Você está na página 1de 8

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ADAMANTINA - UNIFAI

NÚCLEO DE PSICOLOGIA - NUPFAI

PLANO DE ESTÁGIO

1. Identificação do Estágio
1.1. Disciplina: Psicologia do Trabalho I
1.2. Modalidade: Estágio curricular obrigatório
1.3. Carga horária total: 80

2. Estagiário
2.1. Nome: Marcio Quintana
2.2. N° de matrícula (RA): 0756/20
2.3. Período que está cursando: 7º termo
2.4. Endereço: R. Dionizio Bozzeto nº 280, residencial California
2.5. Telefone: (18) 996869764
2.6. Email: 75620@fail.com.br

3. Responsabilidade técnica e acadêmica


Docente: Evelyn Yamashita Biasi, Mestre em Estudos Linguísticos/Análise do
Discurso - UFMS Docente - UNIFAI (Adamantina/SP) Sup. Estágio em Psic. do
Trabalho

3.1. CRP-06/103334
3.2. Local da supervisão: Campus II Unifai
3.3. Dia e horário da supervisão: Quarta-feira, 17:10

4. Local do estágio
4.1. Nome completo da Instituição: INSTITUIÇÃO CAPAZ DE ADAMANTINA
4.2. Nome do responsável legal: Nelson Carlos Baraldi
4.3. Nome d supervisor(a) de campo: Jaqueline Modesto Ruiz
4.4. Endereço: AV. SANTO ANTÔNIO, 776, CENTRO, ADAMANTINA-SP
4.5. Telefone: (18) 352238-99
5. Breve caracterização da instituição/descrição de seus objetivos e
atividades que realiza: A INSTITUIÇÃO CAPAZ DE ADAMANTINA é uma
instituição filantrópica, de caráter assistencial e educativo, que tem por
finalidade proporcionar o amparo, a assistência, a promoção social e
humana. Fundada em 10 de fevereiro de 1963 com a necessidade de
treinamento e encaminhamento de jovens ao mercado de trabalho. Tem na
sua formação principalmente a fixação da moral e do civismo na
personalidade do aprendiz, na busca de uma sociedade mais justa e
responsável.
5.1 Breve descrição do projeto ou equivalente no qual atuará.
Será apresentado um projeto de orientação profissional ao assistido, com uma
abordagem teórica, e lúdica. Será usado conhecimentos aprendidos no curso de
psicologia do trabalho, focado no engajamento do jovem ao mercado de trabalho,
com perspectivas, motivações, carreira.

6. Objetivos gerais: Realizar processo de orientação profissional para


adolescentes e jovens vinculados a instituição capaz.
6.1 Específicos: refletir sobre as vivencias pessoais e seus impactos no
processo de identificação profissional.
6.1.2: Facilitar o processo de escolha profissional de jovens e adolescentes por
meio de técnicas de orientação profissional.

7. Resumo teórico:

O presente estudo e avaliação compreende o compromisso do homem


com suas necessidades básicas, estudo e trabalho. Pontos necessários para o
desenvolvimento humano e seu lugar no mundo. O resultado pelo interesse pela
abordagem clínica terá como reflexo teorias abordadas no processo de
aprendizagem em psicologia do trabalho I, e com base nos estudos de Rodolfo
Bohoslavsky, e suas possibilidades de intervenção na orientação vocacional de
jovens em situação de escolha.

7.1.1 Introdução teórico: Para Bohoslavsky (2015, p. 6-7), a psicologia clínica


está caracterizada como uma estratégia de se abordar o seu objeto de estudo,
o comportamento humano. O autor tem consciência de que essa afirmativa não
é compartilhada com muitos outros autores. Para ele, ‘estratégia’ é aludida ao
tipo de ‘observação’ e de ‘atuação’ sobre o comportamento humano, sem dar
tanta importância ao que é observado ou mesmo ‘sobre o que se age’. Tal
estratégia serve para se estudar tanto o comportamento sadio, como o doente.
Pode ocorrer no âmbito do trabalho, ou seja: psicossocial, socio-dinâmico,
institucional ou consultório; no campo de trabalho familial, penal, educacional,
recreativo, ocupacional e outros. Como também em relação ao “propósito de
quem empregue tal estratégia em situação humana”, seja a fim de modificar,
compreender ou explicar ou, ainda na prevenção de dificuldades. O autor, ainda
afirma que, a observação é uma estratégia, além de ser “uma atuação
autoconsciente sobre a condição humana”.

2.1.2 Estratégia clínica.


Segundo Bohoslavsky (op. cit., p.10), a estratégia clínica pode estar a serviço de
se conhecer, investigar, compreender, modificar o comportamento humano. Isso
pode acontecer tanto no âmbito psicossocial (individual), quanto no socio-
dinâmico (grupal), como também nos âmbitos institucional e/ou comunitário.
Afastando-se desse modo da modalidade estatística.
2.1.3 A orientação vocacional segundo Bohoslavky (2015) refere-se as teorias
que orientam tal prática, como também as concepções filosóficas e de ciências;
além de se utilizar de técnicas diversas, apesar de tais diferenças não aparecem
de forma tão clara. De posse de um conhecimento sólido, o orientador conduzirá
o processo de forma mais segura e, com isso logrando maior êxito. Percebe-se
que tal tarefa carrega em si grande complexidade, desse modo, exigindo-se o
orientador, um conhecimento profundo na área.Isso pressupõe também uma
continua formação a fim de levar a cabo tal tarefa.

Pois “(...) Na sua prática, que atende a uma


imperiosa necessidade atual, requer não só a
explicitação de técnicas e recursos para uma
análise exaustiva dos mesmos, como também
a formulação de esquemas conceituais
pertinentes à sua temática específica”
(Bohoslavsky, 2015, p.2)
2.1.4 Ainda, segundo Bohoslavsky (2015) a orientação vocacional, são
procedimentos de psicólogos especializados para esse fim, e que tem como
cliente, as pessoas que, em certo momento de suas vidas, se deparam com a
necessidade de se decidir. Isso pode acontecer no momento da escolha por um
curso. Desse modo, a escolha passa a ser momento crítico, pois se constitui num
processo de mudança. E a depender da forma como as pessoas enfrentam e
elaboram tais mudanças, dependerá o seu desenvolvimento futuro, se para a
saúde ou para a doença.
Os momentos críticos pelos quais passa a adolescência podem estar
relacionados às transformações biológicas, físicas e psicológicas. Mudanças que
já se iniciaram na infância. E é nessa nova fase que se darão a preparação para
a vida adulta. Contudo, o adolescente terá que aprender a lidar com elas, pois
se constituem curso natural da vida em transição. Adolescer inclui perdas e
consequentemente, o surgimento do luto. Um desses lutos pode estar atrelado
ao momento de escolher uma profissão, tomando aqui as palavras de
Bohoslavsky (op. cit., p. 59) “O adolescente que escolhe e que aceita crescer de
certo modo ‘destrói’, desestrutura o grupo familiar, pois está dando o grande
salto, ou o primeiro grande salto, no sentido da separação do grupo familiar”,
essa ruptura pressupõe, o que o autor denomina de “reestruturação”, não
somente de si mesmo, mas também incluindo todo o grupo familiar. E isto é
motivo suficiente para gerar a culpa no adolescente. Mas adolescer é isso: é
experienciar o novo, para que haja aprendizado. Será imperioso que se aprenda
a enfrentar as mudanças oriundas dessa nova fase, criando estratégias para o
seu enfrentamento. Isso será imprescindível que se aprenda a lidar com as
perdas, mas que mantenha a esperança de que há os ganhos, as vitórias; o
aprendizado. A abordagem proposta por Bohoslavsky, segundo Moura (2014,
pp. 26-27), “considera fundamental que o orientando chegue a uma decisão
autônoma a partir da elaboração dos conflitos e ansiedades que experiencia em
relação ao futuro; que o orientando seja capaz de conhecer seus interesses e os
motivos que os sustentam”; observa ainda que: “o orientando aprenda a escolher
e desenvolva maturidade para enfrentar obstáculos futuros através da
elaboração dos seus conflitos (…)”. Isso se deve porque, segundo essa
abordagem, “as profissões são dinâmicas e as potencialidades para exercê-las
são variáveis”. Nessa visão, não é função do orientador “buscar medi-las ou
defini-las”. Em consequência disso, a participação ativa do adolescente, no
processo decisório de uma escolha profissional, proporcionará ao mesmo, o
exercício de autonomia necessário para as decisões futuras.

(...)é na adolescência que eclodem as


dificuldades e possíveis soluções em relação à
natureza vocacional. Isso se dá, entre os
quinze e dezenove anos, pois é nesse
momento que as preocupações com a vida
adulta e a entrada para o mundo do trabalho
ficam mais claras. Assim, o processo de
orientação vocacional pode ser muito
importante, pois ajudará o adolescente, a
resolver as dificuldades inerentes à escolha
profissional, futura. ( Bohoslavsky, 2015)

2.1.5 Outro conceito discutido por Bohoslavsky (2015) é a questão da identidade


ocupacional e identidade profissional. O autor não considera a identidade
ocupacional como algo definido, mas tão somente como “momento de um
processo submetido às mesmas leis e dificuldades daquele que conduz à
conquista de identidade pessoal. Esta colocação elimina a ideia de que a
vocação é algo definido, um “chamado” ou destino preestabelecido, que deve
descobrir” (p. 30). E considera ainda que, “(…) como a identidade ocupacional é
um aspecto da identidade do sujeito, parte de seu sistema mais amplo que a
compreende, é determinada e determinante na relação com toda a
personalidade”. Por conseguinte, “os problemas vocacionais terão que ser
entendidos como problemas de personalidade determinados por falhas,
obstáculos ou erros das pessoas, no alcance da identidade ocupacional” (Id.).
Ele ainda coloca que “A identidade ocupacional é a autopercepção, ao longo do
tempo, em termos de papéis ocupacionais. Ele chama de “ocupação ao conjunto
de expectativas do papel. Assim, o autor destaca “o caráter estrutural, relacional,
do nosso problema, porque a ocupação não é algo definido a partir ‘de dentro’,
nem ‘de fora’, mas a sua interação. As ‘ocupações’ são os nomes com os quais
se designam expectativas, que têm os demais indivíduos, em relação ao papel
de um indivíduo” (p. 30). Ele ainda acrescenta que “a identidade ocupacional se
desenvolve como um aspecto da identidade pessoal. Suas raízes genéticas
assentam-se, basicamente, sobre o esquema corporal e estão sujeitas, desde o
nascimento, às influências do meio humano”. Em razão disso, segundo o autor,
“a identidade ocupacional assim como a identidade pessoal, devem ser
entendidas como a contínua interação entre fatores internos e externos à
pessoa” (p. 31). Assim, o autor esclarece o sentido e significado de “ocupação”
e “identidade ocupacional”.

3. Metodologia Nessa parte metodológica terá a busca do auto conhecimento


pessoal, conforme as técnicas desenvolvidas e elaboradas para melhor atender
o orientado. Na vida é necessário entender as constantes mudanças e tomadas
de decisões, muitas delas são difíceis, mas importante ao longo da vida.

3.1.1 pressupostos:
1. Os testes vocacionais não devem ser aplicados unicamente no processo de
orientação vocacional.
2. O orientado é que deve fazer a escolha da sua profissão futura e não imposta
pelo seu orientador.
3. Conhecimento de si próprio.
4. Conhecimento do mundo exterior.
5. Influência familiar.
6. Entrevista psicológica.

A orientação vocacional é um processo de aprendizagem de tomada de decisões


para a construção de um projeto de vida, tendo em conta os conhecimentos não
só de si próprio (autoconhecimento) como o conhecimento do mundo exterior.
Este método permite ajudar o orientado a conhecer-se a si próprio, mas também
a leva-lo ao aumento do conhecimento do mundo exterior nomeadamente da
informação escolar e profissional e informação sobre o mercado de trabalho.
3.1.2 Técnicas e dinâmicas.1. Linha da vida. Permite que o orientado possa
expor alguns fatores relacionado a infância até a adolescência. Essa dinâmica
cria um ponto de partida para o orientador conduzir e criar estratégias de
abordagem do assistido.
2. lixeira da verdade, permite que o assistido exponha sentimentos de bloqueio,
que afetam em suas escolhas individuais, sentimento de revolta, frustrações.
Essa dinâmica está ligada no controle das emoções, é através dela que o
orientador pode se orientar na abordagem subjetiva do assistido.
3. Cofrinho da esperança. O objetivo dessa dinâmica é analisar o empenho
pessoal do assistido, perspectiva de vestibular, de trabalho, como o assistido
trabalha essas emoções sem a orientação do orientador.
4. Técnicas de frases de completar. Essa técnica foi apresentada originalmente
por Rodolfo Bohoslavsky no seu livro “Orientação Vocacional – a estratégica
clínica” (2015). Nesse método, pode usar até 22 frases, que poderão ser
escolhidas pelo orientador. Essa técnica ajudará o orientado a se conhecer
melhor e a pensar nas coisas que fazem parte do seu mundo.

4. Cronograma:

Início: 14/02/2023 -Término:23/06/2023


Referências:

BOHOSLAVSKY, R. Orientação Vocacional: a estratégia clínica. 12. ed.. Trad. José Maria
Valeije Bojart. São Paulo: Martins Fontes, 2015.

_______. Entre a encruzilhada e os caminhos: à guisa de introdução – a reformulação da


estratégia clínica. In: BOHOSLAVSKY, R. (Org). Vocacional: Teoria, técnica e ideologia. Trad.
Cristina França. (pp. 15-17). São Paulo: Cortez, 1983.

LEHMAN, Y.P., Silva, F.F., RIBEIRO, M.A. & UVALDO, M.C.C.. Segunda demanda chave para
a orientação profissional: como ajudar o indivíduo a entender os determinantes de sua escolha
e poder escolher? Enfoque psicodinâmico. In: RIBEIRO, M.A. & L.L. MELO-SILVA.
(Orgs.). Compêndio de orientação profissional e de carreira: perspectivas históricas e
enfoques teóricos clássicos e modernos. (v.1, pp.111-134). São Paulo: Vetor, 2011.

MOURA, M.L. Contribuição para a orientação profissional na estratégia clínica a partir da


psicoterapia breve psicanalítica. Dissertação de Mestrado. Instituto de Psicologia,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.

Adamantina, ___ / ___ / _____

______________________________
Assinatura do aluno

______________________________
Assinatura do docente orientador

Você também pode gostar