções de jogo no sentido de obter ponto (Moutinho, 1994, 2000; Sousa, 2000). Nesta
fase encontramos a preparação para o ataque, a execução do ataque e cobertura ao ataque. A
fase defensiva desenvolve as suas acções de jogo com o objectivo de parar o ataque
adversário, e simultaneamente, tenta recuperar a posse de bola, passando assim para a fase
atacante (Moutinho, 1994, 2000; Sousa, 2000). Entre cada fase podemos encontrar uma
sequência de movimentos de jogo (fluxo de jogo) (Figura 1), apesar de não ser necessário a
sua realização na totalidade (Moutinho, 2000).

Segundo o mesmo autor, em cada um dos momentos do jogo são identificadas diversas
estruturas organizacionais, denominadas de dispositivos tácticos: dispositivo de recepção,
dispositivo ofensivo, dispositivo de protecção ao próprio ataque e dispositivo defensivo.
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A compreensão da estrutura de uma equipa é indissociável da compreensão das funções que


cada um dos seus elementos desempenha, sendo essa estrutura caracterizada pela distribuição
dos elementos/jogadores no campo e pelas relações que entre si estabelecem. Segundo a
literatura da especialidade, os jogadores dentro do jogo de Voleibol denominam-se, de acordo
com as funções que desempenham, como: (i) jogadores atacantes – jogadores especializados
na finalização; (ii) jogadores universais – jogadores que desempenham (alternadamente) as
duas tarefas de atacantes e distribuidores (Moutinho, 1994, 2000).

Segundo Moutinho (2000), encontramos diversos tipos de especialização no jogo de Voleibol:


na defesa alta (ou bloco) jogadores especializados em blocar a Zona 3, a Zona 2 e a Zona 4
(considerando o facto dos jogadores se colocarem, preferencialmente, numa destas diferentes
posições de rede como uma especialização); blocador de 1º tempo ou bola rápida, de 2º tempo
ou combinação e de bola alta (tendo em conta a especialização dos blocadores em relação aos
tempos de ataque); defesa de Zona 6, Zona 5 e Zona 1 (tendo em conta a defesa baixa); defesa
de diagonal longa, de diagonal curta, de paralela, de fundo do campo e de protecção ao
amortie (tendo em conta a trajectória do ataque); recebedores prioritários (tendo em conta os
jogadores previamente definidos para a recepção ao serviço adversário); atacante de Zona 3,
de Zona 4, de Zona 2 e atacantes de zona defensiva (tendo em conta a especialização
posicional do atacante); atacante de 1º tempo de 3º tempo ou de bola alta e atacantes de 2ª
linha ou de zona defensiva (no que se refere à função na circulação táctica ofensiva); jogador
libero (especialista na recepção do serviço adversário e na defesa) e o jogador distribuidor
(responsável pela realização da construção do ataque).

Na grande especialização que caracteriza actualmente o Voleibol, o distribuidor é o jogador


mais especializado da equipa, a par do jogador libero. Cabe ao distribuidor quase sempre a
realização de 2º toque (se pretende executar o passe de ataque não pode/deve defender) e, pela
mesma razão, não executa a recepção ao serviço adversário.

Por todos estes motivos é de extrema importância ter um controlo das particularidades
específicas de cada jogador, neste sentido a avaliação e controlo do treino tem um papel
determinante no alcance do máximo rendimento.
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3. Técnicas do voleibol sem e com a bola

As Principais Técnicas do Voleibol são o Saque ou Serviço, a Recepção ou Passe, o


Levantamento, o Ataque (Cortada), o Bloqueio e a Defesa.

3.1.Técnica de saque no voleibol

O Saque ou Serviço é uma das principais técnicas do Voleibol, é o acto de colocar a bola em
jogo. Na linguagem do Voleibol, o Saque é o fundamento que da início a um Rally. Um
Saque bem executado é aquele que dificulta a Recepção (Passe) da equipe adversária, fará
com que os jogadores da equipe receptora tenham que se afastar de suas posições e assim
tenham mais dificuldade de realizar um Ataque.

“Rally no Voleibol são todas as ações que acontecem no jogo desde o


momento que acontece um saque até o momento em que uma equipe marca um
ponto. A cada novo saque é iniciado um novo Rally.”

De acordo com as Regras do Voleibol FIVB o jogador sacador deve ficar atrás da linha de
fundo de sua quadra, região chamada de zona de saque ou serviço.

Regras relacionadas ao Saque:“A Zona de Saque ou Serviço no Voleibol é uma área de 9


metros de largura atrás da Linha de Fundo de cada lado da quadra.”

3.1.1. Tipos de saque do voleibol

Existem três tipos ou estilos de Saque no voleibol: o Saque por Baixo, o Saque por Cima,e o
Saque por cima com salto ou Saque Viagem ao Fundo do Mar (Saque Viagem).

1) O saque por baixo

É um tipo de saque mais lento, no qual a bola viaja mais alta sobre a rede. É o saque mais
indicado para iniciantes no Voleibol.

 Técnica de saque por baixo

Portanto, se fores destro, segure a bola em sua mão esquerda na altura da sua cintura, com a
mão direita fechada com o polegar para fora bata na parte inferior da bola com força
suficiente para que ela ultrapasse por cima da rede e caia dentro da quadra adversária. Se você
for canhoto basta fazer o mesmo movimento invertendo as mãos.
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2) O saque por cima


O Saque por cima é um saque mais rápido e eficiente, usado inclusive por jogadores
profissionais.

 Técnica de saque por cima

Segure a bola com uma ou as duas mãos, jogue-a para o alto, para cima da cabeça, bata na
bola com a palma da mão.

3) O saque viagem no voleibol

O Saque Viagem um Saque muito rápido e eficiente, o mais usado no nível profissional de
Voleibol.

 Técnica de saque viagem

O jogador deve ficar alguns passos afastado da linha de fundo, jogar a bola bem alto e para
frente, correr, saltar e bater na bola com a palma da mão com o maior potência possível.
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3.2.Cinco (5) elementos descritivos da técnica de toque de voleibol duma aula

A Recepção ou Passe é um dos Fundamentos básicos do Voleibol, é o ato de receber o Saque


adversário e passar a bola para o levantador da equipe. A Recepção ou Passe é o primeiro dos
três toques permitidos para cada equipe.

A técnica mais utilizada no passe é a Manchete (ver imagem acima). É importante que
durante a execução da Manchete que a bola seja tocada com o antebraço.

3.2.1. Técnica de levantamento no voleibol

O Levantamento é normalmente o segundo toque dos três toques permitidos para cada equipe.
A técnica mais utilizada para realizar um Levantamento é o Toque (ver imagem). Porém, o
Levantamento também pode ser realizado de Manchete.

O objetivo do Levantamento é levantar a bola próxima a rede para que um companheiro de


equipa realize um Ataque.
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Regras relacionadas ao Levantamento

“Se o Líbero estiver na Zona de Ataque e fizer um Levantamento usando o Toque (voleio), os
seus companheiros não podem cortar a bola acima da faixa superior da Rede.”

3.2.2. Técnica de ataque ou cortada no voleibol

O Ataque é, na maioria das vezes, o terceiro toque na bola permitido a cada equipe. A técnica
mais utilizada na realização do Ataque é a Cortada. Geralmente o Ataque é feito saltando e
batendo na bola com a palma da mão, com a maior força possível e para baixo.

3.2.3. Técnica de largada ou largadinha no voleibol

A Largada é um tipo de ataque que não utilizar a força, é quando um jogador salta para
realizar um ataque e, ao invés de realizar um Cortada, da um toque na bola com a ponta dos
dedos com objetivo de desviar do Bloqueio adversário.

3.2.4. Técnica de bloqueio no voleibol

O Bloqueio (ver imagem) é um fundamento de defesa que tem como objetivo bloquear o
Ataque e enviar a bola de volta para quadra adversária.

O Bloqueio pode ser individual (realizado por um jogador), duplo (realizado por dois
jogadores) ou triplo (realizado por três jogadores).
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Regras Relacionadas ao Bloqueio

“É proibido Bloquear o Saque adversário”

“O Líbero não pode bloquear ou tentar bloquear”

3.2.5. Técnicas de defesa no voleibol

A Defesa é um fundamento que pode ser realizado com qualquer parte do corpo, inclusive os
pés. O objetivo da Defesa é impedir o exito do Ataque (cortada ou Largada) da equipe
adversária.

A Defesa é um fundamento tão importante no Voleibol que existe jogador especialista em


defesa, o Líbero.
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4. Metodologia do ensino do voleibol

Segundo Garganta (2000), a crescente exigência do voleibol tem imposto necessidade de


selecionar condições práticas que são os meios pelos quais os jogadores adquirem os
conteúdos de aprendizagem. O desenvolvimento do aprendizado dos jogadores está
relacionado ao desenvolvimento da tática e assim do preparo para a atuação em quadra.

Para Bobato e Ribeiro (2015),a estruturação das actividades e das tarefas motoras tem
especial importância na construção do aprendizado, desenvolvimento e treino dos atletas.
Assim a organização das sessões de treinamento tem a necessidade de um treinador
capacitado para a concretização das suas intenções, para atingir os objectivos e para
concretizar as tarefas motoras necessárias para o desenvolvimento dos atletas.

De acordo com Garganta (2000),o desenvolvimento das habilidades técnicas e táticas dos
atletas é essencial para o processo de treinamento de qualquer equipe. Algumas abordagens
metodológicas de treinamento para desportos coletivos salientam uma dicotomia de
aprendizado da técnica e da tática, entretanto há a necessidade de uma perspectiva de
abordagem distintas e antagônicas implicadas na necessidade de estabelecer relação de
compromisso entre as ambas para a efetividade do treinamento.

4.1.Passos metodológicos para o ensino e aprendizagem de serviços ou saque

Baacke (1989), Gotsch (1991) e Brandl Neto (2002) sugerem algumas fases para o processo
de ensino/aprendizagem deste mini jogo. A seguir são apresentadas as fases baseadas em
Brandl Neto (2002), pois estão mais direcionadas as aulas de educação física.

Segundo Müller (2009) cada fase tem suas especificidades no processo de ensino
aprendizagem, sendo assim, cada fase do desenvolvimento do aluno tem um objetivo
específico, desde conhecer o ambiente em que esta, socializar com os demais e na questão de
mostrar que a diversão esta bem acima de simplesmente jogar voleibol.

Fase I. Desenvolvimento básico segundo Müller (2009), nesta fase inicial o principal objetivo
é simplesmente fazer com que a criança goste de praticar o voleibol, goste da pratica da
modalidade. Iniciando com o saque por baixo, pois a criança não tem toda musculatura
desenvolvida e o principal é o professor estar sempre corrigindo a criança, para que suas
habilidades e fundamentos sejam bem executados. Nessa fase o psicológico da criança precisa
ser estimulada, com motivação, concentração nos movimentos, percepção e preparar a criança
para ganhar e perder. Mostrar que o “espírito de equipa” é muito importante pois o voleibol é
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um desporto colectivo e as sessões de com pouca sobrecarga visando basicamente o


deslocamento e a coordenação motora.

Fase II. Aperfeiçoamento Na fase de aperfeiçoamento a criança já inicia movimentos básicos


do voleibol, sendo que, do mais simples para o mais complexo, para que isso não desmotive a
criança se ela não conseguir realizar certo movimento. Nesta fase já se inicia o saque por
cima, pois a criança já desenvolveu musculatura suficiente para tal fundamento. Iniciam-se
sistemas de jogo, sendo que cada um terá sua função dentro de quadra visando à participação
em competições. As sessões de treino nesta fase são maiores, mais específicas e táticas.

Fase III. Especialização Já nesta fase as posições são enfatizadas separadamente, pois cada
um tem a sua função e sua responsabilidade na equipe. Sistemas de bloqueio, ataque, defesa,
recepção são fundamentais para a equipe, são desses sistemas que o professor conseguira
organizar sua equipe para eventuais competições. Exercícios de força e explosão de membros
inferiores são bastante trabalhados e sessões de treinos intensificadas para que haja tempo
para exercícios táticos e físicos.

De acordo com Baacke (1977), no voleibol ensinamos apenas as técnicas fundamentais ao


jogo: Saque por baixo e tipo tênis, recepção de saque de toque e manchete, levantada de toque
e manchete, ataque de toque, largada, cortada, bloqueio simples e recuperação. Nesta fase
pode ser introduzido o ataque sem salto e o ataque com salto, bloqueio e defesa, melhora dos
fundamentos e habilidades técnicas e táticas.
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Conclusão

O Voleibol é um desporto perfeito para as aulas de Educação Física Escolar, dentre todos os
desportos é o que mais possibilita a participação conjunta dos dois géneros,
independentemente de estar no mesmo time ou como antagonista. É um jogo em que na
expressão mais popular de uma aula de Educação Física Escolar, não se precisa tirar a camisa
para diferenciar um time do outro.

Apesar da complexidade de alguns movimentos e por exigir precisão para os iniciantes, o jogo
tem uma grande vantagem sobre as demais modalidades, pois meninos e meninas podem
jogar juntos, pois, “o voleibol é um jogo sem contato físico, isto diminui consideravelmente
os riscos de acidentes e colabora para a eliminação de desentendimentos entre os praticantes”
(Teixeira, 1992, p. 34). E sai na frente também, pela maleabilidade em adaptação de regras e
espaços físicos para seu desenvolvimento.

No trabalho com movimentos do voleibol com fins educacionais, o desafio para o aluno é a
possibilidade de explorar o maior número possível de movimentos a partir dos elementos do
voleibol. Por elementos do voleibol há que se explicitar que são todos aqueles fundamentos
que o compõem, da ludicidade de sua prática, valores morais e de esforço individual, a relação
social que o jogo promove e a democratização por congregar pessoas de diferentes níveis,
qualidades, gêneros, posições sociais diferentes num mesmo momento com um objetivo de
superação de muitas situações do ambiente em que esse desporto acontece (Campos, 2006
p.34).

Souza (2007, p.56) diz que “[...] o voleibol escolar tem por objetivo promover o
desenvolvimento das capacidades motoras, físicas e psicológicas dos alunos. É na Escola que
o praticante de voleibol tem uma das primeiras oportunidades de conhecer e praticar este
desporto”. Portanto, o sucesso ou o insucesso da participação e interesse dos alunos pelo
desporto vai depender da forma que ele for apresentado pelo professor aos alunos, se o aluno
tomar gosto pela modalidade ele fará dela uma prática continua em sua vida e assim poderá
ampliar seus conhecimentos e sua prática.
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Referências Bibliográficas

1. Becker, F. (2001). Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed.


2. BOBATO, Jean Carlos; RIBEIRO, Paulo Sergio. Voleibol: possibilidades
metodológicas para a organização do trabalho do profissional de educação física no
ambiente escolar. FIEP BULLETIN -Volume 85 – Special Edition -ARTICLE I -
2015. Disponível em:
http://www.fiepbulletin.net/index.php/fiepbulletin/article/viewFile/85.a1.48/10459
Acesso em: 23 de Abril de 2022.
3. Brandl Neto, I. (2002). Voleibol: práticas alternativas frente aos novos paradigmas.
Caderno de Educação Física: estudos e reflexões. Marechal Cândido Rondon, v. 4, n.
7, p. 31-56.
4. Campos, Luiz Antonio Silva. (2006). Voleibol “da” Escola. Jundiaí: Fontoura
Editora.
5. Dias, C. (2004). A distribuição no voleibol. Criar uma estratégia de sucesso. Revista
Horizonte, XIX (111), Dossier.
6. GARGANTA J. (2000). Horizonte e Órbitas no Treino dos Jogos Desportivos. Porto:
Converge Artes Gráficas.
7. https://www.dicaseducacaofisica.info/tecnicas-voleibol/ acesso no dia 23 de Abril de
2022
8. Mesquita, I. (1995). O ensino do voleibol. Proposta metodológica. In O Ensino dos
Jogos Desportivos, A.Graça e J.Oliveira (Eds), 2ª Edição, 153-199. Faculdade de
Ciências do Desporto e de Educação Física – Universidade do Porto, Porto.
9. Mesquita, I. (1996). Contributo para a estrutura das tarefas no treino em voleibol. In
Estratégia e Táctica nos Jogos Desportivos Colectivos. J.Oliveira & F.Tavares (Eds.),
95-103. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física – Universidade do
Porto, Porto.
10. Moutinho, C. (1994). A estrutura funcional do Voleibol. In O ensino dos Jogos
Desportivos: 141-156. Amândio Graça & José Oliveira (Eds). CEJD/ Faculdade de
Ciências do Desporto e de Educação Física – Universidade do Porto, Porto.
11. Moutinho, C. (1995). O ensino do voleibol. A estrutura funcional do voleibol. In O
Ensino dos Jogos Desportivos, A.Graça e J.Oliveira (Eds), 2ª Edição, 137-152.
Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física – Universidade do Porto,
Porto.
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