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SUMÁRIO

1 A ORIENTAÇAO PROFISSIONAL E DE CARREIRA EM SEU CONTEXTO


GERAL 2

2 O QUE É ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E DE CARREIRA?...................6

3 ASPECTOS HISTORICOS........................................................................13

3.1 A escolha da profissão antigamente...................................................13

3.2 Como eram feitos os testes de orientação profissional?....................14

3.3 Então como seria a orientação profissional ideal?..............................15

4 SOBRE AS DINÂMICAS...........................................................................16

4.1 Dinâmica da Estrela............................................................................16

4.2 Dinâmica sobre caminhos profissionais..............................................18

4.3 DESCONTRAÇÃO E INTEGRAÇÃO.................................................21

4.4 Líder ou lideranças? A Candidatura...................................................22

5 ORIENTAÇÃO VOCACIONAL..................................................................26

6 Planejar a vida uma questão de escolha...................................................28

6.1 Discutir formas de organização de Trabalho......................................28

6.2 Identificação de habilidades e limitações............................................30

7 PLANEJAMENTO PROFISSIONAL..........................................................32

8 Projeto de Orientação Profissional/Vocacional..........................................34

BIBLIOGRAFIA............................................................................................... 47

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1 A ORIENTAÇAO PROFISSIONAL E DE CARREIRA EM SEU CONTEXTO
GERAL

FONTE:www.wrcoaching.com.br

A orientação profissional, muitas vezes também chamada de orientação


vocacional, é um serviço especializado que tem por objetivo auxiliar os jovens na
escolha de sua futura profissão. O processo inclui atendimentos individuais, com
atividades e testes psicológicos que propiciam o autoconhecimento, a informação
profissional (considerando as atividades profissionais, bem como as informações
relativas aos cursos e instituições), o estabelecimento dos principais critérios que
norteiam essa escolha e a construção de um projeto de vida que possa aliar as
expectativas pessoais e profissionais.
O conceito de carreira também é trabalhado, de forma que o adolescente seja
capaz de compreender que esta é derivada de uma série de escolhas ao longo da
vida.

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As dúvidas presentes nessa fase da vida com relação a escolha da profissão
envolvem dilemas como:
 Fazer o que gosto ou o que garante maior retorno financeiro?
 Considerar as matérias que tenho maior facilidade para escolher
profissões associadas às áreas de humanas ou exatas ou buscar
profissões que eu goste mais?
 Buscar cursos mais tradicionais ou arriscar um curso novo?
Dentre outros dilemas que podem se apresentar no momento da escolha
profissional, o fato é que grande parte dos adolescentes sente grande dificuldade em
realizar essa escolha.
A orientação profissional é a base para qualquer pessoa encontrar seu
caminho como pessoa e como profissional. Aplicar dinâmicas de orientação
profissional para jovens e alunos é uma maneira de estimular a curiosidade para a
vida profissional e apresentar novas profissões a fim de idenficar com qual delas o
jovem se identifica. Essa dinâmica de grupo para orientação profissional pode ser
aplicada também em empresas apresentando a seus colaboradores novos caminhos
a serem seguidos rumo a qualificação profissional. Como fazer dinâmicas de
orientação profissional com crianças, jovens e alunos, dicas e exemplos de técnicas
para aplicar em sala de aula e em empresas.
Para muitos jovens a escolha da profissão no século XXI é uma dificuldade,
mas ao mesmo tempo, uma necessidade. Numa época em que a tecnologia e a
ciência caminham a passos largos, o jovem apresenta interesse em obter maiores
informações sobre as novas opções de trabalho, mercado, cursos, faculdades,
dentre outros. Além de se informar sobre as novas possibilidades de cursos, far-se-á
necessário ao jovem conhecer-se, refletir sobre seus gostos, visão de mundo e
sobre o que almeja para seu futuro, incluindo aí um projeto de vida pessoal que
envolva o profissional.
Segundo os autores, BOCK (1995), BOCK (2006), LUCCHIARI (1993),
TAVARES (2007), o jovem necessita pensar, refletir a respeito de sua escolha
profissional, sobre as influências que recebeu durante todo seu processo de
desenvolvimento, sejam elas da família, amigos, mídia, livros, filmes, etc.

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Para BARBIER (2007) a pesquisa-ação consiste numa ação
libertadora, que transforma a realidade por meio da conscientização
e humanização dos sujeitos envolvidos levando à emancipação
humana e à aprendizagem. No caso especifico da orientação
profissional, cada grupo que trabalhamos é único, com suas
particularidades, e não cabe a nós darmos respostas prontas, mas
estimulá-los a pensar e a tomar suas próprias conclusões quanto
às escolhas profissionais.

FONTE:www.rafaelabrissac.com.br

BOCK (2006) refere-se a essa perspectiva teórica


denominada “sociohistórica”, aceitando formulações desenvolvidas
pelas teorias críticas e aponta que é necessário um avanço na
compreensão da relação indivíduo-sociedade, de forma dialética,
isto é, deve-se caminhar para a compreensão do indivíduo como

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ator e, ao mesmo, tempo autor de sua individualidade, não devendo
ser confundida com individualismo.

Segundo BOCK (2006), a abordagem sociohistórica, da


mesma maneira que a perspectiva crítica questiona e é contra a
forma de aproximação dos indivíduos com as ocupações por meio
do modelo de perfis.

FONTE:www.miltarocha.com.br

Assim, entende que as profissões e ocupações não são perenes e imutáveis,


principalmente na sociedade contemporânea que a tecnologia e o conhecimento
avançam rapidamente gerando novas possibilidades de trabalho e por vezes
desaparecendo algumas funções que existiam anteriormente.
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Esta abordagem trabalha com a ideia da multideterminação do humano,
negando a concepção do ser humano natural ou abstrato.
A abordagem sociohistórica aponta caminhos para entender o indivíduo na
sua relação com a sociedade de forma dinâmica e dialética, pois segundo BOCK
(2006) o ser humano é multideterminado.

2 O QUE É ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E DE CARREIRA?

FONTE:www.smconsultoriaempresarial.com.br

A todo o momento fazemos escolhas, portanto escolher é uma das tarefas


rotineiras da vida. Diariamente escolhemos o que comer, qual roupa vestir, quais
cores usar, quais músicas ouvir, vídeos e filmes assistir, livros para ler, pesquisamos
sobre aquilo que nos interessa e muitas vezes sem perceber adotamos critérios para

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fazer essas e tantas outras escolhas.

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Desse modo, há escolhas que não trazem grandes consequências ao nosso
cotidiano, mas existem também escolhas que são mais complexas, onde
consideramos vários fatores e que podem trazer incertezas e riscos. Nesse sentido
fazer uma escolha profissional ou redefinir a carreira, pode não ser tão simples
quanto parece.
A maioria dos jovens encontra dificuldades nesse momento e muitas vezes,
quando já se está há um tempo numa determinada profissão e se quer mudar de
carreira, essa transição pode gerar um impasse, sentimentos variados, diversas
dúvidas, inseguranças e incertezas, o que é natural e pode ser benéfico,
possibilitando mais atenção a isso.

FONTE:www.psicologalucianacaetano.com

Podemos nos sentir perdidos, confusos, sem conseguir organizar


possibilidades e pensar sobre elas de uma maneira que nos ajude a chegar a alguns
apontamentos ou direções. Dessa forma a orientação profissional pode oferecer (por
meio de perguntas, exercícios, pesquisas e se necessária aplicação de testes) a
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oportunidade de entrar em contato consigo mesmo, estimulando o
autoconhecimento, olhando para si mesmo, considerando seus gostos, suas
preferências, interesses, seu momento de vida, levando em conta também as
possibilidades profissionais, os cursos, o mercado de trabalho, aquilo que se
imagina e o que, de fato, acontece no cotidiano dos profissionais.
Portanto a orientação profissional pode nos levar a fazer uma escolha mais
consciente e madura, considerando perdas, ganhos e riscos.
A área de Orientação Profissional e de Carreira abrange uma série de
serviços com objetivos diferentes, dentre eles estão alguns serviços que presto como
Orientadora Profissional e Coach nos formatos individual grupo, presencial ou virtual:
Orientação Vocacional - serviço destinado a pessoas em situação de primeira
escolha profissional. É o caso de jovens concluintes ou recém-egressos do Ensino
Médio.
Reorientação Profissional - serviço destinado àquelas pessoas que fizeram uma
escolha profissional, mas se arrependeram. Normalmente, este serviço atrai
universitários e recém-formados.
Orientação de Carreira - serviço destinado a pessoas que buscam rever
suas carreiras, repensando sua identidade profissional. É o caso de adultos em fase
intermediária de carreira.
Planejamento de Carreira - serviço destinado às pessoas que sabem o que
desejam para suas vidas profissionais, mas não sabem como chegar lá. Este serviço
é procurado tanto por jovens, quanto por adultos.

É o processo pelo qual indivíduos desenvolvem, implementam e monitoram


metas e estratégias de carreira. Resulta em indivíduos mais produtivos e auto
realizados. Conduz a trajetória profissional e estimula o indivíduo a fazer uma
análise de suas competências e principalmente a entender a si próprio.

Pontos básicos:

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 Coletar informações sobre si mesmo e sobre o mundo do trabalho;
 Traçar um perfil detalhado de suas características de personalidade,
interesses e aptidões, bem como das possibilidades de atuação no
mercado de trabalho e ocupações alternativas;
 Estabelecer metas realistas, baseadas nessas informações;
 E implementar uma estratégia para o alcance das metas.

 Quando?

 Esse planejamento pode ser elaborado ainda na fase acadêmica;


 Oportunidade de planejar o desenvolvimento de comportamentos e
atitudes apropriados para o relacionamento interpessoal;
 Participar de cursos extracurriculares que possibilitem a preparação
adequada para o ambiente de trabalho: comunicar-se com a equipe,
relacionar-se, apresentar-se, desenvolver habilidades de gestão
(liderança) e outras que o mercado exige.

 O que impede?

Dutra (1996), afirma que há por parte das pessoas, uma natural
resistência ao planejamento de suas vidas profissionais, tanto
pelo fato de encararem a trilha profissional como algo dado,
quanto pelo fato de não terem tido qualquer estímulo ao longo
de suas vidas.

 170 executivos de alto nível pesquisados no Brasil, apenas três haviam


planejado suas carreiras. Ainda segundo essa empresa, os padrões em
escritórios de outros países são também muito baixos.

O trabalho de orientação profissional para estudantes do ensino médio é


realizado por meio de atividades que possam auxiliá-lo a se sentir mais seguro com
a escolha, diminuindo assim a probabilidade do mesmo se arrepender após o
ingresso no ensino superior, o que poderia leva-lo à evasão do curso. Para alcançar
este objetivo, o processo de OP inclui a discussão (por meio de atividades) de temas

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como:

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 Autoconhecimento: história de vida, valores, interesses e habilidades.
 Educação superior: informações sobre diferenças entre modalidades
de cursos superiores: licenciatura, bacharelado e tecnológico; diferença
entre instituições: centros universitários, faculdades e universidades;
compreensão das ênfases nos cursos.
 Informação profissional: atividades profissionais, mercado de trabalho,
perfil do profissional.
 Processo decisório: influências pessoais e de contexto, avaliação dos
critérios adotados para efetivação da escolha.
Os atendimentos são individuais e realizados no consultório, em sessões
semanais de 50 minutos. A duração do trabalho pode variar de dez a vinte sessões.
Os pais participam de algumas etapas do processo.

Importância da Orientação de
Carreiras

FONTE:orientacaoprofissional2cp.blogspot.com.br

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Waterman (apud Ulrich 2000) salienta que “os indivíduos
precisam mais do que nunca além de dedicar-se ao
aprendizado contínuo;

 Estar pronto a se remodelar para acompanhar o ritmo das mudanças;


 Que tomam para si a responsabilidade pela condução de suas carreiras;
 Devem estar conscientes de suas habilidades (considerando seus
pontos fortes e pontos fracos) e ter um plano para aumentar seu
desempenho e sua empregabilidade a longo prazo. ”

Modelo de Planejamento

 A autoavaliação, que leva em consideração a avaliação de suas


qualidades, interesses e potencial para vários espaços organizacionais;
 O estabelecimento de objetivos de carreira, que trabalha com a
identificação de objetivos de carreira e de um plano realista na
autoavaliação e na avaliação das oportunidades oferecidas pelas
empresas;
 Implementação do plano de carreira, que direciona para a obtenção da
capacitação e acesso às experiências profissionais necessárias para
competir pelas oportunidades e para atingir as metas de carreira.

As pessoas podem conduzir seu planejamento de carreira de


várias formas, porém é importante ressaltar duas preocupações
essenciais: formar uma visão realista, clara e apurada de suas
qualidades, interesses e inclinações pessoais e estabelecer
objetivos de carreira e preferências profissionais. LONDON e
STUMPH (apud DUTRA,1996, p.24)

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Dutra (apud Boog, 2002) desperta a atenção para a
importância da utilização dos pontos fortes e pontos fracos
desempenhados nas atividades profissionais.

FONTE:carreiraecia.wordpress.com

Os pontos fortes podem traduzir-se em uma habilidade (saber fazer), em um


comportamento (saber relacionar-se, comunicar-se, etc.), em um dom (artístico,
esportivo, intelectual, etc.), ou em uma mistura de habilidade, comportamento social
e dom.

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3 ASPECTOS HISTORICOS

FONTE:www.minutopsicologia.com.br

3.1 A escolha da profissão antigamente

A escolha da profissão a partir do gosto funcionava bem em uma época em


que existiam poucas profissões relacionadas com papéis sexuais. Uma mulher, por
exemplo, não tinha muitas dúvidas. Ou seria professora, enfermeira ou secretária.
Os homens por sua vez, contavam com um pouco mais de opções podendo escolher
profissões na indústria na área técnica ou financeira ou no setor de serviços como
pedreiro, eletricista pintor, etc. Hoje existem infinitas possibilidades e um leque de
profissões que nem imaginemos que existam.

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3.2 Como eram feitos os testes de orientação profissional?

FONTE:plus.google.com

Antigamente os testes psicológicos resolviam, ou tentavam resolver essa


questão aplicando no jovem estudante, uma bateria de testes de interesses que
tentava definir através de perguntas simples do tipo: “o que você mais gosta de
fazer? ”.
No final, apresentava um escore que localizava onde estava concentrado o
gosto do jovem por determinada área. Em seguida, bastava apresentar a ele um
inventário de profissões relacionadas àquela categoria de profissões e pronto, o
problema estava resolvido. Obviamente num universo pequeno de possibilidades,
esta tarefa não era tão difícil.
O problema é que a escolha profissional não pode ser decidida a partir de
gostos, pois o gosto por algo está dentro de um contexto. Alguns testes mais
apurados submetia o jovem à uma bateria de testes de habilidades tentando
descobrir se as habilidades do jovem estavam concentradas na área de exatas,
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humanas ou biomédicas, além de detectar também o nível de inteligência daquele
jovem, ou seja,

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se o seu Q.I. (quociente intelectual) era alto, médio ou baixo. A escolha pela
habilidade, por sua vez, partiria da ideia de que se uma pessoa é boa em
matemática ou física, certamente ela se daria bem em engenharia. Outro erro, pois
novamente o contexto social, não foi levado em conta.

3.3 Então como seria a orientação profissional ideal?

FONTE:www.grzero.com.br

Resumindo, uma orientação vocacional ideal teria que examinar a


personalidade do jovem aluno detectando as suas preferências por determinadas
profissões, bem como uma análise profunda, sobre as condições em que o gosto
pela referida profissão apareceu em sua vida.
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A orientação profissional é objeto de uma psicoterapia individual ou grupal de
breve duração independentemente se o aluno já decidiu ou não a sua escolha, visto
que esse trabalho seria útil não só para, quem sabe mudar a escolha já feita, mas
também para referenda-la.

4 SOBRE AS DINÂMICAS

FONTE:www.vocenalideranca.com.br

4.1 Dinâmica da Estrela

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Escrever em cada área da vida pessoal, profissional e família, qual o repertório
de comportamentos referentes às relações interpessoais, dividindo-os em:

 Observo;
 Penso;
 Sinto;
 Quero;
 Faço.

Os círculos são: minha vida pessoal, minha família, minha comunidade, meu
trabalho (ou minha escola). Durante 20 minutos cada um estuda essa estrela e os
círculos, procurando fazer um quadro de sua situação em todos os níveis.

FONTE:pt.scribd.com

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4.2 Dinâmica sobre caminhos profissionais

O objetivo dessa dinâmica para vocação profissional é estimular os


valores pessoais dos participantes para que encontrem dentro de si a
verdadeira vocação para sua carreira.

FONTE:pessoas.hsw.uol.com.br

Uma cópia dos textos descritos abaixo; um som que toque CD; a música
"Fábrica" (Renato Russo).

Texto: O louco (Kahlil Gibran. Para além das palavras).

No pátio de um manicômio encontrei um jovem com rosto pálido, bonito


e transtornado. Sentei-me junto a ele sobre a banqueta e lhe perguntei:

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- "Por que você está aqui?"

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Olhou-me com olhar atônito e me disse:
- É uma pergunta pouco oportuna a tua, mas vou respondê-la.
Meu pai queria fazer de mim um retrato dele mesmo, e assim também
meu tio. Minha mãe via em mim a imagem de seu ilustre genitor. Minha irmã
me apontava o marido, marinheiro, como o modelo perfeito para ser seguido.
Meu irmão pensava que eu devia ser idêntico a ele: um vitorioso atleta.
E mesmo meus mestres, o doutor em filosofia, o maestro de música e o
orador, eram bem convictos: cada um queria que eu fosse o reflexo de seu
vulto em um espelho.
Por isso vim para cá. Acho o ambiente mais sadio. Aqui pelo menos
posso ser eu mesmo.

Música: Fábrica (Renato Russo)

Nosso dia vai chegar


Teremos nossa vez
Não é pedir demais
Quero justiça,
Quero trabalhar em paz
Não é muito o que lhe peço
Eu quero trabalho honesto
Em vez de escravidão
Deve haver algum lugar
Onde o mais forte
Não consegue escravizar
Quem não tem chance
De onde vem a indiferença
Temperada a ferro e fogo?
Quem guarda os portões da fábrica?
O céu já foi azul, mas agora é cinza
E o que era verde aqui já não existe
Mas quem me dera acreditar
Que não acontece nada de tanto brincar com fogo

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Que venha o fogo então
Esse ar deixou minha vista cansada
Nada demais
Nada demais.

Procedimento: O caminho da escolha profissional tem, pelo menos, dois


lados: o lado da pessoa que escolhe, e o lado da profissão (ou profissões) que serão
escolhidas.
Para que a escolha seja a mais acertada possível, é preciso conversar
e conhecer estes dois lados da, talvez, decisão mais importante de nossas
vidas.
Primeiro é preciso conhecer-se, ou seja, saber das próprias habilidades,
interesses e valores, possibilidades e limites.
Depois, é preciso saber das características da outra parte: o que será
que ela (a profissão) vai exigir e oferecer para mim?
Escutar (se possível) e/ou ler a música: Fábrica, de Renato Russo ou o texto
O louco.
Conversar sobre as expectativas de cada um em relação ao ingresso no
mercado de trabalho ou ao ingresso na empresa. O que espero? Quais caminhos
profissionais "Eu espero trilhar?".
Cada participante fala sobre a profissão ou profissões que gostaria de
ter e se a crônica O louco, tiver sido usada, conversar sobre a influência dos
adultos, sobretudo, os pais, na sua escolha profissional. Em que ajudou? Em
que atrapalhou?

Dicas: Iniciar o processamento abrindo espaço para que os participantes


façam comentários sobre sentimentos, dificuldades, facilidades e outros que
o grupo julgar importantes.
Se alguma (s) pessoa (s) do grupo já trabalha (m), pode (m) contar a
sua experiência de ingresso e realização no trabalho (como se sente,
problemas, vitórias).
Observar se o participante tem um bom autoconhecimento e senso crítico.

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Tempo de aplicação: 45 minutos

Número máximo de pessoas: 20

Número mínimo de pessoas: 2

FONTE:atmoayurveda.wordpress.com

4.3 DESCONTRAÇÃO E INTEGRAÇÃO

Finalidade: Propiciar um clima de descontração e integração entre os


participantes do grupo.

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Material necessário: rádio e CDs de música

Descrição da dinâmica:
1. Grupo de pé, espalhado pela sala. Música.
2. Pedir que todos se movimentem pela sala de acordo com a música,
explorando os movimentos do corpo. Pôr música com ritmo cadenciado. Tempo.
3. Parar a música. Solicitar que formem dupla com a pessoa mais próxima e
que, de braços dados, continuem a se movimentar no mesmo ritmo, procurando um
passo comum, quando a música recomeçar.
4. Após um tempo, formar quartetos, e assim sucessivamente, até que todo o
grupo esteja se movimentando junto, no mesmo passo.
5. Pedir que se espalhem novamente pela sala, parando num lugar e
fechando os olhos.
6. Solicitar que respirem lentamente, até que se acalmem.
7. Abrir os olhos, sentar em círculo.
8. Plenário:
- O que pôde perceber com esta atividade?
-Que dificuldades encontrou na realização da dinâmica?
- Como está se sentindo?
Fonte: Margarida Serrão e Maria C. Boleeiro

4.4 Líder ou lideranças? A Candidatura

O grupo de jovens é um espaço de exercício da cidadania. A construção de


uma sociedade mais participativa e solidária passa por uma nova relação nas tarefas
desenvolvidas pelo grupo. Com criatividade e o uso de dinâmicas adequadas, o
grupo vai crescer em cidadania.

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FONTE:blog.jacquelineantony.com.br

Todo grupo deve favorecer a participação individual e o sentido


de corresponsabilidade entre os participantes. Todos têm possibilidades de servir em
alguma coisa, de oferecer diferentes dons.
Quando o grupo assume conjuntamente os trabalhos, existe maior
participação. As diferentes lideranças ou funções são um compromisso para o
funcionamento do conjunto. O que cada um faz individualmente pode parecer
objetivamente pouco, mas subjetivamente pode significar o início de um processo de
descoberta de si mesmo, de sentir-se útil, de aproveitar suas próprias qualidades.
Significa libertar-se do medo, do complexo de inferioridade, do anonimato passivo,
do sentimento de inutilidade e da dominação por parte de alguém.
São muitas as funções que se exercem em um trabalho de grupo,
dependendo da atividade proposta, se é de estudo, integração, avaliação etc.....
Algumas são básicas para todos os grupos e atividades:

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O coordenador (a): aquele que se responsabiliza de modo geral pela reunião,
ajudando para que todos os papéis se integrem para o bem de todos.

FONTE:www.corjovem.com.br

O secretário (a): aquele que faz a síntese do que foi tratado de mais
importante no grupo e registra as questões que permanecem.

FONTE:liop.ufsc.br

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O perguntador (a): é a pessoa que se preocupa com o aprofundamento do
tema.
O grupo, ao planejar determinada atividade, define quais são as responsabilidades.
Os participantes podem se oferecer livremente ou serem indicados pelo grupo.

As dinâmicas que seguem se utilizam ao iniciar um encontro ou reunião com


pessoas que não se conhecem ou que tenham um conhecimento superficial.
Ajudam a romper barreiras e criar um clima de amizade entre os participantes,
possibilitando conhecer cada um do grupo e seus valores. Ajudam a descobrir as
lideranças.

FONTE:canetadocerebro.blogspot.com.br

A candidatura

Objetivo: expressar de maneira simpática o valor que têm as pessoas que


trabalham conosco.

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Descrição da dinâmica:

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Cada grupo deve escolher um candidato para determinada missão. Por
exemplo, ser presidente da associação de moradores, ser dirigente de um clube
esportivo etc. Cada participante coloca no papel as virtudes que vê naquela pessoa
indicada para o cargo e como deveria fazer a propaganda de sua candidatura.
O grupo coloca em comum o que cada um escreveu sobre o candidato e faz
uma síntese de suas virtudes. Prepara a campanha eleitoral e, dependendo do
tempo disponível, faz uma experiência da campanha prevista.
O grupo avalia a dinâmica, o candidato diz como se sentiu. O grupo explica
por que atribuiu determinadas virtudes e como se sentiram na campanha eleitoral.

Obs.: a dinâmica foi tirada do subsídio “Dinâmicas em Fichas”

Questões para Debate


1 - O que você conclui, a partir da leitura do texto?
2 - Como é exercida a liderança no seu grupo? Há corresponsabilidade e
divisão de tarefas?
3 - O que o grupo pode fazer para despertar as lideranças?

5 ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

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FONTE:www.romildopsicologo.com.br

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Objetivos:
Possibilitar o aparecimento das fantasias dos jovens em relação ao futuro; discutir as
metas que gostariam de alcançar durante os próximos dez anos.

Desenvolvimento:
1. Grupo em círculo, sentado.
2. Pedir que fechem os olhos e pensem na pessoa que são hoje. O facilitador
deve dizer a data do dia, incluindo o ano.
3. Solicitar que deem um salto no tempo e se imaginem dez anos depois.
Visualizar-se nesse novo tempo: como estão, o que estão fazendo, com quem estão.
Tempo.
4. Dizer ao grupo que, ao abrir os olhos, todos, inclusive o facilitador,
estarão dez anos mais velhos. O facilitador fala a data do dia acrescida de mais dez
anos. Abrir os olhos.
5. Cada participante deve contar ao grupo o que realizou nesses dez anos,
como está em sua vida pessoal e profissional, o que conseguiu, como se sente.
6. Quando todos tiverem falado de si, pedir que fechem novamente os olhos e
se recordem de como eram dez anos atrás. O facilitador diz a data do dia e do ano
atual, trazendo-os de volta.
7. Abrir os olhos e reencontrar-se no presente.
8. Plenário - discutir os seguintes pontos:
 É difícil imaginar o futuro? Por quê?
 O que mais lhe chamou a atenção em você mesmo e/ou nos demais?
 O que é preciso para realizar seus sonhos? O que você pode fazer
agora para que esses sonhos se transformem em realidade?
9. Fechamento: o facilitador pontua para o grupo que as escolhas que
fazemos no presente são orientadas pela visão de futuro que projetamos para nós
mesmos.
Publicado no livro “Aprendendo a ser e a conviver”, Editora FTD. Pedidos: (11)
64121905.
Fonte: Projeto Memorial Pirajá - Bahia

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6 PLANEJAR A VIDA UMA QUESTÃO DE ESCOLHA

Dinâmica publicada junto ao artigo "Planejar a vida uma questão de escolha"


na edição nº 334, jornal Mundo Jovem, março de 2003, página 3
Material: folhas de papel sulfite e canetas hidrocor ou giz-de-cera para todos os
participantes.

Desenvolvimento:
1) Entrega-se uma folha de papel sulfite a cada participante, que deverá desenhar
um coração grande e escrever seu nome fora do coração. O coração deverá ser
dividido em quatro partes.
2) Na primeira parte do coração, fazer um símbolo que relate um fato
importante realizado por sua família (o maior acontecimento). Na segunda parte,
desenhar sua maior realização pessoal. Na terceira parte, escrever a coisa mais
importante que você pretende realizar nos próximos dois anos. Na quarta parte do
coração, escrever, enfim, a maior decepção de sua vida.
3) Todos os participantes deverão pôr sua folha com o trabalho realizado no
centro do círculo, compartilhando os resultados. Caso sintam necessidade, poderão
comentar ou perguntar algo a respeito das respostas de seus colegas. A pessoa
abordada terá liberdade para responder ou não à questão levantada. Compartilhar
sentimentos e descobertas com o grupo.
Fonte: adaptação do livro Recriando experiências, Instituto de Pastoral de
Juventude - Leste II, Ed. Paulus.
Dinâmica publicada junto ao artigo "Quem sabe o que é o amor?", na edição
nº 387, jornal Mundo Jovem, junho de 2008, página 15

6.1 Discutir formas de organização de Trabalho

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FONTE:www.ibccoaching.com.br

Finalidade: Discutir formas de organização do processo de trabalho; discutir


as diferenças entre os dois tipos, ritmo, produto, final, envolvimento individual.

Características: Espírito de equipe/agilidade/habilidade


manual/concentração.

Material necessário: Massinha de modelar ou argila, ordens de serviço e


caixas para recolher peças.

Descrição da dinâmica:
Dois grupos de igual número que irão trabalhar paralelamente. Um monitor
para cada grupo.

1º Grupo: Ficam parados em fila indiana como numa linha de montagem,


cada um recebe sua massinha de modelar com um cartão contendo uma ordem de
serviço; confecção de pés, pernas, tronco, braços, mãos, cabeça.
Um desconhece a ordem do outro e, portanto, não sabe o que se formará ao
final: a produção de um boneco.

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O monitor cobra pressa. Ao término das peças, o monitor passa puxando uma
caixa onde as pessoas sequencialmente vão montando o “produto final”.

2º Grupo: Sentados em roda. O monitor ordena a montagem de um boneco


com a participação de todos. Ele cobra e estimula o andamento até que o grupo
conclua junto o seu trabalho.
Após terminado o trabalho dos grupos, o (a) professor (a) coordena um
debate comparando o processo desenvolvido por cada grupo. Depois, a turma pode
relacionar esta dinâmica com a participação de todos nas atividades propostas em
sala de aula. Como é o “produto final” da construção que fazemos em nossa escola?
Gilma Maria de Souza Neubaner, Ipatinga, MG.
Por Carta.

6.2 Identificação de habilidades e limitações

FONTE:www.psicologacarla.com

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Esta dinâmica toca num assunto vital para os jovens. Pode ser trabalhada na
escola ou nos grupos, podendo ser adaptada à realidade específica.

Objetivo: Possibilitar aos participantes a identificação das suas habilidades e


limitações.

Material necessário: Fichas de trabalho, lápis preto, lápis de cor, borrachas.

Descrição da dinâmica:
1. Grupo espalhado pela sala. Sentados. Dar a cada participante uma ficha de
trabalho. Distribuir o material de desenho pela sala;
2. Explicar ao grupo que a bandeira geralmente representa um país e significa
algo da história desse país. Nesta atividade cada um vai construir sua própria
bandeira a partir de seis perguntas feitas pelo coordenador;
3. Pedir que respondam a cada pergunta por intermédio de um desenho ou de
um símbolo na área adequada. Os que não quiserem desenhar poderão
escrever uma frase ou algumas palavras, mas o coordenador deve procurar
incentivar a expressão pelo desenho;
4. O coordenador faz as seguintes perguntas, indicando a área onde devem ser
respondidas:
 Qual o seu maior sucesso individual?
 O que gostaria de mudar em você?
 Qual a pessoa que você mais admira?
 Em que atividade você se considera muito bom?
 O que mais valoriza na vida?
 Quais as dificuldades ou facilidades para se trabalhar em grupo?
 Dar cerca de vinte minutos para que a bandeira seja confeccionada;
5. Quando todos tiverem terminado, dividir o grupo em subgrupos e pedir que
compartilhem suas bandeiras.
6. Abrir o plenário para comentar o que mais chamou a atenção de cada um em
sua própria bandeira e na dos companheiros. Contar o que descobriu sobre si
mesmo e sobre o grupo.

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7. No fechamento do encontro, cada participante diz como se sente após ter
compartilhado com o grupo sua história pessoal.

Comentários:
1. Tomar consciência das suas habilidades e limitações propicia um
conhecimento mais aprofundado sobre si mesmo, suas habilidades, facilitando as
escolhas que precisa fazer na vida;
2. Feita dessa forma, a reflexão torna-se prazerosa, evitando resistências.
É um trabalho leve e ao mesmo tempo profundo. Permite que o grupo possa
entrar em reflexões como a escolha profissional.
Fonte: Adolescência - Época de Planejar a Vida (AEPV), publicada no livro
“Dinâmica de Grupos na Formação de Lideranças”, Ana Maria
Gonçalves e SusanChiode Perpétuo, editora DPeA, Belo Horizonte, MG.
Artigo publicado na edição 309, agosto de 2000, página 17.

7 PLANEJAMENTO PROFISSIONAL

30
FONTE:dministradores.org.br

31
Objetivos:
Possibilitar o aparecimento das fantasias dos jovens em relação ao futuro; discutir as
metas que gostariam de alcançar durante os próximos dez anos.

Desenvolvimento:
1. Grupo em círculo, sentado.
2. Pedir que fechem os olhos e pensem na pessoa que são hoje. O facilitador
deve dizer a data do dia, incluindo o ano.
3. Solicitar que deem um salto no tempo e se imaginem dez anos depois.
Visualizar-se nesse novo tempo: como estão, o que estão fazendo, com quem estão.
Tempo.
4. Dizer ao grupo que, ao abrir os olhos, todos, inclusive o facilitador,
estarão dez anos mais velhos. O facilitador fala a data do dia acrescida de mais dez
anos. Abrir os olhos.
5. Cada participante deve contar ao grupo o que realizou nesses dez anos,
como está em sua vida pessoal e profissional, o que conseguiu, como se sente.
6. Quando todos tiverem falado de si, pedir que fechem novamente os olhos e
se recordem de como eram dez anos atrás. O facilitador diz a data do dia e do ano
atual, trazendo-os de volta.
7. Abrir os olhos e reencontrar-se no presente.
8. Plenário - discutir os seguintes pontos:
 É difícil imaginar o futuro? Por quê?
 O que mais lhe chamou a atenção em você mesmo e/ou nos demais?
 O que é preciso para realizar seus sonhos? O que você pode fazer
agora para que esses sonhos se transformem em realidade?
9. Fechamento: o facilitador pontua para o grupo que as escolhas que
fazemos no presente são orientadas pela visão de futuro que projetamos para nós
mesmos.
Publicado no livro “Aprendendo a ser e a conviver”, Editora FTD. Pedidos: (11)
64121905.
Fonte: Projeto Memorial Pirajá - Bahia
Dinâmica publicada junto ao artigo "Planejar a vida uma questão de escolha"
na edição nº 334, jornal Mundo Jovem, março de 2003, página 3

32
8 PROJETO DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL/VOCACIONAL

FONTE:www.isec.psc.br

1. Entrevistas:

1) Modelo - Ficha de Anamnese


Cada aluno é uma pessoa dotada de um rosto, personalidade, características
e história de vida própria, os quais interferem em seu desenvolvimento.
Para conhecer um pouco da história de cada aluno, buscando ajudá-lo a
orientá-lo, organizamos este questionário, considerando os aspectos hereditários,
suas condições físicas intelectuais e emocionais, as influências ambientais,
familiares e sociais. Esta ficha e confidencial e somente o setor de autorização terá a
mesma.

I- Identificação
 Nome Completo:
 Idade:
34
 Data de Nascimento:
 Naturalidade:
 Nacionalidade:

II- Informações familiares


 Irmãos:
 Nome:
 Sexo:
 Idade:
 Escolaridade:
 Há parentes ou outras pessoas morando com a família?

III- Convivência familiar


1) Passa a maior parte do tempo com:
 Pai
 Irmão
 Mãe
 Empregados
 Avós
 Outros

2) A quem recorre quando tem alguma dificuldade?

3) Costuma procurar os pais para:


 Contar novidade pai mãe
 Pedir explicações pai mãe
 Contar um problema pai mãe
 Solicitar ajuda pai mãe
 Pedir sugestões pai mãe

IV- Desenvolvimento motor e da linguagem


 Apresenta alguma dificuldade motora? Qual?

1
V- Desenvolvimento emocional
1) Além dos pais, há outras pessoas que envolve em sua educação?
2) Há parentes ou outras famílias ligadas à sua vida? Quem?
 Recebe instrução religiosa? Qual? sim não
 Você gosta de:
 ouvir histórias
 assistir TV
 ir ao Teatro
 outros
 prestar pequenos serviços em casa

VI- Dados Finais


 Data do preenchimento / / .
 Nome do informante.

2. Personalidade:
a) Questionário:
1. Cite três profissões que gostem ou algum interesse?
2. Você sabe alguma coisa dessas profissões?
3. Você tem apoio familiar a sua escolha profissional. Quais são as influências
realizadas por eles?
4. Estas profissões são espelhadas em alguém (amigo, familiar, etc.).
5. Quais os principais aspectos a serem considerados na escolha da profissão?
6. Que objetivo você pretende atingir através da profissão?
7. Você deve ter ouvido a frase: “fulano escolhe a profissão certa”. Como você
entende isso? Há mesmo profissões certas para as pessoas?

b) Dinâmica:
 Técnica das frases para completar

Essa técnica foi apresentada originalmente por Rodolfo Bohoslavsky, em seu


livro Orientação Vocacional – a estratégica clínica, e adaptada por mim à realidade

2
dos jovens brasileiros. Também acrescentei algumas frases que trazem questões
importantes para serem discutidas nos grupos de Orientação Profissional.
 Objetivos:

Auxiliar no diagnóstico da situação do orientando sobre sua possibilidade de


escolha.
 Consigna

“Esse material o ajudará a conhecer-se melhor, a pensar mais em você


mesmo e nas coisas que faz parte do seu mundo. Por isso é importante que você
seja sincero e espontâneo ao realizá-lo. Complete as frases no espaço em branco.
Se necessário use o verso da folha. ”
1. Eu sempre gostei de ..........
2. Me sinto bem quando...........
3. Se estudasse............
4. Às vezes acho melhor............
5. Mês pais gostariam que eu.............
6. Me imagino no futuro fazendo.............
7. No curso secundário sempre..............
8. Quando criança queria...........
9. Quando penso em vestibular............
10.Meus professores pensam que eu.........
11. No mundo em que vivemos, vale mais a pena ............ do que .............
12. Se não estudasse..............
13. Prefiro..................do que.................
14. Comecei a pensar no futuro....................
15. Não consigo me ver fazendo....................
16. Quando penso na universidade................
17. Minha família...................
18. Escolhe sempre me fez..................
19. Uma pessoa que admiro muito é.....................por..................
20. Minha capacidade............
21. Meus colegas pensam que eu.................

3
22. Estou certo de que.........................
23. Se eu fosse.......................poderia...............
24. Sempre quis.................mas nunca poderei fazer..................
25. Quanto ao mercado de trabalho....................
26. O mais importante na vida.........................
27. Tenho mais habilidades para..................do que....................
28. Quando crianças, meus pais queriam.....................
29. Acho que poderei ser feliz se..................
30.Eu.....................

3- Interesses:
a) Áreas de interesse profissional:
Dinâmica: Técnica da cadeira Vazia
 Objetivos

Trabalhar de maneira descontraída a questão da escola de uma profissão e


suas dificuldades.
 Consigna

Coloca-se uma cadeira vazia no meio da sala como o nome de uma pessoa
que será entrevistada. Pode ser um profissional, um familiar ou o próprio orientador.
Três alunos são escolhidos para se sentar atrás da cadeira e responder, enquanto o
restante do grupo faz as perguntas. Estas podem ser referentes à profissão
escolhida pelo entrevistado, às dificuldades que enfrentou, as atividades que
desempenha.
 Comentários

Colocar o próprio jovem para responder as perguntas no lugar do profissional


auxilia-o a entender melhor suas próprias dificuldades para escolher. Muitas vezes,
no final ele comenta que não imaginava que fosse assim, que ele soubesse bastante
sobre aquele profissional e o que despertou estando no seu ligar. Isso permite que
várias facetas de uma mesma profissão possam ser trabalhadas, uma vez que três
pessoas podem responder de três maneiras diferentes à mesma pergunta.

4
b) Exercícios para investigação das áreas de interesse.

Exercícios de Pesquisa:
 Procurar todas as informações disponíveis sobre à área em que se
deseja atuar (livros, internet, etc.);
 Proporcionar uma conversa com os profissionais da área escolhida, o
que pode ser feita uma entrevista com os profissionais ou das áreas de
interesse para que seja de valia dos alunos quanto a carreira a seguir,
como: opiniões do mercado de trabalho, informações que possa
auxiliá- lo nesta escolha;
 Visita ao ambiente de trabalho desses profissionais;

Dinâmica: Técnica das atividades Profissionais


 Objetivo

Auxiliar o jovem a imaginar alguns tipos de atividades profissionais que


gostaria de desempenhar.
 Consigna

Assinale quais destas atividades você poderia desempenhar sentindo-se bem:


( ) atendimento a pessoas;
( ) movimentação em ambientes fechados;
( ) trabalho com as mãos;
( ) trabalho em equipe;
( ) ligado a instituição;
( ) que envolva instrumento de precisão;
( ) organização e sistematização de publicações;
( ) pequenos movimentos manuais precisos;
( ) que permita trabalhar em mais de uma lugar;
( ) que exija compreensão verbal;
( ) horário fixo;
( ) que envolva desenho a mão livre;
( ) desenvolvida em ambientais fechados;

5
( ) que exija estar bem vestido;
( ) convencer pessoas;
( ) atendimento a pessoas necessitadas;
( ) trabalhar sozinho;
( ) execução gráfica rica em detalhes;
( ) por conta própria – autônomo;
( ) manipulação de substâncias;
( ) uniformizado;
( ) horário livre;
( ) que permita traje informal;
( ) imaginar coisas novas;
( ) ajudar pessoas;
( ) que auxilie a transformação de mundo;
( ) ao ar livre;
( ) ligado à construção;
( ) direto com a natureza;
( ) que exija responsabilidade e decisão.

Liste, para cada item assinalado, aquelas profissões que você acha que
envolveriam esse tipo de requisito. Coloque todas que lhe vierem à cabeça.

Escolha três requisitos que você mais gostaria de desenvolver, e explique por
que você se sentiria bem atuando dessa forma.
 Comentários

Essa técnica já existe descrita na literatura disponível, mas como fiz algumas
alterações, achei importante a sua publicação. Pode ser utilizada como preparatória
para a técnica R-O, descrita por Bohoslavsky e adaptada por mim (1987), pois
auxilia o jovem a tomar contato com as inúmeras atividades profissionais existentes.
Geralmente o jovem se vê colocado frente à situação de escolha pela primeira vez.
Isso provoca ansiedade, que vai sendo trabalhada ao longo do processo.

c) Atividades sobre coisas que gosto de fazer

6
Dinâmica: Técnica Gosto e Faço
 Objetivos:

Levantar as atividades que cada um gosta de executar.


Discutir sobre os sentimentos relacionados com essas atividades.
Auxiliar a discriminar os diferentes vínculos que estabelecemos com as
diferentes atividades.
Levar o jovem a se conhecer melhor por meio de uma conscientização do seu
cotidiano.
 Consigna

Fazer um quadro das atividades que realiza em seu cotidiano:


 Gosto e faço gosto e não faço
 Não gosto e faço não gosto e não faço
 Comentários

Geralmente o jovem gosta de realizar essa atividade, pois é um momento em


que pode parar para pensar em si mesmo por meio das coisas que realiza no seu
dia- a-dia.
É importante que o coordenador do grupo realize a tarefa em si próprio antes
de aplicá-la no jovem e possa discuti-las com algum colega de trabalho.
Outro aspecto importante a ser analisado é em qual dos quadrantes se
concentra o maior número de atividades: se for no quadrante “não gosto e faço”, é
bom pensar melhor no assunto: por que fazemos tantas coisas de que não
gostamos? Como podemos mudar essa situação? Ou, se for no quadrante “gosto e
não faço”, ver o que está acontecendo e avaliar o que o está impedindo de realizar
coisa de que gosta.

4- Valores:
a) Atividades para investigação dos valores:

7
O que diz respeito o que norteiam as ações dos indivíduos: valores estes de
ordem social, aquilo que poderiam demonstrar alguma preocupação com a
sociedade como um todo.

b) Dinâmica:

Técnica de Apresentação (cores)


 Objetivos

Tomar os momentos do grupo conhecidos a partir de características comuns e


diferentes entre eles.
 Consigna I

Distribuir no chão papéis coloridos e solicitar que cada um se levante e


escolha um papel. Depois cada participante deve procurar os companheiros que têm
a mesma cor e formar um grupo. Cada grupo deverá criar uma forma de apresentar-
se, de maneira que todos estejam contemplados. Ao se apresentarem, devem estar
falando de todos ao mesmo tempo.
 Comentários

Surgem maneiras bem diferentes e criativas de se apresentarem, por meio de


poesia, jogral, ou mesmo dramatizando uma situação. O mais importante é o
processo de conhecimento e a descoberta das semelhanças entre lês. Surge o
sentimento de grupo, por não se sentirem mais sozinhos em sua dificuldade de
escolher.

5- Informação Profissional: Biomédicas


a) Fontes de Informação Profissional:
Será montada uma feira profissional com os alunos da 8ª série, que terá
vários estandes (que tem que ter no mínimo um banner, decoração de acordo com a
profissão escolhida), de várias áreas da Biomédica. Todos na banca têm que está
ciente do que se trata a profissão, para passar aos visitantes as dúvidas e os

8
questionamentos que irá acontecer durante as visitas aos estandes, como:

9
 Quanto ganha;
 Mercado de trabalho;
 Equipamentos;
 Quantas horas de trabalho por dia;
 O que estudar exatamente;
 Quantos anos de estudo são necessários, na Graduação, Pós-
graduação, participação em congressos;

b) Roteiro de entrevista para informação


profissional: Entrevista a um profissional:
 Nome:
 Idade:
 Formação:
 Cargo:
 Empresa:

1. Fale-nos sobre as atividades que envolvem o seu dia-a-dia.


2. O que a motivou a optar por esta área?
3. Há quantos anos você atua nesta área?
4. Quais as dificuldades encontradas para atuar nesta área?
5. Qual a média salarial de um recém-formado?
6. Qual a expectativa salarial após cinco amos de formado?
7. Como está o Mercado de trabalho nesta área?
8. Quais as opções de trabalho para um profissional formado nesta área?
9. O Estágio é importante? Você passou por esta experiência?
10. Uma sugestão ao leitor indeciso quanto à escolha da carreira a seguir.

c) Atividade: Cartões de profissões

Dinâmica da troca
 Objetivo

10
Conhecer as especialidades dentro da Biomédica; identificar a especialidade
que mais atrai; posicionar quando ao atendimento.
 Consigna

Solicitar que todos se levantem pedir para formar duas filas e que vire de
frente para o outro formando dupla. Nomear as filas, por exemplo: fila número 1 e fila
número 2.

Pedir para simular o atendimento, assim que o coordenador os nomear.


-A fila um fará o papel do cardiologista e a fila dois fará o papel de paciente.

Será cronometrado esse tempo. E assim, nomear várias especialidades.


 Comentários

Depois solicitar que todos se sentem e comente como cada um se sentiu em


exercer o papel de paciente e de especialista naquela profissão.

d) Atividade: Procurando emprego


Solicitar aos orientados que façam uma pesquisa em jornais de caderno de
emprego, assim eles possam verificar como está o mercado de trabalho, referente a
sua área profissional.

e) Atividade: Reflexão sobre o vestibular


Para discussão em grupo uma notícia de jornal - A Gazeta dia 09 de
novembro de 2008;

Título: Estresse por uma - Pressão para ter sucesso profissional deixa jovem
dividido entre vocação e retorno financeiro.

Faculdade particular ou universidade pública? Seja qual for a escolha, uma


característica é frequente entre a maioria dos vestibulandos de hoje, para a
psicóloga Ângela Del Carro: a pressa para entrar no mercado de trabalho e para
garantir a independência financeira.

11
Mesmo que os estudantes tenham o apoio dos pais para continuar os
estudos, muitos não conseguem deixar de pressionar os filhos com medo de que o
tempo passe, a velhice cheque e eles não estejam “encaminhados”.
Para a psicóloga, entre estudantes da classe média, ainda existe a pressão
para ingresso numa universidade gratuita. “Ainda há jovens que têm a obrigação de
passar naquele ano, porque os pais dizem não ter condições de continuar pagando o
cursinho. Mas eles já consideram as vagas nas particulares e recorrem ás mais
conhecidas”, explica a psicóloga.
Diante da pressão, fica difícil escolher entre a vocação e a carreira que vai
trazer maior retorno financeiro. “Agora eles têm informações, sabem quanto se
ganha em cada profissão. Então, a preocupação é se vai ter emprego e se vão ter
como se manter. Sempre aviso que, se a pessoa escolhe o curso para o qual tem
mais aptidão, tem mais chances de ter sucesso”, afirmou.
Mesmo que tenham aumentado as opções de ingresso no curso superior,
Ângela ressalta que, como rito de passagem, o vestibular continua sendo um marco
do início da vida adulta, daí o estresse e a pressão que recaem sobre os jovens ou
que eles mesmos acabam incorporando.

f) Dinâmica sobre o Preconceito profissional:

Técnica da Nave de Noé


 Objetivos

Trabalhar preconceitos e valores em relação às profissões. Permitir a


projeção ao futuro, tendo que decidir no presente.
 Consigna I

O planeta terra será destruído e uma espacial será enviada a outro planeta
para iniciar uma nova vida. Só cabem dez pessoas nesta nave. Indique quais, dentre
as pessoas da lista abaixo, você acha que deveriam ser escolhidas (a lista pode ser
alterada conforme os interesses demonstrados no grupo).

 Médico

12
 Lixeiro
 Professor
 Padre
 Artista
 Padeiro
 Datilógrafo
 Jornalista
 Engenheiro
 Esportista
 Advogado
 Psicólogo
 Prostituta
 Enfermeiro
 Economista

Os participantes fazem listas individuais, depois discutem em pequenos


grupos e finalmente todos juntos.
 Consigna II

O planeta terra será destruído e você está dentro de uma nave que irá povoar
um novo planeta. Você faz uma viagem interplanetária e chega ao novo planeta.
Que profissional você gostaria de ser para auxiliar na construção desse novo
mundo? Vamos nos imaginar nesse planeta, e cada um vai assumir o papel do
profissional que escolheu ser.
Dramatiza-se a situação da chegada a novo planeta e todos participam. É
interessante fazer uma entrevista com cada participante sobre se papel, para auxiliá-
lo na formação na formação do personagem.
 Comentários

Essa técnica permite que o jovem entre em contato com uma situação em que
a tomada de decisão é importante. Aparecem os preconceitos em relação a cada
uma das profissões. Também é discutida a função social das profissões e sua
importância
13
na formação de um mundo novo. Pode aparecer também a falta de informações
sobre as atividades que cada profissional desempenha.

6- Temas para a redação:


1. A importância da água...
2. Sabe-se que a prática de atividades físicas deve ser feita sob supervisão de
alguém especializado, a fim de evitar consequências desastrosas algum
tempo depois.
3. Tudo indica que, no futuro, as vacinas serão ingeridas por meio de alimentos
modificados geneticamente.

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