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Disciplina :

Orientação
Profissional
• Existem hoje, no Brasil, 2.638 profissões
registradas na Classificação Brasileira de
Ocupações (CBO).
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• Dificuldade para os adolescentes decidirem quais


profissões seguirem e quais caminhos tomarem em
relação à carreira profissional.

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Orientação profissional de orientação vocacional?

A orientação vocacional
• Ajuda a pessoa a conhecer o seu perfil , suas áreas de interesse, sua vocação
• Vai além de teste psicológicos
• A vocação indica uma tendência ou habilidade que leva alguém a exercer uma
determinada carreira.
• O psicólogo auxilia com ferramentas específicas, a descoberta dessa vocação.
A orientação profissional
• Está mais relacionada ao mundo profissional
• Envolve o detalhando informações sobre o mundo do trabalho
• alinhamento dos talentos e características com a realidade cultural e profissional.

Os dois nomes se referem ao mesmo processo - se complementam


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“A Orientação Profissional (OP) é compreendida
como uma intervenção processual que objetiva
instrumentar a pessoa a realizar escolhas
conscientes e autônomas na definição de sua
identidade profissional” (Melo-Silva &
Jacquemin, 2001).

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“Orientação Profissional o processo de
facilitação da decisão, por meio do
reconhecimento, pelo orientando, das relações
entre os elementos sociais, familiares e
psicológicos que a influenciam (Noronha, Freitas
e Ottati, 2003; Sparta, et al. 2006)

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O processo de escolha implica:

• autoconhecimento
• informação sobre as profissões
• integração desses aspectos em uma síntese

Construção de uma identificação profissional e


um projeto de vida

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• O processo de escolha profissional implica:
autoconhecimento, informação sobre as
profissões e a integração desses aspectos em
uma síntese, de modo que se construa uma
identificação profissional e um projeto de vida,
enfatizando a responsabilidade do orientando
sobre sua decisão (SPARTA ET AL., 2006).

• A orientação profissional pode ser


desenvolvida individualmente ou em grupo.

• Envolve o confrontar os resultados dos testes


com com outras técnicas;
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Contextualização histórica

• Nasceu sob forte influência da psicometria.


• Nasceu como uma prática cujos objetivos estavam
diretamente ligados ao aumento da eficiência
indústria (Munique, 1902)
• Atrelada à psicologia com interface na educação;
• Metodologia: diagnóstico das tendências
vocacionais e aptidões dos indivíduos- uso de testes
psicológicos e aconselhamento para ajustamento ao
trabalho;

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Década de 1920

• Orientação Profissional brasileira pautou-se


pelo modelo da Teoria do Traço e Fator:

• O processo de Orientação Profissional é


diretivo e o papel do orientador profissional é
o de fazer diagnósticos, prognósticos e
indicações das ocupações certas para cada
indivíduo, o que foi feito, desde o início, com
base na Psicologia Aplicada, especialmente
na Psicometria.

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• Década de 1940: campo de atuação de
psicólogos e pedagogos nas escolas;
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• OP surgiu como atividade no campo da


Orientação Educacional, destinada às classes
menos favorecidas que frequentavam as escolas
profissionais.
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• Lei LDB 5.692/71 : atribuição específica do


orientador educacional, devendo ser oferecida
em todas as escolas.
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Novo paradigma: a partir da década
de 1940

• Com o declínio da sociedade industrial, nasce


um novo paradigma de Orientação
Profissional, cujo foco deixou de ser a
produção e passou a ser o indivíduo;

• Um dos seus objetivos é promover uma


reflexão crítica e ética sobre o compromisso
social implicando escolhas profissionais dos
indivíduos para que possam assumir um papel
de agente de mudança social.

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1951: 1ª Teoria do Desenvolvimento
Vocacional (Ginzberg , Ginsburg, Axelrad e Herma)

A escolha profissional não é um acontecimento


específico que ocorre num momento determinado
da vida, mas é um processo evolutivo que ocorre
entre os últimos anos da infância e os primeiros
anos da idade adulta.

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1957: Teoria do Desenvolvimento
Vocacional (Donald Super)

A escolha profissional como um processo que


ocorre ao longo da vida, da infância a velhice,
através de diferentes estágios do
desenvolvimento vocacional e da realização de
diversas tarefas evolutivas.

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Na década de 1960

• OP foi-se vinculando cada vez mais à


Psicologia Clínica

• Influências da Psicanálise e, especialmente, da


estratégia clínica de orientação do psicólogo
argentino Rodolfo Bohoslavsky (1977/1991):
autoconhecimento para ajuda na superação
dos conflitos psíquicos presentes na
problemática profissional.

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Década de 1970:

• Prof.ª Maria Margarida de Carvalho, USP


• Processo grupal em OP: modelo brasileiro de
orientação;

• Fundamentado na dinâmica de grupo,


• Cinco sessões de três horas de duração
• Objetivos: ensinar a escolher a profissão e
possibilitar a decisão por meio de
autoconhecimento, informação ocupacional e de
mercado de trabalho.

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Ferreti (1997)

• Critica a tendência de se atribuir ao indivíduo a


responsabilidade por sua "desorientação" frente
à escolha de uma profissão, como se ela fosse
fruto de um desajustamento psicológico.
• A falta de orientação é mais efeito da
complexidade do sistema produtivo do que de
dificuldades relacionadas à decisão.
• Perspectiva crítica: reflexão do sujeito sobre si e
sobre sua escolha profissional, posicionando-se de
maneira ativa no meio em que vive;
• Há divergências: a abordagem psicométrica
ainda está muito presente nas práticas atuais.
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Sobre a OP, atualmente

• Psicólogos, pedagogos, professores, assistentes


sociais, sociólogos, administradores de empresa,
economistas, comunicólogos, dentre outros
profissionais, atuam nesta área: não integração
destas áreas

• Predominam os modelos tradicionais de intervenção


baseados em uma concepção psicologizante que
valoriza as características individuais e das
profissões em detrimento da análise crítica do
contexto socioeconômico.

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• Voltado essencialmente ao atendimento de
jovens do ensino médio

• Realizado majoritariamente por psicólogos em


contexto educativo ou em consultório

• Envolve atividades que dispõem de


conhecimentos teóricos e práticos destinados,
sobretudo, aos adolescentes, à escolha
profissional e à elaboração de projetos futuros
(Melo-Silva, Noce & Andrade, 2003).

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O que interfere na escolha

• A escolha profissional é multifatorial. É


influenciada por fatores políticos,
econômicos, psicológicos, sociais, familiares
e educacionais.

• Família
• Aspectos pessoais
• Contexto socioeconômico
• Grupo social
• Escola
• Questões de gênero : profissões vistas como
femininas ou masculinas
▪ Atuação do psicólogo em programas de
Orientação Profissional

• Deve dar atenção à conjuntura histórica e 1 2


social do trabalho, o que significa pensar em
intervenções de cunho reflexivo
• Pode realizar OP com sujeitos em diferentes
fases profissionais, inclusive com aqueles que já
escolheram e trabalham há anos em uma 3 4

carreira.
• Utiliza métodos e técnicas de uso privativo do
psicólogo em OP(testes psicológicos ) e outra
estratégias mais dinâmica, como entrevistas,
dinâmicas de grupo,. 5 6

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A OP e a Psicologia escolar no Brasil

• Historicamente algo secundário na escola, uma


atividade periférica do psicólogo escolar;

• A escola é um espaço privilegiado em que este


trabalho deve se organizar, de forma interdisciplinar;

• CFP: o psicólogo escolar, "desenvolve programas de


orientação profissional, visando um melhor
aproveitamento e desenvolvimento do potencial
humano, fundamentados no conhecimento psicológico e
numa visão crítica do trabalho e das relações do
mercado de trabalho"

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• “Cabe ao psicólogo implementar a OP na escola,
encarando o desenvolvimento acadêmico e da
carreira como processos relacionados, que se
apoiam e suplementam mutuamente, em benefício do
aluno” (Taveira, 2005).

• A OP deve ser parte integrante do processo de


educação formal.

I. . É necessário confrontar os resultados dos testes com


com outras técnicas;

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Por onde começar?

Abrir horizontes
• discutir com os alunos as profissões que
existem
• apresentar a universidade pública como
uma possibilidade real.
• mecanismos para que os estudantes
acessem o ensino superior:
• Sisu,
• ProUni,
• cotas e
• cursinhos populares.
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Encontros com os alunos

• Dinâmicas, workshop, rodas de conversa,


palestras, questionários, dentre outros

• Projetos Campanha Educativa para a escolha da


profissão ( ver guia de atividades).

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• Feira de profissões (Ver experiência USP)
• Oficina de profissões
• 1.“adivinhe quem é esta pessoa, a partir
de suas escolhas”,
• 2. “critérios de escolha” e
• 3. “formulando dúvidas relevantes para
mim”

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• Projeto de orientação profissional devem ser desenvolvido
pelo psicólogo escolar em parceria com orientador
educacional, professores e demais atores da escola.

• Deve ser institucional e ser desenvolvido ao longo do ano.

• Embora seja mais comum no EM, é importante que desde


cedo a criança tenha acesso a este universo

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Técnicas e testes

Devem ser compatíveis com a OP em grupo ou


individual
• Anamnese/entrevista
• Testes psicométricos
• Dinâmicas de grupos e oficinas para
autoconhecimento e conhecimento ds
profissões e contexto atual
• Contato com os pais/ oficina sobre
expectativas dos pais
• Visitas a locais de trabalho e entrevistas
com profissionais
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Testes mais usados

• Teste de Aptidões Específicas (DAT)


• Bateria de Testes de Aptidão Geral (BTAG)
• Bateria Fatorial CEPA: Teste de Aptidões
Específicas
• BPR-5

Verificar se está autorizado pelo CFP

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