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MODULO I
• As duas maneiras podem ser utilizadas para o processo. No atendimento individual pela própria
situação, pode-se ter um maior aprofundamento de algumas questões trazidas pelo cliente, uma
vez que o foco é só nele, mas, segundo Lucchiari (1993), o trabalho em grupos com os jovens
apresenta melhores resultados.
• A própria característica da fase da adolescência em necessitar o convívio com a turma, na busca
de sua identidade ele se aproxima do igual e se diferencia da família, no grupo ele pode
compartilhar suas inseguranças e duvidas e cada um no grupo também pode ser facilitador para
que os outros tenham a percepção de quem é.
• Para Silva e Uvaldo (2010):
• “A Psicologia cuida da problemática da escolha profissional, basicamente
em consultórios particulares e instituições, valendo-se das teorias
psicológicas, sobretudo a estratégia clinica de Bohoslavsky 1981”. (p.32)
• “Enquanto os educadores buscam alternativas curriculares no ensino
médio em escolas estaduais de São Paulo”. (p.32)
• Santos (1973), pioneiro nesta área no Brasil, a Orientação Profissional passou por quatro estágios
teóricos - práticos:
• o informativo que oferecia informações a respeito das profissões, suas perspectivas e exigências,
• o psicométrico que valorizava as características pessoais para o sucesso em determinado campo
profissional, a partir da analise das funções exigidas em cada tipo de trabalho, avaliava
inteligência, aptidões motoras e sensoriais, personalidade, além de definir qual a profissão mais
adequada para o individuo.
• Clinico enfatizava o papel ativo do individuo, atribuindo-lhe potencial e recursos para a auto
compreensão e auto direção.
• Politico e Social incluía como fator relevante o contexto sociopolítico do processo de escolha
profissional.
AS TEORIAS EM ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
• Uma sistematização teórica faz-se necessária para situar o que hoje se entende por
orientação profissional. Vários autores brasileiros utilizam a classificação elaborada
por Crites,3 que agrupa as teorias na área de orientação profissional em três grandes
blocos, denominadas por ele:
• 1) teorias não - psicológicas;
• 2) teorias psicológicas, e;
• 3) teorias gerais.
• Será́ apresentada uma breve abordagem dos três grupos para, posteriormente, apontar
por que não se utiliza essa classificação.
TEORIAS NÃO - PSICOLÓGICAS
• A teoria traço e fator é a que dá inicio à área da orientação profissional e, como diz Ferretti (1988a), sugere
um procedimento racional e objetivo para a escolha, pois pressupõe que:
• “a) os indivíduos diferenciam-se entre si em termos de habilidades físicas, aptidões, interesses e
características pessoais;
• b) as ocupações também se diferenciam entre si, cada uma exigindo, para um desempenho produtivo, que o
profissional apresente aptidões, interesses e características pessoais requeridas pela profissão;
• c) é possível conduzir à compatibilização ideal dessa dupla ordem de fatores através de um processo
racional de escolha.” (Ferretti, 1988a: 18)
• Essa teoria pauta sua ação e dá fundamento aos denominados testes vocacionais, que, por mais criticados
que tenham sido e sejam, ainda fazem parte do imaginário social, quando o fato é a escolha da profissão.
Acredita- se que as aptidões, os interesses e os traços de personalidade são inatos.
TEORIAS PSICODINÂMICAS
• Nas teorias tradicionais, a concepção de aproximação do individuo com as profissões se dá por meio do
que se poderia chamar de “modelo de perfis”. Este modelo entende que uma boa escolha é aquela que
resulta da harmonia mais perfeita entre um perfil profissional ou ocupacional e o perfil pessoal,
delineado a partir de qualquer técnica ou instrumento.
• Na visão liberal, o individuo tem em suas mãos a possibilidade de ultrapassar os obstáculos colocados
pela realidade, e a escolha, se adequada, asseguraria melhoria de condição de vida.
• A sociedade é entendida com um conjunto de camadas sociais sobrepostas e ordenadas em forma de
pirâmide que possibilita ascenso ou descenso social. A escolha profissional é anunciada como um dos
fatores fundamentais para o deslocamento social (para cima ou para baixo, de acordo com a qualidade da
decisão) e, por isso, a orientação profissional far-se-ia necessária, isto é, ajudaria o indivíduo a localizar
ou descobrir sua “vocação” para ter chances de “subir na vida”.
TEORIAS CRITICAS
1.Eu procuro
4. Eu decido qual minha
minhas respostas
futura profissão.
3. Eu aprendo a
escolher!
• Portanto, é necessário que o jovem esteja atento e conheça a realidade do
mundo do trabalho que o circunda quando precisa fazer uma reflexão e deseja
assumir uma opção profissional em busca de um futuro que seja promissor e
lhe traga felicidade.
• O seu autoconhecimento e o conhecimento da realidade socioprofissional
poderão lhe auxiliar nesse momento de escolha da futura profissão, de maneira
que o jovem estudante possa fazer uma analise de opções com o objetivo de
buscar respostas aos seus anseios, além de diminuir a possibilidade de
efetivação de escolhas errôneas e/ou equivocadas.
FATORES QUE INFLUENCIAM NOSSAS ESCOLHAS
• Atualmente, a educação passou a ser vista como um bem de investimento associada ao capital. A
politica educacional não atende aos interesses da maioria a população e a educação mais uma vez é
desprezada como possibilidade de desenvolvimento.
• O projeto econômico e social defendido pelos nossos políticos objetiva adequar a produção nacional
às demandas e pressões do capital internacional. Assim, não conseguimos planejar adequada e
realisticamente as nossas necessidades na área de formação profissional. Para tentar atender às
necessidades da imprevisibilidade do capitalismo, corremos sempre o risco de preparar t écnicos em
excesso para o mercado, enquanto que em outros campos profissionais temos carências.
• Nosso poder publico ainda pensa em um projeto social bem diante das nossas necessidades e
realidades. Assim, fica difícil projetar qualquer possibilidade de ascensão do pais.
FATORES ECONÔMICOS
• No Brasil, nas décadas de 1970 e 1990, aponta Soares (2002), há um aumento
significativo do numero vagas nas universidades, e a classe media reconhece o ensino
superior como mecanismo para realizar a sua ascensão social. Ter um filho formado
passou a ser sinônimo de status social e possibilidades de melhores condições para a
família.
• Nesse cenário, os números de formandos aumentam, mas o mercado de trabalho interno
não consegue absorver essa população de novos profissionais e as primeiras sensações de
insucesso aparecem com esses jovens se direcionando a outras atividades profissionais,
longe de sua formação para garantir sua sobrevivência.
• .
• Outro fator econômico que atinge a formação desse jovem é a impossibilidade de
ele manter seus estudos sem uma atividade remunerada, ou seja, sem
possibilidades de ser só́ estudante, o jovem vira estudante trabalhador
• O capitalismo atua, com uma reserva de mercado, com um grande numero de
profissionais disponível ao mercado, e os salários são rebaixados. O modelo
econômico do Brasil não atende às expectativas da população que se esforça para
modificar sua situação social e econômica.
FATORES SOCIAIS
• Esses fatores estão relacionados com a classe social em que nossos jovens nascem,
afirma Sores (2002). Sua condição social também apontará suas possibilidades de
formação profissional e de trabalho, sendo que a maioria dos jovens depende de
recursos financeiros para custear uma formação em instituições particulares.
• O histórico de vida em seu contexto social também reflete nos objetivos da formação
profissional no terceiro grau. Um jovem que nasce em famílias mais simples, com baixo
nível de instrução, tende a ter ao longo de seu desenvolvimento menos contato com os
estudos. Mas, mesmo que esses jovens não tenham valorizado tanto os estudos, a família
ainda pode apresentar um enorme desejo de ter um filho estudado.
• Na classe media ou alta, o cenário configura-se de outra maneira, com a ausência das
dificuldades financeiras e uma vida escolar iniciada logo cedo.
FATOR FAMILIAR